Não fugiu para o Brasil, dançou:
11/11/2009 - 12h37
EUA executam assassino conhecido como franco-atirador de Washington
da Folha Online
O americano John Allen Muhammad, 48, foi executado com uma injeção letal nesta terça-feira (10). Ele ficou conhecido, em 2002, como "franco-atirador de Washington" por ter aterrorizado a capital ao matar ao acaso dez pessoas em três semanas.
Na segunda-feira (9), a Suprema Corte rejeitou o último recurso apresentado pelo assassino, condenado à morte em 2004 pela série de crimes que também deixou três feridos, entre 2 e 22 de outubro de 2002, na região de Washington.
Muhammad, de 48 anos, foi executado por injeção letal no Greensville Correctional Center em Jarratt, na Virgínia, disse o porta-voz do Departamento de Correções da Virgínia, Larry Traylor. "A morte foi proclamada às 21h11 [23h11 em Brasília]. Não houve complicações. O senhor Muhammad foi perguntado se desejava fazer alguma última declaração. Ele não respondeu e nem fez qualquer declaração", disse Traylor.
Três jornalistas que acompanharam a execução disseram que um Muhammad limpo e barbeado parecia resignado enquanto era colocado na maca e a injeção letal administrada.
Paul Ebert, promotor da Virgínia, que conseguiu a condenação de pena de morte contra Muhammad, estava entre as autoridades e familiares de vítimas que acompanharam a execução. "Ele morreu pacificamente, muito mais do que muitas de suas vítimas. Tenho um sentimento de encerramento, e espero que elas tenham também", disse.
Para cometer os assassinatos, Muhammad se escondia no porta-malas de um carro e abatia com um só tiro suas vítimas, sempre perto de centros comerciais, de escolas ou de postos de gasolina. Uma pessoa foi morta em Washington, seis no estado vizinho de Maryland e três na Virgínia. Suas vítimas eram escolhidas ao acaso.
Muhammad agia com um cúmplice, Lee Boyd Malvo, então com 17 anos. Malvo cumpre pena de prisão perpétua.
Com formação de atirador de elite do Exército americano, John Allen Muhammad chegou a participar da primeira Guerra do Golfo. Por duas vezes, a polícia achou no lugar do crime, presas a uma árvore ou num saco plástico, mensagens com as frases "chamem-me Deus" ou "seus filhos não estarão nunca seguros em nenhuma parte", e um pedido de US$ 10 milhões para parar com os crimes.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 0817.shtml