Concordo com todos pontos. É história. E conheço, até por ter pertencido a FAB, também. E já discutimos isso bastante aqui no Db. É só olhar nos tópicos "estratégia aéreas" aqui, ou no estratégias lá nos "navais", do Marino.Palpiteiro escreveu:Caro Alcmartin,
Para entender a Aeronáutica é necessário conhecer a sua história. O Ministério da Aeronáutica foi criado, e inicialmente estruturado, sob a filosofia do "poder aéreo unificado".
Para bem entender a instituição é interessante notar que o documento inicial da sua criação citava que o Ministério da Aeronáutica seria constituído da Força Aérea Brasileira e da Aviação Civil.
Era uma concepção bastante arrojada, fruto da visão do general italiano Giulio Douhet. Curiosamente, o primeiro ministro da Aeronáutica foi um político civil.
O Brigadeiro Eduardo Gomes também é fruto de sua época. Ele via o mundo com os olhos dos anos 30, onde a integração nacional somente existia, como prioridade, nas forças armadas. Na sua visão, os maiores riscos à integridade e a soberania nacionais eram o vazio demográfico e o isolamento geográfico dos brasileiros.
Opa, aí não...Porém negar sua honestidade de propósito, e principalmente, sua hombridade, sinceramente é demais, mesmo para um fórum onde a FAB é vista, por alguns, ora como um conjunto de ignorantes, e ultimamente, como um bando de insubordinados.
Só faltava atingir o seu patrono.
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O que levantamos é diferença de prioridades. A FAB, ao longo de sua história, foi sacrificada em sua operacionalidade em prol de outros objetivos, ainda que lícitos, como a própria doutrina Douhet preve. O ponto é: qual é o limite? Isso, discutimos a exaustão aqui, desde o tópico AMX, do P3BR e outros, onde acho que todos que aqui frequentam com assiduidade testemunham a minha defesa do azul baratéia. Uma crítica ou outra, construtiva e sempre tendo em vista o bem da força.
A participação do MARECHAL-do-Ar Eduardo Gomes em disputas políticas, ainda que legítimas, teve consequencias para a FAB. Sua participação foi legítima e honesta. Mas, ao participar do processo político, envolvendo Dutra, Vargas e JK, pode ter influenciado alguns e a FAB teve oficiais em tentativas de golpe, além de ter se envolvido em disputas com a MB.
Mas, pergunto, foi bom para a FAB? É para se pensar...
E aí, volto ao texto original, ao qual Pafuncio respondeu, em minha humilde opinião:não. Acho que a FAB fica melhor longe da política, mas a favor do Brasil. Somente isso.
Agradeço a gentileza de sua explicação.
Um abraço.
Igualmente, abs.