GEOPOLÍTICA
Moderador: Conselho de Moderação
Re: GEOPOLÍTICA
O pessoal do FDB,que tem paciência de lêr alguns posts meus,sabe que eu acompanho a luta do VP José Alencar contra o cancer,eu torço por ele,eu já vivi de perto esse problema e convivi com alguem tão despreendido e otimista quanto ele,que sobreviveu e sobrevive sorrindo até hoje graças a Deus.
Pessoas que travam esse tipo de luta contra morte,normalmente se desapegam de alguns valores e preconceitos,e sem dúvida o VP dá uma declaração,que pelo cargo que está ocupando nesse momento de Presidente da República interino,é sem dúvida a mais importante declaração sobre o tema dada por uma figura dessa estatura na história da república, totalmente desprovida de HIPOCRISIA e completamente serena e tranquila.
Meus sinceros parabéns e votos de força ao VP José de Alencar
Sds.
José Alencar defende que país invista em arma nuclear
BRASÍLIA - Um dia depois de se submeter a mais uma sessão de quimioterapia, o presidente em exercício José Alencar defendeu ontem o desenvolvimento de armas nucleares como forma de dissuasão e para o Brasil ter mais espaço no cenário internacional. Alencar alega que elas podem ser importantes para a proteção das fronteiras e contra “a cobiça internacional”, especialmente depois da descoberta das reservas de petróleo na camada pré-sal.
O presidente em exercício lembrou que o Paquistão, mesmo sendo um país pobre, já detém essa tecnologia, o que lhe confere reconhecimento internacional.
– Nós dominamos a tecnologia da energia nuclear, mas ninguém aqui tem uma iniciativa para avançar nisso. Eles (Paquistão) têm reconhecimento tecnológico, mas são muito pobres. Eles sentam à mesa, porque têm arma nuclear. É vantagem? É, até do ponto de vista de dissuasão. É importante. Temos que despertar que o Brasil para ser um país realmente forte tem que avançar nisso, especialmente para fins pacíficos – defendeu o vice-presidente. – O brasileiro é muito tranquilo. Nós dominamos a tecnologia da energia nuclear, mas ninguém aqui tem uma iniciativa para avançar nisso. Temos que avançar nisso aí.
Alencar propôs também vincular parte do Produto Interno Bruto (PIB) ao orçamento das Forças Armadas. O presidente em exercício estima ser necessário percentual fixo de 3% a 5% do PIB para reaparelhar o Exército, a Aeronáutica e a Marinha.
– A fixação de um percentual com base no PIB seria bom porque daria segurança às Forças Armadas – comentou ontem. O presidente em exercício, admitiu, contudo, que não conversou recentemente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a proposta. – O presidente Lula está atento a isso, porém dentro daquela visão responsável porque não podemos, por exemplo, criar um deficit orçamentário que nos leve a uma volta do período da irresponsabilidade fiscal. Isso não podemos fazer de forma alguma.
Alencar também rebateu críticas de que o governo não estaria dando a devida atenção ao Exército pelo fato de estar negociando a compra de caças para a Força Aérea e submarinos para a Marinha.
– A preocupação com o Exército é presente e será feita. Mas você vê que, de repente, falta dinheiro. Está faltando dinheiro. Até mesmo para a manutenção dos quadros atuais. Isso tem que mudar – reclamou. O Comando do Exército decidiu reduzir o expediente nas segundas e sextas-feiras, pois não há verba suficiente para o pagamento das contas de água, luz, telefone e alimentação dos soldados.
Alencar defende orçamento maior para Forças Armadas
Paulo de Tarso Lyra, de Brasília
O presidente em exercício, José Alencar, defendeu ontem um aumento no orçamento das Forças Armadas, incluindo Exército, Marinha e Aeronáutica. Alencar afirmou que o ideal seria um orçamento correspondente a 3% a 5% do PIB brasileiro. "Acho que tem de ficar fixado, como é para saúde, para a educação, que são prioridades".
Para ele, não seria preciso um percentual acima de 5%, a exemplo de outros países, que investem orçamentos gigantescos na defesa. "Isto daria muita força para o reaparelhamento do nosso sistema de defesa. O sistema de defesa tem que ser cuidado seriamente. Está abandonado há muito tempo, há muitos e muitos anos. Temos casos de equipamentos de 40, 50 anos", exemplificou.
Alencar assegurou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está atento a essa necessidade, embora admita que os dois só tenham discutido o assunto no período em que o vice-presidente acumulou o cargo de ministro da Defesa. José Alencar disse que o aumento no orçamento seria feito dentro dos limites da responsabilidade fiscal adotados pelo governo. "Não podemos, por exemplo, criar um déficit orçamentário que nos leve à irresponsabilidade fiscal", completou o presidente em exercício.
Além de um aumento no orçamento para a Defesa, Alencar também defendeu que o país desenvolva armas nucleares, mas para fins pacíficos. Declarou que países como Índia e Paquistão têm mais condições de debater em uma mesa de negociações justamente pelo fato de possuírem este tipo de armamento. " A arma nuclear, utilizada como instrumento dissuasório, é de grande importância para um país que tem 15 mil km de fronteiras a oeste, tem um mar territorial e agora esse mar do pré-sal de quatro milhões de quilômetros quadrados de área".
Ele reconhece que o brasileiro é um povo tranquilo, mas acha que o debate sobre as armas nucleares deve ser feito junto à sociedade. Alencar não teme que este discurso prejudique o Brasil, um dos signatários do pacto de não-proliferação das armas nucleares apresentado pela Organização das Nações Unidas (ONU). "Eu acho que isso é tudo negociado, é tudo conversado. O Brasil hoje possui credibilidade para estar sentado à mesa. A respeitabilidade do país cresceria muito. Tem aquela frase "a força é o direito e a justiça é o poder do mais forte"", citou ele.
Pessoas que travam esse tipo de luta contra morte,normalmente se desapegam de alguns valores e preconceitos,e sem dúvida o VP dá uma declaração,que pelo cargo que está ocupando nesse momento de Presidente da República interino,é sem dúvida a mais importante declaração sobre o tema dada por uma figura dessa estatura na história da república, totalmente desprovida de HIPOCRISIA e completamente serena e tranquila.
Meus sinceros parabéns e votos de força ao VP José de Alencar
Sds.
José Alencar defende que país invista em arma nuclear
BRASÍLIA - Um dia depois de se submeter a mais uma sessão de quimioterapia, o presidente em exercício José Alencar defendeu ontem o desenvolvimento de armas nucleares como forma de dissuasão e para o Brasil ter mais espaço no cenário internacional. Alencar alega que elas podem ser importantes para a proteção das fronteiras e contra “a cobiça internacional”, especialmente depois da descoberta das reservas de petróleo na camada pré-sal.
O presidente em exercício lembrou que o Paquistão, mesmo sendo um país pobre, já detém essa tecnologia, o que lhe confere reconhecimento internacional.
– Nós dominamos a tecnologia da energia nuclear, mas ninguém aqui tem uma iniciativa para avançar nisso. Eles (Paquistão) têm reconhecimento tecnológico, mas são muito pobres. Eles sentam à mesa, porque têm arma nuclear. É vantagem? É, até do ponto de vista de dissuasão. É importante. Temos que despertar que o Brasil para ser um país realmente forte tem que avançar nisso, especialmente para fins pacíficos – defendeu o vice-presidente. – O brasileiro é muito tranquilo. Nós dominamos a tecnologia da energia nuclear, mas ninguém aqui tem uma iniciativa para avançar nisso. Temos que avançar nisso aí.
Alencar propôs também vincular parte do Produto Interno Bruto (PIB) ao orçamento das Forças Armadas. O presidente em exercício estima ser necessário percentual fixo de 3% a 5% do PIB para reaparelhar o Exército, a Aeronáutica e a Marinha.
– A fixação de um percentual com base no PIB seria bom porque daria segurança às Forças Armadas – comentou ontem. O presidente em exercício, admitiu, contudo, que não conversou recentemente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a proposta. – O presidente Lula está atento a isso, porém dentro daquela visão responsável porque não podemos, por exemplo, criar um deficit orçamentário que nos leve a uma volta do período da irresponsabilidade fiscal. Isso não podemos fazer de forma alguma.
Alencar também rebateu críticas de que o governo não estaria dando a devida atenção ao Exército pelo fato de estar negociando a compra de caças para a Força Aérea e submarinos para a Marinha.
– A preocupação com o Exército é presente e será feita. Mas você vê que, de repente, falta dinheiro. Está faltando dinheiro. Até mesmo para a manutenção dos quadros atuais. Isso tem que mudar – reclamou. O Comando do Exército decidiu reduzir o expediente nas segundas e sextas-feiras, pois não há verba suficiente para o pagamento das contas de água, luz, telefone e alimentação dos soldados.
Alencar defende orçamento maior para Forças Armadas
Paulo de Tarso Lyra, de Brasília
O presidente em exercício, José Alencar, defendeu ontem um aumento no orçamento das Forças Armadas, incluindo Exército, Marinha e Aeronáutica. Alencar afirmou que o ideal seria um orçamento correspondente a 3% a 5% do PIB brasileiro. "Acho que tem de ficar fixado, como é para saúde, para a educação, que são prioridades".
Para ele, não seria preciso um percentual acima de 5%, a exemplo de outros países, que investem orçamentos gigantescos na defesa. "Isto daria muita força para o reaparelhamento do nosso sistema de defesa. O sistema de defesa tem que ser cuidado seriamente. Está abandonado há muito tempo, há muitos e muitos anos. Temos casos de equipamentos de 40, 50 anos", exemplificou.
Alencar assegurou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está atento a essa necessidade, embora admita que os dois só tenham discutido o assunto no período em que o vice-presidente acumulou o cargo de ministro da Defesa. José Alencar disse que o aumento no orçamento seria feito dentro dos limites da responsabilidade fiscal adotados pelo governo. "Não podemos, por exemplo, criar um déficit orçamentário que nos leve à irresponsabilidade fiscal", completou o presidente em exercício.
Além de um aumento no orçamento para a Defesa, Alencar também defendeu que o país desenvolva armas nucleares, mas para fins pacíficos. Declarou que países como Índia e Paquistão têm mais condições de debater em uma mesa de negociações justamente pelo fato de possuírem este tipo de armamento. " A arma nuclear, utilizada como instrumento dissuasório, é de grande importância para um país que tem 15 mil km de fronteiras a oeste, tem um mar territorial e agora esse mar do pré-sal de quatro milhões de quilômetros quadrados de área".
Ele reconhece que o brasileiro é um povo tranquilo, mas acha que o debate sobre as armas nucleares deve ser feito junto à sociedade. Alencar não teme que este discurso prejudique o Brasil, um dos signatários do pacto de não-proliferação das armas nucleares apresentado pela Organização das Nações Unidas (ONU). "Eu acho que isso é tudo negociado, é tudo conversado. O Brasil hoje possui credibilidade para estar sentado à mesa. A respeitabilidade do país cresceria muito. Tem aquela frase "a força é o direito e a justiça é o poder do mais forte"", citou ele.
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Re: GEOPOLÍTICA
Lúcido, muito lúcido!Tem aquela frase "a força é o direito e a justiça é o poder do mais forte"", citou ele.
Ou seja os fracos nunca terão direito algum, nem mesmo à justiça.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Re: GEOPOLÍTICA
alencar presidente!
"A religião católica contém a Verdade total revelada por Deus e não dizemos isso com arrogância nem para desafiar ninguém. Não podemos diminuir esta afirmação" Dom Hector Aguer
http://ridingaraid.blogspot.com.br/ meu blog
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Re: GEOPOLÍTICA
TODA admiração e respeito ao nosso Vice-Presidente. Bravo Brasileiro, com "B"s maiúsculos!!!
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
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Re: GEOPOLÍTICA
Atualizado em 26 de setembro, 2009 - 01:47 (Brasília) 04:47 GMT
Cúpula América do Sul-África é teste para ambição de liderança do Brasil
Claudia Jardim
Enviada especial da BBC Brasil a Porlamar, Venezuela
A II Cúpula América do Sul-África (ASA), que começa neste sábado em Isla Margarita, na Venezuela, é mais um teste para a integração entre os países dos dois continentes e um desafio para a ambição brasileira de se firmar como líder do chamado eixo “sul-sul”.
A intenção brasileira de se fixar como liderança, no entanto, pode ser ofuscada durante o encontro pelo discurso “anti-imperialista” do anfitrião da cúpula, o presidente venezuelano Hugo Chávez, que pode aproveitar a presença de aliados seus, como o líder líbio Muamar Khadafi e os presidentes dos países da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas), para marcar o tom do encontro.
Segundo uma fonte diplomática ouvida pela BBC Brasil, no entanto, o governo brasileiro tentará impedir que a cúpula se converta em uma espécie de encontro anti-imperialista.
“Nosso discurso é propositivo. Não somos anti nada ou alguém. Não adotamos esse discurso de polarização Norte-Sul”, disse a fonte, que afirmou ainda que qualquer menção do tipo no documento final do encontro será vetada pelo Brasil.
Para o historiador Beluce Bellucci, diretor do Centro de Estudos Afro-Asiáticos da Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, no entanto, esta abordagem anti-imperialista deve ser inevitável durante a cúpula.
“Ninguém pode negar o duro processo de dominação a que o continente africano foi submetido”, afirma.
Segundo ele, esta questão impõe à cúpula o desafio de encontrar novas relações comerciais e políticas que sejam capazes de superar o histórico de colonização, a seu ver, ainda presente nas relações com a África.
“Passo adiante”
Para Bellucci, a cúpula pode marca um “passo adiante” na projeção do Brasil como liderança para com a África.
“O Brasil tem condições de estabelecer uma cooperação efetiva com o continente africano, estreitando laços com líderes como a África do Sul”, afirma.
A ótica do governo brasileiro é de que, por meio de projetos de cooperação e comércio, o Brasil possa desempenhar um papel mais influente na redução das assimetrias econômicas e institucionais.
Dentro dessa lógica, o intercâmbio comercial Brasil-África saltou de US$5 bilhões, registrados em 2002, para US$ 26 bilhões em 2008.
Venezuela
A Venezuela também pretende fazer com que ações concretas de integração surjam a partir do encontro.
O presidente Hugo Chávez já afirmou que pretende que a cúpula gere um cronograma de integração entre os países dos dois continentes que cubra pelo menos uma década
"Não pode ser (apenas) uma cúpula mais", disse Chávez.
O vice-chanceler venezuelano para a África, Reinaldo Bolívar, afirma que os interesses econômicos no continente africano também não são poucos.
"A África é o primeiro continente em posse de minérios, possui 20% do petróleo mundial e é a segunda reserva de água da humanidade", afirmou.
Temas
Além de metas de cooperação em matéria de desenvolvimento, energia, comércio e cultura, a Cúpula América do Sul-África também deve tratar de outros temas de política internacional e economia.
O documento final do encontro deve trazer um pedido por uma reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A crise econômica mundial também deve fazer parte dos debates entre os chefes de Estado e representantes de governo dos 66 países presentes.
Apesar de não estar na agenda oficial, a crise política em Honduras deve ser tratada pelos líderes sul-americanos "pelo menos nas reuniões bilaterais", afirmou um membro da delegação venezuelana.
Depois da Cúpula América do Sul-África, que termina no domingo, o presidente Lula e seu colega venezuelano Hugo Chávez terão uma reunião bilateral para revisar a agenda política e de cooperação entre Brasil e Venezuela.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... j_cq.shtml
Cúpula América do Sul-África é teste para ambição de liderança do Brasil
Claudia Jardim
Enviada especial da BBC Brasil a Porlamar, Venezuela
A II Cúpula América do Sul-África (ASA), que começa neste sábado em Isla Margarita, na Venezuela, é mais um teste para a integração entre os países dos dois continentes e um desafio para a ambição brasileira de se firmar como líder do chamado eixo “sul-sul”.
A intenção brasileira de se fixar como liderança, no entanto, pode ser ofuscada durante o encontro pelo discurso “anti-imperialista” do anfitrião da cúpula, o presidente venezuelano Hugo Chávez, que pode aproveitar a presença de aliados seus, como o líder líbio Muamar Khadafi e os presidentes dos países da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas), para marcar o tom do encontro.
Segundo uma fonte diplomática ouvida pela BBC Brasil, no entanto, o governo brasileiro tentará impedir que a cúpula se converta em uma espécie de encontro anti-imperialista.
“Nosso discurso é propositivo. Não somos anti nada ou alguém. Não adotamos esse discurso de polarização Norte-Sul”, disse a fonte, que afirmou ainda que qualquer menção do tipo no documento final do encontro será vetada pelo Brasil.
Para o historiador Beluce Bellucci, diretor do Centro de Estudos Afro-Asiáticos da Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, no entanto, esta abordagem anti-imperialista deve ser inevitável durante a cúpula.
“Ninguém pode negar o duro processo de dominação a que o continente africano foi submetido”, afirma.
Segundo ele, esta questão impõe à cúpula o desafio de encontrar novas relações comerciais e políticas que sejam capazes de superar o histórico de colonização, a seu ver, ainda presente nas relações com a África.
“Passo adiante”
Para Bellucci, a cúpula pode marca um “passo adiante” na projeção do Brasil como liderança para com a África.
“O Brasil tem condições de estabelecer uma cooperação efetiva com o continente africano, estreitando laços com líderes como a África do Sul”, afirma.
A ótica do governo brasileiro é de que, por meio de projetos de cooperação e comércio, o Brasil possa desempenhar um papel mais influente na redução das assimetrias econômicas e institucionais.
Dentro dessa lógica, o intercâmbio comercial Brasil-África saltou de US$5 bilhões, registrados em 2002, para US$ 26 bilhões em 2008.
Venezuela
A Venezuela também pretende fazer com que ações concretas de integração surjam a partir do encontro.
O presidente Hugo Chávez já afirmou que pretende que a cúpula gere um cronograma de integração entre os países dos dois continentes que cubra pelo menos uma década
"Não pode ser (apenas) uma cúpula mais", disse Chávez.
O vice-chanceler venezuelano para a África, Reinaldo Bolívar, afirma que os interesses econômicos no continente africano também não são poucos.
"A África é o primeiro continente em posse de minérios, possui 20% do petróleo mundial e é a segunda reserva de água da humanidade", afirmou.
Temas
Além de metas de cooperação em matéria de desenvolvimento, energia, comércio e cultura, a Cúpula América do Sul-África também deve tratar de outros temas de política internacional e economia.
O documento final do encontro deve trazer um pedido por uma reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A crise econômica mundial também deve fazer parte dos debates entre os chefes de Estado e representantes de governo dos 66 países presentes.
Apesar de não estar na agenda oficial, a crise política em Honduras deve ser tratada pelos líderes sul-americanos "pelo menos nas reuniões bilaterais", afirmou um membro da delegação venezuelana.
Depois da Cúpula América do Sul-África, que termina no domingo, o presidente Lula e seu colega venezuelano Hugo Chávez terão uma reunião bilateral para revisar a agenda política e de cooperação entre Brasil e Venezuela.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... j_cq.shtml
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Re: GEOPOLÍTICA
Ééééééééé, chupa que a cana é doce.
Se desploma la producción petrolera de Venezuela
Por CASTO OCANDO
coca...@elnuevoherald.com
Mientras la producción petrolera en Venezuela experimenta su nivel más
bajo en los últimos 25 años, Estados Unidos reduce sus importaciones
de crudo venezolano a casi la mitad de hace una década,
sustituyéndolas con proveedores más confiables, indicaron estudios y
expertos.
Un informe privado de un experto del Banco Mundial dado a conocer esta
semana indica que, del total de las importaciones estadounidenses,
sólo un 9.6 por ciento provino de Venezuela. En contraste, antes de
que el presidente Hugo Chávez llegara al poder, importaba casi el 17
por ciento.
"La reducción pronunciada en la actividad de taladros, asociada a la
expropiación y desmantelamiento de las actividades conexas en
Occidente y Oriente a lo largo del primer semestre, augura que la
caída discreta en la producción de los últimos meses será de carácter
estructural, difícilmente se revertirá en el corto plazo'', indicó
Ramón Espinasa, ex economista jefe de la estatal Petróleos de
Venezuela, S.A. (PDVSA) y actual economista del Banco Mundial, con
sede en Washington, D.C.
Las exportaciones venezolanas de crudo y productos petroleros hacia
Estados Unidos totalizaron 1.14 millones al cierre de julio de este
año, el mismo nivel de hace 20 años, señaló el informe Venezuela:
desempeño del sector petrolero, primer semestre de 2009, que circula
de manera independiente entre diferentes organismos y especialistas.
Al mismo tiempo, el porcentaje de la producción total de petróleo
venezolano que se destina a Estados Unidos fue de 74 por ciento, el
nivel más alto en los últimos años, una cifra que, según Espinasa,
demuestra la creciente dependencia que tiene Venezuela del mercado
norteamericano.
Coincidiendo con el informe de Espinasa, el experto petrolero Juan
Fernández, ex ejecutivo de PDVSA, dijo que Venezuela era más
dependiente de Estados Unidos porque su portafolio de clientes, entre
ellos Cuba y los países que integran el acuerdo de Petrocaribe, tiene
una capacidad muy limitada para pagar.
"En cambio, todo lo que vende a Estados Unidos produce dinero en
efectivo'', señaló Fernández, quien reside en Miami.
Agregó que el mercado norteamericano ahora está sustituyendo la
decreciente cuota petrolera venezolana con suministros de Canadá,
México y Arabia Saudita.
"Hay una caída seria en el número de pozos en producción, una
situación que puede hacerse irreversible si no se realizan importantes
inversiones y mantenimiento, que no se está haciendo'', dijo
Fernández.
El informe de Espinasa coincidió con reportes recientemente publicados
en Venezuela sobre una reducción sustancial en la producción de los
llamados convenios operativos, con la participación de
transnacionales.
Según un estudio oficial elaborado por expertos de PDVSA y reportado
por la agencia Reuters el lunes 14 de septiembre, la producción de las
empresas mixtas cayó de 346,000 barriles por día a 267,000 barriles
entre el 2006 y el 2009, una diferencia de unos 80,000 barriles
diarios de crudo en tres años.
El informe de PDVSA indicó que la caída en la producción ha sido más
acentuada en el occidente del país, donde operan gigantes como la
brasileña Petrobrás, la angloholandesa Shell, la norteamericana
Chevron, la española Repsol YPF y la china CNPC.
Tanto líderes petroleros y sindicales, como dirigentes de la
oposición, han criticado el creciente deterioro de la infraestructura
petrolera, lo que explica la reducción de 3.3 millones de barriles que
se producían en 2002, a 2.21 millones en la actualidad.
Sin embargo, el gobierno ha defendido la política petrolera afirmando
que aumentó las reservas de crudo con los yacimientos extrapesados de
la Faja del Orinoco, y ayudó a incrementar el valor del petróleo en el
mercado internacional, generando ingresos históricos para Venezuela.
Se desploma la producción petrolera de Venezuela
Por CASTO OCANDO
coca...@elnuevoherald.com
Mientras la producción petrolera en Venezuela experimenta su nivel más
bajo en los últimos 25 años, Estados Unidos reduce sus importaciones
de crudo venezolano a casi la mitad de hace una década,
sustituyéndolas con proveedores más confiables, indicaron estudios y
expertos.
Un informe privado de un experto del Banco Mundial dado a conocer esta
semana indica que, del total de las importaciones estadounidenses,
sólo un 9.6 por ciento provino de Venezuela. En contraste, antes de
que el presidente Hugo Chávez llegara al poder, importaba casi el 17
por ciento.
"La reducción pronunciada en la actividad de taladros, asociada a la
expropiación y desmantelamiento de las actividades conexas en
Occidente y Oriente a lo largo del primer semestre, augura que la
caída discreta en la producción de los últimos meses será de carácter
estructural, difícilmente se revertirá en el corto plazo'', indicó
Ramón Espinasa, ex economista jefe de la estatal Petróleos de
Venezuela, S.A. (PDVSA) y actual economista del Banco Mundial, con
sede en Washington, D.C.
Las exportaciones venezolanas de crudo y productos petroleros hacia
Estados Unidos totalizaron 1.14 millones al cierre de julio de este
año, el mismo nivel de hace 20 años, señaló el informe Venezuela:
desempeño del sector petrolero, primer semestre de 2009, que circula
de manera independiente entre diferentes organismos y especialistas.
Al mismo tiempo, el porcentaje de la producción total de petróleo
venezolano que se destina a Estados Unidos fue de 74 por ciento, el
nivel más alto en los últimos años, una cifra que, según Espinasa,
demuestra la creciente dependencia que tiene Venezuela del mercado
norteamericano.
Coincidiendo con el informe de Espinasa, el experto petrolero Juan
Fernández, ex ejecutivo de PDVSA, dijo que Venezuela era más
dependiente de Estados Unidos porque su portafolio de clientes, entre
ellos Cuba y los países que integran el acuerdo de Petrocaribe, tiene
una capacidad muy limitada para pagar.
"En cambio, todo lo que vende a Estados Unidos produce dinero en
efectivo'', señaló Fernández, quien reside en Miami.
Agregó que el mercado norteamericano ahora está sustituyendo la
decreciente cuota petrolera venezolana con suministros de Canadá,
México y Arabia Saudita.
"Hay una caída seria en el número de pozos en producción, una
situación que puede hacerse irreversible si no se realizan importantes
inversiones y mantenimiento, que no se está haciendo'', dijo
Fernández.
El informe de Espinasa coincidió con reportes recientemente publicados
en Venezuela sobre una reducción sustancial en la producción de los
llamados convenios operativos, con la participación de
transnacionales.
Según un estudio oficial elaborado por expertos de PDVSA y reportado
por la agencia Reuters el lunes 14 de septiembre, la producción de las
empresas mixtas cayó de 346,000 barriles por día a 267,000 barriles
entre el 2006 y el 2009, una diferencia de unos 80,000 barriles
diarios de crudo en tres años.
El informe de PDVSA indicó que la caída en la producción ha sido más
acentuada en el occidente del país, donde operan gigantes como la
brasileña Petrobrás, la angloholandesa Shell, la norteamericana
Chevron, la española Repsol YPF y la china CNPC.
Tanto líderes petroleros y sindicales, como dirigentes de la
oposición, han criticado el creciente deterioro de la infraestructura
petrolera, lo que explica la reducción de 3.3 millones de barriles que
se producían en 2002, a 2.21 millones en la actualidad.
Sin embargo, el gobierno ha defendido la política petrolera afirmando
que aumentó las reservas de crudo con los yacimientos extrapesados de
la Faja del Orinoco, y ayudó a incrementar el valor del petróleo en el
mercado internacional, generando ingresos históricos para Venezuela.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: GEOPOLÍTICA
Brazilian Vice-President in favour of possession of nuclear weapons
Brazil’s Vice-President Jose Alencar has said possession of nuclear weapons would enable his country to deter potential aggressors and give the South American nation greater ‘respectability’ on the world stage, according to a media report from Sao Paulo.
Jose Alencar, man of few words
“Nuclear weapons as an instrument of deterrence are of great importance for a country that has 15,000 km of border”, O Estado de Sao Paulo newspaper quoted Alencar as saying while referring to the security of the country's offshore oil deposits.
Brazil's military regime (1964-1985) had a covert nuclear-weapons programme that was shut down after the restoration of democratic rule.
Besides deterrence, nuclear weapons “give more respectability”, Alencar said, citing the example of Pakistan, a poor nation that “has a seat in various international entities, precisely for having an atomic bomb”.
He also called for allocating between three and five percent of gross domestic product (GDP) to upgrade its armed forces.
The comments came after the UN Security Council passed a US-sponsored resolution aimed at stopping countries with nuclear technology from making atomic bombs and Mr. Alencar is not a man who tries to steal stage or spotlight from President Lula da Silva.
Brazil has a substantial uranium reserve and even developed the technology for uranium-enrichment. The country recently signed an agreement with France to jointly build a nuclear-powered submarine.
Alencar is not the first Brazilian politician to express concern about the security of the offshore oil deposits, while the challenges of defending the sparsely populated and resource-rich Amazon region are a regular topic of conversation in ruling circles.
According to the Brazilian media those worries have grown with Washington's decision last year to reactivate the US Navy's 4th Fleet, which patrolled the Western Hemisphere during the World War II era, and with a prospective agreement to allow US military units access to seven bases in Brazil's neighbour Colombia.
http://en.mercopress.com/2009/09/28/bra ... ar-weapons
Brazil’s Vice-President Jose Alencar has said possession of nuclear weapons would enable his country to deter potential aggressors and give the South American nation greater ‘respectability’ on the world stage, according to a media report from Sao Paulo.
Jose Alencar, man of few words
“Nuclear weapons as an instrument of deterrence are of great importance for a country that has 15,000 km of border”, O Estado de Sao Paulo newspaper quoted Alencar as saying while referring to the security of the country's offshore oil deposits.
Brazil's military regime (1964-1985) had a covert nuclear-weapons programme that was shut down after the restoration of democratic rule.
Besides deterrence, nuclear weapons “give more respectability”, Alencar said, citing the example of Pakistan, a poor nation that “has a seat in various international entities, precisely for having an atomic bomb”.
He also called for allocating between three and five percent of gross domestic product (GDP) to upgrade its armed forces.
The comments came after the UN Security Council passed a US-sponsored resolution aimed at stopping countries with nuclear technology from making atomic bombs and Mr. Alencar is not a man who tries to steal stage or spotlight from President Lula da Silva.
Brazil has a substantial uranium reserve and even developed the technology for uranium-enrichment. The country recently signed an agreement with France to jointly build a nuclear-powered submarine.
Alencar is not the first Brazilian politician to express concern about the security of the offshore oil deposits, while the challenges of defending the sparsely populated and resource-rich Amazon region are a regular topic of conversation in ruling circles.
According to the Brazilian media those worries have grown with Washington's decision last year to reactivate the US Navy's 4th Fleet, which patrolled the Western Hemisphere during the World War II era, and with a prospective agreement to allow US military units access to seven bases in Brazil's neighbour Colombia.
http://en.mercopress.com/2009/09/28/bra ... ar-weapons
Triste sina ter nascido português
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Re: GEOPOLÍTICA
Jose Alencar, man of few words
Mas disse tudo, não usou de meias palavras
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Re: GEOPOLÍTICA
Ser forte é a única opção
Luiz Eduardo Rocha Paiva
General da reserva, foi comandante e é professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
Grande parte da sociedade não considera necessário o atual aporte de recursos para melhorar a defesa do país. Isso não surpreende, pois só agora o Brasil deixa de ser um país periférico e projeta-se no tabuleiro do grande jogo, onde enfrentará conflitos com possibilidades de perdas e ganhos decisivos. Tal projeção é consequência do seu desenvolvimento, das riquezas disponíveis e da posição geoestratégica, fatores de poder que atraem a cobiça e rivalidade de grandes potências.
A nação não visualizou as implicações militares desse quadro e sua liderança perdeu a noção de que política exterior não é apenas diplomacia, mas também defesa. Talvez só percebam quando viermos a lamentar perdas significativas de patrimônio e autoestima, por imposições a que o país tenha de se submeter em função de sua indigência militar.
Hoje, as potências tradicionais e emergentes são Estados Unidos, União Europeia, Rússia, China, Japão, Índia e Brasil, único país cujas Forças Armadas (FA) estão na UTI e dela só sairão em longo prazo, mesmo com os investimentos anunciados. Haverá tempo para sanar essa vulnerabilidade antes de sermos obrigados a respaldar militarmente decisões de Estado? Nossas FA não têm a menor condição de resistir ou dissuadir àquelas potências, caso elas se disponham a empregar meios militares em um contencioso. Em todos os conflitos atuais, o poder militar é empregado de modo indireto ou direto se necessário.
A aplicação do poder militar não se restringe a operações bélicas, de paz e humanitárias. Seu emprego também vai além da participação no desenvolvimento, na garantia da lei e da ordem e no apoio à defesa civil. No campo internacional, FA potentes apoiam e dão relevância à política exterior por meio da cooperação, dissuasão e coação militar, trazendo importantes dividendos em termos de recursos materiais e projeção internacional.
Pela cooperação, uma potência projeta-se por meio de missões militares de ajuda e apoio, intercâmbios de ensino e pesquisa, reuniões de troca de informações para fortalecer a confiança mútua, realização de exercícios combinados, venda e manutenção de material militar, fabricação conjunta de equipamentos, financiamento e incorporação de tropa do país apoiado em suas operações internacionais, aliança militar, participação em órgãos regionais de segurança e outras iniciativas distintas. Assim, cria-se um vínculo cujo rompimento não seria interessante, sendo a cooperação um forte argumento de persuasão e convencimento em contenciosos com o país apoiado.
A indústria nacional de defesa foi uma das maiores fontes de divisas do Brasil em passado recente, com importante contribuição para o nível de emprego, a pesquisa e o desenvolvimento científico-tecnológico. Vários de seus produtos e estudos eram aproveitados em diversas áreas de atividades civis.
No caso da escalada de um conflito, com ameaça a interesses vitais ou importantes ou de graves prejuízos, uma potência pode empregar suas FA ainda de forma indireta, sem configurar um conflito armado. Nesse caso, usaria a dissuasão ou a coação pela ameaça de suspensão da cooperação ou sua transferência a um rival da nação em litígio, pelo armamentismo próprio, pela realização de exercícios na fronteira com o oponente, pelo desdobramento de forças de modo a ameaçar objetivos de valor estratégico e, em última instância, realizando ações punitivas como revide a atos lesivos contra seus direitos e interesses. O revide visa a causar um prejuízo maior que o sofrido e não a ocupação de território. A simples capacidade militar de fazê-lo é fator de dissuasão.
Na América do Sul, poderemos ter problemas com alguns vizinhos, mas não chegarão ao nível de ameaças, em virtude do poder relativo nos campos político, econômico e militar. O perigo maior vem de potências extracontinentais, que têm capacidade de tentar impor-nos condições para a exploração de recursos e ocupação de espaços, limitando-nos a soberania, ameaçando o nosso patrimônio e impedindo a projeção do país. Os vizinhos terão de entender que não podemos abdicar da condição de potência militar diante de ameaças dessa natureza. A nação precisa despertar de seu sonho ingênuo de um mundo de paz e apoiar a edificação e preservação de um poder militar compatível com a estatura política do país, sem flutuações ou retrocessos nos investimentos em defesa. (Correio Brasiliense)
Luiz Eduardo Rocha Paiva
General da reserva, foi comandante e é professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
Grande parte da sociedade não considera necessário o atual aporte de recursos para melhorar a defesa do país. Isso não surpreende, pois só agora o Brasil deixa de ser um país periférico e projeta-se no tabuleiro do grande jogo, onde enfrentará conflitos com possibilidades de perdas e ganhos decisivos. Tal projeção é consequência do seu desenvolvimento, das riquezas disponíveis e da posição geoestratégica, fatores de poder que atraem a cobiça e rivalidade de grandes potências.
A nação não visualizou as implicações militares desse quadro e sua liderança perdeu a noção de que política exterior não é apenas diplomacia, mas também defesa. Talvez só percebam quando viermos a lamentar perdas significativas de patrimônio e autoestima, por imposições a que o país tenha de se submeter em função de sua indigência militar.
Hoje, as potências tradicionais e emergentes são Estados Unidos, União Europeia, Rússia, China, Japão, Índia e Brasil, único país cujas Forças Armadas (FA) estão na UTI e dela só sairão em longo prazo, mesmo com os investimentos anunciados. Haverá tempo para sanar essa vulnerabilidade antes de sermos obrigados a respaldar militarmente decisões de Estado? Nossas FA não têm a menor condição de resistir ou dissuadir àquelas potências, caso elas se disponham a empregar meios militares em um contencioso. Em todos os conflitos atuais, o poder militar é empregado de modo indireto ou direto se necessário.
A aplicação do poder militar não se restringe a operações bélicas, de paz e humanitárias. Seu emprego também vai além da participação no desenvolvimento, na garantia da lei e da ordem e no apoio à defesa civil. No campo internacional, FA potentes apoiam e dão relevância à política exterior por meio da cooperação, dissuasão e coação militar, trazendo importantes dividendos em termos de recursos materiais e projeção internacional.
Pela cooperação, uma potência projeta-se por meio de missões militares de ajuda e apoio, intercâmbios de ensino e pesquisa, reuniões de troca de informações para fortalecer a confiança mútua, realização de exercícios combinados, venda e manutenção de material militar, fabricação conjunta de equipamentos, financiamento e incorporação de tropa do país apoiado em suas operações internacionais, aliança militar, participação em órgãos regionais de segurança e outras iniciativas distintas. Assim, cria-se um vínculo cujo rompimento não seria interessante, sendo a cooperação um forte argumento de persuasão e convencimento em contenciosos com o país apoiado.
A indústria nacional de defesa foi uma das maiores fontes de divisas do Brasil em passado recente, com importante contribuição para o nível de emprego, a pesquisa e o desenvolvimento científico-tecnológico. Vários de seus produtos e estudos eram aproveitados em diversas áreas de atividades civis.
No caso da escalada de um conflito, com ameaça a interesses vitais ou importantes ou de graves prejuízos, uma potência pode empregar suas FA ainda de forma indireta, sem configurar um conflito armado. Nesse caso, usaria a dissuasão ou a coação pela ameaça de suspensão da cooperação ou sua transferência a um rival da nação em litígio, pelo armamentismo próprio, pela realização de exercícios na fronteira com o oponente, pelo desdobramento de forças de modo a ameaçar objetivos de valor estratégico e, em última instância, realizando ações punitivas como revide a atos lesivos contra seus direitos e interesses. O revide visa a causar um prejuízo maior que o sofrido e não a ocupação de território. A simples capacidade militar de fazê-lo é fator de dissuasão.
Na América do Sul, poderemos ter problemas com alguns vizinhos, mas não chegarão ao nível de ameaças, em virtude do poder relativo nos campos político, econômico e militar. O perigo maior vem de potências extracontinentais, que têm capacidade de tentar impor-nos condições para a exploração de recursos e ocupação de espaços, limitando-nos a soberania, ameaçando o nosso patrimônio e impedindo a projeção do país. Os vizinhos terão de entender que não podemos abdicar da condição de potência militar diante de ameaças dessa natureza. A nação precisa despertar de seu sonho ingênuo de um mundo de paz e apoiar a edificação e preservação de um poder militar compatível com a estatura política do país, sem flutuações ou retrocessos nos investimentos em defesa. (Correio Brasiliense)
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: GEOPOLÍTICA
Para 'Time', Brasil é 'primeiro contrapeso real aos EUA no Ocidente'
30/09/2009 - 08h42
Uma reportagem publicada nesta quarta-feira na edição online da revista americana "Time" diz que, ao mediar a crise hondurenha, o Brasil se tornou "o primeiro contrapeso real" à influência americana "no hemisfério ocidental".
Considerando que o Brasil foi "trazido" para o coração do imbróglio pelos vizinhos, mais especificamente pela Venezuela do presidente Hugo Chávez, a revista diz que "Brasília se vê no tipo de centro das atenções diplomático do qual no passado procurou se afastar".
Entretanto, diz a "Time", o país "não deveria se surpreender" com o fato de ser chamado a assumir tal responsabilidade.
Para a publicação americana, "nos últimos anos, a potência sul-americana tem sido reconhecida como o primeiro contrapeso real aos EUA no hemisfério ocidental - e isto significa, pelo menos para outros países nas Américas, assumir um papel maior e mais pró-ativo em ajudar a resolver distúrbios políticos do Novo Mundo, como Honduras".
"Lula e Obama são colegas e almas gêmeas de centro-esquerda, mas quando Obama disse, no mês passado, que aqueles que questionam sua resolução em Honduras são hipócritas, porque são 'os mesmos que dizem que nós estamos sempre intervindo na América Latina'", recorda a reportagem, "ele estava incluindo o Brasil, que expressou sua preocupação em relação aos esforços dos Estados Unidos".
Diplomacia ativa Citando a participação brasileira em crises regionais, como os conflitos diplomáticos envolvendo Colômbia e Venezuela, e a liderança das tropas do país no Haiti, a revista nota que a diplomacia brasileira é "dificilmente ociosa" na América Latina. "E Lula, um dos mais populares chefes de Estado do mundo, se tornou talvez o mais efetivo intermediário entre Washington e a ressurgente esquerda antiamericana latino-americana".
A reportagem discute a preferência da diplomacia brasileira por atuar nos bastidores, e sua autodefinição como sendo "decididamente não-intervencionista".
"Ao mesmo tempo, Lula está em uma cruzada para tornar o Brasil, que tem a quinta maior população mundial e a nona economia do mundo, um ator internacional sério", diz o texto.
"É difícil manter uma tradição não-intervencionista pristina com ambições como estas - e, cada vez, o hemisfério está dizendo ao Brasil que é um tanto ingênuo insistir que é possível fazer as duas coisas." Para a "Times", "goste ou não, agora o Brasil está enfiado até o pescoço em Honduras, e o hemisfério está esperançoso de que isto signifique melhores prospectos para um acordo negociado entre Zelaya e os líderes golpistas".
"Porque acreditam que o golpe hondurenho envia um recado perigoso para as nascentes democracias da região, muitos analistas acham que ter o peso do Brasil jogado mais diretamente na situação pode ajudar as negociações."
http://noticias.uol.com.br/bbc/2009/09/ ... u3554.jhtm
[]'s
30/09/2009 - 08h42
Uma reportagem publicada nesta quarta-feira na edição online da revista americana "Time" diz que, ao mediar a crise hondurenha, o Brasil se tornou "o primeiro contrapeso real" à influência americana "no hemisfério ocidental".
Considerando que o Brasil foi "trazido" para o coração do imbróglio pelos vizinhos, mais especificamente pela Venezuela do presidente Hugo Chávez, a revista diz que "Brasília se vê no tipo de centro das atenções diplomático do qual no passado procurou se afastar".
Entretanto, diz a "Time", o país "não deveria se surpreender" com o fato de ser chamado a assumir tal responsabilidade.
Para a publicação americana, "nos últimos anos, a potência sul-americana tem sido reconhecida como o primeiro contrapeso real aos EUA no hemisfério ocidental - e isto significa, pelo menos para outros países nas Américas, assumir um papel maior e mais pró-ativo em ajudar a resolver distúrbios políticos do Novo Mundo, como Honduras".
"Lula e Obama são colegas e almas gêmeas de centro-esquerda, mas quando Obama disse, no mês passado, que aqueles que questionam sua resolução em Honduras são hipócritas, porque são 'os mesmos que dizem que nós estamos sempre intervindo na América Latina'", recorda a reportagem, "ele estava incluindo o Brasil, que expressou sua preocupação em relação aos esforços dos Estados Unidos".
Diplomacia ativa Citando a participação brasileira em crises regionais, como os conflitos diplomáticos envolvendo Colômbia e Venezuela, e a liderança das tropas do país no Haiti, a revista nota que a diplomacia brasileira é "dificilmente ociosa" na América Latina. "E Lula, um dos mais populares chefes de Estado do mundo, se tornou talvez o mais efetivo intermediário entre Washington e a ressurgente esquerda antiamericana latino-americana".
A reportagem discute a preferência da diplomacia brasileira por atuar nos bastidores, e sua autodefinição como sendo "decididamente não-intervencionista".
"Ao mesmo tempo, Lula está em uma cruzada para tornar o Brasil, que tem a quinta maior população mundial e a nona economia do mundo, um ator internacional sério", diz o texto.
"É difícil manter uma tradição não-intervencionista pristina com ambições como estas - e, cada vez, o hemisfério está dizendo ao Brasil que é um tanto ingênuo insistir que é possível fazer as duas coisas." Para a "Times", "goste ou não, agora o Brasil está enfiado até o pescoço em Honduras, e o hemisfério está esperançoso de que isto signifique melhores prospectos para um acordo negociado entre Zelaya e os líderes golpistas".
"Porque acreditam que o golpe hondurenho envia um recado perigoso para as nascentes democracias da região, muitos analistas acham que ter o peso do Brasil jogado mais diretamente na situação pode ajudar as negociações."
http://noticias.uol.com.br/bbc/2009/09/ ... u3554.jhtm
[]'s
"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
Re: Coisas estranhas estão acontecendo na AS.
Bolivianos querem fim das usinas do Madeira
Da Redação
Bastou o governo comemorar o resultado do leilão da primeira usina hidrelétrica do Rio Madeira, em Rondônia, para voltarem os ataques da Bolívia contra o empreendimento. Comunidades indígenas e organizações não-governamentais pediram à Organização dos Estados Americanos (OEA) a suspensão das duas usinas — Santo Antônio, leiloada na segunda-feira e Jirau, que será oferecida em maio.
O pedido foi encaminhado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, com sede em Washington, e argumenta que as obras provocarão perda de vegetação, erosão do solo, deslizamento de terras, inundações, extinção de espécies aquáticas e aumento das doenças tropicais. “O governo brasileiro tem omitido intencionalmente critérios de direitos para dar continuidade aos projetos hidrelétricos do Rio Madeira. O Brasil pretende continuar com a implementação das represas violando a notificação e a consulta prévia a outro Estado, portanto atentando contra o devido processo”, diz comunicado do Foro Boliviano do Meio Ambiente.
A reclamação boliviana não é nova. O próprio governo da Bolívia já acusara risco de prejuízos com as duas usinas. O Ibama garante, no entanto, que não há impacto além da fronteira.
Na prática, desde o fim de 2006 a Bolívia já ensaiara lamentos contra as hidrelétricas. Na época, o governo boliviano chegou a considerar a possibilidade de pedir compensações econômicas ao Brasil. Em fevereiro deste ano, depois de o governo brasileiro prometer recursos para as usinas do lado de lá da fronteira, Evo Morales retirou as reclamações.
Ontem, a Odebrecht, construtora que liderou o consórcio vencedor do leilão de Santo Antônio, afirmou que o grupo vai participar da disputa pela segunda usina, Jirau.[/quote]
Vamos fazer, temos que fazer.
E quanto a esses vizinhos preguiçosos, que se f....
Pena que nesta semana mesmo o nosso presidente ainda elogiou o babacão da Bolívia.
Esse pessoal precisa é de porrada.
Eles nos irritam e nós só assopramos.
Querem vender gás no preço que eles querem, não conseguem cumprir o acordado e ainda enchem, nosso saco com as nossas usinas.
Vamos fazer uma nuclear lá na divisa então.
Abraços[/quote]
Da Redação
Bastou o governo comemorar o resultado do leilão da primeira usina hidrelétrica do Rio Madeira, em Rondônia, para voltarem os ataques da Bolívia contra o empreendimento. Comunidades indígenas e organizações não-governamentais pediram à Organização dos Estados Americanos (OEA) a suspensão das duas usinas — Santo Antônio, leiloada na segunda-feira e Jirau, que será oferecida em maio.
O pedido foi encaminhado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, com sede em Washington, e argumenta que as obras provocarão perda de vegetação, erosão do solo, deslizamento de terras, inundações, extinção de espécies aquáticas e aumento das doenças tropicais. “O governo brasileiro tem omitido intencionalmente critérios de direitos para dar continuidade aos projetos hidrelétricos do Rio Madeira. O Brasil pretende continuar com a implementação das represas violando a notificação e a consulta prévia a outro Estado, portanto atentando contra o devido processo”, diz comunicado do Foro Boliviano do Meio Ambiente.
A reclamação boliviana não é nova. O próprio governo da Bolívia já acusara risco de prejuízos com as duas usinas. O Ibama garante, no entanto, que não há impacto além da fronteira.
Na prática, desde o fim de 2006 a Bolívia já ensaiara lamentos contra as hidrelétricas. Na época, o governo boliviano chegou a considerar a possibilidade de pedir compensações econômicas ao Brasil. Em fevereiro deste ano, depois de o governo brasileiro prometer recursos para as usinas do lado de lá da fronteira, Evo Morales retirou as reclamações.
Ontem, a Odebrecht, construtora que liderou o consórcio vencedor do leilão de Santo Antônio, afirmou que o grupo vai participar da disputa pela segunda usina, Jirau.[/quote]
Vamos fazer, temos que fazer.
E quanto a esses vizinhos preguiçosos, que se f....
Pena que nesta semana mesmo o nosso presidente ainda elogiou o babacão da Bolívia.
Esse pessoal precisa é de porrada.
Eles nos irritam e nós só assopramos.
Querem vender gás no preço que eles querem, não conseguem cumprir o acordado e ainda enchem, nosso saco com as nossas usinas.
Vamos fazer uma nuclear lá na divisa então.
Abraços[/quote]
- Pedro Gilberto
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Re: Coisas estranhas estão acontecendo na AS.
Cesar escreveu:Bolivianos querem fim das usinas do Madeira
Da Redação
Bastou o governo comemorar o resultado do leilão da primeira usina hidrelétrica do Rio Madeira, em Rondônia, para voltarem os ataques da Bolívia contra o empreendimento. Comunidades indígenas e organizações não-governamentais pediram à Organização dos Estados Americanos (OEA) a suspensão das duas usinas — Santo Antônio, leiloada na segunda-feira e Jirau, que será oferecida em maio.
O pedido foi encaminhado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, com sede em Washington, e argumenta que as obras provocarão perda de vegetação, erosão do solo, deslizamento de terras, inundações, extinção de espécies aquáticas e aumento das doenças tropicais. “O governo brasileiro tem omitido intencionalmente critérios de direitos para dar continuidade aos projetos hidrelétricos do Rio Madeira. O Brasil pretende continuar com a implementação das represas violando a notificação e a consulta prévia a outro Estado, portanto atentando contra o devido processo”, diz comunicado do Foro Boliviano do Meio Ambiente.
A reclamação boliviana não é nova. O próprio governo da Bolívia já acusara risco de prejuízos com as duas usinas. O Ibama garante, no entanto, que não há impacto além da fronteira.
Na prática, desde o fim de 2006 a Bolívia já ensaiara lamentos contra as hidrelétricas. Na época, o governo boliviano chegou a considerar a possibilidade de pedir compensações econômicas ao Brasil. Em fevereiro deste ano, depois de o governo brasileiro prometer recursos para as usinas do lado de lá da fronteira, Evo Morales retirou as reclamações.
Ontem, a Odebrecht, construtora que liderou o consórcio vencedor do leilão de Santo Antônio, afirmou que o grupo vai participar da disputa pela segunda usina, Jirau.
Vamos fazer, temos que fazer.
E quanto a esses vizinhos preguiçosos, que se f....
Pena que nesta semana mesmo o nosso presidente ainda elogiou o babacão da Bolívia.
Esse pessoal precisa é de porrada.
Eles nos irritam e nós só assopramos.
Querem vender gás no preço que eles querem, não conseguem cumprir o acordado e ainda enchem, nosso saco com as nossas usinas.
Vamos fazer uma nuclear lá na divisa então.
Abraços[/quote][/quote]
Isso é notícia velha.....ladraram, ladraram, mas a caravana passou.
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"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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Re: GEOPOLÍTICA
É a prática sistemática implantada após o fim da URSS de reproduzir novas "ameaças permanentes"...delmar escreveu:Leia-se a mensagem corretamente: Mesmo com a crise econômica vamos lutar para evitar grandes cortes no orçamento militar americano, especiamente não cancelar a construção de novos porta aviões, submarinos, etc... É o loby do complexo industrial militar agindo.Alguns analistas preveem que a Marinha americana perderá em breve seu domínio dos mares, do espaço e do ciberespaço, diante do crescente investimento de países como a China em armas de ponta.
- Marino
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Re: GEOPOLÍTICA
BRASIL S/A
Antônio Machado
Rumores sobre descarte do dólar por grandes países assombram EUA e
põem governo Obama na roda
Inhaca do dólar
Pela inhaca que exala dos EUA, já é tempo de o presidente Barack Obama tomar banho de sal
grosso, visitar a benzedeira e... Ah! E demitir os seus economistas. “Yes, we can!”, dizia para se eleger.
Deixou-se capturar pela politicagem do Congresso ao pôr na roda um programa importante, da
universalização da saúde, mas acessório frente à prioridade de desatolar a economia da recessão – um
não-caminho, que barra as demais reformas. Até agora está mais para “No, we didn’t!” e perigosamente
perto da descrença do “Yes, we’ll do!”. Isto é: “Sim, faremos!”. O quê? Se não disser, outros farão.
A duas semanas de a sua administração completar nove meses, já é tempo de os EUA acharem
o caminho do crescimento econômico sem o anabolizante dos dólares emitidos a rodo, razão primeira da
crise em que o país se enfiou, arrastando o mundo, e dessa nova que se avista, caso se confirme notícia
do jornal inglês The Independent.
Ela soou como as trombetas anunciando o ataque dos bárbaros sobre “Roma”, apoplética,
incapaz de entender como pode ser afrontada. A notícia é que os governos do Conselho de Cooperação
do Golfo, que inclui Arábia Saudita, Abu Dhabi, Kuweit, Qatar, aliados antigos dos EUA, estariam
mantendo negociações secretas com China, Japão, Rússia e França para substituir o dólar nas
operações com petróleo por uma cesta de moedas formada pelo euro, iene, renminbi e outra nova a ser
criada pelos árabes. Nenhum governo confirmou.
Sem revelar as fontes da informação, o jornal fala de encontros, também reservados, com os
ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais até no Brasil, além de Rússia, China e Japão.
Os detalhes revelados são minuciosos: segundo a nota, a transição dos negócios com dólar levaria nove
anos, quando haveria outra moeda.
O governo saudita, cujo regime despótico se abriga sob o guarda-chuva militar dos EUA, que têm
bases em seu território, soltou uma nota na qual afirma que a notícia seria “absolutamente inexata”. O
ministro do Petróleo do Kuweit, Ahmad Abdulla al-Sabah, desmentiu.
“Nunca discutimos ou propusemos isto”, disse. E o BC russo fez o mesmo. Dá para acreditar?
Um rumor correndo na véspera da abertura da assembleia anual do Fundo Monetário Internacional
(FMI), que se realiza em Istambul? Ou foi para tumultuar ou para sacudir Obama.
GRAVIDADE DA QUESTÃO
Seja lá o que for, nenhum governo do Conselho do Golfo julgou que deveria negar, no início do
ano passado, estudos para criar entre eles uma moeda comum e substituir o dólar pelo euro na cotação
do petróleo e nas operações comerciais. Se era fato antes da débâcle do Lehman Brothers, por que
agora, com os EUA mostrando-se inertes para sair da crise, seria apenas especulação? A negativa atual
dos países do Golfo Pérsico, especialmente do governo saudita, indica a gravidade da questão, que é
geopolítica e não apenas cambial.
DISSUASÃO PARA QUÊ?
Os EUA mantêm permanentemente navegando entre o Mar da China e o estreito de Ormuz,
entre Omã e Irã, uma passagem mirrada por onde flui o petróleo saudita e do Iraque, por exemplo, uma
frota de 11 porta-aviões nucleares, cada um com 100 mil toneladas, 6 mil soldados, armas táticas, mais
de 70 caças de última geração. Além disso, há presença militar em mais de 150 países, as guerras no
Afeganistão e Iraque. Tudo isso para quê? Para príncipes sauditas trocarem o dólar pelo euro? Ou
financiarem Osama bin Laden e a Al-Qaeda? A pergunta foi recorrente durante a campanha de Obama.
CONSELHO DE LINCOLN
Muito pouca coisa na economia e política externa dos EUA fazia sentido antes da crise em que
se enfiaram – e menos agora, quando os financiadores dos déficits do país, como China, Rússia, Índia,
Japão, Brasil manifestam desconforto com o dólar. “Um dos legados desta crise”, alertou em Istambul o
presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, é a “mudança das relações de poder econômico”.
E como reage o governo Obama? Cogita aumentar gastos públicos e reduzir impostos, segundo
nota da agência Bloomberg simultânea ao rumor sobre o abandono gradativo do dólar pelos países
detentores das maiores reservas cambiais do mundo. O problema não é o gasto, necessário, mas a
estratégia difusa para desatolar a economia.
Pelo volume do que o governo Obama investe em novas energias, a saída seria o descarte do
petróleo. Mas reluta tributar ainda mais a gasolina, o que é inerente a tal política. Wall Street continua a
fazer o de sempre: dá banana para a economia real. Obama deveria ouvir o conselho de Lincoln: “Uma
casa dividida não fica de pé”.
Antônio Machado
Rumores sobre descarte do dólar por grandes países assombram EUA e
põem governo Obama na roda
Inhaca do dólar
Pela inhaca que exala dos EUA, já é tempo de o presidente Barack Obama tomar banho de sal
grosso, visitar a benzedeira e... Ah! E demitir os seus economistas. “Yes, we can!”, dizia para se eleger.
Deixou-se capturar pela politicagem do Congresso ao pôr na roda um programa importante, da
universalização da saúde, mas acessório frente à prioridade de desatolar a economia da recessão – um
não-caminho, que barra as demais reformas. Até agora está mais para “No, we didn’t!” e perigosamente
perto da descrença do “Yes, we’ll do!”. Isto é: “Sim, faremos!”. O quê? Se não disser, outros farão.
A duas semanas de a sua administração completar nove meses, já é tempo de os EUA acharem
o caminho do crescimento econômico sem o anabolizante dos dólares emitidos a rodo, razão primeira da
crise em que o país se enfiou, arrastando o mundo, e dessa nova que se avista, caso se confirme notícia
do jornal inglês The Independent.
Ela soou como as trombetas anunciando o ataque dos bárbaros sobre “Roma”, apoplética,
incapaz de entender como pode ser afrontada. A notícia é que os governos do Conselho de Cooperação
do Golfo, que inclui Arábia Saudita, Abu Dhabi, Kuweit, Qatar, aliados antigos dos EUA, estariam
mantendo negociações secretas com China, Japão, Rússia e França para substituir o dólar nas
operações com petróleo por uma cesta de moedas formada pelo euro, iene, renminbi e outra nova a ser
criada pelos árabes. Nenhum governo confirmou.
Sem revelar as fontes da informação, o jornal fala de encontros, também reservados, com os
ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais até no Brasil, além de Rússia, China e Japão.
Os detalhes revelados são minuciosos: segundo a nota, a transição dos negócios com dólar levaria nove
anos, quando haveria outra moeda.
O governo saudita, cujo regime despótico se abriga sob o guarda-chuva militar dos EUA, que têm
bases em seu território, soltou uma nota na qual afirma que a notícia seria “absolutamente inexata”. O
ministro do Petróleo do Kuweit, Ahmad Abdulla al-Sabah, desmentiu.
“Nunca discutimos ou propusemos isto”, disse. E o BC russo fez o mesmo. Dá para acreditar?
Um rumor correndo na véspera da abertura da assembleia anual do Fundo Monetário Internacional
(FMI), que se realiza em Istambul? Ou foi para tumultuar ou para sacudir Obama.
GRAVIDADE DA QUESTÃO
Seja lá o que for, nenhum governo do Conselho do Golfo julgou que deveria negar, no início do
ano passado, estudos para criar entre eles uma moeda comum e substituir o dólar pelo euro na cotação
do petróleo e nas operações comerciais. Se era fato antes da débâcle do Lehman Brothers, por que
agora, com os EUA mostrando-se inertes para sair da crise, seria apenas especulação? A negativa atual
dos países do Golfo Pérsico, especialmente do governo saudita, indica a gravidade da questão, que é
geopolítica e não apenas cambial.
DISSUASÃO PARA QUÊ?
Os EUA mantêm permanentemente navegando entre o Mar da China e o estreito de Ormuz,
entre Omã e Irã, uma passagem mirrada por onde flui o petróleo saudita e do Iraque, por exemplo, uma
frota de 11 porta-aviões nucleares, cada um com 100 mil toneladas, 6 mil soldados, armas táticas, mais
de 70 caças de última geração. Além disso, há presença militar em mais de 150 países, as guerras no
Afeganistão e Iraque. Tudo isso para quê? Para príncipes sauditas trocarem o dólar pelo euro? Ou
financiarem Osama bin Laden e a Al-Qaeda? A pergunta foi recorrente durante a campanha de Obama.
CONSELHO DE LINCOLN
Muito pouca coisa na economia e política externa dos EUA fazia sentido antes da crise em que
se enfiaram – e menos agora, quando os financiadores dos déficits do país, como China, Rússia, Índia,
Japão, Brasil manifestam desconforto com o dólar. “Um dos legados desta crise”, alertou em Istambul o
presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, é a “mudança das relações de poder econômico”.
E como reage o governo Obama? Cogita aumentar gastos públicos e reduzir impostos, segundo
nota da agência Bloomberg simultânea ao rumor sobre o abandono gradativo do dólar pelos países
detentores das maiores reservas cambiais do mundo. O problema não é o gasto, necessário, mas a
estratégia difusa para desatolar a economia.
Pelo volume do que o governo Obama investe em novas energias, a saída seria o descarte do
petróleo. Mas reluta tributar ainda mais a gasolina, o que é inerente a tal política. Wall Street continua a
fazer o de sempre: dá banana para a economia real. Obama deveria ouvir o conselho de Lincoln: “Uma
casa dividida não fica de pé”.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco