Missão de Paz no Haiti
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Re: Missão de Paz no Haiti
O trabalho que está sendo feito no Haiti é realmente fantástico.
Vinicius Pimenta
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Re: Missão de Paz no Haiti
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Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Missão de Paz no Haiti
Vinicius Pimenta escreveu:O trabalho que está sendo feito no Haiti é realmente fantástico.
Só que a essa altura do campeonato Vinicius, este trabalho já deveria estar sendo realizado pelo próprios haitianos, ou na melhor das hipóteses, pela iniciativa privada. Nacional ou estrangeira. Infelizmente nem uma coisa e nem outra.
Nossas tropas estão fazendo lá o trabalho politicamente correto que tanto os nossos politicos sonham em vê-las fazendo aqui, como uma Cáritas de farda; e ssó ainda não conseguem por que ainda há quatro estrelas nas fa's com culhão suficiente pra peitar a idéia.Do contrário...
Não sou contra o que nossos homens fazem lá, mas estamos nos enforcando cada vez mais ao ampliar cada vez mais o nicho de ação das tropas. Parece que estamos esquecendo o que eles são: tropas, exatamnte isso. Militares fazendo o trabalho da parte civil de um Estado falido. Enfim, quando é que vamos poder sair de lá, sem necessariamente quebrar o Estdo haitiano. Segurança pública é bom e todo mundo gosta, fizemos um ótimo trabalho mas, e a segurança jurídica, social, humanitária... que são dever do Estado.
Estamos incorrendo numa dependência perigosa e emblemática entre o povo, as tropas e o governo daquele país. O que será que vai acontecer quando não estivermos mais lá? Ou pior: até quando iremos ter que ficar lá, cumprindo um papel que não é nosso?
Vamos ser novamente convidados a nos fazer presente de novo, e partir do zero novamente?
abraços.
Carpe Diem
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Re: Missão de Paz no Haiti
Eu respeito esse seu ponto de vista, mas discordo. Penso que já houve diversas missões anteriores no Haiti e elas falharam justamente por terem acabado quando pensou-se que já estava tudo resolvido. Não tardou para se ver que não estava. A missão atual, ao contrário, me parece muito mais preocupada em fazer com que não haja a necessidade de outra no futuro. É preferível ficar mais tempo e não ter que voltar do que sair precipitadamente e daqui há 5 anos ter que começar tudo de novo.
O Haiti é um Estado que está praticamente sendo criado. Isso não é de um dia para o outro que se consegue. Leva bastante tempo e precisa de ajuda internacional. Temos uma companhia de engenharia por lá, são cerca de 200 homens. Para o nosso país, com vários batalhões de engenharia e, mais que isso, com um Estado que, com erros e acertos, com problemas diversos, tem capacidade de caminhar por conta própria, seria aparente pequena essa contribuição desses cerca de 200 homens. Para o Haiti, essa contribuição se transforma em algo fundamental. Eu tenho perfeita noção de que nós também temos problemas a resolver, mas sou muito orgulhoso de saber que, mesmo assim, nós estamos dispostos a ajudar quem precisa. Isso é da natureza do povo brasileiro. O cara pode ter só um pão para comer, mas se mais alguém estiver precisando, ele é capaz de dividir aquele pão.
Não quero dizer com isso que a missão esteja perfeita, que tudo esteja da maneira correta. Entendo que a parte militar já foi cumprida com grande sucesso sob o comando de nossas tropas. Sei que a parte civil da missão deixa muito a desejar, mas não creio que necessariamente não seja papel nosso de alguma forma ajudar. Acredito que eu esteja até raciocinando mais pelo lado humano da coisa do que pelo lado prático, mas eu não consigo conceber a ideia de deixar um povo sofrido com aquele de novo à própria sorte, sem antes estar preparado para isso.
O Haiti é um Estado que está praticamente sendo criado. Isso não é de um dia para o outro que se consegue. Leva bastante tempo e precisa de ajuda internacional. Temos uma companhia de engenharia por lá, são cerca de 200 homens. Para o nosso país, com vários batalhões de engenharia e, mais que isso, com um Estado que, com erros e acertos, com problemas diversos, tem capacidade de caminhar por conta própria, seria aparente pequena essa contribuição desses cerca de 200 homens. Para o Haiti, essa contribuição se transforma em algo fundamental. Eu tenho perfeita noção de que nós também temos problemas a resolver, mas sou muito orgulhoso de saber que, mesmo assim, nós estamos dispostos a ajudar quem precisa. Isso é da natureza do povo brasileiro. O cara pode ter só um pão para comer, mas se mais alguém estiver precisando, ele é capaz de dividir aquele pão.
Não quero dizer com isso que a missão esteja perfeita, que tudo esteja da maneira correta. Entendo que a parte militar já foi cumprida com grande sucesso sob o comando de nossas tropas. Sei que a parte civil da missão deixa muito a desejar, mas não creio que necessariamente não seja papel nosso de alguma forma ajudar. Acredito que eu esteja até raciocinando mais pelo lado humano da coisa do que pelo lado prático, mas eu não consigo conceber a ideia de deixar um povo sofrido com aquele de novo à própria sorte, sem antes estar preparado para isso.
Vinicius Pimenta
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Re: Missão de Paz no Haiti
X2 e assino embaixo!Vinicius Pimenta escreveu:Eu respeito esse seu ponto de vista, mas discordo. Penso que já houve diversas missões anteriores no Haiti e elas falharam justamente por terem acabado quando pensou-se que já estava tudo resolvido. Não tardou para se ver que não estava. A missão atual, ao contrário, me parece muito mais preocupada em fazer com que não haja a necessidade de outra no futuro. É preferível ficar mais tempo e não ter que voltar do que sair precipitadamente e daqui há 5 anos ter que começar tudo de novo.
O Haiti é um Estado que está praticamente sendo criado. Isso não é de um dia para o outro que se consegue. Leva bastante tempo e precisa de ajuda internacional. Temos uma companhia de engenharia por lá, são cerca de 200 homens. Para o nosso país, com vários batalhões de engenharia e, mais que isso, com um Estado que, com erros e acertos, com problemas diversos, tem capacidade de caminhar por conta própria, seria aparente pequena essa contribuição desses cerca de 200 homens. Para o Haiti, essa contribuição se transforma em algo fundamental. Eu tenho perfeita noção de que nós também temos problemas a resolver, mas sou muito orgulhoso de saber que, mesmo assim, nós estamos dispostos a ajudar quem precisa. Isso é da natureza do povo brasileiro. O cara pode ter só um pão para comer, mas se mais alguém estiver precisando, ele é capaz de dividir aquele pão.
Não quero dizer com isso que a missão esteja perfeita, que tudo esteja da maneira correta. Entendo que a parte militar já foi cumprida com grande sucesso sob o comando de nossas tropas. Sei que a parte civil da missão deixa muito a desejar, mas não creio que necessariamente não seja papel nosso de alguma forma ajudar. Acredito que eu esteja até raciocinando mais pelo lado humano da coisa do que pelo lado prático, mas eu não consigo conceber a ideia de deixar um povo sofrido com aquele de novo à própria sorte, sem antes estar preparado para isso.
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Re: Missão de Paz no Haiti
Missão da ONU no Haiti pode terminar em 2011
07/10/2009 - 23h42
Marcelo Rech, de Porto Príncipe
Os integrantes da missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti acreditam que a vertente militar poderá deixar o país já em 2011 com a posse do novo presidente.
Neste mês, um plano de reconfiguração da missão será implantado pela Minustah. O Brasil receberá novos encargos, mas será reduzido o efetivo de combate da missão. Blindados serão substituídos por veículos leves.
De acordo com o subcomandante da missão, o general chileno Ricardo Toro Tassara, caminhões e jipes são menos ofensivos e mais efetivos para a atual realidade do Haiti.
Ele explicou ainda que as áreas operacionais estão sendo redesenhadas para que se respeitem os limites dos Departamentos (estados).
Com o objetivo de facilitar o diálogo, tropas peruanas foram deslocadas para a fronteira com a República Dominicana onde hoje atuam militares da Jordânia.
Toro Tassara revelou que as tropas serão diminuídas paulatinamente e substituídas por equipes de engenharia e missões humanitárias.
Pelo menos 120 blindados e 80 homens do Batalhão Haiti (Brasil) devem deixar o país até o final do ano.
Na avaliação do Coronel João Batista Carvalho Bernardes, comandante das tropas brasileiras no Haiti, “não é momento de sair. Uma retirada prematura pode significar o recrudescimento da situação local”.
Ele entende que as tropas devem sair aos poucos do país na medida em que as forças policiais estejam em condições de assegurar a segurança e a estabilidade conquistadas pela Minustah.
Otimista, Bernardes aposta no turismo, na agricultura e nos serviços como geradores de empregos e renda para o Haiti, país que tem uma população jovem à espera de oportunidades.
Manifestações
O general Toro Tassara reconhece que a falta de vontade política pode comprometer o trabalho realizado pela missão.
“Como não há desenvolvimento, a estabilidade alcançada pode ser comprometida. Ela será garantida quando tivermos desenvolvimento político, econômico e social. Até lá, será uma estabilidade frágil sempre suscetível às manifestações populares”, afirmou.
De acordo com o militar, são muitas as demandas sociais urgentes no Haiti. Os professores, por exemplo, estão há dois anos sem receber salários.
Segundo ele, “há coisas que não se produzem por falta de meios, mas há também muita coisa que não se produz por falta de vontade política”.
Até o momento, não chegou um único centavo dos US$ 370 milhões prometidos para os programas de reconstrução do Haiti.
Nas últimas eleições presidenciais, apenas 12% da população compareceu às urnas, o que mostra o grau de descrença dos haitianos na classe política do país.
http://www.inforel.org/
>
O artigo acima corrobora muito do q o Vinicius falou no post anterior. O processo agora não é mais de pacificação mas de reconstrução e viabilização das intituições do país. Isso não se faz em anos, mas em décadas. O Haiti vai depender anos de ajuda internacional até q tenha condições de sua sociedade produzir por conta própria o básico, de forma crescente e sustentável para q resolva o problema crucial do país: desemprego. Enfim, como já aconteceu no passado quando os EUA invadiram o país para apear do poder Raoul Cédras e reempossar Jean-Bertrand Aristide (q demonstrou ser uma troca de 6 por meia dúzia), se o Haiti for entregue a própria sorte tão fraco institucionalmente não seria de se duvidar q na próxima década um nova Missão da ONU se fizesse necessária no país...
07/10/2009 - 23h42
Marcelo Rech, de Porto Príncipe
Os integrantes da missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti acreditam que a vertente militar poderá deixar o país já em 2011 com a posse do novo presidente.
Neste mês, um plano de reconfiguração da missão será implantado pela Minustah. O Brasil receberá novos encargos, mas será reduzido o efetivo de combate da missão. Blindados serão substituídos por veículos leves.
De acordo com o subcomandante da missão, o general chileno Ricardo Toro Tassara, caminhões e jipes são menos ofensivos e mais efetivos para a atual realidade do Haiti.
Ele explicou ainda que as áreas operacionais estão sendo redesenhadas para que se respeitem os limites dos Departamentos (estados).
Com o objetivo de facilitar o diálogo, tropas peruanas foram deslocadas para a fronteira com a República Dominicana onde hoje atuam militares da Jordânia.
Toro Tassara revelou que as tropas serão diminuídas paulatinamente e substituídas por equipes de engenharia e missões humanitárias.
Pelo menos 120 blindados e 80 homens do Batalhão Haiti (Brasil) devem deixar o país até o final do ano.
Na avaliação do Coronel João Batista Carvalho Bernardes, comandante das tropas brasileiras no Haiti, “não é momento de sair. Uma retirada prematura pode significar o recrudescimento da situação local”.
Ele entende que as tropas devem sair aos poucos do país na medida em que as forças policiais estejam em condições de assegurar a segurança e a estabilidade conquistadas pela Minustah.
Otimista, Bernardes aposta no turismo, na agricultura e nos serviços como geradores de empregos e renda para o Haiti, país que tem uma população jovem à espera de oportunidades.
Manifestações
O general Toro Tassara reconhece que a falta de vontade política pode comprometer o trabalho realizado pela missão.
“Como não há desenvolvimento, a estabilidade alcançada pode ser comprometida. Ela será garantida quando tivermos desenvolvimento político, econômico e social. Até lá, será uma estabilidade frágil sempre suscetível às manifestações populares”, afirmou.
De acordo com o militar, são muitas as demandas sociais urgentes no Haiti. Os professores, por exemplo, estão há dois anos sem receber salários.
Segundo ele, “há coisas que não se produzem por falta de meios, mas há também muita coisa que não se produz por falta de vontade política”.
Até o momento, não chegou um único centavo dos US$ 370 milhões prometidos para os programas de reconstrução do Haiti.
Nas últimas eleições presidenciais, apenas 12% da população compareceu às urnas, o que mostra o grau de descrença dos haitianos na classe política do país.
http://www.inforel.org/
>
O artigo acima corrobora muito do q o Vinicius falou no post anterior. O processo agora não é mais de pacificação mas de reconstrução e viabilização das intituições do país. Isso não se faz em anos, mas em décadas. O Haiti vai depender anos de ajuda internacional até q tenha condições de sua sociedade produzir por conta própria o básico, de forma crescente e sustentável para q resolva o problema crucial do país: desemprego. Enfim, como já aconteceu no passado quando os EUA invadiram o país para apear do poder Raoul Cédras e reempossar Jean-Bertrand Aristide (q demonstrou ser uma troca de 6 por meia dúzia), se o Haiti for entregue a própria sorte tão fraco institucionalmente não seria de se duvidar q na próxima década um nova Missão da ONU se fizesse necessária no país...
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Re: Missão de Paz no Haiti
Sexta-feira, 9 de outubro de 2009, 19:13
Queda de avião da ONU mata pelo menos 6 no Haiti
AE - Agencia Estado
PORTO PRÍNCIPE, HAITI - A queda de um avião da Organização das Nações Unidas (ONU) nos arredores de Porto Príncipe provocou a morte de pelo menos seis pessoas nesta sexta-feira, informou a polícia haitiana.
Dez pessoas estavam à bordo da aeronave e a maior parte dos ocupantes era formada por militares. A nacionalidade das vítimas ainda é desconhecida, afirmou o oficial de polícia Cadostin Marc-Andre.
A missão militar da ONU no Haiti é comandada pelo Brasil, que possui mais de mil soldados no país.
O avião caiu nas proximidades de Ganthier, nos arredores da capital haitiana, disse o oficial de polícia. As informações são da Dow Jones.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 8587,0.htm
Queda de avião da ONU mata pelo menos 6 no Haiti
AE - Agencia Estado
PORTO PRÍNCIPE, HAITI - A queda de um avião da Organização das Nações Unidas (ONU) nos arredores de Porto Príncipe provocou a morte de pelo menos seis pessoas nesta sexta-feira, informou a polícia haitiana.
Dez pessoas estavam à bordo da aeronave e a maior parte dos ocupantes era formada por militares. A nacionalidade das vítimas ainda é desconhecida, afirmou o oficial de polícia Cadostin Marc-Andre.
A missão militar da ONU no Haiti é comandada pelo Brasil, que possui mais de mil soldados no país.
O avião caiu nas proximidades de Ganthier, nos arredores da capital haitiana, disse o oficial de polícia. As informações são da Dow Jones.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 8587,0.htm
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Re: Missão de Paz no Haiti
Sexta-feira, 9 de outubro de 2009, 20:08
Sobe para 11 total de mortos em queda de avião da ONU
AE - Agencia Estado
PORTO PRÍNCIPE - A queda de um avião da Organização das Nações Unidas (ONU) perto da fronteira entre o Haiti e a República Dominicana provocou a morte de pelo menos 11 pessoas hoje, informou a Organização das Nações Unidas (ONU). As vítimas eram de nacionalidade uruguaia e jordaniana.
Michele Montas, porta-voz da ONU, disse que o avião pertencia ao exército uruguaio e que a maior parte dos ocupantes era de militares. De acordo com ela, a queda ocorreu na localidade haitiana de Fonds-Verrettes, uma área montanhosa perto da fronteira com a República Dominicana, país com o qual o Haiti divide a Ilha Hispaniola.
A ONU recuperou os corpos das vítimas e iniciou uma investigação sobre a queda, concluiu Michele. Mais cedo, um oficial da polícia haitiana disse que o avião havia caído perto de Porto Príncipe e que pelo menos seis pessoas haviam morrido. A missão militar da ONU no Haiti é comandada pelo Brasil, que possui mais de mil soldados na nação centro-americana. As informações são da Dow Jones.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 8610,0.htm
Sobe para 11 total de mortos em queda de avião da ONU
AE - Agencia Estado
PORTO PRÍNCIPE - A queda de um avião da Organização das Nações Unidas (ONU) perto da fronteira entre o Haiti e a República Dominicana provocou a morte de pelo menos 11 pessoas hoje, informou a Organização das Nações Unidas (ONU). As vítimas eram de nacionalidade uruguaia e jordaniana.
Michele Montas, porta-voz da ONU, disse que o avião pertencia ao exército uruguaio e que a maior parte dos ocupantes era de militares. De acordo com ela, a queda ocorreu na localidade haitiana de Fonds-Verrettes, uma área montanhosa perto da fronteira com a República Dominicana, país com o qual o Haiti divide a Ilha Hispaniola.
A ONU recuperou os corpos das vítimas e iniciou uma investigação sobre a queda, concluiu Michele. Mais cedo, um oficial da polícia haitiana disse que o avião havia caído perto de Porto Príncipe e que pelo menos seis pessoas haviam morrido. A missão militar da ONU no Haiti é comandada pelo Brasil, que possui mais de mil soldados na nação centro-americana. As informações são da Dow Jones.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 8610,0.htm
Re: Missão de Paz no Haiti
Avião da ONU cai no Haiti e deixa 11 mortos
09 de outubro de 2009 - 20h30
Um avião de vigilância da Organização das Nações Unidas (ONU), pertencente ao contingente uruguaio da força de paz da organização, caiu no leste da capital haitiana nesta sexta-feira, matando todas as 11 pessoas a bordo, informaram autoridades da ONU.
A aeronave caiu perto da cidade de Fonds-Verrettes, próximo à fronteira com a República Dominicana, disse a porta-voz-chefe da ONU, Michele Montas. Outra porta-voz da organização, Vannina Maestracci, disse que uma equipe de resgate da entidade confirmou que não havia sobreviventes entre os 11 passageiros que estavam na aerovane. As vítimas eram uruguaias e jordanianas, afirmou Maestracci.
Ela disse que a aeronave, um Casa-212, participava de uma patrulha habitual da fronteira quando caiu em uma montanha. As causas do acidente ainda são desconhecidas.
Mais cedo, Montas havia dito que a aeronave perdera contato na manhã desta sexta-feira. Outro avião da ONU avistou os destroços da aeronave a cerca de 20 km ao oeste de Fonds-Verrettes.
Uma força de paz da ONU conhecida como Minustah, liderada pelo Brasil, realiza trabalhos no Haiti desde 2004 e é composta por cerca de 9 mil soldados e policiais. O avião caiu em uma fazenda perto de Pays-Pourri, no distrito de Ganthier, a leste da capital haitiana, Porto Príncipe, disse Eralus Thelusme, uma autoridade do governo de Pays-Pourri.
Thomson Reuters
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Re: Missão de Paz no Haiti
08/10/2009 - 17h30
Minustah: um novo paradigma nas operações de paz
Marcelo Rech, de Porto Príncipe
O embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman, afirmou nesta quinta-feira que a missão de estabilização do Haiti representa um novo paradigma nas operações de paz sob a égide das Nações Unidas.
De acordo com o diplomata, a forma como o Brasil conduz a missão é exemplo para toda a comunidade internacional. Segundo Kipman, a saída das tropas deve ser gradual a partir do segundo semestre de 2011.
No cargo desde fevereiro de 2008, Igor Kipman já foi o encarregado de negócios da representação brasileira no Haiti em 1995.
Trata-se, portanto, de um profundo conhecedor da realidade do país. Ele também serviu na República Dominicana.
Para o embaixador, o Haiti evolui de forma muito lenta, mas positiva. Além disso, ao contrário do ano passado, o país não enfrentou nenhum furacão em 2009.
Em 2008, quatro furacões deixaram cerca de 800 mil haitianos desabrigados.
Igor Kipman minimizou as críticas feitas por representantes de ONGs, inclusive e principalmente brasileiras, de que as mudanças no Haiti são vagarosas.
“A cultura local impõe esse ritmo. Não adianta tentar fazer as coisas mais rapidamente”, afirmou.
Na avaliação do diplomata, a realidade haitiana passa pela geração de empregos, 100 mil pelo menos a cada ano.
“Todo o esforço será inútil sem empregos. 80% da população está desempregada e estamos trabalhando para atrair investimentos privados no Haiti, do Brasil, dos Estados Unidos, Canadá e Europa”, destacou.
Exemplo
O embaixador do Brasil no Haiti ressaltou que a ONU já entendeu que para surtir algum efeito, as missões de paz não podem se concentrar apenas na vertente militar.
É preciso fortalecer as instituições dos países para que eles voltem a ter vida própria.
Sobre os gastos do governo brasileiro com as tropas no Haiti, Igor Kipman destacou que o retorno em termos de projeção internacional é extraordinário, sem contar os benefícios diretos para as Forças Armadas.
Na sua avaliação, são ganhos intangíveis, por isso suscitam críticas muitas vezes injustas.
De acordo com dados do ministério da Defesa, ONU e Minustah, o Brasil gastou cerca de R$ 577 milhões com as tropas no Haiti até o mês de fevereiro deste ano. Desse total, a ONU reembolsou apenas R$ 276 milhões.
Ainda segundo as mesmas fontes, os recursos destinados a Minustah chegam aos US$ 601, 5 milhões.
Atualmente, a missão tem 7.060 militares de 12 países, 2000 mil policiais de 49 nações, 900 funcionários civis, sendo 230 voluntários, de 69 países, e emprega 1.500 haitianos.
http://www.inforel.org/
Minustah: um novo paradigma nas operações de paz
Marcelo Rech, de Porto Príncipe
O embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman, afirmou nesta quinta-feira que a missão de estabilização do Haiti representa um novo paradigma nas operações de paz sob a égide das Nações Unidas.
De acordo com o diplomata, a forma como o Brasil conduz a missão é exemplo para toda a comunidade internacional. Segundo Kipman, a saída das tropas deve ser gradual a partir do segundo semestre de 2011.
No cargo desde fevereiro de 2008, Igor Kipman já foi o encarregado de negócios da representação brasileira no Haiti em 1995.
Trata-se, portanto, de um profundo conhecedor da realidade do país. Ele também serviu na República Dominicana.
Para o embaixador, o Haiti evolui de forma muito lenta, mas positiva. Além disso, ao contrário do ano passado, o país não enfrentou nenhum furacão em 2009.
Em 2008, quatro furacões deixaram cerca de 800 mil haitianos desabrigados.
Igor Kipman minimizou as críticas feitas por representantes de ONGs, inclusive e principalmente brasileiras, de que as mudanças no Haiti são vagarosas.
“A cultura local impõe esse ritmo. Não adianta tentar fazer as coisas mais rapidamente”, afirmou.
Na avaliação do diplomata, a realidade haitiana passa pela geração de empregos, 100 mil pelo menos a cada ano.
“Todo o esforço será inútil sem empregos. 80% da população está desempregada e estamos trabalhando para atrair investimentos privados no Haiti, do Brasil, dos Estados Unidos, Canadá e Europa”, destacou.
Exemplo
O embaixador do Brasil no Haiti ressaltou que a ONU já entendeu que para surtir algum efeito, as missões de paz não podem se concentrar apenas na vertente militar.
É preciso fortalecer as instituições dos países para que eles voltem a ter vida própria.
Sobre os gastos do governo brasileiro com as tropas no Haiti, Igor Kipman destacou que o retorno em termos de projeção internacional é extraordinário, sem contar os benefícios diretos para as Forças Armadas.
Na sua avaliação, são ganhos intangíveis, por isso suscitam críticas muitas vezes injustas.
De acordo com dados do ministério da Defesa, ONU e Minustah, o Brasil gastou cerca de R$ 577 milhões com as tropas no Haiti até o mês de fevereiro deste ano. Desse total, a ONU reembolsou apenas R$ 276 milhões.
Ainda segundo as mesmas fontes, os recursos destinados a Minustah chegam aos US$ 601, 5 milhões.
Atualmente, a missão tem 7.060 militares de 12 países, 2000 mil policiais de 49 nações, 900 funcionários civis, sendo 230 voluntários, de 69 países, e emprega 1.500 haitianos.
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Re: Missão de Paz no Haiti
Terça-feira, 13 de outubro de 2009, 15:28
ONU estende missão de paz no Haiti por mais um ano
Segundo órgão, houve progresso na segurança do país, mas 'a situação ainda é frágil'
Associated Press
NOVA YORK - O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu nesta terça-feira, 13, por unanimidade que sua missão de paz permanecerá no Haiti por mais um ano, alegando que a situação no país caribenho ainda constitui uma ameaça à paz e à segurança internacionais.
A resolução do conselho manterá em 9 mil o efetivo da missão. O órgão também aceitou a recomendação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, de reconfigurar as forças de segurança para poder deslocá-la às zonas remotas mais rapidamente.
Ainda que o órgão tenha reconhecido que houve algum avanço no Haiti em matéria de segurança no último ano, a situação, reconhece, ainda segue frágil. O conselho aconselhou o governo haitiano e outras figuras chaves a fortalecer o diálogo democrático e formar um consenso para lidar com todos os problemas do país, incluindo a pobreza.
Acidente
No mesmo dia do anúncio da ONU, em Porto Príncipe, capital haitiana, houve o funeral de 11 soldados e pilotos mortos em um acidente aéreo na última sexta-feira. "Eles estavam no Haiti protegendo as fronteiras do país. Prestariam socorro às vítimas das tempestades do ano passado. Estavam ajudando o povo do Haiti a cumprir a enorme promessa de sua orgulhosa nação", disse o secretário-geral da ONU em uma carta lida pelo chefe da missão no país, Hedi Annabi. O presidente Rene Préval assistiu à cerimônia na base da ONU na capital, mas não falou com a imprensa.
A maioria dos seis uruguaios e cinco jordanianos mortos no acidente estavam no Haiti há três meses. Seus nomes foram lidos várias vezes e suas fotos estavam em mesas com as bandeiras de seus respectivos países.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 9960,0.htm
ONU estende missão de paz no Haiti por mais um ano
Segundo órgão, houve progresso na segurança do país, mas 'a situação ainda é frágil'
Associated Press
NOVA YORK - O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu nesta terça-feira, 13, por unanimidade que sua missão de paz permanecerá no Haiti por mais um ano, alegando que a situação no país caribenho ainda constitui uma ameaça à paz e à segurança internacionais.
A resolução do conselho manterá em 9 mil o efetivo da missão. O órgão também aceitou a recomendação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, de reconfigurar as forças de segurança para poder deslocá-la às zonas remotas mais rapidamente.
Ainda que o órgão tenha reconhecido que houve algum avanço no Haiti em matéria de segurança no último ano, a situação, reconhece, ainda segue frágil. O conselho aconselhou o governo haitiano e outras figuras chaves a fortalecer o diálogo democrático e formar um consenso para lidar com todos os problemas do país, incluindo a pobreza.
Acidente
No mesmo dia do anúncio da ONU, em Porto Príncipe, capital haitiana, houve o funeral de 11 soldados e pilotos mortos em um acidente aéreo na última sexta-feira. "Eles estavam no Haiti protegendo as fronteiras do país. Prestariam socorro às vítimas das tempestades do ano passado. Estavam ajudando o povo do Haiti a cumprir a enorme promessa de sua orgulhosa nação", disse o secretário-geral da ONU em uma carta lida pelo chefe da missão no país, Hedi Annabi. O presidente Rene Préval assistiu à cerimônia na base da ONU na capital, mas não falou com a imprensa.
A maioria dos seis uruguaios e cinco jordanianos mortos no acidente estavam no Haiti há três meses. Seus nomes foram lidos várias vezes e suas fotos estavam em mesas com as bandeiras de seus respectivos países.
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Re: Missão de Paz no Haiti
Será que a Jordânia continua no Haiti? Pra não falar que eles são odiados, digo que eles "não são bem vistos pela sociedade haitiana", e os próprios militares de outros países não trabalham com eles tão facilmente.
Como a missão ainda demanda militares, mas cada vez em menor número, os países não-americanos poderiam progressivamente ir se retirando, enquanto os americanos (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai [mesmo que indo nas nossas costas], México, e etc...) assumiriam as funções de formar as forças de segurança nacionais (como já está sendo feito, mas em maior frequência). Acho que levar mais policiais para formar a doutrina da polícia Haitiana é uma boa idéia, já que são poucos os que foram para lá.
Como a missão ainda demanda militares, mas cada vez em menor número, os países não-americanos poderiam progressivamente ir se retirando, enquanto os americanos (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai [mesmo que indo nas nossas costas], México, e etc...) assumiriam as funções de formar as forças de segurança nacionais (como já está sendo feito, mas em maior frequência). Acho que levar mais policiais para formar a doutrina da polícia Haitiana é uma boa idéia, já que são poucos os que foram para lá.
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
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