#63
Mensagem
por Bender » Ter Nov 10, 2009 2:49 pm
Não tenho mais interesse por política partidária faz tempo,talvez por ter convivido muito tempo em meio a discussões políticas,minha visão do sr. presidente Lula é diferente dessa visão "pitoresca" e depreciativa apresentada e divulgada por muitos.
O presidente Lula é antes de tudo um sobrevivente,tanto no aspecto pessoal quanto no político.
Julgam muito mal os que fazem chacota com o "nivel" de sua inteligência e perspicácia,diria que é um julgamento até superficial e grosseiro.
O presidente é uma pessoa pragmática ao extremo,os interesses sejam os políticos dele,ou os do país vem sempre antes de pessoas ou nomes importantes.
Tratá-se de uma pessoa articulada e de visão realista,que sacrifica se necessário companheiros antigos sem o menor pudor em pról de sua própria sobrevivência ou da sobrevivência de seus objetivos e projetos.
Falar também sem o menor pudor, que considera o ex Presidente G.W. Bush como um amigo que fez enquanto no poder,publicamente sem trauma,depois do legado deixado por Bush demonstra que não teme rótulos e tem senso de justiça próprio e particular.
Quem acredita que o presidente daria um fio de cabelo pelo Presidente Hugo Chaves ou outro qualquer que se ponha a fazer cagadas inconsequentes, que possam respingar na sua biografia ou na do Brasil,se ilude.
Quanto ao folclôre das impropriedades verbais, acredito que estes ainda vão entrar para história,como motivo de simples riso,não de desabono.
Considero o presidente Lula uma pessoa de palavra,mas que tem limites muito claros até onde deve empenhá-la.
Antes das eleições de 2002 ele disse isso:
Discurso de Lula coaduna com ideais das Forças Armadas
Segundo o editorial publicado pelo jornal O Estado de São Paulo o candidato à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Ignácio Lula da Silva, mostrou sua habilidade em proferir discursos que agradam à platéia, mesmo que sejam desprovidos de preocupação com a coerência e sejam muitas vezes contraditórios.
O editorial realizou essa análise partindo da palestra proferida por Lula na Fundação de Altos Estudos e Estratégia, vinculada à Escola Superior de Guerra (ESG), na qual o candidato petista criticou o governo pelos cortes orçamentários das Forças Armadas, prometendo revê-los.
Falou da necessidade de reaparelhamento das Três Forças. Sustentou que um país precisa ser uma potência militar e econômica para ser respeitado. Defendeu um "Estado forte" e o serviço militar obrigatório.
Condenou a adesão do Brasil ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Tornou a elogiar, sob aplausos, a capacidade de planejamento do regime de 1964. Entre as promessas de Lula, estão ainda: o apoio ao projeto de construção de um submarino nuclear, da Marinha, e ao projeto do Veículo Lançador de Satélites, da Aeronáutica. Qualificou de maléfico para o país o acordo com os Estados Unidos para o uso da base espacial de Alcântara, no Maranhão.
O discurso foi considerado “impecável” segundo alguns oficiais entrevistados.O ex-ministro do Exército e atual presidente da Fundação de Altos Estudos ligada à Escola Superior de Guerra (ESG), Leônidas Pires Gonçalves, chegou a interagir com o candidato durante a apresentação de suas propostas, como mostrou o caderno Nacional de O Estado de S.Paulo. De acordo com a análise de O Estado, o bom desempenho do candidato pode ter sido facilitado pela histórica afinidade ideológica entre a esquerda e os setores militares brasileiros, o que ambas as partes relutam em admitir. De acordo com o jornal Correio Braziliense, o presidente do Clube Militar, general Luiz Gonzaga Lessa, admitiu que Lula está muito mais próximo dos militares que o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), José Serra.
Para ele, as propostas de Lula referem-se a tópicos muito valorizados pelas Forças Armadas e a situação vivenciada por elas no último governo impede-as de cumprir suas missões constitucionais. Segundo Deonísio da Silva, num artigo escrito para o Jornal do Brasil, Lula vem sendo considerado o “Santo Antônio” militar e político. (O Estado de S. Paulo – Nacional - 14/09/02; O Estado de São Paulo – Editoriais – 17/09/02, Jornal do Brasil-Brasil - 16/09/02; Jornal do Brasil – Opinião - 16/09/02; Correio Braziliense – Eleições - 16/09/02; O Globo - Especial Eleições - 16/09/02)
-----------------------------
Sds.