Leandro_O. escreveu:Para quem não leu a materia escrita pelo Coronel Ex R1 Gelio Fregapani to colano aqui...
A Venezuela, nações indígenas em nossa Fronteira,
a crise financeira e as ambições estrangeiras
Coronel Ex R1 Gelio Fregapani
A opinião abaixo vai na contramão do que se publica em nosso país e mesmo no hemisfério ocidental; portanto, se o leitor quiser apenas reforçar convicções já estabelecidas, não perca seu tempo. Entretanto, estando disposto a analisar novos dados ou mesmo a ouvir outros pensamentos, certamente encontrará motivo para reflexão.
Deixo claro que meu único interesse é o bem do nosso Brasil. O fato de ter estado num observatório privilegiado me deu acesso a dados desconhecidos pelo nosso povo e jamais publicados. Estes dados muitas vezes contrariam ao que se pensa.
O que se pensa no País:
A Venezuela representa um perigo para nós, pois está se armando fortemente e é chefiada por um desequilibrado que nutre pretensões hegemônicas e poderá invadir o Brasil sem que tenhamos força para nos opor.
A realidade:
A Venezuela está gravemente ameaçada e precisa urgentemente do apoio ou ao menos da neutralidade do Brasil. Como não lhe é possível, nas circunstâncias atuais, defender-se eficazmente da provável guerra contra a Colômbia apoiada pelos EUA e Guiana, cuida de tornar difícil a ocupação de seu território distribuindo armas á população.
A Venezuela não nos ameaça; ao contrário, por precisar de nós nos corteja de todas as formas e é nossa primeira linha de defesa contra as pretensões dos anglo-saxões em tornar independentes as nossas "nações" indígenas para utilizar seus recursos minerais.
Um pouco de geopolítica
Separando as bacias dos rios Amazonas e Orenoco eleva-se um maciço distinto do escudo brasileiro, que em remotas eras encostou-se a este, onde hoje é a localidade de Óbidos. Esse maciço, apelidado de "Guianense" é de extraordinária potencialidade mineral, reconhecida por todos que o estudaram, contendo em assombrosas quantidades ouro e diamantes, nióbio e tântalo, estanho e alumínio, para citar só alguns. Já foi chamado de Eldorado e de Mundo Perdido.
Em ambos os lados do Maciço formaram-se grandes áreas aluvionais com condições de conter petróleo. Este tem sido encontrado em grande quantidade ao norte, entre o maciço e os Andes, e começa a ser achado também no sul, entre o maciço e o Escudo Brasileiro
Apenas o desconhecimento aliado as grandes florestas e inóspitas savanas que o rodeiam mantiveram-no, por algum tempo, a margem das ambições mais perigosas para os países que compartilhavam da posse.
Um pouco de História
Pelo tratado de Tordesilhas toda a região pertenceu originalmente à Espanha, mas foi intensamente disputada pela Inglaterra e a Holanda no final do século XVI e início do XVII. Em dificuldade de conter seus inimigos no Caribe , durante a União Ibérica o rei Felipe II transferiu o vale do Amazonas da Espanha para Portugal (ele era o rei de ambas as nações). Nós (os luso-brasileiros), que já havíamos vencido os franceses no Maranhão, também vencemos militarmente as forças britânicas e holandesas que se haviam instalado ao longo do Amazonas e afluentes e as expulsamos daquilo que seria a nossa terra. Isto significa que conquistamos a Amazônia aos ingleses, holandeses e franceses. Não aos espanhóis; estes, nossos rivais no Prata, na Amazônia foram nossos parceiros.
No Caribe, os espanhóis não conseguiram manter totalmente suas posses, permanecendo a Holanda e a França com vastas áreas. Em certo momento a Inglaterra e Holanda entraram em conflito e a primeira apoderou-se da parte do território sob domínio holandês, formando a Guiana Inglesa, que no início do século XX nos tomaria a região do Pirara, então produtora de diamantes e hoje também de petróleo.
Os acontecimentos mais recentes
Os ingleses foram os primeiros a descobrir a potencialidade mineral do maciço Guianense (do Amazonas ao Orenoco). Durante décadas sua política não foi apoderar-se das jazidas nem conseguir concessões, mas mantê-las incógnitas para evitar que uma eventual exploração por nós ou outros povos prejudicasse seu domínios sobre essas "comodities". Para isto suas ONGs, - na verdade braços de seu serviço de Inteligência, fomentaram parques ecológicos e reserva indígenas para nos manter afastados. Quando nos aproximávamos - por exemplo das jazidas do Pitinga - chegou a recorrer ao assassinato e a provocar o massacre da expedição. Posteriormente na "Nova República", tornou-se mais fácil conseguir que governos corruptos se encarregassem de retirar garimpeiros e impedir a nossa mineração.
O cenário das mudanças
A enormidade das jazidas e a utilização de minérios raros no resto do Globo reacenderam as ambições dos tempos antigos; a exploração das jazidas do Pitinga pela brasileira Paranapanema quebrou o cartel do Estanho e assustou o do Ouro. Ambos injetaram recursos nas ONGs ambientalistas e indigenistas. Era o início da "guerra". Agora valia tudo.
Com o tempo tornou-se evidente que a crise financeira acabaria por estourar; que a quantidade dólar, impresso e criado eletronicamente teria que perder o valor, pois não haveria no mundo bens equivalentes àquele dinheiro.
Tornou-se óbvio; as grandes somas em dólares da China, India, Japão e Arábias teriam que perder o valor. Os Estados Unidos, que haviam exportado suas fábricas teriam que voltar a produzir em seu território, pois não mais adiantaria pintar papel e trocá-lo por produtos de uso comum. (buy american). Os Estados Unidos entenderam que necessitariam de matérias primas. Auto-suficientes em alimentos, não o são em petróleo nem em minérios estratégicos. Caso não mais seja aceito seu dinheiro e necessitem para viver, procurarão tomar. De mãos dadas com a Inglaterra e Holanda e outros de seus aliados que estiverem sofrendo também com a crise. Não os censuremos demasiadamente; qualquer povo em circunstâncias idênticas tenderia a agir como supomos que agirão.
O que podemos esperar do futuro?
Não sabemos, mas sabemos o que não podemos esperar: Paz e segurança.
O Mundo estará conturbado. As nações que necessitarem de matérias primas e não puderem comprar (por causa do calote) tentarão tomar. Por não ter para quem vender, a produção cairá e o número de empregos também. Haverá fome e convulsões sociais. Será grande a disputa por comida e pelas matérias primas que escassearem. Os tigres asiáticos e outros que vivem de exportar produtos industrializados para ao Estados Unidos tendem e implodir em meio de guerras, revoluções e genocídios. Os detentores de petróleo, minerais estratégicos e produtores de víveres sofrerão pressões de toda espécie, incluindo a tomada dos bens a "manu militari"
Claro, é melhor tomar sem luta. Isto explica a guerra de Quarta Geração (a conquista sem guerra), que caminhava bem sucedida até a resistência na Raposa- Serra do Sol, e a declaração do general Heleno, que despertaram o País para o perigo.
Recordando os passos da Guerra de Quarta geração (a conquista sem luta)
1- identificação das jazidas
2- criação de parques ecológicos ou missões religiosas sobre as jazidas
3- atrair índios para as missões e pagar falsos laudos antropológicos
4- demarcar as terras indígenas e conseguir a homologação
5- colocar na constituição que tratados e convenções internacionais assinados pelo Brasil e homologados pelo Congresso serão incorporados a Constituição, sendo superiores às leis comuns
6- conseguir que fosse assinado pelo Itamarati a Convenção dos Direitos dos Povos Indígenas, que na prática lhes concede soberania
(ISTO TUDO JÁ FOI FEITO!)
7- conseguir a homologação da Convenção no Congresso
(AGORA DESPERTAMOS. NÃO FOI NEM SERÁ FEITO)
Após esta fase, teríamos a declaração de independência, a contratação de mercenários (Blackwaters) para a defesa e o apoio militar americano se necessário, mas seria esperado que o Brasil, tendo perdido as condições jurídicas, reagisse muito fracamente
A resistência na Raposa e a declaração do gen. Heleno desmancharam a esperança americana de conquista sem luta; mas se quisermos evitá-la ou vencer, temos que nos preparar.
Cenário hipotético no futuro (pós declaração do gen. Heleno)
Sabemos que a principal carência norte-americana é o petróleo. Assistimos o que acontece no Iraque. Qualquer analista enxerga claramente que as jazidas mais fáceis de tomar são as do golfo de Maracaíbo, ainda da Venezuela, mas de certa forma reclamadas pela Colômbia. É evidente a demonização da Venezuela por parte da imprensa americana e de quem foi na onda, numa preparação, entre nós, idêntica àquela que conduziu o nosso País a entrar na guerra contra a Alemanha.
Pelo evoluir dos acontecimentos, pode acontecer uma guerra entre a Venezuela e a Colômbia, esta última apoiada pelos Estados Unidos desde que garanta o fornecimento do petróleo. Tudo indica que uma coalizão EUA - Colômbia venceria a guerra em 15 dias e naturalmente o Chavez seria derrubado (talvez enforcado, como o Sadam).
Conquistada a região do golfo de Maracaíbo, a Colômbia tangenciaria a área ianomâmi venezuelana, contígua a área ianomâmi no Brasil. Lembremo-nos que a área ianomâmi em nosso território já é independente de fato; com hino, bandeira, presidente, congresso, limites e leis próprias. Na área venezuelana isto não existe, pois lá o Chávez impede.
Derrubado o Chávez, nada mais impedirá a união das duas áreas, que reivindicará a independência, um novo Curdistão sul-americano, só que este com o apoio estadunidense, que assim teria garantido o suprimento de minérios estratégicos.
Certamente, neste cenário, ainda teremos outros problemas; haverá convulsões sociais com o desemprego causado pela diminuição das importações, e isto enfraquecerá nossa resistência ao estrangeiro. A exclusividade das jazidas do pré-sal já está sendo contestada além das 200 milhas, e as próprias plataformas podem ser tomadas.
Neste cenário pessimista, que gostaríamos nunca aconteça, não é inteligente nos opormos ao dirigente venezuelano por sua oposição aos Estados Unidos.
Geopoliticamente, interessa ao Brasil que ele prejudique os planos anglo-americanos de dominação, e que, na pior hipótese, atraia para si as atenções. Ao contrario do veiculado, ele tem apoiado a campanha para evitar a entrega da Raposa às ONGs; até ameaçando cortar a luz que vem da Venezuela (pois a ONG CIR impede a construção de hidrelétricas) , caso a área seja entregue às ONGs estrangeiras.
Pouco nos interessa que ele queira se perpetuar no governo ou se fala em socialismo bolivariano; seus patrícios que decidam. Tentemos decidir certo com os nossos dirigentes, tarefa nada fácil.
Isto tudo não me torna partidário do Chavez nem de ninguém. Pensemos apenas na nossa Pátria! Entre os cenários remotos, mas não impossíveis, existe o de um conflito entre nós e a Venezuela seja criado pela personalidade megalômana do Chavez ou pela cegueira de nossa política exterior, em apoiar a Guiana (leia-se EUA) em seu contencioso territorial.
A diferença de potencial evidencia a falta de lógica deste cenário, e dois fatores afastam a probabilidade de um conflito assim:
1- países mais fracos não provocam guerras, defendem-se caso atacados ou pressionados ao extremo.
2- O nosso País não tem a menor intenção de atacar ou pressionar para obter alguma vantagem nem a Venezuela nem a qualquer outra nação.
Poderia ser dito: a diferença de potencial deles para os EUA não é ainda maior? Eles não cogitam de guerra, mesmo tendo contra si mais a Colômbia e a Guiana? Sim, mas apenas de defender seu território e suas riquezas naturais. Nem Chávez nem ninguém na Venezuela nem em qualquer país do mundo seria louco em pensar atacar os Estados Unidos.
- E o Japão, poderia ser perguntado. Já não o fez uma vez?
Certo. Extremamente pressionado. Estudando história a fundo talvez cheguemos a conclusão que não teve outra alternativa a não ser a rendição sem luta.
Conclusão
A evolução da crise econômico-financeira tende a conduzir a uma abruta queda do valor do dólar, ou mesmo sua substituição por outra moeda visando a perda de valor das reservas em dólares dos países que, por fabricarem mais barato ou por dominarem a produção de petróleo, acumularam mais moeda americana do que bens existentes nos EUA.
Além da perda das reservas acumuladas, esta espécie de "calote" desmancharia a economia dos países que vivem de exportar para os EUA trará reflexos em todo o mundo, que poderão desembocar em guerras, convulsões sociais cuja amplitude e alcance não podem ser inteiramente avaliadas.
Uma das conseqüências previsíveis é a interrupção das importações dos Estados Unidos, que voltaria a fabricar em seu território o que hoje compra dos povos com mão de obra barata. Entretanto, petróleo e minérios estratégicos necessitarão trazer de fora. Não os podendo comprar, procurarão tomar. É uma questão de sobrevivência.
Ressalta aos olhos de quem estudar o assunto, o interesse norte-americano pelo petróleo venezuelano e pelos minerais das serras que separam o Brasil daquele país.
A maneira mais fácil de conseguir o petróleo é através de uma guerra entre a Colômbia e a Venezuela. A maneira mais fácil de conseguir os minerais estratégicos é tornar independentes certas terras indígenas do Brasil e controlar os seus governos. Evidenciam-se as manobras para conseguir ambos os intentos.
A Venezuela reage a seu modo. O nosso Brasil ensaia a reação.
A História parece se repetir; Novamente estamos do mesmo lado dos (descendentes dos) espanhóis contra as ambições dos anglo-saxões agora representados pelos EUA, Reino Unido e seus aliados, principalmente a Holanda. Tal como no século XVII a Inglaterra ajudou a desfazer a União Ibérica, agora tenta afastar o Brasil da Venezuela. Assim ficaria mais fácil a tomada por partes.
Uma vez derrubado o sustentáculo da reação venezuelana, o Chávez, as pressões para a independência das reservas indígenas tenderiam a aumentar de muito. Apesar de suas "loucuras" do Chavez, a Venezuela é a primeira linha de defesa da nossa integridade territorial. Não hostilizá-la é questão de bom senso
Já que vocês querem saber mais sobre...
IANOMÂMI! QUEM?
Por Roberto Gama e Silva - Almirante Reformado
Nos tempos da infância e da adolescência que passei em Manaus, minha cidade natal, nunca ouvi a mais leve referência ao grupamento indígena denominado "IANOMÂMI", nem mesmo nas excursões que fiz ao território, acompanhando o meu avô materno, botânico de formação, na sua incessante busca por novas espécies de orquídeas.
Tinha eu absoluta convicção sobre a inexistência desse grupo indígena, principalmente depois que aprendi que a palavra "ianomâmi" era um nome genérico aplicado ao "ser humano".
Recentemente, caiu-me nas mãos o livro "A FARSA IANOMÂMI", escrito por um oficial de Exército brasileiro, de família ilustre, o Coronel Carlos Alberto Lima Menna Barreto,
Credenciava o autor do livro a experiência adquirida em duas passagens demoradas por Roraima, a primeira, entre 69 e 71, como Comandante da Fronteira de Roraima/ 2º Batalhão Especial de Fronteira, a segunda, quatorze anos depois, como Secretário de Segurança do antigo Território Federal.
Menna Barreto procurou provar que os "ianomâmis" haviam sido criados por alienígenas, com o intuito claro de configurar a existência de uma "nação" indígena espalhada ao longo da fronteira com a Venezuela. Para tanto citou trechos de obras publicadas por cientistas estrangeiros que pesquisaram a região na década iniciada em 1910, notadamente o alemão Theodor Koch-Grünberg, autor do livro "Von Roraima zum Orinoco, reisen in Nord Brazilien und Venezuela in den jahren 1911-1913.
Embora convencido pelos argumentos apresentados no livro, ainda assim continuei minha busca atrás de uma personalidade brasileira que tivesse cruzado a região, em missão oficial do nosso governo, e que tivesse deixado documentos arquivados na repartição pública de origem. Aí, então, não haveria mais motivo para dúvidas.
Definido o que deveria procurar, foi muito fácil selecionar o nome de um dos "Gigantes da Nacionalidade", embora pouco conhecido pelos compatriotas de curta memória: Almirante Braz Dias de Aguiar, o "Bandeirante das Fronteiras Remotas".
Braz de Aguiar, falecido em 17 de setembro de 1947, ainda no cargo de "Chefe da Comissão Demarcadora de Limites – Primeira Divisão", prestou serviços relevantes ao país durante 40 anos corridos, sendo que destes, 30 anos dedicados à Amazônia, por ele demarcada por inteiro. Se, nos dias correntes, o Brasil já solucionou todas as pendências que recaiam sobre os 10.948 quilômetros que separam a nossa maior região natural dos países vizinhos, tudo se deve ao trabalho incansável e competente de Braz de Aguiar, pois de suas observações astronômicas e da precisão dos seus cálculos resultaram mais de 500 pontos astronômicos que definem, juntamente com acidentes naturais, essa longa divisória.
Todas as campanhas de Braz de Aguiar foram registradas em detalhados relatórios despachados para o Ministério das Relações Exteriores, a quem a Comissão Demarcadora era subordinada.
Além desses relatórios específicos, Braz de Aguiar ainda fez publicar trabalhos detalhados sobre determinadas áreas, que muito contribuíram para desvendar os segredos da Amazônia.
Um desses trabalhos denominado "O VALE DO RIO NEGRO", classificado pelo Chefe da "Comissão Demarcadora de Limites – Primeira Divisão" como um subsídio para "a geografia física e humana da Amazônia", foi encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores no mês de janeiro de 1944, trazendo no seu bojo a resposta definitiva à indagação "IANOMÂMI! QUEM?.
No tocante às tribos indígenas do Vale do Rio Negro, incluindo as do tributário Rio Branco, afirma o trabalho que "são todas pertencentes às famílias ARUAQUE e CARIBE, sem aludir à existência de alguns povos cujas línguas se diferenciam profundamente das faladas pelas duas coletividades citadas". Prossegue o autor: "Tais povos formam as chamadas tribos independentes, que devem ser consideradas como restos de antigas populações cuja liberdade foi grandemente prejudicada pela ação opressora de vizinhos poderosos". Também os índios "TUCANOS" constituem uma família a parte, complementa o trabalho.
Dito isto, a obra cita os nomes e as localizações das tribos aruaques no Vale do Rio Negro, em número de treze, sem que da relação conste a pretensa tribo "IANOMÂMI".
Em seguida, foram listadas as tribos caribes, bem como a sua localização: ao todo são sete as tribos, também ausente da relação o nome "IANOMÂMI".
Dentre as chamadas tribos independentes do Rio Negro, em número de cinco, também não aparece qualquer citação aos "IANOMÂMIS".
Para completar o quadro, a obra elaborada por Braz de Aguiar ainda faz menção especial ao grupo "TUCANO", pelo simples fato de compreender quinze famílias, divididas em três ramos: o oriental, que abrange as bacias dos rios UAUPÉS e CURICURIARI; a ocidental, ocupando as bacias do NAPO, PUTUMAIO e alto CAQUETÁ, e o setentrional, localizado nas nascentes do rio MAMACAUA.
Os "IANOMÂMIS" também não apareceram entre os "TUCANOS".
Para completar a listagem dos povos da bacia do RIO NEGRO, a obra ainda faz menção a uma publicação de 1926, composta pelas "MISSÕES INDÍGENAS SALESIANAS DO AMAZONAS", que descreve todas as tribos da bacia do RIO NEGRO sem mencionar a existência dos "IANOMÂMIS".
Assim sendo, pode-se afirmar, sem medo de errar, que esse povo "não existiu e não existe" senão nas mentes aedilosas dos inimigos do Brasil.
Menna Barreto e outras fontes fidedignas afirmam que coube a uma jornalista romena, CLAUDIA ANDUJAR, mencionar, pela primeira vez, em 1973, a existência do grupo indígena por ela denominado "IANOMÂMI", localizado em prolongada faixa vizinha à fronteira com a VENEZUELA.
Interessante ressaltar que a jornalista que "inventou" os "IANOMÂMIS" não agiu por conta própria, mas inspirada pela organização denominada "CHRISTIAN CHURCH WORLD COUNCIL" sediada na SUIÇA, que, por seu turno, é dirigida por um Conselho Coordenador instruído por seis entidades internacionais: "Comitê International de la Defense de l´Amazon"; "Inter-American Indian Institute"; "The International Ethnical Survival"; "The International Cultural Survival"; "Workgroup for Indigenous Affairs" e "The Berna-Geneve Ethnical Institute".
Releva, ainda, destacar o texto integral do item I, das "Diretrizes" da organização referentes ao BRASIL: "É nosso dever garantir a preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígines, para o seu desfrute pelas grandes civilizações européias, cujas áreas naturais estejam reduzidas a um limite crítico".
Ficam assim bem caracterizadas as intenções colonialistas dos membros do "CHRISTIAN CHURCH WORLD COUNCIL", ao incentivarem a "invenção" dos ianomâmis e a sua localização ao longo da faixa de fronteiras.
Trata-se de iniciativa de fé púnica, como soe ser a artificiosa invenção de um grupo étnico para permitir que estrangeiros venham a se apropriar de vasta região do Escudo das Guianas, pertencente ao Brasil e, provavelmente, rica em minérios. O ato se reveste de ilegitimidade passiva e de impossibilidade jurídica. Sendo, pois, um ato criminoso, a criação de "Reserva Ianomâmi" deve ser anulada e, em seguida, novo estudo da área deverá ser conduzido para o possível estabelecimento de novas reservas, agora descontínuas, para abrigar os grupos indígenas instalados na mesma zona, todos eles afastados entre si, por força do tradicional estado de beligerância entre os grupos étnicos "aruaques" e 'caribes'.
Outras providências legais devem ser adotadas, todavia, para enquadrar os "zelosos" funcionários da FUNAI que se deixaram enganar e os "competentes" servidores do Ministério da Justiça que induziram o Ministro da Pasta e o próprio Presidente da República a aprovarem a decretação de reserva para um grupo indígena inexistente. Sobre estes últimos poderia ser aplicada a "Lei de Segurança Nacional", artigos 9 e 11, por terem eles contribuído para um futuro seccionamento do território nacional e um possível desmembramento do mesmo para entrega a outro ou outros Estados.