Carlos Mathias escreveu:Pronto, o Celso Amorim acabou com todas as dúvidas.
A escolha é Rafale, desde que a França se esforce e chegue a bom termo no que foi pedido. Feito isso, é deles e acabou.
Caso contrário, a fila anda.
Prezado CM, concordo com você, apenas no final, quando você disse "a fila anda" (pode ser analisados os outros 2), me restou uma dúvida. Explico:
Na fala do Amorim:
"Na proposta francesa não só existe a transferência de tecnologia total, irrestrita, como também a possibilidade de venda na América Latina, e há ainda esse compromisso de encontrar um preço justo, competitivo, comparável com o que as forças armadas francesas pagam. Se isso chegar a bom termo, eu suponho que sim [haverá negócio]. Se não chegar, eu não sei."
, porque ao final, ele, que estava usando condicionantes para justificar a escolha do Rafale ("se isso chegar", "eu suponho"), não disse "Se não chegar, aí sim analisaríamos o americano e o sueco", por exemplo. Me pareceu que ele disse: ou é Rafale, OU É RAFALE. Ou seja, depois do PR (certo ou não não entrarei no mérito agora) junto com seu colega francês nitidamente selaram o preferido, acho que nada mudará tal escolha.
Quanto a ser verdade a hora de vôo do Rafale, parece-me sensato se a FAB não tiver "gostado" da divulgação antecipada, por um motivo: sabendo que PR e NJ preferiam o Rafale, o Saito provavelmente na reunião anterior, teria "concordado", mas alertado que os custos eram altos e que deveria tentar baixá-los. Por mais que pela lei de SN citada pelo PRick, o presidente pode fazer a escolha que quiser, é óbvio que delegou a natural interessada - FAB - a parte do relatório e, se havia ainda um espaço para barganha, qual seja, não fechar ainda o processo, para forçar a França a diminuir o preço do caça "escolhido" de "mútuo" acordo, poderia ter-se escolhido uma maneira melhor de divulgar as negociações seladas entre os PR's, pois ficou sim nítida a vitória do caça francês, e a plêiade de notas "explicativas" posteriores para negar a escolha, certamente, se deve ao fato da FAB querer e tentar que a França baixasse mais o preço do vetor e de seu custo de utilização. Então o tal mal-estar, pode ser só por isto, e não por ter havido traição a FAB, pois, se houve reunião prévia a poucos dias antes dos PR's se reunirem, seria bem pouco provável supor que NJ/PR não sabiam dos detalhes técnicos da FAB. Estariam a poucos dias (véspera praticamente) discutindo o que? O jogo Brasil X Argentina?
Então amigo concordo contigo, certamente, tal fala do Amorim sanou as poucas dúvidas que restavam da vitória francesa.
Grande abraço!