Sem exageros. Existem mais judeus fora de israel do que em israel.felipexion escreveu:Seriam apenas mais alvos para a IDF.FOXTROT escreveu:
Essa guerra foi por pouco....Quem sabe se a Árabia Saudita tivesse atacado também, não teriamos paz hoje no Médio Oriente
Se Israel fosse derrotado, seria a extinção do povo judeu.
Que fim deu o Ariel Sharon?
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Re: Que fim deu o Ariel Sharon?
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Re: Que fim deu o Ariel Sharon?
Esqueci de avisar que a frase era de um combatente da guerra da indepedência.Don Pascual escreveu:
Sem exageros. Existem mais judeus fora de israel do que em israel.
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Re: Que fim deu o Ariel Sharon?
Tem amigos judeus??? Se tiver eles ensinam facilmente (isso se eles tiverem muita paciência).Bolovo escreveu:
Alias, alguém sabe algum lugar para aprender hebraico? Sempre quis aprender essa língua alienígena. Sonho com o dia que ver um texto como este e entende-lo!
Eu tentei aprender com um judeu, mas não tive como continuar. É muito difícil, principalmente na hora de escrever.
Lehitraot!
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Re: Que fim deu o Ariel Sharon?
Melhor arranjar uma namorada israelense. O príncipe Charles ensinou que a melhor maneira de aprender francês, é arranjando uma amante francesa. Deve funcionar, também, com hebraico.felipexion escreveu:Tem amigos judeus??? Se tiver eles ensinam facilmente (isso se eles tiverem muita paciência).Bolovo escreveu:
Alias, alguém sabe algum lugar para aprender hebraico? Sempre quis aprender essa língua alienígena. Sonho com o dia que ver um texto como este e entende-lo!
De preferência, uma israelense que seja boa com a língua...
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Re: Que fim deu o Ariel Sharon?
Egito e Jordânia são governados por uma corja, que fizeram acordos a revela de seus povos, povos estes que não reconheçam Israel.Bolovo escreveu:Mas SE.. SE aquilo... SE aquilo lá é dose. Os árabes tiveram umas 300 chances de expulsar Israel de lá para sempre. Não conseguiram. Agora com Egito e Jordânia em paz com o Estado hebreu, a chance é ridícula. Quem vai conseguir alguma coisa? A potência global Síria? O pacifico e estável Iraque? Ha ha!
LAHAIM!
Alias, alguém sabe algum lugar para aprender hebraico? Sempre quis aprender essa língua alienígena. Sonho com o dia que ver um texto como este e entende-lo!
Pobre Iraque, não pode fazer frente a Israel afinal está sendo usurpado pelo patrão Israelense, e a Síria só não faz frente a Israel, porém se receber apoio Iraniano muda tudo...
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Que fim deu o Ariel Sharon?
Ah, eu já pensei nisso... oh se já pensei acho que vou para IsraelClermont escreveu:Melhor arranjar uma namorada israelense. O príncipe Charles ensinou que a melhor maneira de aprender francês, é arranjando uma amante francesa. Deve funcionar, também, com hebraico.
De preferência, uma israelense que seja boa com a língua...
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Que fim deu o Ariel Sharon?
O muro foi desastroso do ponto de vista político, mas isso foi genial do ponto de vista militar. O muro não seguia as linhas originais, pois seguia as linhas do terreno. Além do mais, por mais errado que isso seja do ponto de vista humano, eu também gostaria de construir um muro pra barrar pessoas que explodem de chegar perto do meu povo.FOXTROT escreveu:
Eu já sabia que você viria ao debate, então debateremos! Esse sujeito construiu o muro da segregação e, pior ainda, aproveitou para ocupar mais terras Árabes, deve pagar pelo que fez!!!
E se alguém falar mal do Moshe Dayan, vai ganhar um perseguidor pessoal. Sério.
Mas eu não criei esse tópico para isso. Eu criei para discutir o """AVC""" de Ariel Sharon.
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
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Re: Que fim deu o Ariel Sharon?
Bolovo escreveu:
Alias, alguém sabe algum lugar para aprender hebraico? Sempre quis aprender essa língua alienígena. Sonho com o dia que ver um texto como este e entende-lo!
http://www.kli.org/
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Re: Que fim deu o Ariel Sharon?
Com certeza teríamos paz. Israel dividiria o petróleo com os EUA, e não haveria necessidade de invadir o IraqueEssa guerra foi por pouco....Quem sabe se a Árabia Saudita tivesse atacado também, não teriamos paz hoje no Médio Oriente
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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aperta e daí afrouxa,
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Re: Que fim deu o Ariel Sharon?
Acho que no céu ele nao entra, no inferno o capeta nao o quer, só resta penar para sempre no nada!
O cara foi um criminoso da pior especie, teve o fim que merecia.
O cara foi um criminoso da pior especie, teve o fim que merecia.
Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!
RUI BARBOSA
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Re: Que fim deu o Ariel Sharon?
Neno escreveu:Acho que no céu ele nao entra, no inferno o capeta nao o quer, só resta penar para sempre no nada!
O cara foi um criminoso da pior especie, teve o fim que merecia.
Ainda não...ainda não, o custo de electricidade para manter vivo o carniceiro de Sabrah e Shatillah não deve ser baixo...
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_d ... _e_Shatila
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Re: Que fim deu o Ariel Sharon?
Mas, mas P44, não foi ele o responsável ... seria a mesma coisa q um grupo externo entrasse em Gaza ou na Cisjordânia e fizesse um massacre... sem consentimento israelense nada feito... mas quem se importa, seriam todos terroristas no futuro, como todo palestino ...
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Re: Que fim deu o Ariel Sharon?
Isso me lembrou um filme que vi ano passado, já assistiram Waltz with Bashir (Valsa com Bashir)?
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Re: Que fim deu o Ariel Sharon?
Dei um pesquisada e é um filme do Ari Folman; diretor com uma linha semelhante a de Avi Mograbi, principal documentarista israelense; o artigo abaixo sintetiza a visão, não por acaso coincidente, de dois israelenses (um ex-soldado e outro q se recusou a servir justamente em 1982, época em q Ariel Sharon era Min. da Defesa e invadiu o Líbano) sobre a atuação da IDF no conflito contra todos e quaisquer palestinos:
Quarta-Feira, 25 de Março de 2009 | Versão Impressa
Mograbi discute o que é ser soldado
Homenageado do festival traz o inédito e poderoso Z32, em que usa o Oriente Médio para falar do Exército em todo o mundo
Luiz Carlos Merten
Considerado um mestre do documentário político, o israelense Avi Mograbi já foi homenageado em São Paulo com retrospectiva do seu trabalho no Instituto Goethe, mas ele volta agora - dia 30 - como principal convidado internacional do 14º É Tudo Verdade, trazendo um novo (e polêmico) filme. Prepare-se para um choque assistindo a Z32. O filme situa-se na confluência do documentário e da pesquisa de linguagem, mais exatamente de animação, com recurso a números musicais. O espectador que já viu Valsa com Bashir , de outro israelense Ari Folman, na Mostra Internacional de Cinema ou acompanhou o filme na caminhada do Oscar - que não recebeu -, será imediatamente tentado a fazer uma ponte entre os dois. Ambos tratam da atuação do Exército de Israel no combate aos palestinos. Ambos recorrem à animação, mas são diversos.
"O filme de Ari exorciza um trauma de consciência do próprio diretor. Meu filme trata de outra coisa, de responsabilidade civil face às ações dos militares. A animação é um procedimento estético, por parte de Ari. No meu caso, é uma solução prática", informa o cineasta, numa entrevista por telefone, de Tel-Aviv. Há tempos que Avi Mograbi investiga com sua câmera as atividades do Exército israelense. Basta pesquisar seu nome na internet que você encontrará uma série de vídeos que Israel não quer que você veja e que se referem justamente a atividades militares em áreas ocupadas. O ponto de partida de Z32 é muito interessante. "Há quatro anos trabalho voluntariamente para um grupo de antigos soldados chamado Shovrim Shtika. Minha atividade consiste basicamente em ouvir e registrar os testemunhos de soldados que serviram nos territórios ocupados. Um deles tinha esse número de código Z32. Era tão forte que eu imediatamente pensei que era preciso fazer um filme sobre ele, mas não achava que fosse um projeto para mim, pois meu cinema não se baseia no princípio da entrevista."
Na época em que começou a trabalhar com o grupo Shtika, Avi Mograbi estava terminando um documentário intitulado Por Apenas Um dos Meus Olhos, que incluía um choque do diretor com soldados israelenses, numa barragem - você pode garimpar essas imagens na rede. "Por essa época, meu filho decidiu que não prestaria serviço militar, que é obrigatório em Israel. Foi uma coisa que repercutiu muito em mim, porque sei que ele adotou essa decisão por causa do que viu no meu filme, porque não queria virar esse soldado que se recusa a dar passagem a uma criança palestina doente. Isso me levou a encarar o desafio de fazer Z32." O testemunho do soldado foi de que ele matou, mas não foi isso que tornou seu caso especial, aos olhos do diretor. Afinal, como diz Mograbi, os soldados matam. "O interesse específico foi que ele matou durante uma operação de represália. Um soldado foi enviado a uma missão durante a qual, intencionalmente, foi decidido que inocentes seriam mortos a sangue frio. Isso parece mais coisa da Máfia, acertos de contas entre criminosos, do que uma ação de um Estado de direito. Z32 ainda admitia que teve prazer em matar e, mesmo assim, buscava uma redenção pelo seu ato. Tudo isso me impressionou muito."
Mograbi procurou o soldado já pensando na possibilidade de um filme. Ele conhecia o trabalho do diretor e isso facilitou enormemente a aproximação. Como conta Mograbi, o soldado sofre de uma síndrome pós-traumática, que o leva a querer contar e recontar sua história, mas sem expor sua identidade. A questão era justamente essa - como manter o anonimato de Z32? "A gente vê todo dia no cinema e na TV entrevistas com pessoas que preservam suas imagens por meio de máscaras, pixels, os recursos são variados. Isso pode funcionar para uma entrevista curta, mas não para um filme longo. E havia outro problema - eu queria mostrar a expressão nos olhos de Z32, queria que o público visse que ele não é um monstro, um assassino por natureza (natural born killer). Para mim, era importante que as pessoas o vissem como um filho, um irmão, um namorado. A máscara poderia transformá-lo num criminoso, ou desviar a atenção dos espectadores."
Depois de muito pensar, Mograbi chegou à solução da animação. Ela consiste basicamente em colar ao rosto de Z32 o de outra pessoa - no caso, um amigo de seu filho, mas de tal maneira que a expressão facial fica preservada. Apesar da máscara, os olhos e a crispação dos lábios, quando Z32 fala, são do personagem. E não apenas dele - sua namorada é muito importante no processo de expiação de Z32 e, claro, foi preciso criar outra máscara para ela. "Foi uma coisa complicada de fazer, e cara. Trabalhamos cerca de oito meses somente nos efeitos especiais, criando em 3-D as máscaras que se adaptam às caras dos dois." Para complicar ainda mais as coisas - "Minha atividade anterior como documentarista consistiu sempre em olhar, observar; nunca havia trabalhado em colaboração com o objeto de minha pesquisa" -, Mograbi decidiu que voltar com Z32 aos lugares onde os palestinos foram mortos daria mais força ao filme. Mal comparando, é como o retorno às imagens ?reais? no fecho da animação de Valsa com Bashir.
Para reforçar o conteúdo crítico, Mograbi recorre a um recurso brechtiano - as canções que comentam o que o cineasta define como ?o desespero da situação israelense?. Para o diretor, Z32 é sobre o que significa ser soldado em Israel. O filme fala sobre o Oriente Médio, que ele conhece, mas Mograbi reconhece que também está falando dos norte-americanos no Iraque, dos franceses na Argélia, dos russos na Chechênia. Formado em filosofia, ele leciona, além de fazer, cinema. Muitas vezes desespera-se, porque reconhece a impotência do cinema para mudar o mundo, ou interferir na realidade. Mas segue fazendo, porque assim expressa sua cidadania e responsabilidade. Z32, com a presença do autor, será uma das sensações do 14º É Tudo Verdade.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 4254,0.php
Quarta-Feira, 25 de Março de 2009 | Versão Impressa
Mograbi discute o que é ser soldado
Homenageado do festival traz o inédito e poderoso Z32, em que usa o Oriente Médio para falar do Exército em todo o mundo
Luiz Carlos Merten
Considerado um mestre do documentário político, o israelense Avi Mograbi já foi homenageado em São Paulo com retrospectiva do seu trabalho no Instituto Goethe, mas ele volta agora - dia 30 - como principal convidado internacional do 14º É Tudo Verdade, trazendo um novo (e polêmico) filme. Prepare-se para um choque assistindo a Z32. O filme situa-se na confluência do documentário e da pesquisa de linguagem, mais exatamente de animação, com recurso a números musicais. O espectador que já viu Valsa com Bashir , de outro israelense Ari Folman, na Mostra Internacional de Cinema ou acompanhou o filme na caminhada do Oscar - que não recebeu -, será imediatamente tentado a fazer uma ponte entre os dois. Ambos tratam da atuação do Exército de Israel no combate aos palestinos. Ambos recorrem à animação, mas são diversos.
"O filme de Ari exorciza um trauma de consciência do próprio diretor. Meu filme trata de outra coisa, de responsabilidade civil face às ações dos militares. A animação é um procedimento estético, por parte de Ari. No meu caso, é uma solução prática", informa o cineasta, numa entrevista por telefone, de Tel-Aviv. Há tempos que Avi Mograbi investiga com sua câmera as atividades do Exército israelense. Basta pesquisar seu nome na internet que você encontrará uma série de vídeos que Israel não quer que você veja e que se referem justamente a atividades militares em áreas ocupadas. O ponto de partida de Z32 é muito interessante. "Há quatro anos trabalho voluntariamente para um grupo de antigos soldados chamado Shovrim Shtika. Minha atividade consiste basicamente em ouvir e registrar os testemunhos de soldados que serviram nos territórios ocupados. Um deles tinha esse número de código Z32. Era tão forte que eu imediatamente pensei que era preciso fazer um filme sobre ele, mas não achava que fosse um projeto para mim, pois meu cinema não se baseia no princípio da entrevista."
Na época em que começou a trabalhar com o grupo Shtika, Avi Mograbi estava terminando um documentário intitulado Por Apenas Um dos Meus Olhos, que incluía um choque do diretor com soldados israelenses, numa barragem - você pode garimpar essas imagens na rede. "Por essa época, meu filho decidiu que não prestaria serviço militar, que é obrigatório em Israel. Foi uma coisa que repercutiu muito em mim, porque sei que ele adotou essa decisão por causa do que viu no meu filme, porque não queria virar esse soldado que se recusa a dar passagem a uma criança palestina doente. Isso me levou a encarar o desafio de fazer Z32." O testemunho do soldado foi de que ele matou, mas não foi isso que tornou seu caso especial, aos olhos do diretor. Afinal, como diz Mograbi, os soldados matam. "O interesse específico foi que ele matou durante uma operação de represália. Um soldado foi enviado a uma missão durante a qual, intencionalmente, foi decidido que inocentes seriam mortos a sangue frio. Isso parece mais coisa da Máfia, acertos de contas entre criminosos, do que uma ação de um Estado de direito. Z32 ainda admitia que teve prazer em matar e, mesmo assim, buscava uma redenção pelo seu ato. Tudo isso me impressionou muito."
Mograbi procurou o soldado já pensando na possibilidade de um filme. Ele conhecia o trabalho do diretor e isso facilitou enormemente a aproximação. Como conta Mograbi, o soldado sofre de uma síndrome pós-traumática, que o leva a querer contar e recontar sua história, mas sem expor sua identidade. A questão era justamente essa - como manter o anonimato de Z32? "A gente vê todo dia no cinema e na TV entrevistas com pessoas que preservam suas imagens por meio de máscaras, pixels, os recursos são variados. Isso pode funcionar para uma entrevista curta, mas não para um filme longo. E havia outro problema - eu queria mostrar a expressão nos olhos de Z32, queria que o público visse que ele não é um monstro, um assassino por natureza (natural born killer). Para mim, era importante que as pessoas o vissem como um filho, um irmão, um namorado. A máscara poderia transformá-lo num criminoso, ou desviar a atenção dos espectadores."
Depois de muito pensar, Mograbi chegou à solução da animação. Ela consiste basicamente em colar ao rosto de Z32 o de outra pessoa - no caso, um amigo de seu filho, mas de tal maneira que a expressão facial fica preservada. Apesar da máscara, os olhos e a crispação dos lábios, quando Z32 fala, são do personagem. E não apenas dele - sua namorada é muito importante no processo de expiação de Z32 e, claro, foi preciso criar outra máscara para ela. "Foi uma coisa complicada de fazer, e cara. Trabalhamos cerca de oito meses somente nos efeitos especiais, criando em 3-D as máscaras que se adaptam às caras dos dois." Para complicar ainda mais as coisas - "Minha atividade anterior como documentarista consistiu sempre em olhar, observar; nunca havia trabalhado em colaboração com o objeto de minha pesquisa" -, Mograbi decidiu que voltar com Z32 aos lugares onde os palestinos foram mortos daria mais força ao filme. Mal comparando, é como o retorno às imagens ?reais? no fecho da animação de Valsa com Bashir.
Para reforçar o conteúdo crítico, Mograbi recorre a um recurso brechtiano - as canções que comentam o que o cineasta define como ?o desespero da situação israelense?. Para o diretor, Z32 é sobre o que significa ser soldado em Israel. O filme fala sobre o Oriente Médio, que ele conhece, mas Mograbi reconhece que também está falando dos norte-americanos no Iraque, dos franceses na Argélia, dos russos na Chechênia. Formado em filosofia, ele leciona, além de fazer, cinema. Muitas vezes desespera-se, porque reconhece a impotência do cinema para mudar o mundo, ou interferir na realidade. Mas segue fazendo, porque assim expressa sua cidadania e responsabilidade. Z32, com a presença do autor, será uma das sensações do 14º É Tudo Verdade.
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