TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21121 Mensagem por orestespf » Qua Out 14, 2009 8:53 pm

gomugomu escreveu: Allan, riscos existem de todas as partes. O que tem que se pensar é: esses riscos valem a pena? Na minha visão sim, e muito.
O raciocíneo é bem simples, todos sabem que essa é a primeira parte do programa FX, e que a segunda parte envolve mais 75 - 85 unidades do mesmo vetor, isto é parte do projeto original. A questão para se pensar é, existem tais riscos? Sim! Porém estão relatados em contrato, com prazo de entrega estipulado, custo de desenvolvimento etc. É difícil acreditar que o Brasil possuirá base orçamentária para operar 120 Rafales e sustentar um projeto de 5ª geração. Somos um país ainda em acensão, não é pensar pequeno, é fazer o melhor com o que temos. Na minha visão o Gripen NG seria o vetor mais indicado ao Brasil, porque além de seu custo de manutenção, propiciará um salto a indústria aeronáutica brasileira a curto - médio prazo, significante. Quanto ao projeto de 5ª geração, existem outras prioridades, e fica difícil de aceitar isso como base, em um país com orçamento das FA's como o nosso.
Dito isto, ainda sim, acredito que a parceria com o Gripen também é a que viabiliza mais conhecimento ao Brasil, mesmo para um futuro projeto de caça de 5ª geração.

Agora, você vai deixar de favorecer a indústria nacional em um projeto promissor de mesmo custo para favorecer a indústria extrangeira somente? É complicado, nessa questão, a parte técnica vem em segundo plano, é preciso anallizar todas as vertentes do projeto, tem seus riscos, mas tem benefícios que os transpassam em grande escala.

Me parece ilógico aceitar uma proposta de um caça pronto, de manutenção mais cara, com menos participação indústrial brasileira e que custa mais. Simples assim.
Caro Gomugomu,

suas teses sempre partem da premissa do fator custo. Tá, concordo com isso, mas em parte, muito em parte. Explico: país grande não poupa esforços financeiros quando o assunto é defesa de seus territórios e interesses. Pergunto: por que o Brasil deveria ser exceção a esta regra se o mesmo não é mais o país de décadas atrás?

Em momento algum vi alguém deste governo dizer que era necessário fazer uma compra "mais em conta", sempre foi dito que é "preciso pensar grande" (frase repetida dias atrás pelo ministro Nelson Jobim). Alguma coisa há de errado neste papo, ou o ministro está apenas nas retóricas ou o amigo está na contra-mão da história.

Sempre tive por mim que o que está em jogo é o sistema de defesa do País, se não for assim, qualquer tralha melhor do que temos tá valendo. Proposta boa não é sinônimo de proposta barata, o barato é consequência dos atributos e limitações do produto (nem tudo o que é caro é bom, mas não existe nada, absolutamente nada, decente que seja barato). O Gripen, então, não é decente? Longe disso, só que seu "atributo" custo não é proeza, deve-se ao fato de ser um caça de uma categoria abaixo daquelas de seus concorrentes. Quem não assumir tal coisa conviverá com eterna "confusão mental" que poderia ser produzida pela disputa F-5 e M-2000, por exemplo.

Sempre disse que adoraria ver o Gripen nas cores da FAB, porém, jamais (insisto, jamais) se houver possibilidade de termos algo verdadeiramente mais capaz e que intimide qualquer aventureiro, como por exemplo, Rafale e F-18 (por isso sempre defendi o SU-35, não 120, mas um bocado o suficiente para inibir). O virótico Gripen é um excelente caça, mas está distante do que imagino para nosso país; não consigo me contentar com o possível quando o impossível já se encontra em nossas mãos.


Grande abraço,

Orestes, "eternamente pensando grande".




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21122 Mensagem por Wardog » Qua Out 14, 2009 8:55 pm

soultrain escreveu:Já agora o que o Brasil vai aprender com o NG? É que já fiz esta pergunta umas 10 vezes e nada até agora.

Bom não é bem nada, a AKaer vai fazer um estudo e testes da asa, ou algo parecido e depois o vazio. Não acham estranho que se tenha feito tanto barulho pelo pormenor e depois o silêncio, não acham que se fosse tão estupendo não andava nas bocas do mundo: Brasil desenvolve sensor IR, Brasil desenvolve FBW, Brasil desenvolve radar, Brasil desenvolve motor, Brasil desenvolve software de missão?

Onde estão essas fantásticas noticias? Será que foi marketing? Será que o NG não passa de um MLU ao C? Será que há mais diferenças entre o SH blk I e II e o Rafale F2 e F3, do que entre o C e o NG?

Já agora na entrevista da Boeing, nunca na história e que tal, que eu me lembre a autorização do congresso foi pedida em muitos negócios, antes dos contratos, p.ex F-16 para o Brasil e muitos outros.

Era interessante perguntar porque o F/A-18 foi fechado pelos Coreanos e passado um tempo, tcharam afinal vocês querem é F-16.

[[]]'s
Só sei de uma coisa, com o NG o brasil vai aprender tudo que a Dassault oferece com muito mais desenvolvimento e comercialidade.

Transferência de tecnologia do Rafale é escolinha, vai vir francês aqui dar aul pra brasileiro.
Vai operar Rafale e Pak-FA??? AHHHH TA, conta outra.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21123 Mensagem por orestespf » Qua Out 14, 2009 8:56 pm

gomugomu escreveu: Só sei de uma coisa, com o NG o brasil vai aprender tudo que a Dassault oferece com muito mais desenvolvimento e comercialidade.

Transferência de tecnologia do Rafale é escolinha, vai vir francês aqui dar aul pra brasileiro.
Vai operar Rafale e Pak-FA??? AHHHH TA, conta outra.
Fontes!?!?!?




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21124 Mensagem por soultrain » Qua Out 14, 2009 8:59 pm

Pak-FA? Quem falou nisso? Mas cheira-me que vai voar primeiro que o NG, esse NG supostamente fabricado no Brasil em quantidade perto da centena, ou seja em 2030 o Brasil ainda vai estar a fabricar um caça de 4ª geração para exportar, para quem? Para o Borquinafaço?





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21125 Mensagem por Wardog » Qua Out 14, 2009 9:03 pm

orestespf escreveu:
gomugomu escreveu: Allan, riscos existem de todas as partes. O que tem que se pensar é: esses riscos valem a pena? Na minha visão sim, e muito.
O raciocíneo é bem simples, todos sabem que essa é a primeira parte do programa FX, e que a segunda parte envolve mais 75 - 85 unidades do mesmo vetor, isto é parte do projeto original. A questão para se pensar é, existem tais riscos? Sim! Porém estão relatados em contrato, com prazo de entrega estipulado, custo de desenvolvimento etc. É difícil acreditar que o Brasil possuirá base orçamentária para operar 120 Rafales e sustentar um projeto de 5ª geração. Somos um país ainda em acensão, não é pensar pequeno, é fazer o melhor com o que temos. Na minha visão o Gripen NG seria o vetor mais indicado ao Brasil, porque além de seu custo de manutenção, propiciará um salto a indústria aeronáutica brasileira a curto - médio prazo, significante. Quanto ao projeto de 5ª geração, existem outras prioridades, e fica difícil de aceitar isso como base, em um país com orçamento das FA's como o nosso.
Dito isto, ainda sim, acredito que a parceria com o Gripen também é a que viabiliza mais conhecimento ao Brasil, mesmo para um futuro projeto de caça de 5ª geração.

Agora, você vai deixar de favorecer a indústria nacional em um projeto promissor de mesmo custo para favorecer a indústria extrangeira somente? É complicado, nessa questão, a parte técnica vem em segundo plano, é preciso anallizar todas as vertentes do projeto, tem seus riscos, mas tem benefícios que os transpassam em grande escala.

Me parece ilógico aceitar uma proposta de um caça pronto, de manutenção mais cara, com menos participação indústrial brasileira e que custa mais. Simples assim.
Caro Gomugomu,

suas teses sempre partem da premissa do fator custo. Tá, concordo com isso, mas em parte, muito em parte. Explico: país grande não poupa esforços financeiros quando o assunto é defesa de seus territórios e interesses. Pergunto: por que o Brasil deveria ser exceção a esta regra se o mesmo não é mais o país de décadas atrás?

Em momento algum vi alguém deste governo dizer que era necessário fazer uma compra "mais em conta", sempre foi dito que é "preciso pensar grande" (frase repetida dias atrás pelo ministro Nelson Jobim). Alguma coisa há de errado neste papo, ou o ministro está apenas nas retóricas ou o amigo está na contra-mão da história.

Sempre tive por mim que o que está em jogo é o sistema de defesa do País, se não for assim, qualquer tralha melhor do que temos tá valendo. Proposta boa não é sinônimo de proposta barata, o barato é consequência dos atributos e limitações do produto (nem tudo o que é caro é bom, mas não existe nada, absolutamente nada, decente que seja barato). O Gripen, então, não é decente? Longe disso, só que seu "atributo" custo não é proeza, deve-se ao fato de ser um caça de uma categoria abaixo daquelas de seus concorrentes. Quem não assumir tal coisa conviverá com eterna "confusão mental" que poderia ser produzida pela disputa F-5 e M-2000, por exemplo.

Sempre disse que adoraria ver o Gripen nas cores da FAB, porém, jamais (insisto, jamais) se houver possibilidade de termos algo verdadeiramente mais capaz e que intimide qualquer aventureiro, como por exemplo, Rafale e F-18 (por isso sempre defendi o SU-35, não 120, mas um bocado o suficiente para inibir). O virótico Gripen é um excelente caça, mas está distante do que imagino para nosso país; não consigo me contentar com o possível quando o impossível já se encontra em nossas mãos.


Grande abraço,

Orestes, "eternamente pensando grande".
Você como admirador da aviação, considera muito as qualidades técnicas de um caça. O Brasil, pelo estágio econômico que se econtra, deve pensar primeiro no desenvolvimento de sua indústria aeronáutica. O Brasil tem que pensar grande, mas dentro dos seus padrões, ja estamos com uma série de problemas aí como a falta de verbas para a restituição do IRPF, falta de verba pra financiamento de trem bala, etc. Não é questão de pensar grande, cada um faz o que pode, atualmente, o melhor cenário para o Brasil seria o NG, um caça de primeira linha, com uma competência tecnológica muito forte, produzido conjuntamente e também comercializado. Não é questão de ter o caça mais possante, o que esta em jogo é o desenvolvimento da indústria brasileira, que virá sim, com um caça competente e de primeira linha.
Acho que a divergência de opiniões se posta muito no fator de prioridades, que para mim é o desenvilvimento aeroespacial industrial brasileiro, para você, é o aspecto técnico de ter uma FA de dar inveja, quando talvez não seja o mais indicado.

Grande abraço.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21126 Mensagem por soultrain » Qua Out 14, 2009 9:03 pm

Pêpe,

Eu não tenho propriedade para me aprofundar, mas por favor dê uma luz aqui, diga o que pode sobre as propostas.


[[]]'s





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21127 Mensagem por Wardog » Qua Out 14, 2009 9:04 pm

soultrain escreveu:Pak-FA? Quem falou nisso? Mas cheira-me que vai voar primeiro que o NG, esse NG supostamente fabricado no Brasil em quantidade perto da centena, ou seja em 2030 o Brasil ainda vai estar a fabricar um caça de 4ª geração para exportar, para quem? Para o Borquinafaço?
Prazo de entrega estipulado em contrato é 2014.
Agora se ficar discutindo mentira ou verdade....




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21128 Mensagem por Wardog » Qua Out 14, 2009 9:07 pm

orestespf escreveu:
gomugomu escreveu: Só sei de uma coisa, com o NG o brasil vai aprender tudo que a Dassault oferece com muito mais desenvolvimento e comercialidade.

Transferência de tecnologia do Rafale é escolinha, vai vir francês aqui dar aul pra brasileiro.
Vai operar Rafale e Pak-FA??? AHHHH TA, conta outra.
Fontes!?!?!?

Nessa usei o raciocíneo dedutivo. Almirante francês deu uma entrevista dizendo que a transferência tecnológica seria ilimitada dentro dos itens pedidos pela FAB. É sabido que todas as três propostas atingem os requisitos tecnológicos da FAB. A proposta suéca tem o diferencial de co-produção, logo se aprenderá tudo o que a França está disposta a ensinar com mais facilidade e plenitude, e propiciando o desenvolvimento.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21129 Mensagem por soultrain » Qua Out 14, 2009 9:08 pm

gomugomu escreveu:
soultrain escreveu:Pak-FA? Quem falou nisso? Mas cheira-me que vai voar primeiro que o NG, esse NG supostamente fabricado no Brasil em quantidade perto da centena, ou seja em 2030 o Brasil ainda vai estar a fabricar um caça de 4ª geração para exportar, para quem? Para o Borquinafaço?
Prazo de entrega estipulado em contrato é 2014.
Agora se ficar discutindo mentira ou verdade....
Pare lá com isso do verdade ou mentira, sério isso de 2014, os 36? Huau, como será, mexem no caldeirão? Será que dá para entregar logo 120 numa fornada?

Meu caro, 2014 será o primeiro, que ainda será um pré produção, veja o tempo que o F-35 demora entre isso e o full rate production e quanto tempo demora a fabricar 36. eu sei que é diferente, mas dá para ter uma ideia.

[[]]'s





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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21130 Mensagem por soultrain » Qua Out 14, 2009 9:09 pm

A proposta suéca tem o diferencial de co-produção

Fontes?????





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21131 Mensagem por Wardog » Qua Out 14, 2009 9:12 pm

soultrain escreveu:
gomugomu escreveu: Prazo de entrega estipulado em contrato é 2014.
Agora se ficar discutindo mentira ou verdade....
Pare lá com isso do verdade ou mentira, sério isso de 2014, os 36? Huau, como será, mexem no caldeirão? Será que dá para entregar logo 120 numa fornada?

Meu caro, 2014 será o primeiro, que ainda será um pré produção, veja o tempo que o F-35 demora entre isso e o full rate production e quanto tempo demora a fabricar 36. eu sei que é diferente, mas dá para ter uma ideia.

[[]]'s
2014 é o prazo para o começo da entrega de todos os três concorrentes. Não interferindo no tempo corrido total, ja que as três propostas têm montagem final prevista para o Brasil, e a Embraer, não tem fama de atrazar projetos em suas linhas de montagem.




Editado pela última vez por Wardog em Qua Out 14, 2009 9:14 pm, em um total de 1 vez.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21132 Mensagem por Wardog » Qua Out 14, 2009 9:13 pm

soultrain escreveu:A proposta suéca tem o diferencial de co-produção

Fontes?????

Fonte é o próprio Bengt Janér, que deixou bem claro no discurso a comissão de tecnologia da câmara hoje que o caça será uma co-prodção Brasil-Suécia com direito de patente intelectual conjunto da Embraer e da SAAB.

A Saab está disposta a negociar com a Embraer, dentro do escopo da parceria estratégica a ser firmada caso o Governo Brasileiro escolha o Gripen NG Brasil, a co-propriedade industrial das tecnologias específicas do Gripen NG Brasil, tornando aquela aeronave um verdadeiro produto Embraer-Saab.
Acreditamos que a Saab tenha sido a única empresa a oferecer a possibilidade de co-propriedade intelectual da aeronave ofertada.




Editado pela última vez por Wardog em Qua Out 14, 2009 9:19 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21133 Mensagem por Wardog » Qua Out 14, 2009 9:17 pm

Palestra da Saab AB proferida por Bengt Janer

Câmara dos Deputados

14 de outubro de 2009

Excelentíssimo Senhor Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, Deputado Eduardo Gomes

Excelentíssimos Senhores e Senhoras parlamentares presentes.

Prezados membros desta mesa.

Senhoras e senhores.

Em nome da empresa Saab, agradeço a Comissão de Ciência e Tecnologia, assim como a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, o gentil convite para participar dessa audiência pública, da mais alta importância para o esclarecimento do tema “Transferência de Tecnologia no Programa F-X2”.

Inicialmente, é importante citar que o Pedido de Oferta elaborado pelo Comando da Aeronáutica, e aprovado pelo Ministério da Defesa, foi muito claro e detalhado no tocante aos requisitos de transferência de tecnologia de interesse do parque industrial aeroespacial brasileiro e da própria Força Aérea Brasileira.

Posso assegurar aos senhores que a proposta de transferência de tecnologia apresentada pela Saab ao Comando da Aeronáutica cumpriu e excedeu o que foi solicitado pelo Pedido de Oferta.Senhores Deputados, um processo de transferência de tecnologia, para ser eficaz, necessita de atender a quatro requisitos necessários.

Primeiro requisito - deve existir no país de origem uma entidade detentora da tecnologia a ser transferida e, no país de destino, uma entidade capacitada para recebê-la. Esta é uma condição fundamental. Não se transfere tecnologia para quem não está apto para recebê-la.

Segundo requisito - a tecnologia a ser transferida deve ter uma utilidade para a instituição, empresa ou governo, seja esta tecnologia de interesse científico, comercial ou estratégico. Sem utilidade para o país receptor, o processo não tem sentido.

Terceiro requisito – a metodologia para a transferência de tecnologia deve ser de uma forma que assegure que a sua absorção, pelos entes receptores, seja eficiente e eficaz. A metodologia utilizada para a transmissão da tecnologia tem um valor importante no processo.

Quarto requisito - deve ser proporcionado à instituição, empresa ou governo receptor da tecnologia todos os direitos de uso da tecnologia transferida. É importante que a tecnologia recebida possa ser utilizada pelas entidades receptoras sem qualquer restrição comercial para a manutenção das suas aeronaves, para melhorias futuras, para incorporação de novos sistemas e armamentos e para aplicação em outros produtos, militares ou civis, do seu interesse.

No caso das tecnologias “duais”, ou seja, aquelas que podem ser empregadas tanto para uso civil ou militar, receber uma tecnologia e não ter direito de utilizá-la onde for do interesse nacional é inconcebível. Por isso, obter o total direito de uso da tecnologia torna-se questão fundamental.

Posso assegurar aos senhores parlamentares que a proposta da Saab atende de forma completa a todos estes quatro requisitos.

A Saab está disposta a negociar com a Embraer, dentro do escopo da parceria estratégica a ser firmada caso o Governo Brasileiro escolha o Gripen NG Brasil, a co-propriedade industrial das tecnologias específicas do Gripen NG Brasil, tornando aquela aeronave um verdadeiro produto Embraer-Saab.

Acreditamos que a Saab tenha sido a única empresa a oferecer a possibilidade de co-propriedade intelectual da aeronave ofertada.

A Saab apresentou, em sua proposta recentemente entregue ao Comando da Aeronáutica, um programa de transferência de tecnologia que inclui:

*
100% de todas as tecnologias solicitadas pelo Comando da Aeronáutica;
*
100% das tecnologias solicitadas pelas maiores empresas do setor aeroespacial, em especial a Embraer;
*
Processo de transferência “on the job training” – Aprender fazendo;
*
Responsabilidade por 40% das atividades de desenvolvimento realizados por empresas brasileiras;
*
Participação em todas as atividades de desenvolvimento;
*
Produção de 80% da estrutura da aeronave (asas, segmentos da fuselagem, portas, etc.) por empresas brasileiras, para todos os Gripens NG a serem produzidos, inclusive os da Suécia;
*
Aviônica produzida no Brasil

Gostaria, agora, de fazer um retrospecto da história da terceira maior empresa aeronáutica do mundo, a Embraer, orgulho de todos nós brasileiros.

A Embraer foi fundada em 1969, fruto da visão estratégica do Ministério da Aeronáutica e do Governo Brasileiro.

Foi criada para produzir o Bandeirante, cujos protótipos haviam sido desenvolvidos em um dos institutos do CTA.

Para fazer com que a empresa desse o seu “primeiro grande salto”, era necessário um auxílio externo, que veio na forma da transferência de tecnologia da empresa italiana Aermacchi que, na venda das suas aeronaves Xavante para a FAB, instalou uma linha de montagem nas suas instalações.

A metodologia empregada foi a de receber as primeiras quatro aeronaves montadas da Itália e, progressivamente, aumentar a carga de trabalho no Brasil.

Poucos componentes foram fabricados na Embraer. O objetivo principal era aprender como fazer produção serializada de aeronaves. Junto com a implantação da linha do Xavante na Embraer, vieram o conhecimento e processos de controle de qualidade, planejamento de produção e suporte logístico. Cerca de 200 Xavantes foram produzidos na linha da Embraer.

E isso foi obtido há cerca de 40 anos.

Montar aeronaves em um regime conhecido como CKD (“Complete knock-down”), ou seja, montagem de kits produzidos pela matriz, não agrega nenhuma tecnologia à Embraer.

O “segundo grande salto” veio novamente por meio de empresas italianas. A participação da Embraer no Programa AM-X proporcionou absorção de conhecimentos na integração de sistemas, no desenvolvimento de software embarcado, na integração de armamentos, nos ensaios e testes em solo e em voo e em diversas tecnologias de produção principalmente de peças usinadas complexas.

No Programa AM-X, a Embraer foi responsável por 30% do projeto e desenvolvimento da aeronave e por 30% da produção de sua estrutura, consistindo especificamente das asas, trem de pouso, entradas de ar e tanque externo de combustível.

Cerca de 50 AM-X foram produzidos pela Embraer e outros 150 foram produzidos na Itália com peças e segmentos estruturais brasileiros.

É amplamente reconhecido que sem o programa AM-X, a Embraer não teria atingido o patamar que permitiu o desenvolvimento de todos seus aviões regionais e comerciais. O Programa AM-X foi o passaporte para a Embraer alcançar a terceira posição no ranking mundial da indústria aeronáutica.

E isso foi obtido há cerca de 30 anos.

Produzir peças com base em projetos feitos na matriz também não agrega nenhuma tecnologia à Embraer.

O que a Saab propõe agora ao governo brasileiro e à Embraer, por meio do Programa Gripen NG, é o “terceiro grande salto”.

A Saab ofereceu como principal componente da Oferta apresentada ao Comando da Aeronáutica, a proposta de formação de uma parceria estratégica com a Embraer, na qual está prevista atuação daquela empresa como a principal responsável por cerca de 40% do processo de desenvolvimento do Gripen NG Brasil, ficando a Saab com a responsabilidade dos 60% restante.

Porém, ambas as empresas participarão de 100% das atividades de desenvolvimento.

A parceria Embraer-Saab irá muito além dos aspectos puramente industriais. O Gripen NG será um produto Embraer-Saab. No aspecto comercial, as duas empresas participarão das vendas do Gripen NG para todos os clientes mundiais. Está previsto, também, que a Embraer será a líder de venda (“prime contractor”) para os países da América Latina, e também para outros, onde a sua penetração, em termos de marketing, seja mais adequada.

Todo o software da aeronave será desenvolvido com a participação da Embraer e poderá ser modificado e alterado no futuro sem a presença da Saab.

A proposta da SAAB oferece mais do que simplesmente “acesso” aos códigos-fonte. Os softwares críticos de missão, que incluem todos os softwares de interesse da FAB, e os respectivos códigos-fonte, serão desenvolvidos em parceria com a Embraer, que terá domínio de todo o conhecimento.

Também será instalado no Brasil um centro de desenvolvimento de softwares (laboratório e “rig” aviônico), que ao lado do pessoal habilitado, são as ferramentas indispensáveis ao completo domínio dos sistemas computacionais da aeronave.

É importante ressaltar que "acesso aos códigos-fonte" não tem qualquer significado prático caso o ente receptor não disponha da infra-estrutura adequada (laboratórios e rigs aviônicos) e, principalmente, de pessoal treinado e habilitado, que somente será disponível caso tenha participado do processo de desenvolvimento.

Dentre as mais importantes tecnologias que a Embraer terá acesso destacam-se:

*
Desenvolvimento de redes de informação, fusão de dados e informações e alto nível de integração de sistemas
*
Tecnologias de projeto e produção de estruturas complexas e que utilizam materiais avançados tais como materiais compósitos
*
Integração de motores
*
Integração de radares
*
Integração de armamentos de última geração
*
Ensaios em voo de aeronaves supersônicas
*
Sistemas avançados de comunicação e enlace de dados

A proposta da SAAB prevê que a linha de produção completa das 36 aeronaves Gripen NG Brasil será implantada no Brasil.

O governo da Suécia propõe incorporar a nova geração do Gripen na sua Força Aérea no mesmo cronograma do solicitado pela FAB, ou seja, a partir de 2014, isso significa que as exportações de produtos (80% da fuselagem) e serviços deverão ter início dentro de pouco tempo.

A parceria SAAB e Embraer é o que se poderia chamar de “parceria perfeita”. Isso porque as duas empresas possuem tecnologias próprias absolutamente complementares, e não são competidoras em nenhuma área de negócios, seja no mercado de aeronaves comerciais, militares e de aviação executiva.

As empresas também possuem experiências de parceria de sucesso, como nos programas AEW (Erieye) para os governos do Brasil, México e Grécia.

Por essa razão, podemos afirmar sem qualquer margem de erro, que o nível de envolvimento daquela empresa no Programa Gripen NG, e consequentemente, de ganhos tecnológicos e comerciais a serem aferidos pela Embraer, serão muito superiores aos do Programa AM-X.

O Programa Gripen NG Brasil será realmente o “terceiro grande salto” para a Embraer.

Além disso, o Gripen NG para o Brasil estará equipado com sistemas eletrônicos produzidos na empresa Aeroeletrônica, localizada no Rio Grande do Sul, que já fornece sistemas semelhantes para os Super-Tucanos e F-5 modernizados. Esta sinergia trará imensos ganhos operacionais e logísticos para a FAB, além de gerar centenas de empregos de alta tecnologia.

Os armamentos nacionais serão integrados no Brasil, com a participação da empresa Mectron, que atualmente fabrica os mísseis Piranha, MAR-1, e participa do desenvolvimento conjunto com a África do Sul do míssil A-Darter, que por feliz coincidência, utiliza aeronaves Gripen para os seus ensaios de lançamento.

Outro exemplo do processo de transferência de tecnologia da Saab, e a seriedade com que essa empresa está comprometida com o desenvolvimento da aeronave Gripen NG Brasil, é a Akaer, baseada em São José dos Campos, empresa de engenharia especializada em projetos estruturais.

A Akaer já foi contratada pela Saab, independente do resultado do Programa F-X2, para projetar as asas e partes importantes da fuselagem.

20 engenheiros estão na Suécia, desde 30 de agosto, trabalhando no Gripen NG.

Senhores parlamentares, as ofertas de transferência de tecnologia devem contemplar os quatro requisitos citados no início desta exposição, ou seja, que existam entidades nacionais capacitadas tecnologicamente para absorvê-la; que a tecnologia a ser transferida tenha utilidade para as indústrias brasileiras; que a tecnologia seja transmitida por meio de uma metodologia eficaz e que seja acompanhada por uma licença que assegure o total direito de uso para o programa em tela e para qualquer outro de natureza civil ou militar.

E ainda, que esse compromisso esteja contido na Oferta apresentada oficialmente ao Comando da Aeronáutica.

Finalmente, transferência de tecnologia não é feita com base em produtos já desenvolvidos.

Assim, não faz sentido falar em transferência de tecnologia do motor X, ou do radar Y, ou da bomba hidráulica Z.

A Saab e as empresas participantes do Programa Gripen NG possuem todas as tecnologias de interesse do Comando da Aeronáutica, inclusive as relacionadas aos motores aeronáuticos e radares, e estão disponíveis e autorizadas para realizá-las.

Finalizando esta pequena apresentação, gostaria de dizer que o Programa Gripen NG abre para o Brasil uma oportunidade única de dotar a sua Força Aérea, em 2014, com a mais moderna aeronave de caça do mundo, com equipamentos eletrônicos e sistemas de auto-proteção com, no mínimo, 10 anos de vantagens tecnológicas sobre os demais, com uma vantagem incomparável, o de mais baixo preço de aquisição e de operação.

Nenhum outro programa utilizará tantos componentes nacionais, nem proporcionará a criação de postos de trabalho de alta tecnologia como o Programa Gripen NG Brasil.

Muito obrigado!




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soultrain
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21134 Mensagem por soultrain » Qua Out 14, 2009 9:18 pm

Fonte do diferencial...

Mas para perceber melhor se as entregas começarem em 2014 o IOC do primeiro esquadrão, se tudo correr pelo melhor será em 2016-17, é isso a FAB vai fazer o IOC de uma aeronave de 4ª geração nessa data e você ainda fala em fabricar mais um centena e exportação, enfim.





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#21135 Mensagem por GDA_Fear » Qua Out 14, 2009 9:19 pm

A Boeing entrou de "sola". 8-] 8-]




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