Imprensa vendida
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Re: Imprensa vendida
Sim sim, de fato é minha opinião, mas é difícil não enxergar os fatos que nos rodeiam e até por isso que digoe repito,que o governo atual não seja nenhuma 8ª maravilha do mundo, eu posso até concordar, mas que ele também não énem de sombra o Diabo que a imprensa pinta eu tb não posso deixar de reconhecer, além do que, paracontar com o meu apoio não incondicional,já basta estar do contra Rede globo, Editora abril que já tem a minha simpatia!!!
- Túlio
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Re: Imprensa vendida
Demartino escreveu:Sim sim, de fato é minha opinião, mas é difícil não enxergar os fatos que nos rodeiam e até por isso que digoe repito,que o governo atual não seja nenhuma 8ª maravilha do mundo, eu posso até concordar, mas que ele também não énem de sombra o Diabo que a imprensa pinta eu tb não posso deixar de reconhecer, além do que, paracontar com o meu apoio não incondicional,já basta estar do contra Rede globo, Editora abril que já tem a minha simpatia!!!
O que torna, ipso facto, tua opinião MANIQUEÍSTA: bem, mal; bom, mau; certo, errado; dos nossos, dos deles; e por aí vai...
Não vejo assim, não uso ANTOLHOS IDEOLÓGICOS: por exemplo, não sou socialista mas li praticamente tudo de Lênin, e vi muita kôza buena (recomendo "Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo", cujo texto NÃO É o que o título poderia sugerir a princípio); assim, toda visão dicotômica tem imediatamente minha desconfiança, há um imenso espaço a ser explorado entre dois opostos. Dizer 'sou contra a grôbo' significa o quê, precisamente? Que qualquer matéria veiculada por ela é mentira, ideológica, tendenciosa? Meu Deus, nem os quadrinhos se salvam? Se eu for julgar por esta metodologia, serei forçado a admitir que há veículos que apenas dizem a verdade, são bondosos e desinteressados e não estou acostumado a ver isso no mundo REAL.
Minha opinião apenas.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Re: Imprensa vendida
Seguindo então:
Cidade de Sobral se revolta contra matéria porca de Veja
A sessão desta terça-feira (29) na Assembleia Legislativa do Ceará foi marcada por uma onda de protestos contra uma matéria sobre Sobral, publicada na última edição da revista Veja. Ao criticar a campanha insidiosa de Veja contra a cidade cearense, o deputado estadual Lula Morais (PCdoB) chegou a rasgar um exemplar da revista em plena tribuna.
Na tribuna, Lula Morais condena e rasga a última edição de Veja
Com o título “Vida brasileira: The United States of Sobral”, Veja esculhamba a cidade localizada na região norte do estado. Segundo a matéria, “sob inspiração francesa, Sobral ergueu seu arco do triunfo. Agora, usa ônibus escolares americanos e incentiva a prática do beisebol”. A reportagem tacha ainda o ex-prefeito do município e atual governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), como “o ex-escoteiro socialista que implantou no sertão uma amostra do american way of life”.
Moradores, lideranças e autoridades de Sobral não passaram recibo. Segundo o blog do jornalista Eliomar de Lima, entidades de moradores devem “promover, no próximo sábado, no tradicional ‘Beco do Cotovelo’, um ato de protesto contra a Veja”. A matéria da revista, diz Eliomar, foi interpretada “como uma gozação e desrespeito para com os moradores e, principalmente, políticos da terra como o governador Cid Gomes e o seu irmão, o presidenciável Ciro Gomes (PSB)”.
Parlamentar algum passou recibo. O vice-líder do Governo, deputado Roberto Cláudio (PHS), demonstrou indignação à reportagem, que se reporta, de forma “jocosa e desrespeitosa”, como classificou ele, a Sobral. Para o deputado, a matéria foi “fundamentada em argumentos falaciosos, utilizando dados imprecisos e inverdades para criar uma tese preconceituosa com o Estado do Ceará”.
Em aparte, o deputado Moésio Loiola (PSDB) disse que a matéria não é nem trágica, mas “gaiata”. Na opinião dele, a intenção é ferir toda e qualquer pretensão do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) na corrida presidencial. Os deputados Dedé Teixeira (PT) e Manoel Castro (PMDB) também reforçaram as críticas a matéria da revista.
O líder do PSDB, deputado João Jaime se solidarizou com a revolta de Roberto Cláudio, dizendo-se chocado com a matéria. “Todas essas coisas que orgulham o sobralense foram colocadas numa situação de deboche e deve ser repudiado por todos nós”, reiterou.
Já o deputado Luiz Pontes (PSDB) refutou as declarações do jornalista Leonardo Coutinho, autor da matéria vil. De acordo com Pontes, Sobral passou por grandes problemas administrativos e, quando está bem, é um referencial para a Zona Norte. “Sobral mostra a sua pujança. Prefiro ignorar esse jornalista, que não conhece a cidade”, concluiu.
O deputado Hermínio Resende (PSL) também ressaltou que a única intenção da matéria foi combater a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. Para o primeiro secretário da Mesa, deputado Zezinho Albuquerque (PSB), o jornalista “estava de porre e não conhece Sobral”. Segundo o parlamentar, “Sobral é saneada quase na sua totalidade. Foram centenas de obras feitas lá graças ao trabalho dos sobralenses”.
Leia abaixo a íntegra da matéria.
Vida brasileira: "The United States of Sobral"
É assim que os cearenses chamam a cidade de Cid Gomes, o ex-escoteiro socialista que implantou no sertão uma amostra do american way of life
Por Leonardo Coutinho, de Sobral
Encravada no sertão cearense, a cidade de Sobral cultiva estrangeirices com tal entusiasmo que passou a ser conhecida no resto do estado pelo título desta reportagem: "The United States of Sobral". Lá, circulam ônibus escolares americanos (originais), que, além de serem amarelos como os que se veem nos filmes, ainda trazem a inscrição em inglês: School Bus. Lá, pratica-se beisebol – ou uma versão rudimentar do jogo, segundo a confederação brasileira desse esporte. Lá, o Kentucky Derby, uma das mais tradicionais competições do circuito do turfe dos Estados Unidos, inspirou a criação do Derby Club Sobralense. A diferença é que, sob o sol do agreste, os jóqueis treinam com calção de futebol. Lá, a população apelidou o parque da cidade de "Central Park", parodiando seu congênere nova-iorquino. A veia, digamos, cosmopolita de Sobral não é nova, mas ganhou força entre 1997 e 2004, quando a cidade foi administrada por Cid Gomes, do PSB, o atual governador do Ceará. Desde então, já há quem veja semelhanças entre o Rio Acaraú, que corta a cidade, e o Hudson, que banha Nova York.
Antes de Gomes, a cidade mimetizava europeísmos, por obra e graça (muita graça) de um bispo que mandou e desmandou naquelas bandas durante a primeira metade do século XX: dom José Tupynambá da Frota. Ele queria conferir a Sobral um ar francês e, entre outros lampejos geniais, teve a ideia de homenagear Nossa Senhora de Fátima com um monumento inspirado no Arco do Triunfo, erguido em Paris por Napoleão Bonaparte, para comemorar suas vitórias militares. O monumento está localizado na Avenida Boulevard do Arco. Como tem bares e restaurantes, os sobralenses fazem uma associação imediata. "Ela lembra a Champs-Elysées de Paris", diz o colunista social Arnaud Cavalcante. Sob o domínio do socialista Cid Gomes, Sobral passou a se espelhar nos Estados Unidos. Ele começou a imaginar a aparência globalizada de Sobral em 1996, ainda na condição de deputado estadual. Escalado pela assembleia cearense para a árdua tarefa de fazer um périplo pelas câmaras legislativas americanas, Cid voltou dos Estados Unidos cheio de projetos. No ano seguinte, ao assumir a prefeitura, passou a pô-los em prática.
Seu irmão mais velho, Ciro Gomes, ajudou-o a dar os primeiros passos na americanização de Sobral. Em 1998, Ciro, que frequentou um curso de inglês básico na Universidade Harvard, convenceu uma fundação a doar 36 school buses usados para a prefeitura do irmão. O município precisou arcar somente com o frete dos veículos. Pena que houve um inconveniente: no Ceará, não existem peças nem mecânicos especializados para esse tipo de ônibus. Por isso, eles foram sendo encostados à medida que precisavam de manutenção. Dos 36 ônibus, só três ainda estão em circulação. Numa boa iniciativa, inspirada pelo empenho acadêmico do irmão mais velho, o então prefeito Cid resolveu que daria proficiência em inglês aos alunos das escolas públicas. Para tanto, instalou o Palácio de Ciências e Línguas Estrangeiras em um casarão neoclássico onde funcionou aquele que foi o clube mais elegante da cidade, o Palace. Construiu também um museu em memória da missão de cientistas ingleses que foi a Sobral em 1919, para tentar comprovar a teoria da relatividade por meio da observação de um eclipse. Hoje, o prédio abriga um relativamente bom observatório astronômico.
Sob a influência de Cid, a cidade foi adotando costumes de climas temperados. A 27 quilômetros do centro, a Serra da Meruoca, um maciço rochoso de 920 metros de altura, sofisticou-se. Em casas com lareira, os ricos aproveitam temperaturas que dizem ser 15 graus mais baixas do que a média de Sobral (30 graus), para usar seus casacos elegantes – um deles, como não poderia deixar de ser, é Cid. Nos restaurantes da Meruoca, saboreiam-se fondues, sopas e chocolate quente. E um festival de inverno oferece atividades culturais aos turistas. É a Aspen do Ceará.
No fim de sua gestão como prefeito, Cid patrocinou três equipes de beisebol e prometeu construir um campo exclusivo para a prática do esporte nas margens do Acaraú – que jamais saiu do papel. "Mas, quando ele era prefeito, nós tinhamos prioridade para usar o campo de futebol", pondera Reinaldo Marques Filho, treinador de todos os times de beisebol locais. Marques Filho é amigo de Cid desde a infância, quando eles viviam sempre alertas como escoteiros.
Esses rasgos modernizadores garantiram a Cid uma enorme popularidade. Muitos sobralenses o chamam de "El Cid" e o identificam como o redentor de uma profecia feita pelo bispo Tupynambá da Frota, o do arco do triunfo. Ao morrer, em 1959, ele previu três décadas de estagnação para Sobral – estancada pelo socialista yankee. Hoje, boa parte do maior reduto eleitoral do ex-prefeito e atual governador ainda é abastecida por carros-pipa, não fornece água tratada a toda a população nem dispõe de saneamento. Em Sobral, as principais causas de morte são as doenças infecciosas e parasitárias. Mas as ruas são iluminadas e a polícia se desloca, no confortável estilo "Miami Vice", em carrões equipados com ar-condicionado e câmbio automático. Graças à Votorantim e à Grendene, que empregam 12% da população, o comércio local é vigoroso. Cid agora quer mais um retoque à sua Nova York: metrô. No início do mês, lançou uma licitação para começar as obras. Em Fortaleza, a capital, cuja população é catorze vezes a de Sobral, o metrô local ainda não transportou ninguém. Está sendo construído desde 1999. Very good, Cid.
Cidade de Sobral se revolta contra matéria porca de Veja
A sessão desta terça-feira (29) na Assembleia Legislativa do Ceará foi marcada por uma onda de protestos contra uma matéria sobre Sobral, publicada na última edição da revista Veja. Ao criticar a campanha insidiosa de Veja contra a cidade cearense, o deputado estadual Lula Morais (PCdoB) chegou a rasgar um exemplar da revista em plena tribuna.
Na tribuna, Lula Morais condena e rasga a última edição de Veja
Com o título “Vida brasileira: The United States of Sobral”, Veja esculhamba a cidade localizada na região norte do estado. Segundo a matéria, “sob inspiração francesa, Sobral ergueu seu arco do triunfo. Agora, usa ônibus escolares americanos e incentiva a prática do beisebol”. A reportagem tacha ainda o ex-prefeito do município e atual governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), como “o ex-escoteiro socialista que implantou no sertão uma amostra do american way of life”.
Moradores, lideranças e autoridades de Sobral não passaram recibo. Segundo o blog do jornalista Eliomar de Lima, entidades de moradores devem “promover, no próximo sábado, no tradicional ‘Beco do Cotovelo’, um ato de protesto contra a Veja”. A matéria da revista, diz Eliomar, foi interpretada “como uma gozação e desrespeito para com os moradores e, principalmente, políticos da terra como o governador Cid Gomes e o seu irmão, o presidenciável Ciro Gomes (PSB)”.
Parlamentar algum passou recibo. O vice-líder do Governo, deputado Roberto Cláudio (PHS), demonstrou indignação à reportagem, que se reporta, de forma “jocosa e desrespeitosa”, como classificou ele, a Sobral. Para o deputado, a matéria foi “fundamentada em argumentos falaciosos, utilizando dados imprecisos e inverdades para criar uma tese preconceituosa com o Estado do Ceará”.
Em aparte, o deputado Moésio Loiola (PSDB) disse que a matéria não é nem trágica, mas “gaiata”. Na opinião dele, a intenção é ferir toda e qualquer pretensão do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) na corrida presidencial. Os deputados Dedé Teixeira (PT) e Manoel Castro (PMDB) também reforçaram as críticas a matéria da revista.
O líder do PSDB, deputado João Jaime se solidarizou com a revolta de Roberto Cláudio, dizendo-se chocado com a matéria. “Todas essas coisas que orgulham o sobralense foram colocadas numa situação de deboche e deve ser repudiado por todos nós”, reiterou.
Já o deputado Luiz Pontes (PSDB) refutou as declarações do jornalista Leonardo Coutinho, autor da matéria vil. De acordo com Pontes, Sobral passou por grandes problemas administrativos e, quando está bem, é um referencial para a Zona Norte. “Sobral mostra a sua pujança. Prefiro ignorar esse jornalista, que não conhece a cidade”, concluiu.
O deputado Hermínio Resende (PSL) também ressaltou que a única intenção da matéria foi combater a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. Para o primeiro secretário da Mesa, deputado Zezinho Albuquerque (PSB), o jornalista “estava de porre e não conhece Sobral”. Segundo o parlamentar, “Sobral é saneada quase na sua totalidade. Foram centenas de obras feitas lá graças ao trabalho dos sobralenses”.
Leia abaixo a íntegra da matéria.
Vida brasileira: "The United States of Sobral"
É assim que os cearenses chamam a cidade de Cid Gomes, o ex-escoteiro socialista que implantou no sertão uma amostra do american way of life
Por Leonardo Coutinho, de Sobral
Encravada no sertão cearense, a cidade de Sobral cultiva estrangeirices com tal entusiasmo que passou a ser conhecida no resto do estado pelo título desta reportagem: "The United States of Sobral". Lá, circulam ônibus escolares americanos (originais), que, além de serem amarelos como os que se veem nos filmes, ainda trazem a inscrição em inglês: School Bus. Lá, pratica-se beisebol – ou uma versão rudimentar do jogo, segundo a confederação brasileira desse esporte. Lá, o Kentucky Derby, uma das mais tradicionais competições do circuito do turfe dos Estados Unidos, inspirou a criação do Derby Club Sobralense. A diferença é que, sob o sol do agreste, os jóqueis treinam com calção de futebol. Lá, a população apelidou o parque da cidade de "Central Park", parodiando seu congênere nova-iorquino. A veia, digamos, cosmopolita de Sobral não é nova, mas ganhou força entre 1997 e 2004, quando a cidade foi administrada por Cid Gomes, do PSB, o atual governador do Ceará. Desde então, já há quem veja semelhanças entre o Rio Acaraú, que corta a cidade, e o Hudson, que banha Nova York.
Antes de Gomes, a cidade mimetizava europeísmos, por obra e graça (muita graça) de um bispo que mandou e desmandou naquelas bandas durante a primeira metade do século XX: dom José Tupynambá da Frota. Ele queria conferir a Sobral um ar francês e, entre outros lampejos geniais, teve a ideia de homenagear Nossa Senhora de Fátima com um monumento inspirado no Arco do Triunfo, erguido em Paris por Napoleão Bonaparte, para comemorar suas vitórias militares. O monumento está localizado na Avenida Boulevard do Arco. Como tem bares e restaurantes, os sobralenses fazem uma associação imediata. "Ela lembra a Champs-Elysées de Paris", diz o colunista social Arnaud Cavalcante. Sob o domínio do socialista Cid Gomes, Sobral passou a se espelhar nos Estados Unidos. Ele começou a imaginar a aparência globalizada de Sobral em 1996, ainda na condição de deputado estadual. Escalado pela assembleia cearense para a árdua tarefa de fazer um périplo pelas câmaras legislativas americanas, Cid voltou dos Estados Unidos cheio de projetos. No ano seguinte, ao assumir a prefeitura, passou a pô-los em prática.
Seu irmão mais velho, Ciro Gomes, ajudou-o a dar os primeiros passos na americanização de Sobral. Em 1998, Ciro, que frequentou um curso de inglês básico na Universidade Harvard, convenceu uma fundação a doar 36 school buses usados para a prefeitura do irmão. O município precisou arcar somente com o frete dos veículos. Pena que houve um inconveniente: no Ceará, não existem peças nem mecânicos especializados para esse tipo de ônibus. Por isso, eles foram sendo encostados à medida que precisavam de manutenção. Dos 36 ônibus, só três ainda estão em circulação. Numa boa iniciativa, inspirada pelo empenho acadêmico do irmão mais velho, o então prefeito Cid resolveu que daria proficiência em inglês aos alunos das escolas públicas. Para tanto, instalou o Palácio de Ciências e Línguas Estrangeiras em um casarão neoclássico onde funcionou aquele que foi o clube mais elegante da cidade, o Palace. Construiu também um museu em memória da missão de cientistas ingleses que foi a Sobral em 1919, para tentar comprovar a teoria da relatividade por meio da observação de um eclipse. Hoje, o prédio abriga um relativamente bom observatório astronômico.
Sob a influência de Cid, a cidade foi adotando costumes de climas temperados. A 27 quilômetros do centro, a Serra da Meruoca, um maciço rochoso de 920 metros de altura, sofisticou-se. Em casas com lareira, os ricos aproveitam temperaturas que dizem ser 15 graus mais baixas do que a média de Sobral (30 graus), para usar seus casacos elegantes – um deles, como não poderia deixar de ser, é Cid. Nos restaurantes da Meruoca, saboreiam-se fondues, sopas e chocolate quente. E um festival de inverno oferece atividades culturais aos turistas. É a Aspen do Ceará.
No fim de sua gestão como prefeito, Cid patrocinou três equipes de beisebol e prometeu construir um campo exclusivo para a prática do esporte nas margens do Acaraú – que jamais saiu do papel. "Mas, quando ele era prefeito, nós tinhamos prioridade para usar o campo de futebol", pondera Reinaldo Marques Filho, treinador de todos os times de beisebol locais. Marques Filho é amigo de Cid desde a infância, quando eles viviam sempre alertas como escoteiros.
Esses rasgos modernizadores garantiram a Cid uma enorme popularidade. Muitos sobralenses o chamam de "El Cid" e o identificam como o redentor de uma profecia feita pelo bispo Tupynambá da Frota, o do arco do triunfo. Ao morrer, em 1959, ele previu três décadas de estagnação para Sobral – estancada pelo socialista yankee. Hoje, boa parte do maior reduto eleitoral do ex-prefeito e atual governador ainda é abastecida por carros-pipa, não fornece água tratada a toda a população nem dispõe de saneamento. Em Sobral, as principais causas de morte são as doenças infecciosas e parasitárias. Mas as ruas são iluminadas e a polícia se desloca, no confortável estilo "Miami Vice", em carrões equipados com ar-condicionado e câmbio automático. Graças à Votorantim e à Grendene, que empregam 12% da população, o comércio local é vigoroso. Cid agora quer mais um retoque à sua Nova York: metrô. No início do mês, lançou uma licitação para começar as obras. Em Fortaleza, a capital, cuja população é catorze vezes a de Sobral, o metrô local ainda não transportou ninguém. Está sendo construído desde 1999. Very good, Cid.
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Re: Imprensa vendida
Serra e Veja, tudo a ver ...
"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
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Re: Imprensa vendida
Caro Túlio, eu também deixei de lado as minhas tendências ideológicas a muito tempo, pois além de não ser mais um universitário cheio de esperanças, muita coisa mudou de lá para cá!!Túlio escreveu:Demartino escreveu:Sim sim, de fato é minha opinião, mas é difícil não enxergar os fatos que nos rodeiam e até por isso que digoe repito,que o governo atual não seja nenhuma 8ª maravilha do mundo, eu posso até concordar, mas que ele também não énem de sombra o Diabo que a imprensa pinta eu tb não posso deixar de reconhecer, além do que, paracontar com o meu apoio não incondicional,já basta estar do contra Rede globo, Editora abril que já tem a minha simpatia!!!
O que torna, ipso facto, tua opinião MANIQUEÍSTA: bem, mal; bom, mau; certo, errado; dos nossos, dos deles; e por aí vai...
Não vejo assim, não uso ANTOLHOS IDEOLÓGICOS: por exemplo, não sou socialista mas li praticamente tudo de Lênin, e vi muita kôza buena (recomendo "Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo", cujo texto NÃO É o que o título poderia sugerir a princípio); assim, toda visão dicotômica tem imediatamente minha desconfiança, há um imenso espaço a ser explorado entre dois opostos. Dizer 'sou contra a grôbo' significa o quê, precisamente? Que qualquer matéria veiculada por ela é mentira, ideológica, tendenciosa? Meu Deus, nem os quadrinhos se salvam? Se eu for julgar por esta metodologia, serei forçado a admitir que há veículos que apenas dizem a verdade, são bondosos e desinteressados e não estou acostumado a ver isso no mundo REAL.
Minha opinião apenas.
Vou sitar algumas coisas que aconteceram desde então,O Muro de de Berlim caiu, a União Soviética se dissolveu, a China é um paí capitalista por mais que tentem dizer o contrário, o mundo Neo liberal veio abaixo recentemente com a queda dos bancos e grandes empresas Norte americanas,ou seja o mundo que conhecíamos a 20 anos atras definitivamente mudou muito, se foi para melhor ou para pior eu não sei,mas mudou.
O que me deixa p... caro Túlio é que tem gente que ainda não percebeu isso, não preciso generalizar a globo como um toda mas grande parte dela, tem uma má vontade absurda contra o atual governo, não há como negar caro Túlio, independente de eles terem razões em algumas coisas ou não, a minha percepção de mundo me permite ver que muitas coisas boas aconteceram nos ultimos anos, não enxergar isso é não enxergar a realidade, por mais que alguém possa não gostar da figura do presidente, pois isso éuma questão de gosto!!!
Daí a dizermos que tudo que se faz hoje é errado é algo que não consigo admitir com bons olhos, só consigo perceber que é pura perseguição!!
Espero que tenha me expressado bem!!
Abs.,
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Re: Imprensa vendida
Se te entendi, falas de LINHA EDITORIAL, não? Bueno, eu veria mais como...esquizofrênica a citada empresa: um colega citou uma interessante diferença entre dois telejornais da 'grôbo' - pela qual compartilho tua 'paixão' - e acho sodas tentar encontrar UM post no meio de tantos mas posso tentar. De qualquer modo, o que ele disse foi que um dos referidos informativos (se não me engano o Hoje) só falava bem do Presidente Lula - sim, não gosto dele nem de seu partido mas, como Democrata, tenho de acatar e respeitar, o Povo falou nas urnas, faço parte do grupo mas nem sempre o candidato que se prefere vence, não? O pior é que eu NEM TINHA candidato, estaria criticando o Alckmin agora...heheheheheheh - e o outro (o JN, mas pode ser o inverso, como disse, não lembro bem) só descia o porrete. Tudo isso na mesma empresa, duas linhas editoriais totalmente opostas...
Mas vou procurar o tale de post, índio véio, se achar boto aqui e levamos a charla adiante, tri?
Mas vou procurar o tale de post, índio véio, se achar boto aqui e levamos a charla adiante, tri?
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Imprensa vendida
Túlio escreveu:Se te entendi, falas de LINHA EDITORIAL, não? Bueno, eu veria mais como...esquizofrênica a citada empresa: um colega citou uma interessante diferença entre dois telejornais da 'grôbo' - pela qual compartilho tua 'paixão' - e acho sodas tentar encontrar UM post no meio de tantos mas posso tentar. De qualquer modo, o que ele disse foi que um dos referidos informativos (se não me engano o Hoje) só falava bem do Presidente Lula - sim, não gosto dele nem de seu partido mas, como Democrata, tenho de acatar e respeitar, o Povo falou nas urnas, faço parte do grupo mas nem sempre o candidato que se prefere vence, não? O pior é que eu NEM TINHA candidato, estaria criticando o Alckmin agora...heheheheheheh - e o outro (o JN, mas pode ser o inverso, como disse, não lembro bem) só descia o porrete. Tudo isso na mesma empresa, duas linhas editoriais totalmente opostas...
Mas vou procurar o tale de post, índio véio, se achar boto aqui e levamos a charla adiante, tri?
Opa camarada, procura aí que agente continua a debater!!
Abs.,
- Ilya Ehrenburg
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Re: Imprensa vendida
Jornalistas... Conheço-os bem. Não generalizo, existem de vários tipos, corajosos e covardes, idealistas e práticos, verdadeiros e lamentavelmente, os vendidos. Infelizmente, nestes tempos de adoração material, de idolatria do capital, da supremacia do vil metal por sobre os valores humanos, as penas de aluguel são muitas, numerosas e afiadas, como em geral são às línguas mercenárias.
Mas, no que tange a mídia nacional, o pecado capital é a vontade desta de distorcer os fatos ao seu bel prazer. Não é por certo um vício brasileiro, pois ocorre com freqüência mundo afora, mas há uma pequena diferença, que vou aqui ilustrar com um exemplo: A Fox News, pode emitir a barbaridade que for, contra o atual governo americano, pelo fato de ela ser uma emissora declaradamente afeita aos interesses do Partido Republicano, enquanto que o poder, agora, encontra-se nas mãos contrárias, que é o Partido Democrata. Ou seja, o tom do noticiário será entendido como uma piada por um partidário Democrata, e como denúncia pelo partidário Republicano. O cidadão comum conhece não só a linha editorial, como também os interesses econômicos afeitos àquela corporação. O mesmo se dá na Inglaterra e na França, apenas para citar duas outras nações. Pode-se dizer que esta transparência, havida em relação aos interesses corporativos destas empresas, que também são órgãos de informação, se dá antes de tudo como um respeito ao consumidor.
No Brasil, dá-se o contrário. Aqui, as empresas de comunicação se apresentam como infalíveis, imparciais e íntegras, além de serem o reservatório último do saber e da moralidade. Tal postura, eu devo dizer, é patética. E para mim, reveladora do desdém que há por quem recebe deles, as informações, afinal, se invadem as telas com opiniões dizendo que são apenas fatos, partem eles do princípio que a audiência é parva e estúpida, e pode ser facilmente manipulada. Não se assustem, pois este é realmente a forma de pensar destes senhores, basta que se leia com atenção.
Exemplos são muitos, da Rede Globo, então, encheria um caminhão, mas vou apenas lembrar as caras e os trejeitos dos apresentadores, que ficam de cenho franzido, ou soltam sorrisinhos de desdém, quando a notícia é claro, lhes convém. Ridículo. O fenômeno da televisão a cabo existe há tempos e através dele, pude perceber que os apresentadores estrangeiros não possuem tais trejeitos. Por que será?
Arrisco dizer, que advém do passado escravista da nação, que forjou uma noção absurda de que o trabalho manual é constrangedor, que a dignidade está nas atividades derivadas das cadeiras acadêmicas, apenas. Fácil de entender, pois o filho do senhor viajava à Europa, enquanto o escravo aprendia a fazer do barro, tijolo. Daí, não poder hoje, aqueles que são os herdeiros de 400 anos de costumes em 500 de história, aceitar que um antigo operário tenha a sensibilidade e saber prático, que supere por larga margem um antecessor, que exibia glórias acadêmicas mil!
Comecei falando de jornalistas. Pois termino com eles. São como se sabe seres como todos os outros, mas, por estarem sempre ao lado de uma pena, e por usar do verbo, falado e escrito, sempre, acabam por se embevecer das suas próprias letras, ensurdecendo a todos às voltas, com a sonoridade absurda do próprio ego; contam para si mentiras, e tentam contá-las aos outros. Para deles se defender, basta evitar comprar as verdades, pois são péssimas compras.
Mas, no que tange a mídia nacional, o pecado capital é a vontade desta de distorcer os fatos ao seu bel prazer. Não é por certo um vício brasileiro, pois ocorre com freqüência mundo afora, mas há uma pequena diferença, que vou aqui ilustrar com um exemplo: A Fox News, pode emitir a barbaridade que for, contra o atual governo americano, pelo fato de ela ser uma emissora declaradamente afeita aos interesses do Partido Republicano, enquanto que o poder, agora, encontra-se nas mãos contrárias, que é o Partido Democrata. Ou seja, o tom do noticiário será entendido como uma piada por um partidário Democrata, e como denúncia pelo partidário Republicano. O cidadão comum conhece não só a linha editorial, como também os interesses econômicos afeitos àquela corporação. O mesmo se dá na Inglaterra e na França, apenas para citar duas outras nações. Pode-se dizer que esta transparência, havida em relação aos interesses corporativos destas empresas, que também são órgãos de informação, se dá antes de tudo como um respeito ao consumidor.
No Brasil, dá-se o contrário. Aqui, as empresas de comunicação se apresentam como infalíveis, imparciais e íntegras, além de serem o reservatório último do saber e da moralidade. Tal postura, eu devo dizer, é patética. E para mim, reveladora do desdém que há por quem recebe deles, as informações, afinal, se invadem as telas com opiniões dizendo que são apenas fatos, partem eles do princípio que a audiência é parva e estúpida, e pode ser facilmente manipulada. Não se assustem, pois este é realmente a forma de pensar destes senhores, basta que se leia com atenção.
Exemplos são muitos, da Rede Globo, então, encheria um caminhão, mas vou apenas lembrar as caras e os trejeitos dos apresentadores, que ficam de cenho franzido, ou soltam sorrisinhos de desdém, quando a notícia é claro, lhes convém. Ridículo. O fenômeno da televisão a cabo existe há tempos e através dele, pude perceber que os apresentadores estrangeiros não possuem tais trejeitos. Por que será?
Arrisco dizer, que advém do passado escravista da nação, que forjou uma noção absurda de que o trabalho manual é constrangedor, que a dignidade está nas atividades derivadas das cadeiras acadêmicas, apenas. Fácil de entender, pois o filho do senhor viajava à Europa, enquanto o escravo aprendia a fazer do barro, tijolo. Daí, não poder hoje, aqueles que são os herdeiros de 400 anos de costumes em 500 de história, aceitar que um antigo operário tenha a sensibilidade e saber prático, que supere por larga margem um antecessor, que exibia glórias acadêmicas mil!
Comecei falando de jornalistas. Pois termino com eles. São como se sabe seres como todos os outros, mas, por estarem sempre ao lado de uma pena, e por usar do verbo, falado e escrito, sempre, acabam por se embevecer das suas próprias letras, ensurdecendo a todos às voltas, com a sonoridade absurda do próprio ego; contam para si mentiras, e tentam contá-las aos outros. Para deles se defender, basta evitar comprar as verdades, pois são péssimas compras.
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
Ilya Ehrenburg
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Re: Imprensa vendida
Grande Túlio, também percebo diferenças em vários veículos. Realmente, na Globo, o Hoje é mais light. O JN logo na eleição do Lula foi todo "amigável", mas mais recentemente tem uma linha contrária, muitas vezes até com cara de descontentamento dos apresentadores. Mas, o que tá mais pesado é o Jornal da Globo, é batida geral, o Sardenberg então, até as frentes frias são culpas do governo! Fora de assuntos sobre linha editorial, mas algumas vezes já enviei e-mails a Globo sobre erros materiais, eles foram educados, dizendo que iriam repassar diretamente para o setor responsável etc, mas nunca vi corrigirem as infos que eram erradas e que mostrava/provava. Outra empresa é a Abril. Por que quase nenhuma carta contrária é publicada na Veja? Mesmo em assuntos como a descriminilização da maconha, que em todas pesquisas de opinião, tem grau de rejeição entre 60 e 80%, quando da entrevista com FHC, na edição posterior, foram publicadas cerca de 4/5 opiniões, apenas 1 contra...Já dentro da mesma editora, vejo diretamente publicarem opiniões contrárias em revistas como Quatro-Rodas, Playboy, Superinteressante!Túlio escreveu:Se te entendi, falas de LINHA EDITORIAL, não? Bueno, eu veria mais como...esquizofrênica a citada empresa: um colega citou uma interessante diferença entre dois telejornais da 'grôbo' - pela qual compartilho tua 'paixão' - e acho sodas tentar encontrar UM post no meio de tantos mas posso tentar. De qualquer modo, o que ele disse foi que um dos referidos informativos (se não me engano o Hoje) só falava bem do Presidente Lula - sim, não gosto dele nem de seu partido mas, como Democrata, tenho de acatar e respeitar, o Povo falou nas urnas, faço parte do grupo mas nem sempre o candidato que se prefere vence, não? O pior é que eu NEM TINHA candidato, estaria criticando o Alckmin agora...heheheheheheh - e o outro (o JN, mas pode ser o inverso, como disse, não lembro bem) só descia o porrete. Tudo isso na mesma empresa, duas linhas editoriais totalmente opostas...
Mas vou procurar o tale de post, índio véio, se achar boto aqui e levamos a charla adiante, tri?
Grande abraço!
Re: Imprensa vendida
Paródia de "A Queda" (da Globo) - As Últimas Horas de Hitler - no YouTube tem mais de 25 mil visualizações.
HUAUAHAUAAHAUHAUAUAHUA
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- Ilya Ehrenburg
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Re: Imprensa vendida
Uma paródia que vale mil discursos! Quanto da realidade há nas comédias? Difícil mensurar.GustavoB escreveu:Paródia de "A Queda" (da Globo) - As Últimas Horas de Hitler - no YouTube tem mais de 25 mil visualizações.
HUAUAHAUAAHAUHAUAUAHUA
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
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Ilya Ehrenburg
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Re: Imprensa vendida
Efeito 2016: Folha publica pesquisa questionando voto popular
Temendo a derrota de seu candidato José Serra, que não decola nem nas pesquisas de seu instituto particular, Otavinho Frias partiu de vez para o tudo-ou-nada. Na edição deste domingo, a Folha de São Paulo estampa como manchete o resultado de uma pesquisa produzida por seu instituto questionando a legitimidade dos resultados das eleições no Brasil. Segundo a pesquisa, estaria provado que nada menos do que 17 milhões de brasileiros venderam seus votos, pelo menos uma vez. A consagração do presidente Lula pela conquista das Olimpíadas Rio 2016, pode ter sido a gota d’água para a operação tudo-ou-nada. O artigo é de Fernando Carvalho.
Fernando Carvalho, de Madri
Lendo a manchete principal do jornal Folha de São Paulo desse domingo, ficamos sabendo que o seu dono, Otavinho Frias, mandou que o seu instituto particular de pesquisas, o DataFolha, produzisse uma enquete que questionasse, pudesse anular ou que pelo menos, justificasse mais tarde, que os resultados das próximas eleições para presidente, governadores e parlamentares não poderiam ser aceitos.
Obediente, o instituto Datafolha teria cumprido a ordem do chefe e entrevistado dois ou três milhares de pessoas em várias cidades do país, fazendo a seguinte pergunta: “alguma vez você votou em alguém em troca de alguma coisa”?
Segundo o jornal do Otavinho, se considerarmos o resultado encontrado pelo instituto do Otavinho, em proporção com a população do Brasil, estaria provado pelos cálculos dos cientistas empregados pelo Otavinho, que nada menos do que 17 milhões de brasileiros venderam seus votos, pelo menos uma vez.
Isso bastou para que o Otavinho, mandasse seus jornalistas, colocarem na primeira página de seu jornal, hoje, algo inédito. E que vai engrossar o já extenso currículo de pioneirismo da Folha pois nunca antes neste país, um jornal, alegando possuir “pesquisas científicas”, havia questionado o regime democrático de realizar eleições.
Ou seja, para o Otavinho, sua “pesquisa científica” provaria que tudo aquilo que acontece no dia das eleições seria uma autentica palhaçada, algo sem valor. Não valeria nada o trabalho dos juízes eleitorais, dos procuradores da justiça eleitoral, dos mesários, dos policiais, dos tribunais regionais eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral.
Tudo seria uma tremenda bobagem, uma falcatrua, inclusive o acompanhamento de especialistas e de representantes dos parlamentos de todo o mundo, que reconhecem sempre o excelente grau de lisura das eleições no Brasil.
Para o Otavinho, isso tudo é bobagem. É mentira. É bobagem para o Otavinho, principalmente, essa história de “vontade do povo”, expressa não só nas urnas, mas nos bilhões de horas de trabalho ou de descanso que foram gastas pelos milhões de brasileiros que, a cada dois anos, ficam nas filas das seções eleitorais, ou se deslocando até o local das urnas.
Para o herdeiro da Folha de São Paulo, tudo o que foi e será considerado como “vontade popular”, não valeu nada.
Não valeriam nada portanto, por esse raciocínio e seriam apenas papel sem valor, os mandatos que a Justiça Eleitoral do Brasil forneceu ao presidente da república, ao vicepresidente, aos senadores, deputados,vereadores e aos prefeitos e seus vices.
E não valeríamos nada, nós brasileiros.
Pois, das duas uma: ou somos fraudadores de eleições, do tipo que compra ou vende votos, ou somos milhões de ingênuos que acreditamos num sistema assim e ficamos quietos. Quem duvidar ou reclamar das “pesquisas científicas” do Otavinho é porque rouba eleições.
Os demais, que seriam os honestos, mas ingênuos, que não vendem o seu voto, deveriam aderir à oposição e ao golpe midiático que a Folha e outros jornais pretendem dar no governo no presidente Lula desde o primeiro dia de seu mandato, sem medo de serem acusados de golpistas, porque, segundo as “pesquisas do Otavinho”, as eleições não valeriam nada mesmo.
A bem da verdade, o pioneirismo da Folha para contestar os resultados das eleições é bem mais antigo. E o Otavinho não seria assim, um pioneiro. Em 1964 , Otávio Frias, o pai do Otavinho, dono da Folha, também contestou o mandato legitimo do presidente da República e de centenas de governadores, senadores e deputados, com uma pesquisa desse tipo.
Mais eficiente que seu filho, ele conseguiu que milhares desses mandatos populares, obtidos nas urnas em todo o Brasil, fossem retirados à força de seus detentores, sem processo, sem julgamento, convencendo maus militares a trabalharem sob suas ordens e inspiração, instalando no país uma ditadura que durou mais de 20 anos. Muitos dos que se tornaram “sem-mandato”, foram presos, torturados e mortos.
A Folha também foi pioneira na colaboração com um regime de exceção, pois, ao invés de combater com suas idéias aos usurpadores do poder, que censuravam a própria imprensa, o falecido Otávio Frias, pai do Otavinho, colaborou ativamente com os ditadores, aprovando e apoiando todas as barbaridades cometidas contra a população, como o arrocho salarial, a hipoteca das pequenas propriedades rurais, a perda dos direitos trabalhistas e à liberdade sindical.
Para fazer esse trabalho sujo de manipulação da opinião pública, Otavio Frias ganhou, sem licitação, tal como o Globo, o Estadão e outros jornais, gigantescas verbas de publicidade dos governos federal, estaduais e municipais. Essas verbas formaram as imensas fortunas que usufruem agora o Otavinho e os herdeiros dos Marinho, dos Mesquita, dos Sirotsky, dos Sarney, dos Collor, dos Maia e várias outras famílias que dominam a mídia que colaborava com a Ditadura nos estados.
Mas o fato que mais marca com o pioneirismo o currículo da Folha de São Paulo a nível internacional, foi a colaboração que o jornal prestou à ditadura transportando presos políticos, muitos deles torturados, que depois apareceram mortos ou estão até hoje desaparecidos, em caminhonetes de entrega de jornais. Uma operação chamada OBAN, Operação Bandeirantes, realizada pelo exército em colaboração com empresários, para despistar juízes e familiares que procuravam em vão pelas vítimas nos quartéis para onde haviam sido levados ilegalmente.
Essa, nem os jornais que apoiavam o governo de Adolf Hitler fizeram. Transportar presos políticos em carros de entrega de jornal. É pioneirismo puro. Mas uma vergonha que manchou inapelavelmente o currículo da Folha e que ainda está impune.
"Comentários dos leitores"
Outro movimento dessa ofensiva "tudo-ou-nada" aparece nos “comentários dos leitores”que a Folha seleciona (ou será que ela mesma produz?) e coloca embaixo das matérias que está publicando nesse momento em sua versão on-line: todos eles vinculam a fraude nas provas do ENEM com a possível fraude nas próximas eleições... Mereceu pouco destaque o fato de que o Grupo Folha é parceiro da gráfica contratada para imprimir a prova (a Plural é uma parceria do Grupo Folha com a empresa americana Quad/Graphics).
Mais uma tentativa do Otavinho de desgastar o presidente Lula frente aos jovens, justamente o presidente que criou o ProUni, que dá bolsas aos alunos pobres e descendentes dos escravos que os antepassados de pessoas como Otavinho devem ter comprado e vendido aos montes, quando o Brasil era uma colônia e depois um império.
Um império onde mandavam não aqueles que fossem escolhidos em eleições que Otavinho contesta e seu pai já contestava e fez deixar de terem validade por 21 anos, mas aqueles que teriam o direito divino, dado por Deus, de mandar por serem de “melhor raça”, “melhor berço”, mais ricos e prósperos e portanto, mais inteligentes e capacitados para mandar.
Com a palavra, as autoridades.
Liberdade de imprensa é uma coisa. Manipular a realidade, corromper pessoas, transportar presos em caminhonetes, ganhar fortunas sem licitação é outra.
Os excelentes resultados dos seis anos e meio de governo do presidente Lula nos campos econômico, social e político já estavam fazendo nos últimos dias o herdeiro da Folha a radicalizar nos ataques e ofensas pessoais a Lula.
Mas agora, temendo a derrota de seu candidato José Serra, que não decola nem nas pesquisas de seu instituto particular, exatamente por que o povo brasileiro associa sua imagem aos anos de desemprego, miséria e corrupção de Fernando Henrique Cardoso, Otavinho Frias partiu de vez para o tudo-ou-nada.
A consagração do presidente Lula pela conquista das Olimpíadas Rio 2016, pode ter sido a gota d’água que precipitou essa nova crise de demência.
Com a palavra as entidades dos pesquisadores, dos sociólogos, dos cientistas políticos, dos estatísticos, matemáticos e outros afetos a esse ramo da ciência e da pesquisa de opinião. Com a palavra o Ministério Público Federal, a Justiça Eleitoral, os parlamentares, os governadores e prefeitos atingidos, cujos mandatos Otavinho colocou sob suspeita, com suas “pesquisas científicas”. Tanto os mandatos dos políticos do governo como os da oposição.
Com a palavra, principalmente, o presidente Lula, que sofre calado ataques e xingamentos dos jornalistas pagos pelo Otavinho, há mais de 30 anos.
E que depois de assumir a presidência, temendo ser acusado de atentar contra a liberdade de imprensa, tem permitido calado e de forma a meu ver equivocada, que gente como o Otavinho, continue ofendendo, não só a ele, mas o seu mandato popular, as instituições democráticas e próprio povo brasileiro.
Com a palavra, principalmente, nós os leitores de jornais do Brasil, mesmo aqueles que, sendo de oposição, teriam obrigação de nunca mais anunciarem ou comprarem um jornal com o currículo que Otavinho e seu pai fizeram injustamente a Folha e seus competentes profissionais ostentarem para o resto de suas vidas.
Daqui para frente, nem que eu leia outro jornal de oposição: mas a FOLHA, NÃO!
Texto atualizado em 05/10/2009
(*) Fernando Carvalho é jornalista.
Temendo a derrota de seu candidato José Serra, que não decola nem nas pesquisas de seu instituto particular, Otavinho Frias partiu de vez para o tudo-ou-nada. Na edição deste domingo, a Folha de São Paulo estampa como manchete o resultado de uma pesquisa produzida por seu instituto questionando a legitimidade dos resultados das eleições no Brasil. Segundo a pesquisa, estaria provado que nada menos do que 17 milhões de brasileiros venderam seus votos, pelo menos uma vez. A consagração do presidente Lula pela conquista das Olimpíadas Rio 2016, pode ter sido a gota d’água para a operação tudo-ou-nada. O artigo é de Fernando Carvalho.
Fernando Carvalho, de Madri
Lendo a manchete principal do jornal Folha de São Paulo desse domingo, ficamos sabendo que o seu dono, Otavinho Frias, mandou que o seu instituto particular de pesquisas, o DataFolha, produzisse uma enquete que questionasse, pudesse anular ou que pelo menos, justificasse mais tarde, que os resultados das próximas eleições para presidente, governadores e parlamentares não poderiam ser aceitos.
Obediente, o instituto Datafolha teria cumprido a ordem do chefe e entrevistado dois ou três milhares de pessoas em várias cidades do país, fazendo a seguinte pergunta: “alguma vez você votou em alguém em troca de alguma coisa”?
Segundo o jornal do Otavinho, se considerarmos o resultado encontrado pelo instituto do Otavinho, em proporção com a população do Brasil, estaria provado pelos cálculos dos cientistas empregados pelo Otavinho, que nada menos do que 17 milhões de brasileiros venderam seus votos, pelo menos uma vez.
Isso bastou para que o Otavinho, mandasse seus jornalistas, colocarem na primeira página de seu jornal, hoje, algo inédito. E que vai engrossar o já extenso currículo de pioneirismo da Folha pois nunca antes neste país, um jornal, alegando possuir “pesquisas científicas”, havia questionado o regime democrático de realizar eleições.
Ou seja, para o Otavinho, sua “pesquisa científica” provaria que tudo aquilo que acontece no dia das eleições seria uma autentica palhaçada, algo sem valor. Não valeria nada o trabalho dos juízes eleitorais, dos procuradores da justiça eleitoral, dos mesários, dos policiais, dos tribunais regionais eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral.
Tudo seria uma tremenda bobagem, uma falcatrua, inclusive o acompanhamento de especialistas e de representantes dos parlamentos de todo o mundo, que reconhecem sempre o excelente grau de lisura das eleições no Brasil.
Para o Otavinho, isso tudo é bobagem. É mentira. É bobagem para o Otavinho, principalmente, essa história de “vontade do povo”, expressa não só nas urnas, mas nos bilhões de horas de trabalho ou de descanso que foram gastas pelos milhões de brasileiros que, a cada dois anos, ficam nas filas das seções eleitorais, ou se deslocando até o local das urnas.
Para o herdeiro da Folha de São Paulo, tudo o que foi e será considerado como “vontade popular”, não valeu nada.
Não valeriam nada portanto, por esse raciocínio e seriam apenas papel sem valor, os mandatos que a Justiça Eleitoral do Brasil forneceu ao presidente da república, ao vicepresidente, aos senadores, deputados,vereadores e aos prefeitos e seus vices.
E não valeríamos nada, nós brasileiros.
Pois, das duas uma: ou somos fraudadores de eleições, do tipo que compra ou vende votos, ou somos milhões de ingênuos que acreditamos num sistema assim e ficamos quietos. Quem duvidar ou reclamar das “pesquisas científicas” do Otavinho é porque rouba eleições.
Os demais, que seriam os honestos, mas ingênuos, que não vendem o seu voto, deveriam aderir à oposição e ao golpe midiático que a Folha e outros jornais pretendem dar no governo no presidente Lula desde o primeiro dia de seu mandato, sem medo de serem acusados de golpistas, porque, segundo as “pesquisas do Otavinho”, as eleições não valeriam nada mesmo.
A bem da verdade, o pioneirismo da Folha para contestar os resultados das eleições é bem mais antigo. E o Otavinho não seria assim, um pioneiro. Em 1964 , Otávio Frias, o pai do Otavinho, dono da Folha, também contestou o mandato legitimo do presidente da República e de centenas de governadores, senadores e deputados, com uma pesquisa desse tipo.
Mais eficiente que seu filho, ele conseguiu que milhares desses mandatos populares, obtidos nas urnas em todo o Brasil, fossem retirados à força de seus detentores, sem processo, sem julgamento, convencendo maus militares a trabalharem sob suas ordens e inspiração, instalando no país uma ditadura que durou mais de 20 anos. Muitos dos que se tornaram “sem-mandato”, foram presos, torturados e mortos.
A Folha também foi pioneira na colaboração com um regime de exceção, pois, ao invés de combater com suas idéias aos usurpadores do poder, que censuravam a própria imprensa, o falecido Otávio Frias, pai do Otavinho, colaborou ativamente com os ditadores, aprovando e apoiando todas as barbaridades cometidas contra a população, como o arrocho salarial, a hipoteca das pequenas propriedades rurais, a perda dos direitos trabalhistas e à liberdade sindical.
Para fazer esse trabalho sujo de manipulação da opinião pública, Otavio Frias ganhou, sem licitação, tal como o Globo, o Estadão e outros jornais, gigantescas verbas de publicidade dos governos federal, estaduais e municipais. Essas verbas formaram as imensas fortunas que usufruem agora o Otavinho e os herdeiros dos Marinho, dos Mesquita, dos Sirotsky, dos Sarney, dos Collor, dos Maia e várias outras famílias que dominam a mídia que colaborava com a Ditadura nos estados.
Mas o fato que mais marca com o pioneirismo o currículo da Folha de São Paulo a nível internacional, foi a colaboração que o jornal prestou à ditadura transportando presos políticos, muitos deles torturados, que depois apareceram mortos ou estão até hoje desaparecidos, em caminhonetes de entrega de jornais. Uma operação chamada OBAN, Operação Bandeirantes, realizada pelo exército em colaboração com empresários, para despistar juízes e familiares que procuravam em vão pelas vítimas nos quartéis para onde haviam sido levados ilegalmente.
Essa, nem os jornais que apoiavam o governo de Adolf Hitler fizeram. Transportar presos políticos em carros de entrega de jornal. É pioneirismo puro. Mas uma vergonha que manchou inapelavelmente o currículo da Folha e que ainda está impune.
"Comentários dos leitores"
Outro movimento dessa ofensiva "tudo-ou-nada" aparece nos “comentários dos leitores”que a Folha seleciona (ou será que ela mesma produz?) e coloca embaixo das matérias que está publicando nesse momento em sua versão on-line: todos eles vinculam a fraude nas provas do ENEM com a possível fraude nas próximas eleições... Mereceu pouco destaque o fato de que o Grupo Folha é parceiro da gráfica contratada para imprimir a prova (a Plural é uma parceria do Grupo Folha com a empresa americana Quad/Graphics).
Mais uma tentativa do Otavinho de desgastar o presidente Lula frente aos jovens, justamente o presidente que criou o ProUni, que dá bolsas aos alunos pobres e descendentes dos escravos que os antepassados de pessoas como Otavinho devem ter comprado e vendido aos montes, quando o Brasil era uma colônia e depois um império.
Um império onde mandavam não aqueles que fossem escolhidos em eleições que Otavinho contesta e seu pai já contestava e fez deixar de terem validade por 21 anos, mas aqueles que teriam o direito divino, dado por Deus, de mandar por serem de “melhor raça”, “melhor berço”, mais ricos e prósperos e portanto, mais inteligentes e capacitados para mandar.
Com a palavra, as autoridades.
Liberdade de imprensa é uma coisa. Manipular a realidade, corromper pessoas, transportar presos em caminhonetes, ganhar fortunas sem licitação é outra.
Os excelentes resultados dos seis anos e meio de governo do presidente Lula nos campos econômico, social e político já estavam fazendo nos últimos dias o herdeiro da Folha a radicalizar nos ataques e ofensas pessoais a Lula.
Mas agora, temendo a derrota de seu candidato José Serra, que não decola nem nas pesquisas de seu instituto particular, exatamente por que o povo brasileiro associa sua imagem aos anos de desemprego, miséria e corrupção de Fernando Henrique Cardoso, Otavinho Frias partiu de vez para o tudo-ou-nada.
A consagração do presidente Lula pela conquista das Olimpíadas Rio 2016, pode ter sido a gota d’água que precipitou essa nova crise de demência.
Com a palavra as entidades dos pesquisadores, dos sociólogos, dos cientistas políticos, dos estatísticos, matemáticos e outros afetos a esse ramo da ciência e da pesquisa de opinião. Com a palavra o Ministério Público Federal, a Justiça Eleitoral, os parlamentares, os governadores e prefeitos atingidos, cujos mandatos Otavinho colocou sob suspeita, com suas “pesquisas científicas”. Tanto os mandatos dos políticos do governo como os da oposição.
Com a palavra, principalmente, o presidente Lula, que sofre calado ataques e xingamentos dos jornalistas pagos pelo Otavinho, há mais de 30 anos.
E que depois de assumir a presidência, temendo ser acusado de atentar contra a liberdade de imprensa, tem permitido calado e de forma a meu ver equivocada, que gente como o Otavinho, continue ofendendo, não só a ele, mas o seu mandato popular, as instituições democráticas e próprio povo brasileiro.
Com a palavra, principalmente, nós os leitores de jornais do Brasil, mesmo aqueles que, sendo de oposição, teriam obrigação de nunca mais anunciarem ou comprarem um jornal com o currículo que Otavinho e seu pai fizeram injustamente a Folha e seus competentes profissionais ostentarem para o resto de suas vidas.
Daqui para frente, nem que eu leia outro jornal de oposição: mas a FOLHA, NÃO!
Texto atualizado em 05/10/2009
(*) Fernando Carvalho é jornalista.
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Re: Imprensa vendida
Pra quem achava que os golpes estão la por longe na america central, está ae a prova, de que o Brasil pode sofrer do mesmo mal ja ja assola a AL, esse editorial sugestiona algo nada agradavel, na tentativa quem sabe futura de justificar um intervenção, imaginem se Marina Silva ou outro alguem aproxima-se de Chavez e ganha uma eleição democratica (como vem ocorrendo na AL)? Como ficará a AL e os interesse americanos na região, suportariam algo assim?
Senhores, sejamos razoáveis.
Re: Imprensa vendida
Grosseria de Sardenberg repercute na blogosfera
O comentarista Carlos Alberto Sardenberg, da Globo, irritou-se com a blogueira Sonia Montenegro ao ser questionado sobre a preocupação da grande imprensa em reproduzir os argumentos dos golpistas em Honduras. Ele respondeu a mensagem afirmando que essa opinião está “alguma coisa entre a cretinice e estupidez ou ideologia esquerdista, que é a mesma coisa”.
Diante da grosseria, a blogueira, colaborada da Agência Assaz Atroz, divulgou a resposta e sua réplica: “Engraçado, minha mãe, que bem me educou, sempre me disse que a agressividade é a arma de quem não tem argumentos. Mais grave no caso de um jornalista, que ataca gratuitamete uma leitora que lhe pede um esclarecimento.”
Para ela, Sardenberg revelou o seu lado anti-democrático, preconceituoso e desrespeitoso. “A postura de um jornalista, deveria ser da maior isenção possível e principalmente de respeito por todas as opiniões, ainda que não concorde com elas”.
Ele ficou irritado ao receber o comentário postado no blog de Eduardo Guimarães (http://edu.guim.blog.uol.com.br/) dando conta de que a imprensa brasileira deve explicações sobre sua atuação na crise de Honduras. “Escandaliza sua evidente preocupação de reproduzir os argumentos dos golpistas hondurenhos, o que explica a facilidade de acesso de uma Globo a sítios em Tegucigalpa que poucos meios de comunicação estão tendo.”
O texto diz ainda que “é imperativo que se investigue os contatos dos grandes meios de comunicação brasileiros com o regime golpista de Honduras e uma eventual aliança desses meios com aquele regime”.
Neoliberalismo
Ainda em resposta a Sardenberg, Sonia Montenegro disse que tem orgulho de ser de esquerda. Os que estão desse lado, segundo ela, amam o país, posicionam-se contra o entreguismo reinante na grande imprensa e valorizam as políticas que beneficiam aqueles que sempre foram espoliados “por uma elite egoísta que pauta os veículos de comunicação como os que o senhor subservientemente incorpora”.
Na réplica, ela ainda diz que “a atual crise mundial serviu para mostrar que o neoliberalismo é uma política injusta, em que os lucros são divididos entre poucos, e o prejuízo pago por muitos. Essa foi uma lição aprendida pelos jornalistas que merecem o título que possuem.”
De Brasília,
Iram Alfaia
A postura de um jornalista, deveria ser da maior isenção possível e principalmente de respeito por todas as opiniões, ainda que não concorde com elas
O comentarista Carlos Alberto Sardenberg, da Globo, irritou-se com a blogueira Sonia Montenegro ao ser questionado sobre a preocupação da grande imprensa em reproduzir os argumentos dos golpistas em Honduras. Ele respondeu a mensagem afirmando que essa opinião está “alguma coisa entre a cretinice e estupidez ou ideologia esquerdista, que é a mesma coisa”.
Diante da grosseria, a blogueira, colaborada da Agência Assaz Atroz, divulgou a resposta e sua réplica: “Engraçado, minha mãe, que bem me educou, sempre me disse que a agressividade é a arma de quem não tem argumentos. Mais grave no caso de um jornalista, que ataca gratuitamete uma leitora que lhe pede um esclarecimento.”
Para ela, Sardenberg revelou o seu lado anti-democrático, preconceituoso e desrespeitoso. “A postura de um jornalista, deveria ser da maior isenção possível e principalmente de respeito por todas as opiniões, ainda que não concorde com elas”.
Ele ficou irritado ao receber o comentário postado no blog de Eduardo Guimarães (http://edu.guim.blog.uol.com.br/) dando conta de que a imprensa brasileira deve explicações sobre sua atuação na crise de Honduras. “Escandaliza sua evidente preocupação de reproduzir os argumentos dos golpistas hondurenhos, o que explica a facilidade de acesso de uma Globo a sítios em Tegucigalpa que poucos meios de comunicação estão tendo.”
O texto diz ainda que “é imperativo que se investigue os contatos dos grandes meios de comunicação brasileiros com o regime golpista de Honduras e uma eventual aliança desses meios com aquele regime”.
Neoliberalismo
Ainda em resposta a Sardenberg, Sonia Montenegro disse que tem orgulho de ser de esquerda. Os que estão desse lado, segundo ela, amam o país, posicionam-se contra o entreguismo reinante na grande imprensa e valorizam as políticas que beneficiam aqueles que sempre foram espoliados “por uma elite egoísta que pauta os veículos de comunicação como os que o senhor subservientemente incorpora”.
Na réplica, ela ainda diz que “a atual crise mundial serviu para mostrar que o neoliberalismo é uma política injusta, em que os lucros são divididos entre poucos, e o prejuízo pago por muitos. Essa foi uma lição aprendida pelos jornalistas que merecem o título que possuem.”
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A postura de um jornalista, deveria ser da maior isenção possível e principalmente de respeito por todas as opiniões, ainda que não concorde com elas
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Re: Imprensa vendida
Gustavo, qual a origem de seus textos?
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa