GEOPOLÍTICA
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Re: GEOPOLÍTICA
Barril de pólvora na América do Sul
Wagner Sarmento
"O País ainda está na iminência de fechar a compra de 36 caças da empresa francesa Dassault, em detrimento da americana Boeing, o que estremeceu a relação entre Brasil e EUA"
"O cientista político Jorge Zaverucha, diretor do Núcleo de Estudos de Instituições Coercitivas e da Criminalidade (NICC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), alerta para o risco desses acordos militares. “Isso é um perigo, porque se você tem armas é muito mais fácil que elas disparem. E há diferenças regionais gritantes, que podem agravar a questão”, pondera ele."
O texto é bom,mostra "dois" lados de interpretação mas tem coisas que ainda são bem dificeis de digerir
Revista Época
Mundo
“O Brasil teme se aproximar dos EUA”
Não há mais como fugir do debate de uma parceria diplomática ativa com Washington, diz o especialista
JULIANO MACHADO
Ainda bem que não tinhamos um acordo comercial bilateral
O Brasil está em busca de um bom caminho,o do meio
Sds
Wagner Sarmento
"O País ainda está na iminência de fechar a compra de 36 caças da empresa francesa Dassault, em detrimento da americana Boeing, o que estremeceu a relação entre Brasil e EUA"
"O cientista político Jorge Zaverucha, diretor do Núcleo de Estudos de Instituições Coercitivas e da Criminalidade (NICC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), alerta para o risco desses acordos militares. “Isso é um perigo, porque se você tem armas é muito mais fácil que elas disparem. E há diferenças regionais gritantes, que podem agravar a questão”, pondera ele."
O texto é bom,mostra "dois" lados de interpretação mas tem coisas que ainda são bem dificeis de digerir
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“O Brasil teme se aproximar dos EUA”
Não há mais como fugir do debate de uma parceria diplomática ativa com Washington, diz o especialista
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Ainda bem que não tinhamos um acordo comercial bilateral
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Re: GEOPOLÍTICA
(...)
Bautista Vidal - Porque países como o Brasil, especialmente o Brasil, com uma imensa potencialidade, principalmente em termos energéticos, estavam tomando decisões e medidas que irremediavelmente provocariam uma mudança no poder mundial. Isso assustou o poder real, e houve dois ou três pronunciamentos decisivos em 1979, ano de muitas reuniões do grande capital financeiro internacional, de onde saiu a famosa frase de Henry Kissinger: "Não admitiremos um outro Japão ao sul do equador". Outro Japão, conversa! O Japão não tem energia, não tem minério, é uma ilha nua. Temos a base dos materiais estratégicos do planeta. Então, o Kissinger viu claro e disse: "Pára, esse negócio não pode continuar".
(...)
Fonte: http://w3.ufsm.br/petfisica/extras/bautista01.html
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Re: GEOPOLÍTICA
Ponderador não,.... KHGÃOMarino escreveu:Barril de pólvora na América do Sul
Wagner Sarmento
PREVENÇÃO
O cientista político Jorge Zaverucha, diretor do Núcleo de Estudos de Instituições Coercitivas e da Criminalidade (NICC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), alerta para o risco desses acordos militares. “Isso é um perigo, porque se você tem armas é muito mais fácil que elas disparem. E há diferenças regionais gritantes, que podem agravar a questão”, pondera ele.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: GEOPOLÍTICA
Pergunta para os mexicanos.Marino escreveu:Revista Época
Mundo
“O Brasil teme se aproximar dos EUA”
Não há mais como fugir do debate de uma parceria diplomática ativa com Washington, diz o especialista
JULIANO MACHADO
ÉPOCA – Qual é o legado de Kissinger para as relações entre Brasil e EUA?
Spektor – Kissinger foi um tom destoante da norma diplomática entre os dois países. Se foi bom ou ruim, é difícil dizer, porque durou pouco. Nossa geração ainda vive um dilema enorme: como fazer para lidar com a maior potência do mundo? A decisão não pode se restringir a uma falsa escolha entre alinhamento automático e distanciamento. Se o Brasil quiser ser potência emergente de fato, vai ser forçado a entrar no radar dos EUA. Não adianta fazer a política do pato, que é enfiar a cabeça embaixo d’água na hora que passa o gavião. Kissinger nos faz refletir sobre o que ganharíamos com uma parceria ativa com os EUA. Não estou advogando pela aproximação, mas isso deveria ser debatido na sociedade. Por que ninguém fala numa possibilidade de acordo comercial bilateral? O Brasil tem medo de se aproximar dos EUA. Isso não é necessariamente errôneo, mas não podemos ficar presos a uma dicotomia do passado.
Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
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Re: GEOPOLÍTICA
Me dê um único bom motivo para eles desejarem o Brasil "mais poderoso".Marino escreveu:ÉPOCA – Isso frustra os EUA?
Spektor – De certa forma, sim. Na percepção americana, o Brasil está jogando numa liga menor que seu peso sugere. O Brasil é relativamente tímido, na visão de Washington. Contrariamente ao que se acredita por aqui, os EUA querem que o Brasil se fortaleça. É como me disse Kissinger, quando o entrevistei em 2006 para escrever o livro: “Eu queria muito que o Brasil fosse mais poderoso. Queria acelerar sua ascensão”.
Sonho de alguns Brasileiros que dormem com a bandeira americana no travesseiro.
Re: GEOPOLÍTICA
21/09/2009 - 13h31
Grã-Bretanha e França não queriam unificação alemã, diz Gorbachev
O presidente francês François Mitterrand e a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher queriam impedir a reunificação alemã, em 1990, e sugeriram que a União Soviética enviasse tropas para evitar o processo, segundo afirmou o último líder soviético, Mikhail Gorbachev, em entrevista à BBC.
A reunificação do país, separado entre a capitalista Alemanha Ocidental e a comunista Alemanha Oriental desde o fim da Segunda Guerra Mundial, foi possível graças ao colapso dos regimes comunistas do Leste Europeu e da queda do muro de Berlim, em 1989.
Segundo analistas, esses eventos foram em grande parte consequência do processo iniciado pelas políticas de abertura promovidas por Gorbachev como presidente da União Soviética, entre 1985 e 1991.
O ex-líder soviético diz que ele também era contrário à reunificação alemã, mas que descobriu que Mitterrand e Thatcher contavam com ele para impedir o processo. "Eles insistiram que a unificação não deveria seguir adiante e que o processo deveria ser interrompido", afirma Gorbachev. "Eu perguntei se eles tinham alguma sugestão.
Eles só tinham uma - que outra pessoa deveria resolver o problema por eles", diz. Ele afirma que Mitterrand e Thatcher queriam que ele dissesse não à reunificação e que enviasse tropas, mas argumenta que não poderia ter feito isso. "Isso seria irresponsável. Eles estavam equivocados", diz. Legado Aos 78 anos, Gorbachev mantém a serenidade ao falar sobre o legado de seu mandato.
Ele observa que esperava um desfecho diferente para a sua política de abertura, mas que faria tudo outra vez da mesma forma. A abertura que derrubou o muro de Berlim e os regimes comunistas do Leste Europeu culminou com o fim da própria União Soviética, em 1991. Por essa razão, o período de Gorbachev à frente do Kremlin permanece altamente polêmico entre a maioria dos russos.
O ex-líder soviético argumenta que trouxe muitos benefícios para a Rússia, dos quais a população do país estaria se beneficiando até hoje - mais liberdade e um reordenamento das relações da Rússia com o mundo. "Eu acho que 1989 foi uma mudança para melhor. Não há dúvidas sobre isso. Nós não tínhamos a liberdade necessária, particularmente a liberdade de expressão", diz. "Um dos países mais educados do mundo tinha eleições que - vamos colocar isso de maneira branda - não eram eleições de verdade, eram meias-eleições, porque as pessoas tinham a escolha de apenas um candidato", diz.
Segundo ele, "muita coisa precisava ser feita naquela época". "Precisávamos de mudanças", diz. Reconhecimento Apesar do reconhecimento internacional, como o Prêmio Nobel da Paz que recebeu em 1990, na atual política russa Gorbachev tem um peso quase zero.
Ele também seleciona suas palavras com cuidado, elogiando o premiê Vladimir Putin pessoalmente como o homem que estabilizou o país, mas sem deixar dúvidas de que vê muitas coisas erradas na forma como o país é administrado. Ele classifica a Rússia Unida, o partido dominante que apoia Putin e o presidente Dmitry Medvedev, como uma "cópia ruim" do antigo Partido Comunista da União Soviética.
E ele acredita que o que a Rússia precisa hoje é de mais democracia. "Precisamos transformar nosso país. Precisamos modernizar nosso país", ele diz. "Isso não pode ser feito por pressão. Só pode ser feito por meio da democracia, estabelecendo um ambiente livre e democrático com a participação do povo", diz. Ele deixa claro, porém, que acredita que isso é algo que os russos têm que resolver por conta própria, sem lições do mundo exterior.
O que ele faz questão de estabelecer é sua oposição às recentes sugestões de Putin de que estaria contemplando a possibilidade de retornar à Presidência, cargo que ocupou entre 2000 e 2008. "Eu não gostei da frase 'Eu vou sentar com o presidente e decidir'", observa Gorbachev. "Acho que isso deveria ser decidido pelos eleitores, pelo povo, e eu não o ouvi mencionar o povo. Não acho que isso seja correto", afirma.
http://noticias.uol.com.br/bbc/2009/09/ ... u3428.jhtm
Grã-Bretanha e França não queriam unificação alemã, diz Gorbachev
O presidente francês François Mitterrand e a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher queriam impedir a reunificação alemã, em 1990, e sugeriram que a União Soviética enviasse tropas para evitar o processo, segundo afirmou o último líder soviético, Mikhail Gorbachev, em entrevista à BBC.
A reunificação do país, separado entre a capitalista Alemanha Ocidental e a comunista Alemanha Oriental desde o fim da Segunda Guerra Mundial, foi possível graças ao colapso dos regimes comunistas do Leste Europeu e da queda do muro de Berlim, em 1989.
Segundo analistas, esses eventos foram em grande parte consequência do processo iniciado pelas políticas de abertura promovidas por Gorbachev como presidente da União Soviética, entre 1985 e 1991.
O ex-líder soviético diz que ele também era contrário à reunificação alemã, mas que descobriu que Mitterrand e Thatcher contavam com ele para impedir o processo. "Eles insistiram que a unificação não deveria seguir adiante e que o processo deveria ser interrompido", afirma Gorbachev. "Eu perguntei se eles tinham alguma sugestão.
Eles só tinham uma - que outra pessoa deveria resolver o problema por eles", diz. Ele afirma que Mitterrand e Thatcher queriam que ele dissesse não à reunificação e que enviasse tropas, mas argumenta que não poderia ter feito isso. "Isso seria irresponsável. Eles estavam equivocados", diz. Legado Aos 78 anos, Gorbachev mantém a serenidade ao falar sobre o legado de seu mandato.
Ele observa que esperava um desfecho diferente para a sua política de abertura, mas que faria tudo outra vez da mesma forma. A abertura que derrubou o muro de Berlim e os regimes comunistas do Leste Europeu culminou com o fim da própria União Soviética, em 1991. Por essa razão, o período de Gorbachev à frente do Kremlin permanece altamente polêmico entre a maioria dos russos.
O ex-líder soviético argumenta que trouxe muitos benefícios para a Rússia, dos quais a população do país estaria se beneficiando até hoje - mais liberdade e um reordenamento das relações da Rússia com o mundo. "Eu acho que 1989 foi uma mudança para melhor. Não há dúvidas sobre isso. Nós não tínhamos a liberdade necessária, particularmente a liberdade de expressão", diz. "Um dos países mais educados do mundo tinha eleições que - vamos colocar isso de maneira branda - não eram eleições de verdade, eram meias-eleições, porque as pessoas tinham a escolha de apenas um candidato", diz.
Segundo ele, "muita coisa precisava ser feita naquela época". "Precisávamos de mudanças", diz. Reconhecimento Apesar do reconhecimento internacional, como o Prêmio Nobel da Paz que recebeu em 1990, na atual política russa Gorbachev tem um peso quase zero.
Ele também seleciona suas palavras com cuidado, elogiando o premiê Vladimir Putin pessoalmente como o homem que estabilizou o país, mas sem deixar dúvidas de que vê muitas coisas erradas na forma como o país é administrado. Ele classifica a Rússia Unida, o partido dominante que apoia Putin e o presidente Dmitry Medvedev, como uma "cópia ruim" do antigo Partido Comunista da União Soviética.
E ele acredita que o que a Rússia precisa hoje é de mais democracia. "Precisamos transformar nosso país. Precisamos modernizar nosso país", ele diz. "Isso não pode ser feito por pressão. Só pode ser feito por meio da democracia, estabelecendo um ambiente livre e democrático com a participação do povo", diz. Ele deixa claro, porém, que acredita que isso é algo que os russos têm que resolver por conta própria, sem lições do mundo exterior.
O que ele faz questão de estabelecer é sua oposição às recentes sugestões de Putin de que estaria contemplando a possibilidade de retornar à Presidência, cargo que ocupou entre 2000 e 2008. "Eu não gostei da frase 'Eu vou sentar com o presidente e decidir'", observa Gorbachev. "Acho que isso deveria ser decidido pelos eleitores, pelo povo, e eu não o ouvi mencionar o povo. Não acho que isso seja correto", afirma.
http://noticias.uol.com.br/bbc/2009/09/ ... u3428.jhtm
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Re: GEOPOLÍTICA
Sobre os antecedentes do nacionalismo*
Fonte: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... ionalismo/
Fonte: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... ionalismo/
Os internacionalistas
Minha amiga estrangeira, correspondente internacional, não podia acreditar. Foi entrevistar o economista-chefe de um grande banco -hoje diretor do Banco Central- e, mesmo ela dominando plenamente o português, ele fez questão de dar a entrevista em inglês. “É um absurdo”, indignava-se ela. “Parecia Beirute de alguns anos atrás, com todo mundo querendo ser francês a qualquer preço.”
Um dos grandes exorcismos que terá de ser feito nos próximos anos será o desse internacionalismo rastaqüera que dominou a cabeça da parte mais deslumbrada, e menos consistente, da geração dos PhDs que foi estudar nos Estados Unidos nos últimos 15 a 20 anos.
Os melhores CEOs nacionais de multinacionais não se entregam a esse deslumbramento de novo rico. Fale com Maciel, da Ford, Barbosa, do ABN Amro, Primo, da Siemens, com o belga Telles, da Ambev, com Botelho, da Embraer, com Agnelli, da Vale, com os herdeiros de grandes grupos nacionais. Há o conhecimento sólido de quem absorveu a experiência internacional, aprendeu as regras do jogo mundial, mas sem abdicar do conhecimento de país, mantendo o orgulho de sua origem de brasileiros, filhos da classe média, da elite, alguns poucos filhos do povo.
Esse deslumbramento provinciano acomete um escalão inferior, em geral economistas de mercado -os mais conhecidos, não os mais competentes-, e alguns CEOs menores, sedentos por prêmios e badalações. Nos maiores, é indissociável a combinação de talento e personalidade.
Esse yuppies do salame surgiram na esteira dos grandes movimentos especulativos de fins dos anos 80 e 90, tendo como modelo os especuladores do mercado financeiro. Fizeram seu doutorado no exterior e voltaram a esse país de botocudos como um Caramuru atemorizando os aborígines com a pólvora de suas planilhas coalhadas de referências circulares.
Mais uma vez sou obrigado às comparações com o início do século, a elite empresarial paulista fazendo questão de adquirir apenas produtos importados, contratar as babás francesas e viajar para a Europa acompanhada da criadagem.
Esse processo começa a ser rompido nos anos seguintes, quando emerge uma cultura popular urbana. Outro dia, aliás, arrumando os livros de casa, encontrei uma pequena obra-prima didática sobre o Brasil, que Manuel Bonfim e Olavo Bilac escreveram no início do século para ensinar a geografia aos alunos do antigo primário.
A Semana de 22 marcou o início da afirmação cultural brasileira. Nos anos 30 há um intenso processo de construção do imaginário nacional, mesmo com viés autoritário, por meio da atuação do Ministério da Educação, com Gustavo Capanema, o ensino do canto orfeônico por Villa-Lobos, a influência multicultural de Mário de Andrade, o nacionalismo na música erudita, o samba e o choro na música popular.
A importância histórica dessa construção do imaginário fica clara no pós-guerra até o período JK, quando a exaltação do país passa a ser feita por todos, por Jobim e Vinícius, pelos esportistas Eder Jofre, Maria Esther Bueno, Ademar Ferreira da Silva, Biriba e, obviamente, Pelé e Garrincha.
O subdesenvolvimento é como a miséria. Mais do que falta de recursos, é um estado de espírito, uma baixa auto-estima que impede pessoas e nações de terem a vontade da superação.
A parcela internacional-provinciana do país é restrita, sem expressão política e econômica e sobreviverá por mais algum tempo, enquanto tiver serventia para os efetivamente poderosos.
No mais, os jornalistas somos basicamente brasileiros, assim como o Poder Judiciário, juízes e advogados, engenheiros e médicos, a classe política, as pequenas e médias empresas, a universidade pública, parte relevante da intelectualidade, os músicos, a classe artística e, obviamente, o povão.
Por tudo isso, dá para ter esperança de que essa grande noite de provincianismo, de descompromisso com o país, das entrevistas em inglês, em breve não será mais do que um desses rascunhos que, no máximo, ajudarão a reescrever a história pitoresca do país.
*LUÍS NASSIF - Coluna de 12/12/2004
Re: GEOPOLÍTICA
Presidente deposto está na Embaixada do Brasil em Honduras, diz Amorim
Zelaya pediu a seus seguidores que se aproximem do prédio.
Governo interino havia prometido prendê-lo caso ele voltasse.
Do G1, com agências internacionais
O presidente hondurenho deposto, Manuel Zelaya, está na Embaixada do Brasil em Honduras, em Tegucigalpa, capital do país, confirmou nesta segunda-feira (21) em Nova York o chanceler brasileiro, Celso Amorim.
Amorim está nos EUA para participar da 64º Assembleia Geral das Nações Unidas.
Zelaya disse por telefone que está na representação diplomática brasileira e pediu a seus seguidores que se reúnam próximo ao prédio, segundo a agência EFE.
A informação da presença de Zelaya na Embaixada do Brasil havia sido divulgada inicialmente pela mulher de Zelaya, Xiomara Castro. O paradeiro de Zelaya foi centro de uma "guerra de versões" nesta segunda.
O governo interino que o derrubou em 28 de junho tem uma ordem de prisão contra ele por crime de traição e prometeu prendê-lo caso ele voltasse ao país.
O Conselho Permanente da OEA (Organização dos Estados Americanos) convocou uma reunião extraordinária em Washington, que será realizada às 17h30 de Brasília para debater a crise política de Honduras após o fato novo da volta de Zelaya.
EUA
O Departamento de Estado dos EUA confirmou a presença de Zelaya em Honduras, mas informou não saber seu paradeiro exato. O porta-voz Ian Kelly disse que o governo dos EUA estava tentando "descobrir mais detalhes". Ele também voltou a pedir aos dois lados em conflito que evitem "qualquer ação que possa derivar em um surto de violência".
O presidente da Guatemala, Álvaro Colom, também aliado do presidente deposto, confirmou a volta de Zelaya e previu que seu retorno "será o fim da crise política".
Chávez
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que é aliado político de Zelaya, disse ter falado com o presidente deposto pelo telefone e confirmado que ele estava de volta ao seu país. Segundo Chávez, Zelaya, que estava na Nicarágua, voltou a Honduras por terra, depois de dois dias de viagem cruzando rios e montanhas.
"Estou em Tegucigalpa. Estou aqui para restaurar a democracia, para pedir diálogo", disse Zelaya a uma TV hondurenha.
Governo interino também nega
Antes de divulgada a informação de que Chávez estaria na Embaixada do Brasil, o presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, negou que ele estivesse no país.
Segundo Micheletti, o presidente deposto estaria na Nicarágua, e a versão da sua volta faria parte do "terrorismo da mídia" contra o governo de facto.
O governo de facto que domina Honduras desde o golpe militar de 28 de junho havia prometido prender Zelaya por "traição à pátria" caso ele voltasse. Os interinos negam-se a aceitar a volta do deposto, apesar da pressão internacional, liderada pelos Estados Unidos e pela OEA, para que ele seja restaurado.
http://www.g1.com.br
Zelaya pediu a seus seguidores que se aproximem do prédio.
Governo interino havia prometido prendê-lo caso ele voltasse.
Do G1, com agências internacionais
O presidente hondurenho deposto, Manuel Zelaya, está na Embaixada do Brasil em Honduras, em Tegucigalpa, capital do país, confirmou nesta segunda-feira (21) em Nova York o chanceler brasileiro, Celso Amorim.
Amorim está nos EUA para participar da 64º Assembleia Geral das Nações Unidas.
Zelaya disse por telefone que está na representação diplomática brasileira e pediu a seus seguidores que se reúnam próximo ao prédio, segundo a agência EFE.
A informação da presença de Zelaya na Embaixada do Brasil havia sido divulgada inicialmente pela mulher de Zelaya, Xiomara Castro. O paradeiro de Zelaya foi centro de uma "guerra de versões" nesta segunda.
O governo interino que o derrubou em 28 de junho tem uma ordem de prisão contra ele por crime de traição e prometeu prendê-lo caso ele voltasse ao país.
O Conselho Permanente da OEA (Organização dos Estados Americanos) convocou uma reunião extraordinária em Washington, que será realizada às 17h30 de Brasília para debater a crise política de Honduras após o fato novo da volta de Zelaya.
EUA
O Departamento de Estado dos EUA confirmou a presença de Zelaya em Honduras, mas informou não saber seu paradeiro exato. O porta-voz Ian Kelly disse que o governo dos EUA estava tentando "descobrir mais detalhes". Ele também voltou a pedir aos dois lados em conflito que evitem "qualquer ação que possa derivar em um surto de violência".
O presidente da Guatemala, Álvaro Colom, também aliado do presidente deposto, confirmou a volta de Zelaya e previu que seu retorno "será o fim da crise política".
Chávez
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que é aliado político de Zelaya, disse ter falado com o presidente deposto pelo telefone e confirmado que ele estava de volta ao seu país. Segundo Chávez, Zelaya, que estava na Nicarágua, voltou a Honduras por terra, depois de dois dias de viagem cruzando rios e montanhas.
"Estou em Tegucigalpa. Estou aqui para restaurar a democracia, para pedir diálogo", disse Zelaya a uma TV hondurenha.
Governo interino também nega
Antes de divulgada a informação de que Chávez estaria na Embaixada do Brasil, o presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, negou que ele estivesse no país.
Segundo Micheletti, o presidente deposto estaria na Nicarágua, e a versão da sua volta faria parte do "terrorismo da mídia" contra o governo de facto.
O governo de facto que domina Honduras desde o golpe militar de 28 de junho havia prometido prender Zelaya por "traição à pátria" caso ele voltasse. Os interinos negam-se a aceitar a volta do deposto, apesar da pressão internacional, liderada pelos Estados Unidos e pela OEA, para que ele seja restaurado.
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Re: GEOPOLÍTICA
Tem uma multidão em volta da embaixada do Brasil em Honduras... Estão ao vivo pela TeleSur!
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Re: GEOPOLÍTICA
Embaixada do Brasil em Honduras confirma que abriga Zelaya
(AFP) – Há 1 hora
TEGUCIGALPA — O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, regressou em segredo ao país e se encontrava nesta segunda-feira na embaixada do Brasil, confirmou a sede diplomática brasileira.
Anteriormente, a esposa de Zelaya, Xiomara Castro, havia confirmado a presença do marido na missão brasileira.
"O presidente voltou ao país para iniciar o diálogo. Ele se encontra na embaixada do Brasil e, graças a Deus, está muito bem. Ele está disposto a iniciar um diálogo pela paz", afirmou Xiomara Castro ante milhares de partidários de Zelaya congregados frente à sede da ONU na capital hondurenha, onde, a princípio, o presidente deposto teria se refugiado.
Segundo informações anteriores da tv multiestatal Telesul, Zelaya se encontraria em Tegucigalpa, em um escritório das Nações Unidas.
De acordo ainda com a Telesul, Zelaya teria pedido um "diálogo nacional e internacional".
O presidente venezuelano Hugo Chávez confirmou a presença de Manuel Zelaya em Tegucigalpa.
"Estamos gratamente surpresos de que Mel esteja em Tegucigalpa e exigimos que os golpistas respeitem a vida e a dignidade de Zelaya, que lhe devolvam o poder", afirmou Chávez, que informou ainda que Zelaya viajou "durante dois dias por terra, cruzando montanhas, rios, arriscando a vida para chegar à capital de Honduras".
A vice-chanceler durante o governo de Zelaya, Beatriz del Valle, também afirmou que o presidente deposto enviou uma mensagem de SMS confirmando que se encontra na capital hondurenha.
Mas o chefe do governo de fato de Honduras, Roberto Micheletti, desmentiu a notícia.
"Ele (Zelaya) está na suíte de um hotel na Nicarágua", declarou Micheletti em entrevista coletiva no palácio presidencial.
(AFP) – Há 1 hora
TEGUCIGALPA — O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, regressou em segredo ao país e se encontrava nesta segunda-feira na embaixada do Brasil, confirmou a sede diplomática brasileira.
Anteriormente, a esposa de Zelaya, Xiomara Castro, havia confirmado a presença do marido na missão brasileira.
"O presidente voltou ao país para iniciar o diálogo. Ele se encontra na embaixada do Brasil e, graças a Deus, está muito bem. Ele está disposto a iniciar um diálogo pela paz", afirmou Xiomara Castro ante milhares de partidários de Zelaya congregados frente à sede da ONU na capital hondurenha, onde, a princípio, o presidente deposto teria se refugiado.
Segundo informações anteriores da tv multiestatal Telesul, Zelaya se encontraria em Tegucigalpa, em um escritório das Nações Unidas.
De acordo ainda com a Telesul, Zelaya teria pedido um "diálogo nacional e internacional".
O presidente venezuelano Hugo Chávez confirmou a presença de Manuel Zelaya em Tegucigalpa.
"Estamos gratamente surpresos de que Mel esteja em Tegucigalpa e exigimos que os golpistas respeitem a vida e a dignidade de Zelaya, que lhe devolvam o poder", afirmou Chávez, que informou ainda que Zelaya viajou "durante dois dias por terra, cruzando montanhas, rios, arriscando a vida para chegar à capital de Honduras".
A vice-chanceler durante o governo de Zelaya, Beatriz del Valle, também afirmou que o presidente deposto enviou uma mensagem de SMS confirmando que se encontra na capital hondurenha.
Mas o chefe do governo de fato de Honduras, Roberto Micheletti, desmentiu a notícia.
"Ele (Zelaya) está na suíte de um hotel na Nicarágua", declarou Micheletti em entrevista coletiva no palácio presidencial.
Triste sina ter nascido português
Re: GEOPOLÍTICA
Interessante é ver qual Embaixada o Zelaia procurou pra se "refugiar"... A Venezuela não tem embaixada em Honduras??
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
Re: GEOPOLÍTICA
21/09/2009 - 17h15
ANÁLISE-EUA se fortalecem na América do Sul para frear potências
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - A presença de militares norte-americanos em bases militares colombianas e o restabelecimento da Quarta Frota da Marinha dos EUA no Atlântico Sul são movimentos de Washington para reiterar sua influência na região.
Na avaliação de especialistas, a estratégia segue a lógica global da política externa norte-americana, que não quer dividir espaço com outras potências na América do Sul.
"O recado que eles (Estados Unidos) estão dando é o seguinte: o hemisfério é área de influência norte-americana", disse à Reuters o coronel da reserva e pesquisador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp Geraldo Cavagnari.
Historicamente, os Estados Unidos têm buscado manter presença militar em todas as partes do globo e, segundo Rafael Villa, professor de Relações Internacionais da USP, a América do Sul não escaparia a essa tendência.
"O fato de a Guerra Fria ter acabado, não significa que os EUA se neguem a ter presença militar na região", disse o professor.
No final da semana passada, militares equatorianos retomaram o controle de uma base militar no porto de Manta, a 250 quilômetros de Quito, depois de o presidente do Equador, Rafael Correa, aliado do venezuelano Hugo Chávez na retórica anti-EUA na região, não renovar o acordo que permitia a permanência de militares norte-americanos na base.
"Para mim (a ocupação de bases na Colômbia) parece uma decorrência lógica do fato de Correa não querer renovar as bases no Equador", disse Villa, que aposta que Washington buscará incrementar ainda mais sua presença na região.
"Não me estranharia se o próximo país fosse o Peru", comentou. "Hoje há muitas coincidências políticas entre o governo peruano e o governo dos Estados Unidos."
Para o especialista em conflitos internacionais e professor da ESPM, Heni Ozi Cukier, toda essa movimentação não representa uma ameaça "a nenhum dos países da América Latina ou do Sul".
Cukier, que morou sete anos nos Estados Unidos e trabalhou no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), avalia que Washington sempre viu o Brasil como parceiro estratégico.
Para ele, a intensificação da presença militar norte-americana na América do Sul mira o crescente envolvimento de países de fora da região no hemisfério, caso de Rússia, China e Irã.
"Tudo isso é uma preocupação para os Estados Unidos, que veem isso como uma ameaça", disse. "Eles (EUA) projetam poder, mostrando que estão presentes para evitar que esses outros competidores globais comecem a fincar o pé na região", explicou.
ALVO LOCAL
Oficialmente, Washington diz que tanto o uso de bases colombianas como a reativação da Quarta Frota pretende ajudar no combate ao tráfico de drogas e ao terrorismo na região.
Mas para Cavagnari, da Unicamp, o Brasil é o principal "alvo" das medidas adotadas pelos EUA, pois estaria buscando aumentar seu poder na região e reduzir a influência de Washington ao patrocinar medidas como a criação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Conselho Sul-Americano de Defesa.
"O que os Estados Unidos querem é bombardear essa intenção brasileira", afirmou.
Essa movimentação desagradou o Palácio do Planalto e gerou no presidente Luiz Inácio Lula da Silva preocupações com o possível reforço da influência norte-americana na América do Sul, segundo disse à Reuters uma fonte ligada ao governo, que pediu anonimato.
Procurado, o Ministério da Defesa disse, por meio da assessoria de imprensa, que vê o assunto mais no campo diplomático do que no militar, mas se queixou da ausência de uma "comunicação prévia" por parte dos EUA.
Autoridades brasileiras também têm expressado preocupações com a reativação da Quarta Frota, em área próxima aos recém-descobertos megacampos de petróleo na área do pré-sal, e com a ocupação das bases na Colômbia, país que divide fronteira com o Brasil na região amazônica.
(Reportagem adicional de Natuza Nery, em Brasília)
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reute ... 81836.jhtm
ANÁLISE-EUA se fortalecem na América do Sul para frear potências
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - A presença de militares norte-americanos em bases militares colombianas e o restabelecimento da Quarta Frota da Marinha dos EUA no Atlântico Sul são movimentos de Washington para reiterar sua influência na região.
Na avaliação de especialistas, a estratégia segue a lógica global da política externa norte-americana, que não quer dividir espaço com outras potências na América do Sul.
"O recado que eles (Estados Unidos) estão dando é o seguinte: o hemisfério é área de influência norte-americana", disse à Reuters o coronel da reserva e pesquisador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp Geraldo Cavagnari.
Historicamente, os Estados Unidos têm buscado manter presença militar em todas as partes do globo e, segundo Rafael Villa, professor de Relações Internacionais da USP, a América do Sul não escaparia a essa tendência.
"O fato de a Guerra Fria ter acabado, não significa que os EUA se neguem a ter presença militar na região", disse o professor.
No final da semana passada, militares equatorianos retomaram o controle de uma base militar no porto de Manta, a 250 quilômetros de Quito, depois de o presidente do Equador, Rafael Correa, aliado do venezuelano Hugo Chávez na retórica anti-EUA na região, não renovar o acordo que permitia a permanência de militares norte-americanos na base.
"Para mim (a ocupação de bases na Colômbia) parece uma decorrência lógica do fato de Correa não querer renovar as bases no Equador", disse Villa, que aposta que Washington buscará incrementar ainda mais sua presença na região.
"Não me estranharia se o próximo país fosse o Peru", comentou. "Hoje há muitas coincidências políticas entre o governo peruano e o governo dos Estados Unidos."
Para o especialista em conflitos internacionais e professor da ESPM, Heni Ozi Cukier, toda essa movimentação não representa uma ameaça "a nenhum dos países da América Latina ou do Sul".
Cukier, que morou sete anos nos Estados Unidos e trabalhou no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), avalia que Washington sempre viu o Brasil como parceiro estratégico.
Para ele, a intensificação da presença militar norte-americana na América do Sul mira o crescente envolvimento de países de fora da região no hemisfério, caso de Rússia, China e Irã.
"Tudo isso é uma preocupação para os Estados Unidos, que veem isso como uma ameaça", disse. "Eles (EUA) projetam poder, mostrando que estão presentes para evitar que esses outros competidores globais comecem a fincar o pé na região", explicou.
ALVO LOCAL
Oficialmente, Washington diz que tanto o uso de bases colombianas como a reativação da Quarta Frota pretende ajudar no combate ao tráfico de drogas e ao terrorismo na região.
Mas para Cavagnari, da Unicamp, o Brasil é o principal "alvo" das medidas adotadas pelos EUA, pois estaria buscando aumentar seu poder na região e reduzir a influência de Washington ao patrocinar medidas como a criação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Conselho Sul-Americano de Defesa.
"O que os Estados Unidos querem é bombardear essa intenção brasileira", afirmou.
Essa movimentação desagradou o Palácio do Planalto e gerou no presidente Luiz Inácio Lula da Silva preocupações com o possível reforço da influência norte-americana na América do Sul, segundo disse à Reuters uma fonte ligada ao governo, que pediu anonimato.
Procurado, o Ministério da Defesa disse, por meio da assessoria de imprensa, que vê o assunto mais no campo diplomático do que no militar, mas se queixou da ausência de uma "comunicação prévia" por parte dos EUA.
Autoridades brasileiras também têm expressado preocupações com a reativação da Quarta Frota, em área próxima aos recém-descobertos megacampos de petróleo na área do pré-sal, e com a ocupação das bases na Colômbia, país que divide fronteira com o Brasil na região amazônica.
(Reportagem adicional de Natuza Nery, em Brasília)
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reute ... 81836.jhtm
Re: GEOPOLÍTICA
O Nassif é um nacionalista empedernido, daqueles que apoiam a abolição de todos os estrangeirismos na nossa língua. Como se a língua portuguesa fosse uma entidade isolada no espaço e no tempo, e para a qual o mundo devesse se adaptar.
Se o Presidente do banco central preferiu dar a entrevista em inglês, para uma reporter estrangeira que estava escrevendo para um jornal estrangeiro, certamente o fez para garantir que o significado de suas palavras não seria alterado ou mal-interpretado na tradução. Oras, se a reportagem fosse ser publicada em português, óbvio que seria melhor fazer a entrevista em português. Isso é natural no meu dia a dia: Se estou falando com um americano, ou alguém que fala inglês nativamente, ainda que ele entenda o português, me comunico melhor falando em inglês. Se por outro lado estou falando com outro brasileiro, obviamente, uso o português. Quando falo com argentinos ou latinos em geral, que entendem o português e o ingles, normalmente prefiro falar em inglês, porque dá menos margem à más interpretações. Não tem nada de nacionalismo, ou de internacionalismo aqui, é mera escolha da melhor forma de comunicação para cada caso...
Allan
ps. Perder tempo criticando o nosso deslumbramento com oque é estrangeiro só mostra como o autor quer aparecer, ser diferente. De útil, nada....
Se o Presidente do banco central preferiu dar a entrevista em inglês, para uma reporter estrangeira que estava escrevendo para um jornal estrangeiro, certamente o fez para garantir que o significado de suas palavras não seria alterado ou mal-interpretado na tradução. Oras, se a reportagem fosse ser publicada em português, óbvio que seria melhor fazer a entrevista em português. Isso é natural no meu dia a dia: Se estou falando com um americano, ou alguém que fala inglês nativamente, ainda que ele entenda o português, me comunico melhor falando em inglês. Se por outro lado estou falando com outro brasileiro, obviamente, uso o português. Quando falo com argentinos ou latinos em geral, que entendem o português e o ingles, normalmente prefiro falar em inglês, porque dá menos margem à más interpretações. Não tem nada de nacionalismo, ou de internacionalismo aqui, é mera escolha da melhor forma de comunicação para cada caso...
Allan
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- Marino
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Re: GEOPOLÍTICA
Monitor Mercantil:
OPINIÃO
Reequipamento das FFAA: um imperativo geopolítico
O Brasil é um país guiado por um sentimento de paz. Não abriga nenhuma ambição territorial, não possui litígios em suas fronteiras e, tampouco, inimigos declarados. Toda ação por ele empreendida nas esferas diplomática e militar, busca, sistematicamente, a manutenção da paz.
Porém, tem interesses a defender, responsabilidades a assumir e um papel a desempenhar, no tocante à Segurança e Defesa, em níveis hemisférico e mundial, em face de sua estatura político-estratégica no concerto das nações.
O primeiro objetivo de nossa Política de Defesa, portanto, deve ser a de assegurar a defesa dos interesses vitais da Nação contra qualquer ameaça forânea. Não se pode precisar, a priori, a fronteira entre os interesses vitais e os interesses estratégicos. Os dois devem ser defendidos com ênfase e determinação.
Essencialmente, os interesses estratégicos residem na manutenção da paz no continente sul-americano e nas regiões que o conformam e o rodeiam, bem como os espaços essenciais para a atividade econômica e para o livre comércio (Setentrião Oriental, Costão Andino, Cone Sul e Atlântico Sul).
Fora deste âmbito, o Brasil tem interesses que correspondem às responsabilidades assumidas nos fóruns internacionais e organismos multilaterais e ao seu status na ordem mundial. Este é conformado por uma combinação de fatores históricos, políticos, estratégicos, militares, econômicos, científicos, tecnológicos e culturais.
Sem uma Defesa adequada, a Segurança Nacional e a perenidade desses interesses estarão seriamente comprometidos e, consequentemente, não poderão ser assegurados. Daí, ressalta-se a imperiosa necessidade de contarmos com Forças Armadas preparadas, suficientemente poderosas e aptas ao emprego imediato, capazes de desencorajar qualquer intenção de agressão militar ao país, pela capacidade de revide que representam.
Esta estratégia é enfatizada para evitar a guerra e exige, como corolário, o fortalecimento da Expressão Militar do Poder Nacional, além de impor um excelente grau de aprestamento e prontificação das Forças Armadas, desde o tempo de paz, através da realização de treinamentos, exercícios operacionais dentro de cada Força Singular, não sendo excluída a necessidade de planejamento e do treinamento de operações conjuntas e combinadas no âmbito das FFAA.
O estudo da História, particularmente da História Militar de uma nação, conduz a conclusões e realça aspectos capazes de influir na Expressão Militar de seu Poder Nacional. O estudo das campanhas militares, com seus erros e acertos, o respeito às tradições, o culto aos heróis etc. trazem reflexos à formulação da doutrina, ao moral e à estrutura militares.
As tradições históricas e militares constituem, ainda, fatores de influência sobre a Expressão Militar. Essas tradições, que cumpre cultuar e manter, não devem, por outro lado, apresentar obstáculos intransponíveis à evolução, ao desenvolvimento e à tecnologia militares.
No equilíbrio entre essas idéias, às vezes opostas, está o acerto que revigora a Expressão Militar. Assumem, também, papel de destaque, os aspectos qualitativos dos recursos humanos; o apoio em maior ou menor grau da opinião pública nacional e mesmo internacional; a coesão interna e a vontade nacional.
E, nesse contexto, ressalta a fundamental importância do povo - expressão máxima das forças vivas da Nação - como verdadeiro esteio das Forças Armadas, quando a elas se une, nelas se apóia e com elas se confunde. A população traduz sua indispensável solidariedade à Expressão Militar, através da opinião pública, que deve constituir, sem dúvida, preocupação constante quando se pretende manter em alto nível aquela Expressão do Poder Nacional.
Nesse sentido, é imperioso o esforço para conservar integrados o homem militar e o homem civil, sem discriminações de qualquer natureza, sem privilégios, embora respeitadas suas diversas, mas naturais destinações.
O papel que caberá às Forças Armadas brasileiras, nas próximas décadas, é multifacetado e deve estar calcado em amplo debate, cujo resultado deverá ser tão satisfatório quanto maior for o desenvolvimento da sociedade. O esboço de qualquer arranjo de Defesa, em um Estado democrático, para que possa contar com recursos, deve estar respaldado por uma base de legitimidade.
Entendemos que, para a consecução desses objetivos, devem ser consultadas personalidades representativas de diferentes espectros de opinião: ministros de estado, acadêmicos, analistas políticos, economistas, diplomatas, militares, jornalistas, todos com reconhecida competência na área de Defesa e alguns críticos do atual sistema de Defesa Nacional.
Evidentemente que não se trata de deixar em mãos destes pensadores a formulação de políticas e estratégias militares. Trata-se, tão-somente, de ouvi-los e de reunir novos conceitos e idéias, que permitam oxigenar antigos preceitos e identificar referenciais para a defesa do país, os quais estejam mais em sintonia com os desafios dos novos tempos e consentâneos com a realidade nacional. Tais contribuições, depois de avaliadas, por setores competentes do Ministério da Defesa, poderão ou não ser incorporadas no planejamento estratégico.
Indubitavelmente, para a consecução dessa tarefa, mister se faz uma conjunção de esforços. Nesse sentido, somam-se, num processo sinérgico, o imprescindível apoio do presidente da República, a compreensão do Congresso Nacional, a efetiva colaboração do Ministério da Defesa e de outras áreas do governo, a confiança e o respaldo dos comandantes de Forças e a ativa participação de todas as forças vivas da Nação.
Temos plena consciência de que não se pode justificar a hipertrofia das Forças Armadas em prejuízo do processo de desenvolvimento da Nação, mas não se pode admitir, por ilógico e temerário, que a Expressão Militar do Poder Nacional seja colocada em plano inferior - vivenciando um processo gradual de sucateamento e de desmantelamento, devido à crônica insuficiência de recursos financeiros - na falsa concepção de que a prioridade absoluta deve ser dada ao desenvolvimento.
Não existem nações desarmadas, porque nenhuma delas seria capaz de desfazer-se de sua Expressão Militar para merecer, por esse ato ingênuo, o respeito e a simpatia de todos os países. Não há fórmula miraculosa capaz de manter a paz sem ameaças de conflitos internos ou de guerra entre os povos.
Torna-se imperativo conferir maior prestígio às Forças Armadas. Portanto, vejo com muito bons olhos o acordo militar firmado recentemente com a França no sentido de modernizar e fortalecer o aparato defensivo brasileiro.
Lembremo-nos das sábias palavras do insigne Barão do Rio Branco - o Chanceler da Paz -, que, de modo contumaz, enfatizava a imperiosa necessidade de possuirmos um bom sistema de armas para respaldar as nossas proposições no concerto das nações.
Manuel Cambeses Júnior
Coronel-aviador reformado, é conferencista especial da Escola Superior de Guerra e vice-diretor do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica.
OPINIÃO
Reequipamento das FFAA: um imperativo geopolítico
O Brasil é um país guiado por um sentimento de paz. Não abriga nenhuma ambição territorial, não possui litígios em suas fronteiras e, tampouco, inimigos declarados. Toda ação por ele empreendida nas esferas diplomática e militar, busca, sistematicamente, a manutenção da paz.
Porém, tem interesses a defender, responsabilidades a assumir e um papel a desempenhar, no tocante à Segurança e Defesa, em níveis hemisférico e mundial, em face de sua estatura político-estratégica no concerto das nações.
O primeiro objetivo de nossa Política de Defesa, portanto, deve ser a de assegurar a defesa dos interesses vitais da Nação contra qualquer ameaça forânea. Não se pode precisar, a priori, a fronteira entre os interesses vitais e os interesses estratégicos. Os dois devem ser defendidos com ênfase e determinação.
Essencialmente, os interesses estratégicos residem na manutenção da paz no continente sul-americano e nas regiões que o conformam e o rodeiam, bem como os espaços essenciais para a atividade econômica e para o livre comércio (Setentrião Oriental, Costão Andino, Cone Sul e Atlântico Sul).
Fora deste âmbito, o Brasil tem interesses que correspondem às responsabilidades assumidas nos fóruns internacionais e organismos multilaterais e ao seu status na ordem mundial. Este é conformado por uma combinação de fatores históricos, políticos, estratégicos, militares, econômicos, científicos, tecnológicos e culturais.
Sem uma Defesa adequada, a Segurança Nacional e a perenidade desses interesses estarão seriamente comprometidos e, consequentemente, não poderão ser assegurados. Daí, ressalta-se a imperiosa necessidade de contarmos com Forças Armadas preparadas, suficientemente poderosas e aptas ao emprego imediato, capazes de desencorajar qualquer intenção de agressão militar ao país, pela capacidade de revide que representam.
Esta estratégia é enfatizada para evitar a guerra e exige, como corolário, o fortalecimento da Expressão Militar do Poder Nacional, além de impor um excelente grau de aprestamento e prontificação das Forças Armadas, desde o tempo de paz, através da realização de treinamentos, exercícios operacionais dentro de cada Força Singular, não sendo excluída a necessidade de planejamento e do treinamento de operações conjuntas e combinadas no âmbito das FFAA.
O estudo da História, particularmente da História Militar de uma nação, conduz a conclusões e realça aspectos capazes de influir na Expressão Militar de seu Poder Nacional. O estudo das campanhas militares, com seus erros e acertos, o respeito às tradições, o culto aos heróis etc. trazem reflexos à formulação da doutrina, ao moral e à estrutura militares.
As tradições históricas e militares constituem, ainda, fatores de influência sobre a Expressão Militar. Essas tradições, que cumpre cultuar e manter, não devem, por outro lado, apresentar obstáculos intransponíveis à evolução, ao desenvolvimento e à tecnologia militares.
No equilíbrio entre essas idéias, às vezes opostas, está o acerto que revigora a Expressão Militar. Assumem, também, papel de destaque, os aspectos qualitativos dos recursos humanos; o apoio em maior ou menor grau da opinião pública nacional e mesmo internacional; a coesão interna e a vontade nacional.
E, nesse contexto, ressalta a fundamental importância do povo - expressão máxima das forças vivas da Nação - como verdadeiro esteio das Forças Armadas, quando a elas se une, nelas se apóia e com elas se confunde. A população traduz sua indispensável solidariedade à Expressão Militar, através da opinião pública, que deve constituir, sem dúvida, preocupação constante quando se pretende manter em alto nível aquela Expressão do Poder Nacional.
Nesse sentido, é imperioso o esforço para conservar integrados o homem militar e o homem civil, sem discriminações de qualquer natureza, sem privilégios, embora respeitadas suas diversas, mas naturais destinações.
O papel que caberá às Forças Armadas brasileiras, nas próximas décadas, é multifacetado e deve estar calcado em amplo debate, cujo resultado deverá ser tão satisfatório quanto maior for o desenvolvimento da sociedade. O esboço de qualquer arranjo de Defesa, em um Estado democrático, para que possa contar com recursos, deve estar respaldado por uma base de legitimidade.
Entendemos que, para a consecução desses objetivos, devem ser consultadas personalidades representativas de diferentes espectros de opinião: ministros de estado, acadêmicos, analistas políticos, economistas, diplomatas, militares, jornalistas, todos com reconhecida competência na área de Defesa e alguns críticos do atual sistema de Defesa Nacional.
Evidentemente que não se trata de deixar em mãos destes pensadores a formulação de políticas e estratégias militares. Trata-se, tão-somente, de ouvi-los e de reunir novos conceitos e idéias, que permitam oxigenar antigos preceitos e identificar referenciais para a defesa do país, os quais estejam mais em sintonia com os desafios dos novos tempos e consentâneos com a realidade nacional. Tais contribuições, depois de avaliadas, por setores competentes do Ministério da Defesa, poderão ou não ser incorporadas no planejamento estratégico.
Indubitavelmente, para a consecução dessa tarefa, mister se faz uma conjunção de esforços. Nesse sentido, somam-se, num processo sinérgico, o imprescindível apoio do presidente da República, a compreensão do Congresso Nacional, a efetiva colaboração do Ministério da Defesa e de outras áreas do governo, a confiança e o respaldo dos comandantes de Forças e a ativa participação de todas as forças vivas da Nação.
Temos plena consciência de que não se pode justificar a hipertrofia das Forças Armadas em prejuízo do processo de desenvolvimento da Nação, mas não se pode admitir, por ilógico e temerário, que a Expressão Militar do Poder Nacional seja colocada em plano inferior - vivenciando um processo gradual de sucateamento e de desmantelamento, devido à crônica insuficiência de recursos financeiros - na falsa concepção de que a prioridade absoluta deve ser dada ao desenvolvimento.
Não existem nações desarmadas, porque nenhuma delas seria capaz de desfazer-se de sua Expressão Militar para merecer, por esse ato ingênuo, o respeito e a simpatia de todos os países. Não há fórmula miraculosa capaz de manter a paz sem ameaças de conflitos internos ou de guerra entre os povos.
Torna-se imperativo conferir maior prestígio às Forças Armadas. Portanto, vejo com muito bons olhos o acordo militar firmado recentemente com a França no sentido de modernizar e fortalecer o aparato defensivo brasileiro.
Lembremo-nos das sábias palavras do insigne Barão do Rio Branco - o Chanceler da Paz -, que, de modo contumaz, enfatizava a imperiosa necessidade de possuirmos um bom sistema de armas para respaldar as nossas proposições no concerto das nações.
Manuel Cambeses Júnior
Coronel-aviador reformado, é conferencista especial da Escola Superior de Guerra e vice-diretor do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: GEOPOLÍTICA
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Editado pela última vez por Bender em Sex Set 25, 2009 6:24 pm, em um total de 2 vezes.