VENEZUELA
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Re: CHAVEZ: de novo.
Não estás entendendo os planos malignos dos pérfidos COMUNAZZZZZZ, GustavoB, eles:
Só vão lutar e fazer os bolos deles durante o dia.
Quando for imprescindível lutar à noite, todo mundo já vai ter lanterna, com a desculpa de que ela é apenas para poder ir ao banheiro...
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- rodrigo
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Re: CHAVEZ: de novo.
Aos mais incrédulos, a Vezezuela se demonstra um grande mercado para os produtos brasileiros. Será o principal parceiro no mercosul, na importação de lanternas e pilhas.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: CHAVEZ: de novo.
Se o fizerem vão se dar mal, duram menos de um mês.........
As lanternas, as pilhas eu nem sei...
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Re: CHAVEZ: de novo.
Estou acompanhando diariamente tanto a Telesur quanto na RCN (NTN 24h) , a coisa tá piorando drasticamennte . Mortes e prisões tem acontecido diariamente e já envolvem militares de ambos os países, diga-se de passagem que as apresentadoras da RCN são todas lindas , a começar pela Claudia Gurisatti , sua diretora , que tem um programa no fim da noite . As da Telesur são uns dragões de feias .Tem só uma moreninha magrinha que se salva e assim mesmo meia-boca . O Bolchevismo Bolivariano está estragando até a tradicional beleza das mulheres venezuelanas .
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
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Re: CHAVEZ: de novo.
Venezuela bans violent video games: a first-person guest essay
http://www.boingboing.net/2009/11/05/ve ... z-adm.html
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- Marino
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Re: CHAVEZ: de novo.
Desilusões bolivarianas
As promessas de prosperidade e justiça social feitas em maio pelo presidente Hugo Chávez, quando expropriou 76 empresas que prestavam serviços para a estatal PDVSA e às quais seu governo devia cerca de US$ 10 bilhões , serviram para alimentar as esperanças de melhores condições de vida dos trabalhadores venezuelanos da região do Lago Maracaibo, uma das principais produtoras de petróleo do país. Mas não se vive de promessas e de esperanças estão constatando agora muitos venezuelanos que se encantaram com o discurso chavista.
"Sob um sol avassalador, Demóstenes Velásquez mora há meses em um barraco improvisado com restos de propaganda eleitoral dos comícios sindicais petroleiros, à espera do emprego prometido pela "revolução", após a expropriação da companhia para a qual ele trabalhava como terceirizado", relatou a repórter Marianna Párraga, da Agência Reuters, que visitou o local.
Como Velásquez, muitos trabalhadores na região do Lago Maracaibo fazem manifestações e greves de fome. Querem ser admitidos como empregados da PDVSA, que tem sustentado financeira e operacionalmente a política populista de Chávez. Os trabalhadores evitam, porém, criticar Chávez. Atribuem a culpa por suas dificuldades a "gerentes" da PDVSA, que a seu ver não cumprem as ordens do governo. Não querem, no fundo, abandonar totalmente as ilusões que os levaram à situação em que vivem hoje.
Mas a responsabilidade é de Chávez. A PDVSA, além de ser a maior fonte de recursos fiscais do governo venezuelano, vem sendo utilizada cada vez mais intensamente como braço executivo do programa chavista. Assumiu tarefas como as de construir habitações populares, importar alimentos, gerenciar empreendimentos agrícolas, administrar supermercados e financiar a educação de adultos. O quadro de empregados da empresa engordou rapidamente, o que aumentou seus custos operacionais, mas suas receitas foram severamente afetadas pela queda do preço do petróleo no mercado internacional e pela gestão irresponsável que a obrigou a vender o produto para "países amigos", como Cuba, a preços aviltados.
É irônico que, depois de agredir seguidamente os empreendimentos privados desde 2007, vem assumindo o controle de setores considerados estratégicos, o que inclui empresas de telecomunicações e de eletricidade, as prestadoras de serviços para a PDVSA, a maior siderúrgica do país, uma das maiores instituições financeiras que pertencia ao grupo espanhol Santander, duas das maiores processadoras de café e hotéis, o governo bolivariano de Chávez, acuado pela crise fiscal, agora procure cortejar as petrolíferas estrangeiras, para que elas voltem a investir no país. Nos próximos dias, deve anunciar regras mais favoráveis às empresas privadas para a exploração de seis blocos de petróleo na faixa do Rio Orinoco.
Outra ironia é que um país rico em fontes de energia como a Venezuela esteja enfrentando uma crise de abastecimento de energia elétrica tão severa que, há dias, o próprio presidente Hugo Chávez foi à televisão para pedir à população que não fique cantando sob o chuveiro e limite seu banho diário a três minutos.
A crise de energia elétrica é um retrato perfeito do modo bolivariano de governar. Desde que Chávez chegou ao poder, era sabido que o setor de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica necessitava de investimentos de US$ 5 bilhões em manutenção e ampliação. Mas nada foi investido nos últimos dez anos. O congelamento das tarifas por um longo período desestimulou investimentos privados e estimulou o consumo, uma combinação que só poderia resultar na crise atual.
O governo a atribuiu à seca e agora ameaça as empresas privadas que produzem energia elétrica para consumo próprio de expropriar suas centrais energéticas caso não transfiram o excedente de produção para o sistema nacional de distribuição. "Se alguém insistir em dar as costas para as necessidades do país, o governo está na obrigação de tomar o controle e cobrir as necessidades do nosso povo", ameaçou o ministro de Energia Elétrica, Rafael Ramírez, há poucos dias. É o tipo da ameaça que, na Venezuela de Hugo Chávez, tem tudo para se transformar em realidade.
As promessas de prosperidade e justiça social feitas em maio pelo presidente Hugo Chávez, quando expropriou 76 empresas que prestavam serviços para a estatal PDVSA e às quais seu governo devia cerca de US$ 10 bilhões , serviram para alimentar as esperanças de melhores condições de vida dos trabalhadores venezuelanos da região do Lago Maracaibo, uma das principais produtoras de petróleo do país. Mas não se vive de promessas e de esperanças estão constatando agora muitos venezuelanos que se encantaram com o discurso chavista.
"Sob um sol avassalador, Demóstenes Velásquez mora há meses em um barraco improvisado com restos de propaganda eleitoral dos comícios sindicais petroleiros, à espera do emprego prometido pela "revolução", após a expropriação da companhia para a qual ele trabalhava como terceirizado", relatou a repórter Marianna Párraga, da Agência Reuters, que visitou o local.
Como Velásquez, muitos trabalhadores na região do Lago Maracaibo fazem manifestações e greves de fome. Querem ser admitidos como empregados da PDVSA, que tem sustentado financeira e operacionalmente a política populista de Chávez. Os trabalhadores evitam, porém, criticar Chávez. Atribuem a culpa por suas dificuldades a "gerentes" da PDVSA, que a seu ver não cumprem as ordens do governo. Não querem, no fundo, abandonar totalmente as ilusões que os levaram à situação em que vivem hoje.
Mas a responsabilidade é de Chávez. A PDVSA, além de ser a maior fonte de recursos fiscais do governo venezuelano, vem sendo utilizada cada vez mais intensamente como braço executivo do programa chavista. Assumiu tarefas como as de construir habitações populares, importar alimentos, gerenciar empreendimentos agrícolas, administrar supermercados e financiar a educação de adultos. O quadro de empregados da empresa engordou rapidamente, o que aumentou seus custos operacionais, mas suas receitas foram severamente afetadas pela queda do preço do petróleo no mercado internacional e pela gestão irresponsável que a obrigou a vender o produto para "países amigos", como Cuba, a preços aviltados.
É irônico que, depois de agredir seguidamente os empreendimentos privados desde 2007, vem assumindo o controle de setores considerados estratégicos, o que inclui empresas de telecomunicações e de eletricidade, as prestadoras de serviços para a PDVSA, a maior siderúrgica do país, uma das maiores instituições financeiras que pertencia ao grupo espanhol Santander, duas das maiores processadoras de café e hotéis, o governo bolivariano de Chávez, acuado pela crise fiscal, agora procure cortejar as petrolíferas estrangeiras, para que elas voltem a investir no país. Nos próximos dias, deve anunciar regras mais favoráveis às empresas privadas para a exploração de seis blocos de petróleo na faixa do Rio Orinoco.
Outra ironia é que um país rico em fontes de energia como a Venezuela esteja enfrentando uma crise de abastecimento de energia elétrica tão severa que, há dias, o próprio presidente Hugo Chávez foi à televisão para pedir à população que não fique cantando sob o chuveiro e limite seu banho diário a três minutos.
A crise de energia elétrica é um retrato perfeito do modo bolivariano de governar. Desde que Chávez chegou ao poder, era sabido que o setor de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica necessitava de investimentos de US$ 5 bilhões em manutenção e ampliação. Mas nada foi investido nos últimos dez anos. O congelamento das tarifas por um longo período desestimulou investimentos privados e estimulou o consumo, uma combinação que só poderia resultar na crise atual.
O governo a atribuiu à seca e agora ameaça as empresas privadas que produzem energia elétrica para consumo próprio de expropriar suas centrais energéticas caso não transfiram o excedente de produção para o sistema nacional de distribuição. "Se alguém insistir em dar as costas para as necessidades do país, o governo está na obrigação de tomar o controle e cobrir as necessidades do nosso povo", ameaçou o ministro de Energia Elétrica, Rafael Ramírez, há poucos dias. É o tipo da ameaça que, na Venezuela de Hugo Chávez, tem tudo para se transformar em realidade.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: CHAVEZ: de novo.
Será que até a energia elétrica teremos que exportar para lá???
Ora, e tem Brasileiro que reclama de Chavez... Eu não entendo isto...
Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???
- BRAZIL7.62
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Re: CHAVEZ: de novo.
Chávez pede a civis e militares que se prepararem para a guerra
08 de novembro de 2009 • 15h39
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chamou hoje os militares e os civis que o apóiam a preparar-se para a guerra, após advertir aos Governos da Colômbia e dos Estados Unidos que os venezuelanos estão "dispostos a tudo".
Chávez fez a severa advertência após tomar como sua a afirmação do ex-presidente cubano Fidel Castro de que os Estados Unidos se juntaram à Colômbia com o tratado que permite aos soldados americanos utilizar as bases militares do país sul-americano.
http://noticias.terra.com.br/noticias/0 ... 88,00.html
08 de novembro de 2009 • 15h39
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chamou hoje os militares e os civis que o apóiam a preparar-se para a guerra, após advertir aos Governos da Colômbia e dos Estados Unidos que os venezuelanos estão "dispostos a tudo".
Chávez fez a severa advertência após tomar como sua a afirmação do ex-presidente cubano Fidel Castro de que os Estados Unidos se juntaram à Colômbia com o tratado que permite aos soldados americanos utilizar as bases militares do país sul-americano.
http://noticias.terra.com.br/noticias/0 ... 88,00.html
- Bolovo
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Re: CHAVEZ: de novo.
A Venezuela está se tornando o lugar mais chato do mundo para se viver.wagnerm25 escreveu:Venezuela bans violent video games: a first-person guest essay
http://www.boingboing.net/2009/11/05/ve ... z-adm.html
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: CHAVEZ: de novo.
Só falta proibir revista com mulher pelada.
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
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Re: CHAVEZ: de novo.
Mas é um babaca, esse bufão idiota! E ainda tem gente que dá ouvidos pra esse imbecil.Chávez vê ameaça de invasão dos EUA e chama militares
Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou ontem que os líderes militares devem estar preparados “para a guerra” e pediu aos cidadãos que “defendam a pátria” contra futuros ataques que poderiam ser orquestrados pelos Estados Unidos através do país vizinho, a Colômbia.
"Não vamos perder um dia na nossa principal missão: nos preparar para a guerra e ajudar as pessoas a se preparar para a guerra, porque isso é responsabilidade de todos", disse Chávez durante seu programa semanal de rádio e televisão, ‘Alô Presidente’
RECADO A OBAMA
As declarações do presidente venezuelano acontecem poucos dias após a assinatura de um acordo militar entre os Estados Unidos e a Colômbia. Chávez pediu ao seu colega americano Barack Obama que evite cair na tentação de uma agressão contra a Venezuela.
“Senhor presidente Obama, não vá cometer o erro de realizar uma agressão contra a Venezuela através da Colômbia, porque nós estamos prontos para qualquer coisa e a Venezuela não é nem nunca vai ser uma colônia ianque”, disse Chávez.
O argumento da Colômbia para permitir a presençaa militar dos Estados Unidos no país é a de colaborar com a luta contra as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). A justificativa foi insuficiente para acabar com a inquietação entre os países sul-americanos, especialmente de Hugo Chávez.
Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/mundo/h ... 45059.html
Enquanto isso, o desabastecimento tá lá, firme e forte. Mas o Rato Que Ruge tenta tampar o sol com a peneira chamando os EUA pra briga.
- Edu Lopes
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Re: CHAVEZ: de novo.
Diplo-MÁ-cia
Denis Lerrer Rosenfield
A diplo-MÁ-cia brasileira tem tantas luzes quanto a lanterna que Hugo Chávez recomenda aos venezuelanos para suas orientações noturnas. Evite ligar a luz, porque as empresas estatizadas não podem responder às suas demandas! Banho, então, só de três minutos, pois mais o socialismo bolivariano não permite! Siga as instruções do "companheiro" Chávez, que já dita como as pessoas devem se conduzir em sua própria casa! Cuidado! Podem se tornar inimigas do povo se essas diretrizes não forem seguidas.
É essa Venezuela chavista, socialista, que procura repetir, com outras denominações, a experiência comunista do século 20, que a nossa diplo-MÁ-cia está propondo como novo membro do Mercosul, no mais completo desrespeito à cláusula democrática, que deve reger as relações entre os seus países-membros. De democracia a Venezuela só tem a fachada. É como a lanterna e o banho de três minutos no lugar da energia elétrica. Espera-se que os senadores tenham, agora, no plenário, mais descortino do que tiveram na Comissão de Relações Exteriores. O Brasil está a um passo de se tornar mero instrumento da política chavista.
Há um equívoco que tem sido utilizado pelas autoridades governamentais e, em particular, pelos seus responsáveis, no próprio Palácio do Planalto e no Itamaraty, relativo ao significado da democracia. Para eles, a democracia reduz-se a um ritual de eleições, como se não existissem outras condições. A sua alternativa é simples: se há eleições, há democracia; se não há eleições, não há democracia. Tomemos um exemplo. Hitler chegou ao poder por meio de eleições. Aliás, ele as utilizou para suprimir qualquer outra condição da democracia. Para os nossos diplo-MÁ-tas, porém, não haveria dúvidas: Hitler seria um democrata!
A América Latina está presenciando um fenômeno político de novo tipo. O socialismo ou, para sermos mais precisos, o comunismo está voltando com uma nova roupagem. Ele deveria ser mais precisamente denominado de "democracia totalitária". Por quê? Pelo fato de estar utilizando instrumentos democráticos para subverter a própria democracia. E o faz por intermédio de institutos como referendos e assembleias constituintes, embasados em participações populares. Assim, seguindo esse raciocínio, uma assembleia constituinte poderia eliminar qualquer artigo constitucional, até mesmo aqueles que consideramos pétreos. Nesse sentido, uma assembleia constituinte, dado o seu caráter ilimitado, poderia abolir a igualdade racial ou a igualdade de gêneros.
O resultado desse processo consiste na destruição da democracia representativa, ou seja, do exercício da democracia feito pela afirmação das liberdades em geral, da liberdade econômica à liberdade política, passando pelas liberdades civis. A participação política deve fazer-se por instâncias e institutos de mediação, que são as leis, a liberdade de expressão e de imprensa, a liberdade de organização sindical e partidária, a igualdade de condições numa competição eleitoral e a existência da divisão de Poderes, que agem independentemente. Ora, o que faz a democracia totalitária? Silencia as oposições, suprime a independência do Poder Judiciário, submete o Poder Legislativo, fecha emissoras de rádio e de televisão independentes, criminaliza os adversários, considerados inimigos que devem ser abatidos.
A diplo-MÁ-cia brasileira, cada vez mais, assume uma feição bolivariana, comunista. Eis por que repete com tanta insistência que a Venezuela é "democrática", por entender por democracia a sua feição propriamente totalitária. Pactua, portanto, com a subversão da democracia por meios democráticos, apoiando Chávez internamente e do ponto de vista externo. Vez por outra, apresenta um laivo de independência, como quando critica a verborragia chavista. Ora, a verborragia chavista é também um elemento do exercício totalitário do poder. Pense-se nos discursos torrenciais de Fidel Castro durante horas ou nos discursos de Hitler. São todos frutos da mesma árvore denominada totalitarismo.
Um dos argumentos utilizados pelos partidários de Chávez foi de natureza comercial. As exportações brasileiras para a Venezuela alcançaram nestes últimos anos o montante de US$ 5,15 bilhões, como se fosse o Mercosul que tivesse propiciado esse incremento. Primeiro, esse incremento se deu sem nenhuma zona de união comercial nem aduaneira, sendo fruto da relação normal desses dois países. Segundo, note-se que a Venezuela tem nos EUA seu maior parceiro comercial, sendo proprietária nesse país de uma extensa rede de postos de gasolina. Chávez vocifera contra o imperialismo ianque e continua fazendo benéficos negócios com ele. Não precisa entrar no Nafta para isso.
Lobbies de empresários atuaram para favorecer o ingresso da Venezuela totalitária no Mercosul, pois assim seus interesses mais imediatos estariam satisfeitos. A questão, contudo, reside nos interesses de médio e de longo prazos, pois uma vez Chávez no Mercosul ele terá poder de veto para negociações do bloco em relação a outros países e blocos. Considerando que suas posições são anticapitalistas, ele procurará sempre fazer valer essas posições, ao arrepio dos interesses empresariais em relação a outros mercados. Procurará, de todos os modos, torpedear as relações comerciais do Mercosul, e do Brasil em particular, com os EUA e a União Europeia.
Um dos argumentos de senadores foi o de que ele deveria passar a respeitar a democracia. Alguns mais afoitos chegaram a dizer que seria obrigado a assinar um acordo nesse sentido, de tal maneira que este passaria a valer em seu próprio país. O argumento é de uma pusilanimidade atroz, pois Chávez nem respeita referendos provocados por ele mesmo. Há, contudo, uma questão conceitual de maior alcance. Regimes totalitários vivem do desrespeito sistemático das palavras, vivem da mentira, que se torna um instrumento político entre outros.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 3232,0.php
Denis Lerrer Rosenfield
A diplo-MÁ-cia brasileira tem tantas luzes quanto a lanterna que Hugo Chávez recomenda aos venezuelanos para suas orientações noturnas. Evite ligar a luz, porque as empresas estatizadas não podem responder às suas demandas! Banho, então, só de três minutos, pois mais o socialismo bolivariano não permite! Siga as instruções do "companheiro" Chávez, que já dita como as pessoas devem se conduzir em sua própria casa! Cuidado! Podem se tornar inimigas do povo se essas diretrizes não forem seguidas.
É essa Venezuela chavista, socialista, que procura repetir, com outras denominações, a experiência comunista do século 20, que a nossa diplo-MÁ-cia está propondo como novo membro do Mercosul, no mais completo desrespeito à cláusula democrática, que deve reger as relações entre os seus países-membros. De democracia a Venezuela só tem a fachada. É como a lanterna e o banho de três minutos no lugar da energia elétrica. Espera-se que os senadores tenham, agora, no plenário, mais descortino do que tiveram na Comissão de Relações Exteriores. O Brasil está a um passo de se tornar mero instrumento da política chavista.
Há um equívoco que tem sido utilizado pelas autoridades governamentais e, em particular, pelos seus responsáveis, no próprio Palácio do Planalto e no Itamaraty, relativo ao significado da democracia. Para eles, a democracia reduz-se a um ritual de eleições, como se não existissem outras condições. A sua alternativa é simples: se há eleições, há democracia; se não há eleições, não há democracia. Tomemos um exemplo. Hitler chegou ao poder por meio de eleições. Aliás, ele as utilizou para suprimir qualquer outra condição da democracia. Para os nossos diplo-MÁ-tas, porém, não haveria dúvidas: Hitler seria um democrata!
A América Latina está presenciando um fenômeno político de novo tipo. O socialismo ou, para sermos mais precisos, o comunismo está voltando com uma nova roupagem. Ele deveria ser mais precisamente denominado de "democracia totalitária". Por quê? Pelo fato de estar utilizando instrumentos democráticos para subverter a própria democracia. E o faz por intermédio de institutos como referendos e assembleias constituintes, embasados em participações populares. Assim, seguindo esse raciocínio, uma assembleia constituinte poderia eliminar qualquer artigo constitucional, até mesmo aqueles que consideramos pétreos. Nesse sentido, uma assembleia constituinte, dado o seu caráter ilimitado, poderia abolir a igualdade racial ou a igualdade de gêneros.
O resultado desse processo consiste na destruição da democracia representativa, ou seja, do exercício da democracia feito pela afirmação das liberdades em geral, da liberdade econômica à liberdade política, passando pelas liberdades civis. A participação política deve fazer-se por instâncias e institutos de mediação, que são as leis, a liberdade de expressão e de imprensa, a liberdade de organização sindical e partidária, a igualdade de condições numa competição eleitoral e a existência da divisão de Poderes, que agem independentemente. Ora, o que faz a democracia totalitária? Silencia as oposições, suprime a independência do Poder Judiciário, submete o Poder Legislativo, fecha emissoras de rádio e de televisão independentes, criminaliza os adversários, considerados inimigos que devem ser abatidos.
A diplo-MÁ-cia brasileira, cada vez mais, assume uma feição bolivariana, comunista. Eis por que repete com tanta insistência que a Venezuela é "democrática", por entender por democracia a sua feição propriamente totalitária. Pactua, portanto, com a subversão da democracia por meios democráticos, apoiando Chávez internamente e do ponto de vista externo. Vez por outra, apresenta um laivo de independência, como quando critica a verborragia chavista. Ora, a verborragia chavista é também um elemento do exercício totalitário do poder. Pense-se nos discursos torrenciais de Fidel Castro durante horas ou nos discursos de Hitler. São todos frutos da mesma árvore denominada totalitarismo.
Um dos argumentos utilizados pelos partidários de Chávez foi de natureza comercial. As exportações brasileiras para a Venezuela alcançaram nestes últimos anos o montante de US$ 5,15 bilhões, como se fosse o Mercosul que tivesse propiciado esse incremento. Primeiro, esse incremento se deu sem nenhuma zona de união comercial nem aduaneira, sendo fruto da relação normal desses dois países. Segundo, note-se que a Venezuela tem nos EUA seu maior parceiro comercial, sendo proprietária nesse país de uma extensa rede de postos de gasolina. Chávez vocifera contra o imperialismo ianque e continua fazendo benéficos negócios com ele. Não precisa entrar no Nafta para isso.
Lobbies de empresários atuaram para favorecer o ingresso da Venezuela totalitária no Mercosul, pois assim seus interesses mais imediatos estariam satisfeitos. A questão, contudo, reside nos interesses de médio e de longo prazos, pois uma vez Chávez no Mercosul ele terá poder de veto para negociações do bloco em relação a outros países e blocos. Considerando que suas posições são anticapitalistas, ele procurará sempre fazer valer essas posições, ao arrepio dos interesses empresariais em relação a outros mercados. Procurará, de todos os modos, torpedear as relações comerciais do Mercosul, e do Brasil em particular, com os EUA e a União Europeia.
Um dos argumentos de senadores foi o de que ele deveria passar a respeitar a democracia. Alguns mais afoitos chegaram a dizer que seria obrigado a assinar um acordo nesse sentido, de tal maneira que este passaria a valer em seu próprio país. O argumento é de uma pusilanimidade atroz, pois Chávez nem respeita referendos provocados por ele mesmo. Há, contudo, uma questão conceitual de maior alcance. Regimes totalitários vivem do desrespeito sistemático das palavras, vivem da mentira, que se torna um instrumento político entre outros.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 3232,0.php
- wagnerm25
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Re: CHAVEZ: de novo.
Essa história de convocação para guerra lembra obviamente Guerra das Malvinas, que todo mundo aqui sabe porque aconteceu.
Problemas internos, arranje um inimigo externo.
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