FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!

[orestespf]

Bem, passado algum tempo após o anúncio da vitória do Rafale, alguma coisa já é possível de se concluir sobre o que aconteceu.

1) Em nota conjunta os presidentes brasileiro e francês disseram que o Brasil inciou negociações para compra do Rafale;

2) O próprio Presidente Lula e depois o ministro Amorim foram claros nas entrevistas, não foi dito mais do que está na nota, ou seja, iniciou-se um procedimento de compra dos caças, mas terá que se avaliar custos e prazos;

3) Disseram também (ambos) que a proposta francesa se mostrou imbatível dentro do que deseja o governo brasileiro e que daí surgiu a decisão de iniciar os procedimentos formais de compra;

4) Disseram igualmente (ambos) que não sabiam dizer se a concorrência FX-2 estava encerrada, pois a mesma dependia de aspectos jurídicos e outros, sendo que assim eles não poderiam dizer (por falta de parâmetros outros) que Boeing e SAAB estariam desclassificadas;

5) A nota oficial do MD com data de ontem também explica mais do que complica. A mesma diz claramente que o processo não acabou. Isto significa que esta nota do MD complementa claramente as falas do Lula e do Amorim, ou seja, legalmente não se pode dizer que o processo acabou e que portanto a Boeing e a SAAB estariam desclassificadas.

Hoje, com a cabeça mais fria, pude analisar os fatos e concluir que não houve lambança alguma e de nenhum dos atores principais, mas houve uma falha de comunicação, sutil, porém o suficiente para gerar mil interpretações.

Explico: logo que os dois presidentes anunciaram a disposição de se iniciar as negociações de compra dos Rafales, a imprensa noticiou de maneira que os dois concorrentes já estaria desclassificados. Entenderam que o Rafale ganhou, logo os outros dois perderam. Isto é verdade, mas em parte. Uma coisa é o Rafale vencer, outra coisa é dizer que a concorrência acabou e os dois restantes foram desclassificados. Não se termina uma concorrência assim sem dar satisfações formais aos derrotados, seria descaso e desrespeitos. Em geral, os perdedores fazem questão de saber porque perderam e como injetam muita grana na concorrência, é justo bom trato nestas horas. Chiaram e com toda razão.

Aí veio a pergunta de forma mais cuidadosa: o que significa dizer que o Brasil iniciou processo de compra do caça francês, significa que os dois outros foram desclassificados? O Presidente Lula e o ministro Amorim disseram a mesma coisa, "não sei dizer". Houve pressão da imprensa (o que está correto), mas as respostas não apareciam.

Então se fez necessário uma nota do MD para acabar com toda esta discussão. A nota diz claramente que a concorrência não acabou, que Boinge e SAAB (portanto, leitura indireta) não estão desclassificados. Mas entendam, a nota não diz que o Rafale não venceu, diz que a concorrência não acabou e que ainda não se desclassificou os outros dois caças. Isto foi feito para se evitar complicações jurídicas em fóruns internacionais e ações mais complicadas, que colocariam o FX-2 na berlinda, melando o processo. Digamos que foi um procedimento normal e esperado.

Se o ministro NJ tivesse dado uma declaração logo após o anúncio dos dois presidentes, explicando tudo isso, então nada do que ocorreu teria chegado neste ponto. Bastava ele (NJ) dizer que o processo de compra foi iniciado com os franceses, mas que oficialmente a concorrência ainda seguia normalmente e que poderia se iniciar um processo semelhante com os outros dois concorrentes também. Poderia ser estranho, mas não passaria a ideia que alguém desmentiu outro alguém. Só que isso não aconteceu, o ministro NJ se negou a dar declarações.

Foi postado aqui que a FAB não reclamou da escolha do Rafale, apenas que não gostou do anúncio de compra antes dela dizer que a concorrência chegou ao seu fim. A FAB está correta, fez tudo corretamente desde o início, é mais do que direito seu exigir que a condução seja do mesmo nível até o final.

Alguns dirão que o Presidente Lula errou ao anunciara a compra dos Rafales, mas não errou não, seguiu todo o protocolo e procedimentos para isso. Ele mesmo disse que o ministro NJ sabia dos fatos e que trabalhou até tantas da madrugada para chegar-se ao anúncio. A ausência do NJ para prestar esclarecimentos devidos é que gerou todo este mal-estar. Saber ele (NJ) sabia, portanto a FAB também sabia, estou convencido disso. E se sabiam, não houve em hipótese alguma atropelamento de ninguém. Porém a forma que as coisas vieram a tona foi a pior possível.

É praticamente impossível dizer que o Rafale não leva essa, já deu. A única possibilidade é encerrar a concorrência de qualquer forma, dar margens para questionamentos jurídicos, melar o processo. A nota do MD é uma tentativa de impedir tudo isso, de apresentar respeito aos outros dois concorrentes e de dizer que o que foi feito com a Dassault poderá ser feito com a Boeing e SAAB também, mas só em palavras, na prática me parece impossível. Agora buscarão uma forma de evitar que tudo isso não aconteça (processos, ações, etc.) e acertar os detalhes com os franceses.

Mas não houve erro algum? Se não houvesse todo este zunzunzum não existiria, né? O erro foi o ministro Amorim dar declarações sobre assuntos que não são de sua Pasta, assuntos que não domina por completo, não saber dizer as consequências finais sobre o que se anunciou. E por que foi o ministro Amorim que deu declaração à imprensa e não o ministro NJ? Vai saber... Problemas internos, vaidades, motivos mil...

O certo é que não tem como desmentir o que foi apresentado por um Presidente da República, que quis aproveitar o momento (solenidade, etc.) para dizer como seria as coisas. Não houve lambança do Presidente, ele estava falando com respaldo de seus assessores, não foi de improviso, não foi uma entrevista qualquer dando sua opinião, foi em nota oficial e com outro chefe de Estado. Se vaidades foram feridas, não importa, que se ajuste e se chegue a um acordo sobre isso, pois em relação a compra do Rafale já não há mais o que se discutir. Se não for assim, de duas, uma: ou se mela o processo e se cancela totalmente a compra dos caças (espirrando em mais alguma coisa) ou o Presidente terá sua cabeça cortada antes de 23 de outubro. Ponto!!! Descarto estas duas hipóteses e fico com o fato em si, Rafale venceu e não há mais espaço para outro vencedor.


Orestes

[Marino]

Todos nós já lemos várias declarações do NJ indicando que o Rafale era seu preferido.
Então, não acredito que seja pela escolha do avião o ocorrido ontem. Temos que focar nesse aspecto.
É inegável que o Lula e o NJ aceitam o Rafa, mais que aceitar, já deixaram claro que ele é o vencedor. Mas pensemos nas empresas que investiram milhões de dólares na campanha.
Pensemos na "interferência" de um governo em favor de uma empresa, sem que os outros governos possam fazer o mesmo.
Não é que concorde com as posições tomadas. Simplesmente o governo poderia ter dito que as propostas finais foram os BAFOs, que a decisão agora é política, que a FAB ao apresentar a short list cumpriu sua tarefa técnica, e que a decisão é essa e ponto.
Na minha cabeça de militar a coisa funcionaria assim.
Mas não na cabeça de um jurista, ou de um diplomata, que podem perceber as consequências melhor do que eu, sem acesso ao âmago do processo.

[Alitson]

Quero ver colocar os sistemas do AMX-M no Rafale, afinal de contas, quando o ultimo A-1M for entregue estaremos recebendo os primeiros Rafales, portanto 4 caças(F-5Mike, A-1M, ALX e Rafale) com os mesmos sistemas é uma atitude inteligente, porém 3 caças com os mesmos sistemas e 1 totalmente diferente não passa de burrice...
Quanto vai nos custar integrar computadores de missão nacionais, HUD, MFCDs, etc... Isso sem falar nos ECM/ECCM desenvolvidos para o A-1M, iremos jogar fora? Sem falar que o mesmo será aplicado aos 12 A-4 modernizados da MB. Ou simplemente depois de apenas 10 anos de uso, jogamos os Litening III, Reccelite e SkyShield no lixo? Estes sistemas custaram ou estão custando a metade da modernização dos 54 F-5 e 43 AMX e por fim não serão poucos, pois todos os esquadrões terão os seus.

Nunca vi uma foto de um destes equipamentos em caças franceses, no máximo Lizzards e Ophers em M2000 do Peru e India. E agora? Integrar uma noa aviônica e estes equipamentos, sem falar nas novas armas nacionais, MAA-1A/B/C, PGMs, MAR-1. Já que o MAN-1 será praticamente um Exocet Block.2/3 não devemos ter problemas, mas e o resto das nossas "tralhas"?
Os suecos já tinham assumido preparar o NG com tudo isso, os americanos já tinham as fontes de 50-60%, mas e os franceses? Quanto eles deverão cobrar? Teremos então o Rafale F-4? Ou um Rafale F-3 Block.2?

Apenas algumas perguntas que alguns não devem ter parado para pensar...

[]s

A idéia não é substituir a frota TODA por um único caça multimissão?

Então porque padronizar os caças ( AMX / F-5 ) com o substituto, Rafale???

Teremos um Rafale BR, assim como teriamos um F/A-18 BR ou um Gripen BR... Os sistemas e armamentos seriam os mesmos em todos os casos e a dificuldade para integrar, os custos e o tempo seriam praticamente os mesmos para todos os cocorrentes...

A França diz que pode fazer então se não fizer, é quebra de contrato...

Se fosse tão simples...

A questão é a seguinte, 1o Rafale 2014 e os que irão substituir os primeiros AMX-M só em 2025... Sem falar nos ALX que devem voar também até 2025 e ainda teremos o TX no ano que vem, ao qual deve usar sistemas nacionais, portanto nós não temos de nos padronizar com o Rafale, mas sim o Rafale que tem de se padronizar conosco.

[luisdmrx]

Bem, passado algum tempo após o anúncio da vitória do Rafale, alguma coisa já é possível de se concluir sobre o que aconteceu.

1) Em nota conjunta os presidentes brasileiro e francês disseram que o Brasil inciou negociações para compra do Rafale;

2) O próprio Presidente Lula e depois o ministro Amorim foram claros nas entrevistas, não foi dito mais do que está na nota, ou seja, iniciou-se um procedimento de compra dos caças, mas terá que se avaliar custos e prazos;

3) Disseram também (ambos) que a proposta francesa se mostrou imbatível dentro do que deseja o governo brasileiro e que daí surgiu a decisão de iniciar os procedimentos formais de compra;

4) Disseram igualmente (ambos) que não sabiam dizer se a concorrência FX-2 estava encerrada, pois a mesma dependia de aspectos jurídicos e outros, sendo que assim eles não poderiam dizer (por falta de parâmetros outros) que Boeing e SAAB estariam desclassificadas;

5) A nota oficial do MD com data de ontem também explica mais do que complica. A mesma diz claramente que o processo não acabou. Isto significa que esta nota do MD complementa claramente as falas do Lula e do Amorim, ou seja, legalmente não se pode dizer que o processo acabou e que portanto a Boeing e a SAAB estariam desclassificadas.

Hoje, com a cabeça mais fria, pude analisar os fatos e concluir que não houve lambança alguma e de nenhum dos atores principais, mas houve uma falha de comunicação, sutil, porém o suficiente para gerar mil interpretações.

Explico: logo que os dois presidentes anunciaram a disposição de se iniciar as negociações de compra dos Rafales, a imprensa noticiou de maneira que os dois concorrentes já estaria desclassificados. Entenderam que o Rafale ganhou, logo os outros dois perderam. Isto é verdade, mas em parte. Uma coisa é o Rafale vencer, outra coisa é dizer que a concorrência acabou e os dois restantes foram desclassificados. Não se termina uma concorrência assim sem dar satisfações formais aos derrotados, seria descaso e desrespeitos. Em geral, os perdedores fazem questão de saber porque perderam e como injetam muita grana na concorrência, é justo bom trato nestas horas. Chiaram e com toda razão.

Aí veio a pergunta de forma mais cuidadosa: o que significa dizer que o Brasil iniciou processo de compra do caça francês, significa que os dois outros foram desclassificados? O Presidente Lula e o ministro Amorim disseram a mesma coisa, "não sei dizer". Houve pressão da imprensa (o que está correto), mas as respostas não apareciam.

Então se fez necessário uma nota do MD para acabar com toda esta discussão. A nota diz claramente que a concorrência não acabou, que Boinge e SAAB (portanto, leitura indireta) não estão desclassificados. Mas entendam, a nota não diz que o Rafale não venceu, diz que a concorrência não acabou e que ainda não se desclassificou os outros dois caças. Isto foi feito para se evitar complicações jurídicas em fóruns internacionais e ações mais complicadas, que colocariam o FX-2 na berlinda, melando o processo. Digamos que foi um procedimento normal e esperado.

Se o ministro NJ tivesse dado uma declaração logo após o anúncio dos dois presidentes, explicando tudo isso, então nada do que ocorreu teria chegado neste ponto. Bastava ele (NJ) dizer que o processo de compra foi iniciado com os franceses, mas que oficialmente a concorrência ainda seguia normalmente e que poderia se iniciar um processo semelhante com os outros dois concorrentes também. Poderia ser estranho, mas não passaria a ideia que alguém desmentiu outro alguém. Só que isso não aconteceu, o ministro NJ se negou a dar declarações.

Foi postado aqui que a FAB não reclamou da escolha do Rafale, apenas que não gostou do anúncio de compra antes dela dizer que a concorrência chegou ao seu fim. A FAB está correta, fez tudo corretamente desde o início, é mais do que direito seu exigir que a condução seja do mesmo nível até o final.

Alguns dirão que o Presidente Lula errou ao anunciara a compra dos Rafales, mas não errou não, seguiu todo o protocolo e procedimentos para isso. Ele mesmo disse que o ministro NJ sabia dos fatos e que trabalhou até tantas da madrugada para chegar-se ao anúncio. A ausência do NJ para prestar esclarecimentos devidos é que gerou todo este mal-estar. Saber ele (NJ) sabia, portanto a FAB também sabia, estou convencido disso. E se sabiam, não houve em hipótese alguma atropelamento de ninguém. Porém a forma que as coisas vieram a tona foi a pior possível.

É praticamente impossível dizer que o Rafale não leva essa, já deu. A única possibilidade é encerrar a concorrência de qualquer forma, dar margens para questionamentos jurídicos, melar o processo. A nota do MD é uma tentativa de impedir tudo isso, de apresentar respeito aos outros dois concorrentes e de dizer que o que foi feito com a Dassault poderá ser feito com a Boeing e SAAB também, mas só em palavras, na prática me parece impossível. Agora buscarão uma forma de evitar que tudo isso não aconteça (processos, ações, etc.) e acertar os detalhes com os franceses.

Mas não houve erro algum? Se não houvesse todo este zunzunzum não existiria, né? O erro foi o ministro Amorim dar declarações sobre assuntos que não são de sua Pasta, assuntos que não domina por completo, não saber dizer as consequências finais sobre o que se anunciou. E por que foi o ministro Amorim que deu declaração à imprensa e não o ministro NJ? Vai saber... Problemas internos, vaidades, motivos mil...

O certo é que não tem como desmentir o que foi apresentado por um Presidente da República, que quis aproveitar o momento (solenidade, etc.) para dizer como seria as coisas. Não houve lambança do Presidente, ele estava falando com respaldo de seus assessores, não foi de improviso, não foi uma entrevista qualquer dando sua opinião, foi em nota oficial e com outro chefe de Estado. Se vaidades foram feridas, não importa, que se ajuste e se chegue a um acordo sobre isso, pois em relação a compra do Rafale já não há mais o que se discutir. Se não for assim, de duas, uma: ou se mela o processo e se cancela totalmente a compra dos caças (espirrando em mais alguma coisa) ou o Presidente terá sua cabeça cortada antes de 23 de outubro. Ponto!!! Descarto estas duas hipóteses e fico com o fato em si, Rafale venceu e não há mais espaço para outro vencedor.


Orestes

Isso mesmo Mestre.
Coisas que foram ditas e outras que não foram ditas, geraram uma grande confusão, e o que me parece.

[Túlio]

Tá, CMG, mas se arregarem nessa quem nos garante que não arregam nos subs também? A pressão também está forte e é atribuída APENAS aos Alemães. Daí vamos de novo de IKL e SEM sub nuclear, o que seria o melhor dos mundos para 'certas pessoas'...

[Alitson]

Alistson

não seria o contrário colocar os sistemas do rafale no amx-m???

Os 2 primeiros AMX-M devem voar no fim deste ano, já 1o Rafale da FAB em 2014... Realmente isso é possível!!!!!

A FAB gatou um PÁ de US para desenvolver os sistemas ECM do AMX-M e do A-4 da MB e agora irão jogar fora????

[Marino]

Tá, CMG, mas se arregarem nessa quem nos garante que não arregam nos subs também? A pressão também está forte e é atribuída APENAS aos Alemães. Daí vamos de novo de IKL e SEM sub nuclear, o que seria o melhor dos mundos para 'certas pessoas'...

Bom, pelo menos o contrato dos subs foi assinado no dia 3.

[soultrain]

Normalmente nestas concorrências é assinado um NDA, como foi referido anteriormente, é um non disclosure agreement , com clausulas que permitem o controlo e a rectificação de divulgação de informação.

Mas também é normal os RFI e RFP conterem clausulas de salvaguarda do comprador, algo do género:

Este RFI ou RFP não significa que será assinado um contrato, todos os gastos das empresas concorrentes no decorrer das propostas são por conta das próprias não tendo a "entidade X" qualquer responsabilidade sobre os mesmos.

É claro que simplifiquei, escrevi de cabeça, mas o que quero dizer é que é improvável que qualquer concorrente possa legalmente fazer alguma coisa, já que não é um "concurso publico" ou uma concorrência como vocês dizem.

[[]]'s

[edson_spbr]

Creio que a "confusão" toda partiu dos deputados, que questionaram a decisão do governo de escolher o caça mais caro.

[avc1]

E isso tudo porque a FAB teve 10 anos pra fazer essa merda desse relatório...

[Túlio]

A FAB gatou um PÁ de US para desenvolver os sistemas ECM do AMX-M e do A-4 da MB e agora irão jogar fora????

A FAB gastou - e ainda gasta - também uma nota preta no Piranha A e B e, ao mesmo tempo, desenvolve com a África do Sul o seu futuro WVR padrão, o A-Darter...

Quanto a padronizar o Rafale com sistemas do AMX/F-5/ST e possível TX, seria a primeira vez que eu veria uma aeronave mais moderna tendo de ser downgraded porque há aeronaves antigas ainda em uso (algo como o F-35 ter de usar os sistemas do F-16 porque há milhares voando por aí) e também a primeira vez que veria o CAÇA ter de se adeqüar ao TREINADOR e não vice-versa (volto ao F-35: seus sistemas teriam de seguir os do T-38 ou Hawk)...

[Skyway]

E isso tudo porque a FAB teve 10 anos pra fazer essa merda desse relatório...

Amigo derrame, a FAB fez o relatório...hoje é dia de se peneirar MUITO as coisas que saem na mídia...ontem a nota do MD deu muito "açúcar", eles estão todos "elétricos"!!! Escrevem qualquer coisa...esperemos o efeito do açúcar passar...

[wagnerm25]

Creio que a "confusão" toda partiu dos deputados, que questionaram a decisão do governo de escolher o caça mais caro.

Eu até que tô achando que as vozes em contrário ao negócio estão muito suaves. Tenho acompanhado o noticiário e não ouvi ninguém, seja da imprensa ou da oposição ao governo, falar muito enfaticamente contra o negócio dos caças.

A maior rosca mesmo veio desse enredo patrocinado por FAB/MD/Planalto. Há uma espécie de consenso sobre a necessidade efetiva de reequipar as forças armadas. Claro, há sempre um ou outro demagogo, mas ainda assim as vozes em contrário estão muito mais suaves do que quando o Lula comprou o Airbus, por exemplo.

[Marino]

Não sei se já foi publicado:
Jobim tenta contornar mal-estar e em nota diz que seleção não está concluída

TANIA MONTEIRO e DENISE CHRISPIM MARIN



A decisão de abrir negociação com a francesa Dassault para comprar 36 caças supersônicos Rafale está tomada e é uma atribuição política do presidente da República. Apesar do anúncio dessa preferência ter sido feito na segunda-feira, diante do presidente francês, Nicolas Sarkozy, e reafirmada ontem pelo Planalto ao Estado, o governo admitiu que atropelou as regras formais da concorrência com o anúncio prematuro da opção pelo Rafale. Foi esse atropelo e o incômodo provocado no Comando da Aeronáutica e entre os concorrentes da Dassault que levaram o Ministério da Defesa a divulgar ontem nota oficial para deixar registrado que "o processo de seleção ainda não está encerrado".

Surpreendido como anúncio logo depois da participação de Sarkozy no desfile do 7 de Setembro, em Brasília, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, disse ao presidente Lula que precisava dar uma satisfação aos concorrentes da empresa francesa.

Saito também convocou ontem extraordinariamente o Alto Comando da Força para explicar a circunstância em que se dera o anúncio, segunda-feira, no Palácio da Alvorada, e anunciar aos brigadeiros que o governo divulgaria uma nota oficial que desse uma satisfação aos concorrentes do Projeto FX-2. No Planalto e no Itamaraty, que tomaram conhecimento prévio do texto redigido no Ministério da Defesa, a nota assinada pelo ministro Nelson Jobim foi considerada um "instrumento de precaução", para evitar reclamações das empresas.

A nota da Defesa começou relatando o anúncio feito anteontem. Lula disse que França e Brasil vão ser "parceiros estratégicos no setor aeronáutico", lembrou que o governo francês se comprometeu a "ofertar os aviões Rafale ao Brasil com preços competitivos, razoáveis e comparáveis com os pagos pelas Forças Armadas da França", e citou, ainda, a disposição francesa de adquirir aviões KC-390, em fase de projeto na Embraer.

Ao fim dessa memória do anúncio, a nota de Jobim diz que, diante do pacote de ofertas da França, o Comando da Aeronáutica "prosseguirá com negociações junto aos três participantes, onde serão aprofundadas e, eventualmente, redefinidas as propostas apresentadas". Segundo uma fonte do Itamaraty, a palavra "eventualmente" mostra "que a decisão da preferência dada aos franceses está tomada", mas, se a negociação com a Dassault enfrentar problemas, o governo, naturalmente, vai avaliar as propostas da Boeing e da Saab.

O processo de seleção dos caças ainda estava sob a liderança técnica do Comando da Aeronáutica, que deveria entregar nos próximos dias ao ministro Jobim os relatórios com as pontuações de desempenho dos aviões ofertados e as condições de cada um dos fabricantes em matéria de transferência de tecnologia. O comando foi surpreendido com as declarações de Lula e do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) sobre a preferência do Rafale. Os representantes da Boeing e da Saab pressionaram ontem a Aeronáutica para que o ritual da concorrência seja mantido. Para alguns brigadeiros, diante da proposta francesa, o governo brasileiro deve manter uma porta da negociação aberta para barganhar as condições que as outras duas empresas podem oferecer.

[Alitson]

Túlio,

Vc está errado. A FAB já vem desenvolvendo sistemas para o seu FX a mais de 2 anos, sistemas estes de 4a Geração. Tão avançados quanto aos do Rafale e até mesmo mais modernos em alguns pontos, com a "ajuda" dos israelenses, claro. Mas que mantém padronização com os sistemas atuais.
E vamos dar um simples exemplo. A RAF padronizou os Hawk T.2 com os sistemas do Typhoon 2000.
E agora vamos jogar tudo fora?
Quero vem quanto vai custar para integrar nossas armas no Rafale. Ele é um caça fechado a francesa, simples... Diferente do Typhoon, do Gripen, do Super Hornet e até mesmo do Su-30/35...
Quando mudar o governo e a FAB ficar restrita ao MICA, ao Magic II e ao Exocet vcs irão entender. Os DEM já colocaram que se entrarem param tudo...