A tecnologia de propulsão líquida no Brasil
Moderador: Conselho de Moderação
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
A tecnologia de propulsão líquida no Brasil
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: A tecnologia de propulsão líquida no Brasil
Muito bacana hein Marino?
E a parceria com a Rússia tá a mil lá com os caras, só elogio.![Cool 8-]](./images/smilies/icon_cool.gif)
E a parceria com a Rússia tá a mil lá com os caras, só elogio.
![Cool 8-]](./images/smilies/icon_cool.gif)
Re: A tecnologia de propulsão líquida no Brasil
Sexta-feira, 9 de Outubro de 2009
Propulsão Líquida no Brasil
(Blog "Panorama Espacial", em http://panoramaespacial.blogspot.com/)
Para aqueles que se interessam em conhecer os projetos de propulsão líquida espacial desenvolvidos no Brasil pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), recomendamos a leitura do artigo "Propulsão líquida no IAE: Visão das atividades e perspectivas futuras" (http://www.jatm.com.br/papers/vol1_n1/v ... ctives.pdf), publicado na primeira edição do Journal of Aerospace Technology and Management (JATM), periódico editado pelo IAE.
O texto apresenta um detalhado panorama sobre a tecnologia de propulsão líquida no IAE, destacando inclusive alguns dos projetos de motores em desenvolvimento.
.
Postado por Andre Mileski às 11:36 1 comentários
Propulsão Líquida no Brasil
(Blog "Panorama Espacial", em http://panoramaespacial.blogspot.com/)
Para aqueles que se interessam em conhecer os projetos de propulsão líquida espacial desenvolvidos no Brasil pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), recomendamos a leitura do artigo "Propulsão líquida no IAE: Visão das atividades e perspectivas futuras" (http://www.jatm.com.br/papers/vol1_n1/v ... ctives.pdf), publicado na primeira edição do Journal of Aerospace Technology and Management (JATM), periódico editado pelo IAE.
O texto apresenta um detalhado panorama sobre a tecnologia de propulsão líquida no IAE, destacando inclusive alguns dos projetos de motores em desenvolvimento.
.
Postado por Andre Mileski às 11:36 1 comentários
-
- Sênior
- Mensagens: 8577
- Registrado em: Seg Ago 18, 2008 1:23 am
- Agradeceu: 7 vezes
- Agradeceram: 28 vezes
Re: A tecnologia de propulsão líquida no Brasil
Assunto muito interessante. Sem dúvida a propulsão líquida e os seus sistemas de navegação são o "pulo do gato" na tecnologia de foguetes...
- Brazilian Space
- Intermediário
- Mensagens: 261
- Registrado em: Ter Jun 02, 2009 12:26 am
- Localização: Salvador-BA
- Contato:
Re: A tecnologia de propulsão líquida no Brasil
Sai no Diário Oficial da União o Aviso de Licitação do Motor L75 do IAE
Olá amigos!
Segue abaixo uma notícia postada dia 28/10 no blog “Panorama Espacial” do companheiro jornalista André Mileski informado que segundo informações obtidas por um leitor do seu blog chamado “Pedro” foi publicado na edição de ontem do Diário Oficial da União (DOU) um aviso de licitação relacionado com o motor L75 de propulsão líquida que está atualmente em desenvolvimento pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).
Duda Falcão
Propulsor de 75 kN do IAE/DCTA
28-10-2009
Pedro, leitor do blog postou comentário com o aviso de licitação reproduzido abaixo, publicado na edição de hoje (28) do Diário Oficial da União. O aviso chama interessados a prestar serviços técnico-especializados para apoio às atividades de desenvolvimento de motor-foguete de propulsão líquida com 75 kN de empuxo. Agradecimentos a Pedro pelo envio do extrato.
Na última edição da revista Espaço Brasileiro (vejam a postagem "Nova Edição da Revista Espaço Brasileiro"), editada pela Agência Espacial Brasileira (AEB), há uma matéria sobre o motor líquido de 75 kN.
"GRUPAMENTO DE INFRA-ESTRUTURA E APOIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS"
AVISOS DE LICITAÇÃO
CONCORRÊNCIA Nº 20/2009
Objeto: Serviços técnico-especializado para apoio às atividades de desenvolvimento tecnológico de um motor-foguete a propelente líquido com 75 kN de empuxo sob a responsabilidade do Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE.
Total de Itens Licitados: 00001.
Edital: 28/10/2009 de 08h30 às 11h30 e de 13h às 16h30.
Endereço: Praça Marechal Eduardo Gomes ( Subdivisão de Licitação do GIA-SJ Vila das Acácias - SAO JOSE DOS CAMPOS - SP.
Entrega das Propostas: 30/11/2009 às 14h00.
Endereço: Praça Marechal Eduardo Gomes ( Subdivisão de Licitação do GIA-SJ Vila das Acácias - SAO JOSE DOS CAMPOS - SP.
Informações Gerais: O Edital estará disponível no site eletronico http://www.comprasnet.gov.br e a retirada do Projeto Básico em mídia pelos interessados será efetuada no GIA-SJ (Subdivisão de Licitações) mediante a comprovação da indenização de R$30,00 (trinta reais), que deverá ser recolhida através da Guia de Recolhimento da União GRU no site https://consulta.tesouro.fazenda.gov,br/gru/gru_simples.asp UG 120016, Gestão 0001, Código de Recolhimento 22048-5, Campo de Referencia 02003.
"(SIDEC - 27/10/2009) 120016-00001-2009NE901128"
Fonte: Blog Panorama Espacial - André Mileski
Comentário: Como sou um apaixonado por foguetes considero essa a grande notícia do ano para o Programa Espacial Brasileiro. Principalmente por ter descoberto que o leitor do Mileski (Pedro) completa sua informação dizendo: “Outra informação é que os testes dos modelos de desenvolvimento estão previstos para aproximadamente um ano e dois meses (420 dias) após a assinatura do contrato”. Leitor, isso significa que no prazo máximo de dois anos o Brasil terá a sua disposição um motor de propulsão líquida que poderá finalmente concretizar os nossos sonhos. Como o lançamento do primeiro vôo teste (primeiro e segundo estágios ativos) do VLS-1 ficou para 2011, caso haja agilidade, presteza, determinação, recursos e vontade política, o VLS-1B poderia ser desenvolvido paralelamente estando pronto para lançamento por volta de 2013. É sonho? Pode ser se tratando de Brasil. Vamos aguardar.
Olá amigos!
Segue abaixo uma notícia postada dia 28/10 no blog “Panorama Espacial” do companheiro jornalista André Mileski informado que segundo informações obtidas por um leitor do seu blog chamado “Pedro” foi publicado na edição de ontem do Diário Oficial da União (DOU) um aviso de licitação relacionado com o motor L75 de propulsão líquida que está atualmente em desenvolvimento pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).
Duda Falcão
Propulsor de 75 kN do IAE/DCTA
28-10-2009
Pedro, leitor do blog postou comentário com o aviso de licitação reproduzido abaixo, publicado na edição de hoje (28) do Diário Oficial da União. O aviso chama interessados a prestar serviços técnico-especializados para apoio às atividades de desenvolvimento de motor-foguete de propulsão líquida com 75 kN de empuxo. Agradecimentos a Pedro pelo envio do extrato.
Na última edição da revista Espaço Brasileiro (vejam a postagem "Nova Edição da Revista Espaço Brasileiro"), editada pela Agência Espacial Brasileira (AEB), há uma matéria sobre o motor líquido de 75 kN.
"GRUPAMENTO DE INFRA-ESTRUTURA E APOIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS"
AVISOS DE LICITAÇÃO
CONCORRÊNCIA Nº 20/2009
Objeto: Serviços técnico-especializado para apoio às atividades de desenvolvimento tecnológico de um motor-foguete a propelente líquido com 75 kN de empuxo sob a responsabilidade do Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE.
Total de Itens Licitados: 00001.
Edital: 28/10/2009 de 08h30 às 11h30 e de 13h às 16h30.
Endereço: Praça Marechal Eduardo Gomes ( Subdivisão de Licitação do GIA-SJ Vila das Acácias - SAO JOSE DOS CAMPOS - SP.
Entrega das Propostas: 30/11/2009 às 14h00.
Endereço: Praça Marechal Eduardo Gomes ( Subdivisão de Licitação do GIA-SJ Vila das Acácias - SAO JOSE DOS CAMPOS - SP.
Informações Gerais: O Edital estará disponível no site eletronico http://www.comprasnet.gov.br e a retirada do Projeto Básico em mídia pelos interessados será efetuada no GIA-SJ (Subdivisão de Licitações) mediante a comprovação da indenização de R$30,00 (trinta reais), que deverá ser recolhida através da Guia de Recolhimento da União GRU no site https://consulta.tesouro.fazenda.gov,br/gru/gru_simples.asp UG 120016, Gestão 0001, Código de Recolhimento 22048-5, Campo de Referencia 02003.
"(SIDEC - 27/10/2009) 120016-00001-2009NE901128"
Fonte: Blog Panorama Espacial - André Mileski
Comentário: Como sou um apaixonado por foguetes considero essa a grande notícia do ano para o Programa Espacial Brasileiro. Principalmente por ter descoberto que o leitor do Mileski (Pedro) completa sua informação dizendo: “Outra informação é que os testes dos modelos de desenvolvimento estão previstos para aproximadamente um ano e dois meses (420 dias) após a assinatura do contrato”. Leitor, isso significa que no prazo máximo de dois anos o Brasil terá a sua disposição um motor de propulsão líquida que poderá finalmente concretizar os nossos sonhos. Como o lançamento do primeiro vôo teste (primeiro e segundo estágios ativos) do VLS-1 ficou para 2011, caso haja agilidade, presteza, determinação, recursos e vontade política, o VLS-1B poderia ser desenvolvido paralelamente estando pronto para lançamento por volta de 2013. É sonho? Pode ser se tratando de Brasil. Vamos aguardar.
- Brasileiro
- Sênior
- Mensagens: 9427
- Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
- Agradeceu: 239 vezes
- Agradeceram: 546 vezes
Re: A tecnologia de propulsão líquida no Brasil
Já é o terceiro extrato de licitação relacionado ao motor L75. Finalmente as coisas parecem andar com mais velocidade.
Por mais que o motor fique pronto antes, acho que dificilmente veremos ele ser testado num VLS antes da copa de 2014...
Antes de voar no VLS, deverão qualificar o L75 em vôo de alguma forma, seja num veículo mono-estágio ou mesmo lançando apartir do VS-40 (idéia minha), no lugar do S44, para testes em condições de vácuo e separação do estágio.
Depois do desenvolvimento do propulsor precisam desenvolver também o estágio em si (com os tanques de propelente, etc), o que não será fácil devido às vibrações a que deverá resistir sendo lançado por um foguete de propelente sólido. Até agora, os engenheiros brasileiros que foram se especializar na Rússia aprenderam sobre design de motores de propelente líquido. Apartir do ano que vem, deverão ser enviados para serem qualificados para projetar os estágios de foguetes deste tipo.
A conclusão do desenvolvimento deste motor abre portas também para o projeto de um foguete lançador de microssatélites com aplicação comercial.
A propósito Brazilian Space, no seu blog e no Panorama Espacial o Pedro publicou algumas datas para término desses serviços. Provavelmente ele deve ter lido o edital da licitação, que ficou pouco tempo no ar. Tem como pedir para ele nos passar mais detalhes, ou mesmo o edital caso ele tenha salvo o mesmo?
abraços]
Por mais que o motor fique pronto antes, acho que dificilmente veremos ele ser testado num VLS antes da copa de 2014...
Antes de voar no VLS, deverão qualificar o L75 em vôo de alguma forma, seja num veículo mono-estágio ou mesmo lançando apartir do VS-40 (idéia minha), no lugar do S44, para testes em condições de vácuo e separação do estágio.
Depois do desenvolvimento do propulsor precisam desenvolver também o estágio em si (com os tanques de propelente, etc), o que não será fácil devido às vibrações a que deverá resistir sendo lançado por um foguete de propelente sólido. Até agora, os engenheiros brasileiros que foram se especializar na Rússia aprenderam sobre design de motores de propelente líquido. Apartir do ano que vem, deverão ser enviados para serem qualificados para projetar os estágios de foguetes deste tipo.
A conclusão do desenvolvimento deste motor abre portas também para o projeto de um foguete lançador de microssatélites com aplicação comercial.
A propósito Brazilian Space, no seu blog e no Panorama Espacial o Pedro publicou algumas datas para término desses serviços. Provavelmente ele deve ter lido o edital da licitação, que ficou pouco tempo no ar. Tem como pedir para ele nos passar mais detalhes, ou mesmo o edital caso ele tenha salvo o mesmo?
abraços]
----------------
amor fati
amor fati
- LeandroGCard
- Sênior
- Mensagens: 8754
- Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
- Localização: S.B. do Campo
- Agradeceu: 69 vezes
- Agradeceram: 812 vezes
Re: A tecnologia de propulsão líquida no Brasil
O L-75 é um motor para os estágios superiores dos foguetes lançadores, e para certificá-lo corretamente ele deverá mesmo voar como segundo estágio de algum foguete desenvolvido para isso. Sua idéia de usar o VS-40 tem toda a lógica.Brasileiro escreveu: Antes de voar no VLS, deverão qualificar o L75 em vôo de alguma forma, seja num veículo mono-estágio ou mesmo lançando apartir do VS-40 (idéia minha), no lugar do S44, para testes em condições de vácuo e separação do estágio.
Verdade, esta história ainda vai muito longe.Depois do desenvolvimento do propulsor precisam desenvolver também o estágio em si (com os tanques de propelente, etc), o que não será fácil devido às vibrações a que deverá resistir sendo lançado por um foguete de propelente sólido. Até agora, os engenheiros brasileiros que foram se especializar na Rússia aprenderam sobre design de motores de propelente líquido. Apartir do ano que vem, deverão ser enviados para serem qualificados para projetar os estágios de foguetes deste tipo.
Duvido muito. Ele só serve para estágios superiores, enquanto não for desenvolvido um outro motor bem maior o conjunto de motores do primeiro e segundo estágio do VLS ainda terá que ser utilizado, e com isso dificilmente se poderá ter um lançador competitivo (que possa ser chamado de "comercial").A conclusão do desenvolvimento deste motor abre portas também para o projeto de um foguete lançador de microssatélites com aplicação comercial.
Mesmo depois que tudo o que está em andamento hoje estiver pronto e funcinando, ainda estaremos longe de ter um programa espacial consistente.
Leandro G. Card
- Brasileiro
- Sênior
- Mensagens: 9427
- Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
- Agradeceu: 239 vezes
- Agradeceram: 546 vezes
Re: A tecnologia de propulsão líquida no Brasil
Pois é Leandro, um programa consistente.
Acho que não é nem questão de se ter ou não programas de grande porte. É questão apenas de se ter um foco.
Fui numa palestra de um engenheiro do IAE/ALA (o foco da palestra era a ACS mas ele se extendeu no PEB em geral), e o que se diz é que não há nada para depois do VLS-1, depois da certificação deste foguete, o que deverá acontecer já que finalmente, segundo ele, está sendo tocado na maneira correta (tecnicamente e financeiramente, e sem entrar no mérito do que é o VLS-1 em si). Mas para além disso não se tem nada sólido.
O programa espacial brasileiro tem conseguido atingir sucessos quando metas e objetivos são claros. Principalmente falando do caso dos satélites (os CBERS, Amazônia-1, PMM apesar de todos os problemas que enfrentou até agora). Estes projetos tem sido seguidos a risca, ou quase isso, na melhor forma possível.
O mesmo não está ocorrendo na área de lançadores de satélites. Não se tem meta nem objetivo, por isso não há verbas e nem projetos.
Há, segundo o engenheiro que nos deu a palestra, uma expectativa de que a nova revisão do PNAE que será divulgada no começo do ano que vem (expectativa de que seja a mais abrangente e impactante de todas) traga algum foco para o programa.
A AEB tem conseguido em geral, nos últimos anos, boa parte da verba que reivindica, e isso tem atendido bem aos programas de satélites. Apartir do momento em que ela especificar e souber pra si o que quer na área de lançadores, ela vai reivindicar também sua verba para isso, e os possíveis programas serão alavancados.
abraços]
Acho que não é nem questão de se ter ou não programas de grande porte. É questão apenas de se ter um foco.
Fui numa palestra de um engenheiro do IAE/ALA (o foco da palestra era a ACS mas ele se extendeu no PEB em geral), e o que se diz é que não há nada para depois do VLS-1, depois da certificação deste foguete, o que deverá acontecer já que finalmente, segundo ele, está sendo tocado na maneira correta (tecnicamente e financeiramente, e sem entrar no mérito do que é o VLS-1 em si). Mas para além disso não se tem nada sólido.
O programa espacial brasileiro tem conseguido atingir sucessos quando metas e objetivos são claros. Principalmente falando do caso dos satélites (os CBERS, Amazônia-1, PMM apesar de todos os problemas que enfrentou até agora). Estes projetos tem sido seguidos a risca, ou quase isso, na melhor forma possível.
O mesmo não está ocorrendo na área de lançadores de satélites. Não se tem meta nem objetivo, por isso não há verbas e nem projetos.
Há, segundo o engenheiro que nos deu a palestra, uma expectativa de que a nova revisão do PNAE que será divulgada no começo do ano que vem (expectativa de que seja a mais abrangente e impactante de todas) traga algum foco para o programa.
A AEB tem conseguido em geral, nos últimos anos, boa parte da verba que reivindica, e isso tem atendido bem aos programas de satélites. Apartir do momento em que ela especificar e souber pra si o que quer na área de lançadores, ela vai reivindicar também sua verba para isso, e os possíveis programas serão alavancados.
abraços]
----------------
amor fati
amor fati
- Brazilian Space
- Intermediário
- Mensagens: 261
- Registrado em: Ter Jun 02, 2009 12:26 am
- Localização: Salvador-BA
- Contato:
Re: A tecnologia de propulsão líquida no Brasil
Ok Brasileiro!
Vou tentar entrar em contato com ele para ver se consigo maiores detalhes
Abs
Duda Falcão
Vou tentar entrar em contato com ele para ver se consigo maiores detalhes
Abs
Duda Falcão
- LeandroGCard
- Sênior
- Mensagens: 8754
- Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
- Localização: S.B. do Campo
- Agradeceu: 69 vezes
- Agradeceram: 812 vezes
Re: A tecnologia de propulsão líquida no Brasil
Pois é, eu já tinha percebido este ponto. A área de satélites até anda bem, só não vai melhor justamente por falta de um lançador, mas a área de foguetes simplesmente corre atrás do próprio rabo, a meta ainda é lançar o VLS-1 que devia ter subido no início da década de 90, quase vinte anos atrás.Brasileiro escreveu:Pois é Leandro, um programa consistente.
Acho que não é nem questão de se ter ou não programas de grande porte. É questão apenas de se ter um foco.
Fui numa palestra de um engenheiro do IAE/ALA (o foco da palestra era a ACS mas ele se extendeu no PEB em geral), e o que se diz é que não há nada para depois do VLS-1, depois da certificação deste foguete, o que deverá acontecer já que finalmente, segundo ele, está sendo tocado na maneira correta (tecnicamente e financeiramente, e sem entrar no mérito do que é o VLS-1 em si). Mas para além disso não se tem nada sólido.
O programa espacial brasileiro tem conseguido atingir sucessos quando metas e objetivos são claros. Principalmente falando do caso dos satélites (os CBERS, Amazônia-1, PMM apesar de todos os problemas que enfrentou até agora). Estes projetos tem sido seguidos a risca, ou quase isso, na melhor forma possível.
O mesmo não está ocorrendo na área de lançadores de satélites. Não se tem meta nem objetivo, por isso não há verbas e nem projetos.
Há, segundo o engenheiro que nos deu a palestra, uma expectativa de que a nova revisão do PNAE que será divulgada no começo do ano que vem (expectativa de que seja a mais abrangente e impactante de todas) traga algum foco para o programa.
A AEB tem conseguido em geral, nos últimos anos, boa parte da verba que reivindica, e isso tem atendido bem aos programas de satélites. Apartir do momento em que ela especificar e souber pra si o que quer na área de lançadores, ela vai reivindicar também sua verba para isso, e os possíveis programas serão alavancados.
abraços]
E neste tempo todo ninguém sequer pensou seriamente no que fazer depois que ele subisse. Isto era imprescindível, já que o VLS jamais foi uma proposta de lançador prático, ele desde o princípio foi concebido como um marco acadêmico para mostrar que se dominavam as tecnologias desejadas, e não como o produto final destas tecnologias. A idéia do VLS-1B (com um estágio de combustível líquido) não conta, porque é apenas uma "acochambração" que não muda a natureza básica do veículo, apenas o melhora um pouco. E nem sei se esta idéia nasceu no Brasil ou foi sugestão de algum russo, pois a idéia original era substituir o primeiro estágio do VLS por um maior de combustível líquido, e não os dois últimos (cheguei a conhecer na COPPE um engenheiro do IAE que trabalhava nisso já em 1992!).
Leandro G. Card
- Brasileiro
- Sênior
- Mensagens: 9427
- Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
- Agradeceu: 239 vezes
- Agradeceram: 546 vezes
Re: A tecnologia de propulsão líquida no Brasil
Bom, a informação que foi disponibilizada no blog Panorama Espacial é a de que o novo VLM, que seria desenvolvido com um parceiro externo, teria configuração semelhante ao do VLM antigo, ou seja, um VLS-1 sem o "cacho" do 1º estágio.
Como se trataria de uma evolução tecnológica é de se imaginar a introdução de um 3º estágio com propelente líquido em substituição ao motor S44 e eliminando a necessidade de um estágio superior adicional.
Houve há uns anos atrás a proposta de substituição do S44 do VLS-1 pelo L5, de 5kN, dando ao foguete um incremento de cerca de 100 kg na carga útil. A outra vantagem desta configuração seria o fato de que a baía de equipamentos ficaria junto com o 4º estágio, facilitando a operação e aumentando a precisão.
Como hoje já dispomos do L15, seria bastante interessante a introdução deste motor no foguete, dando-lhe desempenho e facilitando a operação e por consequência, aumentando a segurança e a probabilidade de êxito.
abraços]
Como se trataria de uma evolução tecnológica é de se imaginar a introdução de um 3º estágio com propelente líquido em substituição ao motor S44 e eliminando a necessidade de um estágio superior adicional.
Houve há uns anos atrás a proposta de substituição do S44 do VLS-1 pelo L5, de 5kN, dando ao foguete um incremento de cerca de 100 kg na carga útil. A outra vantagem desta configuração seria o fato de que a baía de equipamentos ficaria junto com o 4º estágio, facilitando a operação e aumentando a precisão.
Como hoje já dispomos do L15, seria bastante interessante a introdução deste motor no foguete, dando-lhe desempenho e facilitando a operação e por consequência, aumentando a segurança e a probabilidade de êxito.
abraços]
----------------
amor fati
amor fati
- LeandroGCard
- Sênior
- Mensagens: 8754
- Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
- Localização: S.B. do Campo
- Agradeceu: 69 vezes
- Agradeceram: 812 vezes
Re: A tecnologia de propulsão líquida no Brasil
Eu já havia comentado desta possibilidade de montar um VLM com 3 estágios sendo o terceiro de combústível líquido há algum tempo. É o caminho mais lógico a seguir, e deveria ser a prioridade número 1 do IAE, principalmente se ele puder ser efetuada a integração horizontal e usada uma plataforma de lançamento muito mais simples que a exigida para a integração vertical do VLS.Brasileiro escreveu:Bom, a informação que foi disponibilizada no blog Panorama Espacial é a de que o novo VLM, que seria desenvolvido com um parceiro externo, teria configuração semelhante ao do VLM antigo, ou seja, um VLS-1 sem o "cacho" do 1º estágio.
Como se trataria de uma evolução tecnológica é de se imaginar a introdução de um 3º estágio com propelente líquido em substituição ao motor S44 e eliminando a necessidade de um estágio superior adicional.
Houve há uns anos atrás a proposta de substituição do S44 do VLS-1 pelo L5, de 5kN, dando ao foguete um incremento de cerca de 100 kg na carga útil. A outra vantagem desta configuração seria o fato de que a baía de equipamentos ficaria junto com o 4º estágio, facilitando a operação e aumentando a precisão.
Como hoje já dispomos do L15, seria bastante interessante a introdução deste motor no foguete, dando-lhe desempenho e facilitando a operação e por consequência, aumentando a segurança e a probabilidade de êxito.
abraços]
Assim poderíamos finalmente iniciar o lançamento de satélites com foguetes brasileiros, apresentando resultados concretos do nosso programa espacial. O muito mais complicado e caro VLS pode perfeitamente ficar para depois.
Leandro G. Card