orestespf escreveu:Santiago escreveu:[ quote="orestespf"]
Então se tudo (100%) for produzido no Brasil (independentemente das ToT) poderia-se dizer que o caça é totalmente brasileiro?
Abração,
Orestes
Depende. Sim e não.
Há muitos veículos produzido no Brasil que a tecnologia vem de fora. Mesmo assim, chamamos veículos brasileiros.
Pior ocorre com celulares. A maioria dos componentes são importados. Exportamos celulares brasileiros.
Pior ainda são os Helibrás Esquilo. Mal pintamos e colocamos tapetes nacionais e passam a ser nacionais.
Geralmente quem não desenvolve tecnologia não a controla na prática.
O Gripen embora apresente um maior risco - que se está disposto a correr ou não - pelo fato de estar em fase de desenvolvimento, apresenta tb as maiores oportunidades para o envolvimento tecnológico de empresas brasileiras. A Akaer é um exemplo claro que me vem a cabeça. E a chance de trabalhar no dimensionamento da asa e de estruturas de um caça supersônico com quem sabe, é única. E é agora. Muitos ainda não perceberam a janela de oportunidade que pode estar se abrindo hoje.
[]s
Jacques, como depende? Uma coisa é ou não é brasileira! Ou vai usar da Teoria da Relatividade e dizer que "depende do referencial adotado"?
Se o Rafale for produzido no Brasil da forma indicada por você continuará sendo francês e pronto. Não tem este papo de dizer que será brasileiro. Isto se aplica aos três. E vou além, se o Rafale (ou qualquer um dos três caças) tiver tudo transferido ao Brasil (sim, hipótese com 100% de ToT´s) e se aqui se produzir 100% dos seus componentes, insisto, o Rafale será eternamente francês (o projeto é deles, meu!). Novamente isto se aplica aos três.
Uma caça será 100% (ou a porcentagem que quiser) brasileiro se tiver projeto originado aqui e com peças e equipamentos desenvolvidos e produzidos pelo Brasil. Simples assim!
E sobre a fantástica proposta da SAAB, pense bem, o que eles querem é produzir o Gripen NG no Brasil, mas não por bondade, simplesmente porque aqui a mão de obra é muito mais barata e porque o Euro está muito caro (digamos assim). Isto não é proposta para o Brasil, isto é proposta para a Suécia.
Você (e os "novatos") poderão dizer que o mesmo se aplica à França, mas não, um ledo engano! A França tem sérios problemas com empregos, já a Suécia muito menos, são realidades sociais muito diferentes. Entenda, então, o motivo da Dassault não querer montar o Rafale no Brasil sem que paguemos mais por ele. Foi isso que foi dito, ou seja, uma proposta (e não A proposta) é fabricar 6 Rafales no Brasil e montar 30 aqui, porém, se quisermos mais, eles darão, mas isso encarece o "pacote". Vai dizer que isto não é sério e honesto?
Desonesto é vir com papo que um caça custa a metade do outro e não contabilizar os custos de pesquisa e desenvolvimento.
Desonesto é liberar uma imagem com o caça de papel, Gripen NG, cheio de bandeirinhas do Brasil apontando para equipamentos que estamos muito longe de fabricar (sugerindo que já dominamos a tecnologia).
Desonesto é tentar nos vender um caça que ainda está no papel dizendo que estará operacional e chegando pronto no Brasil (pra FAB) em 2014 (nem um indivíduo muito estúpido acreditaria nisso).
Desonesto é dizer que o Brasil venderá, caso opte pelo Gripen NG, para o resto do mundo, sabendo que não há garantia alguma que alguém se interessará por ele (pois até agora nem a Suécia quer).
Em suma, até agora só lhe digo uma coisa: o que se diz sobre a proposta da SAAB por aí é uma grande desonestidade em relação ao Brasil. Espero que não seja nada disso e que se trate de informações sem sentidos e erradas, pois não quero acreditar que os suecos e a própria SAAB queiram fazer isto com a gente. Insisto, não acredito!
Grande abraço,
Orestes[/quote]
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Esses seus argumentos só reforçam minha crença de que o GF não deveria tomar qq decisão sem escutar quem entende da questão (FAB).
Todo o papo de vendedor que os representantes das 3 propostas tem revelado até aqui pode ser completamente furado. Pode ser uma furada! O país poderá está comprando gato por lebre.
[]s