DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Mas aí é o fim, a tigrada botando cada vez mais obstáculo aos fumantes - sou um deles mas enfrento cada vez mais restrições, vou dar um jeito de parar (e reconheço que é VÍCIO), minha meta para 2009 era a bebida e funfou, muito que de vez em quando (falo em intervalos de semanas) ainda tomo umas cervejinhas num churrasco e fim, semanas de bico seco pela frente, e antes meu negócio era de vodka pra cima, e quase todos os dias - a aí vêm outros querendo liberar as drogas (ah, conta pra outro essa charla de maconha não é droga, não vicia, não conduz a drogas mais pesadas, nesse ponto é idêntica ao álcool, ou acham que já comecei com vodka todos os dias?).
Em 2010 vai embora o cigarro também, daí vou 'adorar' quando parar um maconheiro do meu lado e 'vai um pega aí, tio?'
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
O estado nem faz esforço pra combater o uso de drogas e já desiste. Ah se eu fôsse presidente dessa bagunça.........
O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Caro VinicusVinicius Pimenta escreveu:Como é feita a estatística de consumo?
Como ligar a despenalização à redução do consumo?
A redução do consumo estaria ligada a quais outras medidas?
-------
Há de se ficar claro a diferença entre despenalização e liberação de consumo. Não se tratam da mesma coisa.
1ºA Estatística,é feita pelo INE(Instituto Nacional de Estatística)
2º
3ºEm Portugal houve a despenalização,não houve a liberalização,liberalização é ir a uma farmácia e comprar estupefacientes, isso é ilegal,em Portugal,a despenalização é apenas,a não punição efectiva,da posse de uma determinada,pequena,quantidade de estupefacientes,sendo que,se o individuo for apanhado,com elevadas quantidades,de estupefacientes,é considerado um traficante,o que em Portugal implica punição efectiva,julgamento e se for provado,pode acabar em prisão.É contraproducente a aplicação das penas de multa e prisão até um ano previstas na Lei para o consumo de drogas ilícitas. Porque são ineficazes na dissuasão e no caso da prisão, aplicada isolada ou cumulativamente com pena por outros crimes, agravam a situação de muitos jovens consumidores, lançados na dependência profunda e na criminalidade.
"Socialist governments traditionally do make a financial mess. They [socialists] always run out of other people's money. It's quite a characteristic of them."
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Logo...bruno mt escreveu:Não é que a Maconha leva a outras drogas, mas sim quem quer as drogas mais pesadas começa nela.
Há uma coisa chamada cultura. Você acha que a partir do momento que for liberado vai todo mundo achar a coisa mais natural, tudo muito bonito, sem problema algum? Isso não existe. Conheço gente (senão todos) que afirmam que continuariam a comprar no paralelo. É mais discreto. Você como usuário. Seus pais não sabem. Você vai na farmácia? "Aí, mãe, tô indo ali comprar um remedinho." É assim? Vai fazer um cadastro? Uma coisa é você ir na madrugada numa favela, ninguém te vê. Outra coisa é você sair de uma farmácia a luz do dia com sua maconha. Se expondo pra todo mundo, e se for perto da sua casa, correndo o risco de chegar ao ouvido dos seus pais.Para pra pensa, você utiliza maconha, e vai comprar, você vai ir no morro lidar com traficantes e tudo mais por um produto possivelmente sem qualidade ou vai na farmacia? com varias garantias, é a mesma coisa que cigarro falsificado, existe, mas perdeu toda a sua força
E outra, hoje em dia quase todas as farmácias tem serviço de entregas. A maconha vai fazer parte do menu? Se o entregador sai da farmácia para levar 10 encomendas de maconha e for parado pela polícia, o coitado seria preso por tráfico?
Mas há muito tempo a "playboyzada" já recebe a droga em casa, sem ter que ir a uma favela. Tudo discreto, com poucos riscos. Você acha que vão trocar essa comodidade para se expor numa farmácia?
Tem tantos poréns. Me espanta a ilusão de achar que todos os problemas estariam resolvidos com o "liberou geral".
olha tenho amigos que utilizam, e são varios(mais de 50) e num conheço nenhum viciado, agora se você for levar em conta pessoas que sempre tão utilizando, minha familia vive bebendo cerveja(muito) são viciados?
Você pensa que não são viciados. Deixa ficar sem maconha.
Sim. Com base em? Pesquisa de opinião? Você teria alguma informação de como eles chegam a esses números? São estimativas, por certo.tgcastilho escreveu:Caro Vinicus
1ºA Estatística,é feita pelo INE(Instituto Nacional de Estatística)
Mas não chega a responder a pergunta. Como a despenalização por si só ajuda na redução do consumo? Acredito que a despenalização, realmente que possa ajudar a separar o viciado do traficante. Mas o fato do indivíduo poder consumir sem perigo de receber uma medida punitiva não me parece auxiliar na redução no consumo, pelo contrário, facilita ainda mais.2º É contraproducente a aplicação das penas de multa e prisão até um ano previstas na Lei para o consumo de drogas ilícitas. Porque são ineficazes na dissuasão e no caso da prisão, aplicada isolada ou cumulativamente com pena por outros crimes, agravam a situação de muitos jovens consumidores, lançados na dependência profunda e na criminalidade.
Por isso, acredito que, em pararelo à despenalização, outros tipos de medidas devam ter sido tomadas. Nesse caso, quais? Se nenhum outra medida foi tomada e o consumo diminui por pura obra da despenalização, seria realmente impressionante demais para se acreditar.
Sim, entendi o que ocorreu em Portugal. Busco agora entender quais as medidas que foram tomadas que ajudaram a reduzir o consumo, como informado. Qual foi a base desse estudo e quais foram as outras medidas (se de fato há outras medidas) que estão auxiliando nessa redução?3ºEm Portugal houve a despenalização,não houve a liberalização,liberalização é ir a uma farmácia e comprar estupefacientes, isso é ilegal,em Portugal,a despenalização é apenas,a não punição efectiva,da posse de uma determinada,pequena,quantidade de estupefacientes,sendo que,se o individuo for apanhado,com elevadas quantidades,de estupefacientes,é considerado um traficante,o que em Portugal implica punição efectiva,julgamento e se for provado,pode acabar em prisão.
Vinicius Pimenta
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Sabe que eu fumo desde os 16, e eu consegui um progresso enorme, que é fumar um cigarro por semana... Só que desse ponto eu não consigo passar...Túlio escreveu:Mas aí é o fim, a tigrada botando cada vez mais obstáculo aos fumantes - sou um deles mas enfrento cada vez mais restrições, vou dar um jeito de parar (e reconheço que é VÍCIO), minha meta para 2009 era a bebida e funfou, muito que de vez em quando (falo em intervalos de semanas) ainda tomo umas cervejinhas num churrasco e fim, semanas de bico seco pela frente, e antes meu negócio era de vodka pra cima, e quase todos os dias - a aí vêm outros querendo liberar as drogas (ah, conta pra outro essa charla de maconha não é droga, não vicia, não conduz a drogas mais pesadas, nesse ponto é idêntica ao álcool, ou acham que já comecei com vodka todos os dias?).
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PS: Só retificando, é cigarro mesmo... Luck Strike e Marlboro...
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Sim. Com base em? Pesquisa de opinião? Você teria alguma informação de como eles chegam a esses números? São estimativas, por certo.tgcastilho escreveu:Caro Vinicus
1ºA Estatística,é feita pelo INE(Instituto Nacional de Estatística)
Mas não chega a responder a pergunta. Como a despenalização por si só ajuda na redução do consumo? Acredito que a despenalização, realmente que possa ajudar a separar o viciado do traficante. Mas o fato do indivíduo poder consumir sem perigo de receber uma medida punitiva não me parece auxiliar na redução no consumo, pelo contrário, facilita ainda mais.2º É contraproducente a aplicação das penas de multa e prisão até um ano previstas na Lei para o consumo de drogas ilícitas. Porque são ineficazes na dissuasão e no caso da prisão, aplicada isolada ou cumulativamente com pena por outros crimes, agravam a situação de muitos jovens consumidores, lançados na dependência profunda e na criminalidade.
Por isso, acredito que, em pararelo à despenalização, outros tipos de medidas devam ter sido tomadas. Nesse caso, quais? Se nenhum outra medida foi tomada e o consumo diminui por pura obra da despenalização, seria realmente impressionante demais para se acreditar.
Sim, entendi o que ocorreu em Portugal. Busco agora entender quais as medidas que foram tomadas que ajudaram a reduzir o consumo, como informado. Qual foi a base desse estudo e quais foram as outras medidas (se de fato há outras medidas) que estão auxiliando nessa redução?[/quote]3ºEm Portugal houve a despenalização,não houve a liberalização,liberalização é ir a uma farmácia e comprar estupefacientes, isso é ilegal,em Portugal,a despenalização é apenas,a não punição efectiva,da posse de uma determinada,pequena,quantidade de estupefacientes,sendo que,se o individuo for apanhado,com elevadas quantidades,de estupefacientes,é considerado um traficante,o que em Portugal implica punição efectiva,julgamento e se for provado,pode acabar em prisão.
Vou sou responder as afirmações,acima,sublinhadas,pois aqui já é meia noite,e estou com sono
Não sei,se será assim no Brasil,mas em Portugal,o simples facto,de se saber,que se está a transgredir,a lei é logo um factor para incentivar,digamos,que em Portugal,o pessoal sente,quase um prazer em cometer uma ilegalidade,sendo que ao deixar de ser ilícito,a piada de fumar umas ganzas etc,perde-se logo ,pois não pode mostrar aos amigos,que é o maior,pois está a transgredir,a lei.
Sendo,que punir,um puto,por fumar umas ganzas,é estúpido,para além de que,como todos,sabemos,nas prisões,normalmente,não se aprendem coisas boas.
As únicas medidas,que foram tomadas,foi que ao contrario de andarem atrás de putos,que fumava umas ganzas,agora as policias dedicam-se exclusivamente a andarem atrás de traficantes,pois não é por prender um consumidor,que o negocio vai diminuir.
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
'O Brasil está ficando para trás', diz ex-presidente da Colômbia sobre drogas.
Marco Antônio Carvalho - O Estado de São Paulo, 27.03.17.
O homem que liderou uma das caçadas mais notórias contra traficantes no século XX advoga pela descriminalização de "todas as drogas". Mas não é bem de agora que César Gaviria, presidente da Colômbia entre 1990 e 1994 - em 1993, Pablo Escobar foi morto por forças policiais -, é conhecido por ser uma voz relevante do antiproibicionismo mundial. Aos moldes do que ocorreu com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ele dedicou parte do seu tempo após ter deixado o poder para estudar e militar contra a política de drogas ainda vigente em diversos países, incluindo o Brasil, de criminalizar o uso e a posse de entorpecentes, envolvendo mais polícia do que médicos no combate à prática.
O modo de tratar o assunto ficou conhecido, ainda no século passado, como "guerra às drogas", um modelo eminentemente patrocinado pelos Estados Unidos. Foram deles que o governo colombiano nas décadas de 1980 e 1990 recebeu bilhões de dólares para tentar erradicar plantações de coca que representavam, e ainda representam, a mais significativa produção mundial de cocaína.
"A Guerra às Drogas é invencível e precisa acabar", disse Gaviria ao Estado em uma entrevista por e-mail.
Ele passa neste mês por São Paulo e Rio de Janeiro, a convite do Instituto Igarapé, debatendo o assunto. Nesta segunda-feira, estará ao lado de Fernando Henrique, de um evento sobre reforma da política de drogas na América Latina na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em Higienópolis, na região central da capital paulista.
Gaviria conversou com o Estado sobre o papel brasileiro no tema, que classificou como "ausente", e a relação da política de drogas com a quantidade de presos no País. "Reformar essa política está no centro da retomada do controle", acrescentou.
Na entrevista, o ex-presidente colombiano comenta ainda a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) nessa pauta, além de iniciativas de redução de danos para viciados, como o programa De Braços Abertos, do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT): "Se nós, como comunidade, não queremos mais estender a mão para nosso vizinho, então não resta muito mais dessa comunidade".
Leia a seguir a entrevista com o ex-presidente, retratado na série da Netflix Narcos, sobre a qual ele preferiu não comentar a fidedignidade do roteiro e das atuações.
O Brasil tem vivido uma rotina trágica nas suas prisões. Essa realidade foi mostrada de forma ainda mais brutal desde o começo deste ano, quando mais de uma centena de presos foram assassinados por colegas, no que foi considerado uma briga entre facções em nível nacional. O que ajuda a explicar essa realidade?
O que tenho escutado sobre as prisões brasileiras me choca, não só pelas suas condições estruturais, mas também quanto ao tamanho da população carcerária e as razões pelas quais as pessoas estão sendo presas. Deve-se manter em mente que as prisões são parte de um sistema maior: o sistema de segurança pública e justiça criminal. O Brasil precisa parar e pensar se o sistema como funciona atualmente é guiado pelo interesse público e se é eficiente. Reformar a política de drogas está no centro da retomada do controle.
Em um artigo escrito recentemente para o jornal americano The New York Times, você abordou esse tema, dizendo que "prender criminosos não violentos e usuários de drogas quase sempre é um erro, que, na contramão, fortalece o crime organizado". Como esse fortalecimento é notado na prática?
Há dois lados para essa questão que nós, na Colômbia, aprendemos do jeito difícil. Um é que, ao prender criminosos não violentos e usuários de drogas, estamos entregando nossa juventude nas mãos do crime organizado, ao encarcerá-los junto a criminosos violentos em celas controladas por gangues. Uso de drogas não deveria ser considerado um crime, e traficantes pequenos poderiam ser sentenciados a penas alternativas. Eles não deveriam ficar presos. O outro lado da questão é perder contato com o que realmente importa: reduzir a violência e desmantelar esses grupos criminosos violentos. Nossas polícias são guiadas para combater o tráfico de pequenas quantidades de droga no lugar de focar em reunir inteligência para atacar a rede de crime organizado e resolver crimes violentos.
Ainda no seu artigo, você reafirmou o conhecimento comum sobre a representatividade da produção colombiana de cocaína para o mundo. Recentemente, um dos massacres em cadeias aconteceu em Manaus, e teve a autoria atribuída à Família do Norte. Investigações apontaram como o contato com os colombianos facilitou o desenvolvimento da quadrilha. Qual a dimensão do problema de fronteira para Brasil e Colômbia e como isso pode comprometer a implementação de planos de segurança na área?
A Amazônia é ao mesmo tempo uma bênção e um desafio que dividimos. A densidade da floresta oferece a perfeita camuflagem para o contrabando e o tráfico. A desmobilização das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), parte do processo de paz do meu país, deverá afetar a dinâmica da oferta de cocaína por meio da região. Mas fechar as fronteiras não é só algo perto de impossível, já que as pessoas as atravessam por terra, água e ar, como também é ineficiente. A maneira de avançar é por meio da cooperação, inteligência e troca de informações entre os dois governos, assim como criar estratégias para enfrentar a estrutura ilegal, como aeroportos, que se espalham na floresta.
Você esteve no centro de uma das operações de busca mais conhecidas do século XX contra o agora ainda mais famoso Pablo Escobar. Por anos, você esteve à frente das decisões sobre a política de drogas, gastando bilhões de dólares e prendendo inúmeras pessoas. Assim como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, você agora é uma das vozes fundamentais contra a política proibicionista. Quando e por que o seu posicionamento mudou?
Confrontar o cartel Medellín e o narcoterrorismo era um problema de sobrevivência para a democracia colombiana e para o bem público de todos os colombianos. Lutar contra os cartéis é uma obrigação para todos os países. Criminalizar o consumo, campesinos e os cidadãos não violentos é um erro e uma política de drogas errada.
Para o Times, você falou que "adotar a linha dura contra criminosos é sempre popular para os políticos". Como você avalia a influência popular nas decisões quanto a guerra às drogas e à caçada a Pablo Escobar? Naquele momento, o senhor já tinha ideia da necessidade de mudança da política de drogas?
Sabia que tinha de fazer alguma coisa e a informação a minha disposição me levou a acreditar que eu estava fazendo o melhor. Como disse, depois notei que não estávamos vencendo a guerra às drogas. É invencível. Há muitos custos envolvidos, muitas vidas e famílias destruídas. Mas aquelas agora no poder têm muito mais informações disponíveis para o que está muito claro agora: a guerra às drogas precisa acabar.
O ex-ministro da Justiça do Brasil Alexandre de Moraes chegou a expor em uma reunião, em que apresentava as linhas para o plano nacional de segurança, que um dos seus objetivos era atacar frontalmente a produção de maconha em parceria com o Paraguai, a Colômbia e a Bolívia. Que conselho você daria ao País sobre esse tipo de combate?
Erradicar a produção em um lugar resulta em um aumento da produção em outro. Portanto, isso não é a resposta. Desenvolvimento sustentável e produção de plantios alternativos devem ser priorizados, particularmente nos degraus mais baixos da cadeia de produção. Quanto ao tráfico internacional, a resposta é reforço na inteligência e foco nas redes do crime organizado. Isso é muito mais eficiente.
Recentemente, o debate sobre a proibição do uso e porte de drogas parece ter ganhado mais atenção, principalmente no STF. A Corte agora discute a possibilidade de deixar de considerar crime a posse de uma pequena quantidade de drogas. Um dos pontos em debate está relacionado com o que significa "pequena quantidade". Sobre isso, duas questões: 1) O que pensa sobre esse tipo de discussão ser liderada pelo Judiciário? 2) O que pensa sobre essa quantidade ideal para descriminalização?
Quando o Legislativo nem o Executivo assumem esse importante papel de por um fim à criminalização da posse de drogas para uso pessoal, a Suprema Corte deve intervir. O mesmo ocorreu no meu país em 1994, quando a Corte Constitucional descriminalizou a posse para dose pessoal de drogas, como chamamos. Eles tiveram de reafirmar a decisão novamente nos anos 2000, depois que uma reforma constitucional tentou voltar a tornar crime a posse de drogas. Quanto a adotar parâmetros para identificar o que seria exatamente essa posse para uso pessoal, há uma ferramenta mundial adotada com relativo sucesso em diversos países. A chave aqui é ter limiares compatíveis com o padrão de consumo nacional, ou irá ocasionar um erro entre as equipes de segurança. No México, por exemplo, onde esse parâmetro é muito baixo, a descriminalização falhou e mais pessoas acabaram sendo presas.
Um dos ministros do STF chegou a dizer que a discussão deve evoluir para, no futuro, abarcar a descriminalização de outras drogas, como a cocaína. O debate está avançando neste sentido em outros países?
Esse deve ser o ponto inicial do debate. Entendo que o caso em questão demanda descriminalização da posse para uso pessoal independente do tipo de droga. Se abordarmos o assunto de uma perspectiva da saúde pública, não faz sentido considerar crime o uso de uma droga, mas de outras não. Um alcoólatra é um criminoso? A resposta é não. Então, por que viciados em drogas ilícitas deveriam ser? Criminalizar o uso de drogas inibe a prevenção, programas de redução de danos e acesso a tratamento. Então, o uso de todas as drogas deve ser descriminalizado, especialmente aquelas que podem causar os maiores danos.
Assistimos ao desenvolvimento recente de políticas sobre o assunto no Uruguai, em países europeus, alguns Estados americanos e no Canadá. O assunto no Brasil é tratado por meio da Constituição, impedindo discussões individualizadas por Estado. Qual o papel que o Brasil tem assumido nesse tema?
O Brasil não tem tido uma voz forte em nível internacional. Isso ocorre, apesar da sua relevância regional, que acaba se resumindo a falar sobre os desafios relacionados à política de saúde, dividindo experiências com outros países sobre redução de danos. Mas, quando se fala em tratar do desafio de reformar a política de drogas de um modo significativo, o País é ausente no lugar de se juntar aos vizinhos mais participativos como México, Colômbia, Uruguai e Canadá. As Américas estão na linha de frente da discussão, mas o Brasil está ficando para trás.
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) implementou uma política de redução de danos para viciados em crack, no programa De Braços Abertos. Como municipalidades devem abordar o tema?
Políticas de redução de danos, como a desenvolvida pelo ex-prefeito, devem ser uma parte importante de qualquer política de droga responsável, junto com a prevenção e tratamento. Já que não podemos acabar com o consumo de drogas, podemos reduzir os riscos envolvidos no seu uso e até relacionados ao seu abuso. E prefeitos estão no centro desse tipo de ação. Há ainda muitos mal-entendidos sobre redução de danos como uma política, algumas pessoas até declaram que isso termina estimulando o uso de drogas. É um mito, um mito perigoso. A redução de danos mantém pessoas vivas e lhes estende a mão. Se nós, como comunidade, não queremos mais estender a mão para nosso vizinho, então não resta muito mais dessa comunidade.
Marco Antônio Carvalho - O Estado de São Paulo, 27.03.17.
O homem que liderou uma das caçadas mais notórias contra traficantes no século XX advoga pela descriminalização de "todas as drogas". Mas não é bem de agora que César Gaviria, presidente da Colômbia entre 1990 e 1994 - em 1993, Pablo Escobar foi morto por forças policiais -, é conhecido por ser uma voz relevante do antiproibicionismo mundial. Aos moldes do que ocorreu com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ele dedicou parte do seu tempo após ter deixado o poder para estudar e militar contra a política de drogas ainda vigente em diversos países, incluindo o Brasil, de criminalizar o uso e a posse de entorpecentes, envolvendo mais polícia do que médicos no combate à prática.
O modo de tratar o assunto ficou conhecido, ainda no século passado, como "guerra às drogas", um modelo eminentemente patrocinado pelos Estados Unidos. Foram deles que o governo colombiano nas décadas de 1980 e 1990 recebeu bilhões de dólares para tentar erradicar plantações de coca que representavam, e ainda representam, a mais significativa produção mundial de cocaína.
"A Guerra às Drogas é invencível e precisa acabar", disse Gaviria ao Estado em uma entrevista por e-mail.
Ele passa neste mês por São Paulo e Rio de Janeiro, a convite do Instituto Igarapé, debatendo o assunto. Nesta segunda-feira, estará ao lado de Fernando Henrique, de um evento sobre reforma da política de drogas na América Latina na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em Higienópolis, na região central da capital paulista.
Gaviria conversou com o Estado sobre o papel brasileiro no tema, que classificou como "ausente", e a relação da política de drogas com a quantidade de presos no País. "Reformar essa política está no centro da retomada do controle", acrescentou.
Na entrevista, o ex-presidente colombiano comenta ainda a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) nessa pauta, além de iniciativas de redução de danos para viciados, como o programa De Braços Abertos, do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT): "Se nós, como comunidade, não queremos mais estender a mão para nosso vizinho, então não resta muito mais dessa comunidade".
Leia a seguir a entrevista com o ex-presidente, retratado na série da Netflix Narcos, sobre a qual ele preferiu não comentar a fidedignidade do roteiro e das atuações.
O Brasil tem vivido uma rotina trágica nas suas prisões. Essa realidade foi mostrada de forma ainda mais brutal desde o começo deste ano, quando mais de uma centena de presos foram assassinados por colegas, no que foi considerado uma briga entre facções em nível nacional. O que ajuda a explicar essa realidade?
O que tenho escutado sobre as prisões brasileiras me choca, não só pelas suas condições estruturais, mas também quanto ao tamanho da população carcerária e as razões pelas quais as pessoas estão sendo presas. Deve-se manter em mente que as prisões são parte de um sistema maior: o sistema de segurança pública e justiça criminal. O Brasil precisa parar e pensar se o sistema como funciona atualmente é guiado pelo interesse público e se é eficiente. Reformar a política de drogas está no centro da retomada do controle.
Em um artigo escrito recentemente para o jornal americano The New York Times, você abordou esse tema, dizendo que "prender criminosos não violentos e usuários de drogas quase sempre é um erro, que, na contramão, fortalece o crime organizado". Como esse fortalecimento é notado na prática?
Há dois lados para essa questão que nós, na Colômbia, aprendemos do jeito difícil. Um é que, ao prender criminosos não violentos e usuários de drogas, estamos entregando nossa juventude nas mãos do crime organizado, ao encarcerá-los junto a criminosos violentos em celas controladas por gangues. Uso de drogas não deveria ser considerado um crime, e traficantes pequenos poderiam ser sentenciados a penas alternativas. Eles não deveriam ficar presos. O outro lado da questão é perder contato com o que realmente importa: reduzir a violência e desmantelar esses grupos criminosos violentos. Nossas polícias são guiadas para combater o tráfico de pequenas quantidades de droga no lugar de focar em reunir inteligência para atacar a rede de crime organizado e resolver crimes violentos.
Ainda no seu artigo, você reafirmou o conhecimento comum sobre a representatividade da produção colombiana de cocaína para o mundo. Recentemente, um dos massacres em cadeias aconteceu em Manaus, e teve a autoria atribuída à Família do Norte. Investigações apontaram como o contato com os colombianos facilitou o desenvolvimento da quadrilha. Qual a dimensão do problema de fronteira para Brasil e Colômbia e como isso pode comprometer a implementação de planos de segurança na área?
A Amazônia é ao mesmo tempo uma bênção e um desafio que dividimos. A densidade da floresta oferece a perfeita camuflagem para o contrabando e o tráfico. A desmobilização das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), parte do processo de paz do meu país, deverá afetar a dinâmica da oferta de cocaína por meio da região. Mas fechar as fronteiras não é só algo perto de impossível, já que as pessoas as atravessam por terra, água e ar, como também é ineficiente. A maneira de avançar é por meio da cooperação, inteligência e troca de informações entre os dois governos, assim como criar estratégias para enfrentar a estrutura ilegal, como aeroportos, que se espalham na floresta.
Você esteve no centro de uma das operações de busca mais conhecidas do século XX contra o agora ainda mais famoso Pablo Escobar. Por anos, você esteve à frente das decisões sobre a política de drogas, gastando bilhões de dólares e prendendo inúmeras pessoas. Assim como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, você agora é uma das vozes fundamentais contra a política proibicionista. Quando e por que o seu posicionamento mudou?
Confrontar o cartel Medellín e o narcoterrorismo era um problema de sobrevivência para a democracia colombiana e para o bem público de todos os colombianos. Lutar contra os cartéis é uma obrigação para todos os países. Criminalizar o consumo, campesinos e os cidadãos não violentos é um erro e uma política de drogas errada.
Para o Times, você falou que "adotar a linha dura contra criminosos é sempre popular para os políticos". Como você avalia a influência popular nas decisões quanto a guerra às drogas e à caçada a Pablo Escobar? Naquele momento, o senhor já tinha ideia da necessidade de mudança da política de drogas?
Sabia que tinha de fazer alguma coisa e a informação a minha disposição me levou a acreditar que eu estava fazendo o melhor. Como disse, depois notei que não estávamos vencendo a guerra às drogas. É invencível. Há muitos custos envolvidos, muitas vidas e famílias destruídas. Mas aquelas agora no poder têm muito mais informações disponíveis para o que está muito claro agora: a guerra às drogas precisa acabar.
O ex-ministro da Justiça do Brasil Alexandre de Moraes chegou a expor em uma reunião, em que apresentava as linhas para o plano nacional de segurança, que um dos seus objetivos era atacar frontalmente a produção de maconha em parceria com o Paraguai, a Colômbia e a Bolívia. Que conselho você daria ao País sobre esse tipo de combate?
Erradicar a produção em um lugar resulta em um aumento da produção em outro. Portanto, isso não é a resposta. Desenvolvimento sustentável e produção de plantios alternativos devem ser priorizados, particularmente nos degraus mais baixos da cadeia de produção. Quanto ao tráfico internacional, a resposta é reforço na inteligência e foco nas redes do crime organizado. Isso é muito mais eficiente.
Recentemente, o debate sobre a proibição do uso e porte de drogas parece ter ganhado mais atenção, principalmente no STF. A Corte agora discute a possibilidade de deixar de considerar crime a posse de uma pequena quantidade de drogas. Um dos pontos em debate está relacionado com o que significa "pequena quantidade". Sobre isso, duas questões: 1) O que pensa sobre esse tipo de discussão ser liderada pelo Judiciário? 2) O que pensa sobre essa quantidade ideal para descriminalização?
Quando o Legislativo nem o Executivo assumem esse importante papel de por um fim à criminalização da posse de drogas para uso pessoal, a Suprema Corte deve intervir. O mesmo ocorreu no meu país em 1994, quando a Corte Constitucional descriminalizou a posse para dose pessoal de drogas, como chamamos. Eles tiveram de reafirmar a decisão novamente nos anos 2000, depois que uma reforma constitucional tentou voltar a tornar crime a posse de drogas. Quanto a adotar parâmetros para identificar o que seria exatamente essa posse para uso pessoal, há uma ferramenta mundial adotada com relativo sucesso em diversos países. A chave aqui é ter limiares compatíveis com o padrão de consumo nacional, ou irá ocasionar um erro entre as equipes de segurança. No México, por exemplo, onde esse parâmetro é muito baixo, a descriminalização falhou e mais pessoas acabaram sendo presas.
Um dos ministros do STF chegou a dizer que a discussão deve evoluir para, no futuro, abarcar a descriminalização de outras drogas, como a cocaína. O debate está avançando neste sentido em outros países?
Esse deve ser o ponto inicial do debate. Entendo que o caso em questão demanda descriminalização da posse para uso pessoal independente do tipo de droga. Se abordarmos o assunto de uma perspectiva da saúde pública, não faz sentido considerar crime o uso de uma droga, mas de outras não. Um alcoólatra é um criminoso? A resposta é não. Então, por que viciados em drogas ilícitas deveriam ser? Criminalizar o uso de drogas inibe a prevenção, programas de redução de danos e acesso a tratamento. Então, o uso de todas as drogas deve ser descriminalizado, especialmente aquelas que podem causar os maiores danos.
Assistimos ao desenvolvimento recente de políticas sobre o assunto no Uruguai, em países europeus, alguns Estados americanos e no Canadá. O assunto no Brasil é tratado por meio da Constituição, impedindo discussões individualizadas por Estado. Qual o papel que o Brasil tem assumido nesse tema?
O Brasil não tem tido uma voz forte em nível internacional. Isso ocorre, apesar da sua relevância regional, que acaba se resumindo a falar sobre os desafios relacionados à política de saúde, dividindo experiências com outros países sobre redução de danos. Mas, quando se fala em tratar do desafio de reformar a política de drogas de um modo significativo, o País é ausente no lugar de se juntar aos vizinhos mais participativos como México, Colômbia, Uruguai e Canadá. As Américas estão na linha de frente da discussão, mas o Brasil está ficando para trás.
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) implementou uma política de redução de danos para viciados em crack, no programa De Braços Abertos. Como municipalidades devem abordar o tema?
Políticas de redução de danos, como a desenvolvida pelo ex-prefeito, devem ser uma parte importante de qualquer política de droga responsável, junto com a prevenção e tratamento. Já que não podemos acabar com o consumo de drogas, podemos reduzir os riscos envolvidos no seu uso e até relacionados ao seu abuso. E prefeitos estão no centro desse tipo de ação. Há ainda muitos mal-entendidos sobre redução de danos como uma política, algumas pessoas até declaram que isso termina estimulando o uso de drogas. É um mito, um mito perigoso. A redução de danos mantém pessoas vivas e lhes estende a mão. Se nós, como comunidade, não queremos mais estender a mão para nosso vizinho, então não resta muito mais dessa comunidade.
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
No Brasil ainda acredita em programas como Proerd. Um programa de segurança pública que é choque e terror.
No mundo desenvolvimento e no Brasil, começa a consolidar a percepção que drogas em geral fazem parte do ser humano. Vai usar cedo ou tarde. Assim é um problema de saúde pública, devendo estabelecer a consciência sobre consumo consciente, como reduzir os danos ao individuo e a sociedade. Não tem motivo para um viciado em cigarro e/ou bebida diferente do usuário de maconha ou cocaína. Aliás, classe média para cima não vai para cadeia por porte de droga ilegal. Por que o política alivia em troca de algum favor ou deixa passar.
Além disso, o problema de saúde mais grave que é esses são os medicamentos vendidos em farmácia como, por exemplo, anabolizantes, ansiolíticos, antidepressivos, calmantes, anfetaminas entre outros. O uso é disseminado pela sociedade. É um mundo na fronteira do legal e ilegal, mas que tem a vantagem de ser produto de qualidade.
Cadê a política de saúde sobre o tema? Pode até ter, mas não é disseminada.
Perceberam que o cigarro sumiu. O número de usuários despencou nos últimos 20 anos. Hoje não se vê mais adolescente fumando como status. Ao contrário. É visto como brega. E quem fumava um maço por dia quer parar. O mesmo anda acontecendo com bebida. Já não fica bem dizer que dá PT. Vira coisa de adolescente querendo chamar atenção. O milagre foi tratar o cigarro e bebida como problema de saúde.
No mundo desenvolvimento e no Brasil, começa a consolidar a percepção que drogas em geral fazem parte do ser humano. Vai usar cedo ou tarde. Assim é um problema de saúde pública, devendo estabelecer a consciência sobre consumo consciente, como reduzir os danos ao individuo e a sociedade. Não tem motivo para um viciado em cigarro e/ou bebida diferente do usuário de maconha ou cocaína. Aliás, classe média para cima não vai para cadeia por porte de droga ilegal. Por que o política alivia em troca de algum favor ou deixa passar.
Além disso, o problema de saúde mais grave que é esses são os medicamentos vendidos em farmácia como, por exemplo, anabolizantes, ansiolíticos, antidepressivos, calmantes, anfetaminas entre outros. O uso é disseminado pela sociedade. É um mundo na fronteira do legal e ilegal, mas que tem a vantagem de ser produto de qualidade.
Não só no Brasil, pelo mundo muita gente anda morrendo por abuso por usar esses medicamentos. Onde tem pressão por desempenho e competição o consumo e bem comum como, por exemplo, universidades, centros de pesquisa, CEOs e executivos de empresas, estagiários, trabalhadores de transporte. O estagiário de grandes bancos não vira 48 horas limpo, nem os CEOs ultra produtivos que dormem 4 horas por dia. Essas mortes de cantores e atrizes dormindo na banheira tem uma relação muito forte. Além de outros tantos desconhecidos que falacem do mesmo jeito. Não é vontade divina.MILIGRAMAS POR VAGA Como o vestibular está criando uma geração movida a remédios controlados... -
Fonte: https://tab.uol.com.br/ritalina-vestibu ... ovo-normal
Cadê a política de saúde sobre o tema? Pode até ter, mas não é disseminada.
Perceberam que o cigarro sumiu. O número de usuários despencou nos últimos 20 anos. Hoje não se vê mais adolescente fumando como status. Ao contrário. É visto como brega. E quem fumava um maço por dia quer parar. O mesmo anda acontecendo com bebida. Já não fica bem dizer que dá PT. Vira coisa de adolescente querendo chamar atenção. O milagre foi tratar o cigarro e bebida como problema de saúde.
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Minha posição se mantém inalterável: começa-se partindo da premissa que muita gente gosta (ou paga essa de que precisa) de droga por causa disso e daquilo e então o que se vai fazer, legaliza e pronto, kabô-se o problema.
Próximo passo? PEDOFILIA! parte-se da premissa que muita gente gosta de transar com criança e muita criança gosta de transar também. Legaliza e pronto, kabô-se o problema.
Depois vem o furto, o roubo, bobear e até o homicídio: "mas seu dotô, eu precisava matar a minha sogra, aquela véia tava me deixando DOIDO!" - quem nunca chegou perto?
Legaliza, legaliza tudo logo, droga, sexo com criança, roubo, nem vamos mais precisar de Polícia, já que tudo vai ser legal mesmo. O Estado agradece, vai economizar bastante e, como não vai mais ter que prover SegPub, usa uma parte em Saúde (porque haja hospital para drogado com overdose, criança com DST, vítimas de coisas que outrora foram crimes, etc) e o resto...bueno, o resto tem o destino de sempre, como vemos nas investigações da Lavajato. Aliás, corrupção está deixando de ser crime também, não sei se notaram...
Próximo passo? PEDOFILIA! parte-se da premissa que muita gente gosta de transar com criança e muita criança gosta de transar também. Legaliza e pronto, kabô-se o problema.
Depois vem o furto, o roubo, bobear e até o homicídio: "mas seu dotô, eu precisava matar a minha sogra, aquela véia tava me deixando DOIDO!" - quem nunca chegou perto?
Legaliza, legaliza tudo logo, droga, sexo com criança, roubo, nem vamos mais precisar de Polícia, já que tudo vai ser legal mesmo. O Estado agradece, vai economizar bastante e, como não vai mais ter que prover SegPub, usa uma parte em Saúde (porque haja hospital para drogado com overdose, criança com DST, vítimas de coisas que outrora foram crimes, etc) e o resto...bueno, o resto tem o destino de sempre, como vemos nas investigações da Lavajato. Aliás, corrupção está deixando de ser crime também, não sei se notaram...
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Viu? Radicaliza a posição, cria espantalhos para não discutir nada.
A premissa é que muita gente usa, vai usar, sendo legal ou não. O que pode fazer é minimizar dados.
Ou, no limite, pode fazer como políticos famosos, da esquerda e direita, CEOs que aparecem na mídia como exemplo de sucesso, é comprar coisa final. Se for além do limita, usa uns calmantes que é medicamento e, assim, não será punido. Ou aqueles supersoldados virados na anfetamina feita em laboratório e distribuída pela própria força. O discurso para platéia moralista é uma, a realidade das ações e comportamento é outra.
Outra coisa, da onde vem o conceito de legal ou não. Por que beber é legal e usar coca não? Já que até idos dos anos 1940 era similar. Agora, considerar que ambos usarem a substância e dirigir, ai vira crime por que põe em risco terceiros. Deveria ir para cadeia como em muitos países.
A proibição especifica para determinadas drogas veio dos EUA nos anos 1970. Isso cai em descrença por não ter resultado e ser esquizofrenia. Por que não ataca bebida, cigarro e medicamentos que são base formal. Além de transformar a questão em ação militar e dar uma megalomania aos carteis que nunca teriam se não fosse proibia, já que virou um grande negócio que compensa riscos. Nas últimas duas décadas mudou. Inclusive em estados norte-americanos, países como Suíça e Uruguai, também.
A premissa é que muita gente usa, vai usar, sendo legal ou não. O que pode fazer é minimizar dados.
Ou, no limite, pode fazer como políticos famosos, da esquerda e direita, CEOs que aparecem na mídia como exemplo de sucesso, é comprar coisa final. Se for além do limita, usa uns calmantes que é medicamento e, assim, não será punido. Ou aqueles supersoldados virados na anfetamina feita em laboratório e distribuída pela própria força. O discurso para platéia moralista é uma, a realidade das ações e comportamento é outra.
Outra coisa, da onde vem o conceito de legal ou não. Por que beber é legal e usar coca não? Já que até idos dos anos 1940 era similar. Agora, considerar que ambos usarem a substância e dirigir, ai vira crime por que põe em risco terceiros. Deveria ir para cadeia como em muitos países.
A proibição especifica para determinadas drogas veio dos EUA nos anos 1970. Isso cai em descrença por não ter resultado e ser esquizofrenia. Por que não ataca bebida, cigarro e medicamentos que são base formal. Além de transformar a questão em ação militar e dar uma megalomania aos carteis que nunca teriam se não fosse proibia, já que virou um grande negócio que compensa riscos. Nas últimas duas décadas mudou. Inclusive em estados norte-americanos, países como Suíça e Uruguai, também.
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Bourne escreveu:Viu? Radicaliza a posição, cria espantalhos para não discutir nada.
A premissa é que muita gente usa, vai usar, sendo legal ou não. O que pode fazer é minimizar dados.
Ou, no limite, pode fazer como políticos famosos, da esquerda e direita, CEOs que aparecem na mídia como exemplo de sucesso, é comprar coisa final. Se for além do limita, usa uns calmantes que é medicamento e, assim, não será punido. Ou aqueles supersoldados virados na anfetamina feita em laboratório e distribuída pela própria força. O discurso para platéia moralista é uma, a realidade das ações e comportamento é outra.
Outra coisa, da onde vem o conceito de legal ou não. Por que beber é legal e usar coca não? Já que até idos dos anos 1940 era similar. Agora, considerar que ambos usarem a substância e dirigir, ai vira crime por que põe em risco terceiros. Deveria ir para cadeia como em muitos países.
A proibição especifica para determinadas drogas veio dos EUA nos anos 1970. Isso cai em descrença por não ter resultado e ser esquizofrenia. Por que não ataca bebida, cigarro e medicamentos que são base formal. Além de transformar a questão em ação militar e dar uma megalomania aos carteis que nunca teriam se não fosse proibia, já que virou um grande negócio que compensa riscos. Nas últimas duas décadas mudou. Inclusive em estados norte-americanos, países como Suíça e Uruguai, também.
Por que não citas a emblemática HOLANDA como exemplo do que crês (ou aparentas crer) sobre DORGAS MANO IARIRAIRIRAI?
E também por que não citas os movimentos ORGANIZADOS em prol da PEDOFILIA? Das "penas alternativas" para os chamados "delitos leves" (é muito bunitim isso na teoria, quero ver quando te furtarem algo, ficares no prejuízo sobre algo que trabalhaste para adquirir e o culpado, SE for pego, vai varrer a frente do hospital por umas duas horas durante um ou dois dias por semana e olhe lá)?
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Quanta bobagem, jesus amado.Túlio escreveu:Minha posição se mantém inalterável: começa-se partindo da premissa que muita gente gosta (ou paga essa de que precisa) de droga por causa disso e daquilo e então o que se vai fazer, legaliza e pronto, kabô-se o problema.
Próximo passo? PEDOFILIA! parte-se da premissa que muita gente gosta de transar com criança e muita criança gosta de transar também. Legaliza e pronto, kabô-se o problema.
Depois vem o furto, o roubo, bobear e até o homicídio: "mas seu dotô, eu precisava matar a minha sogra, aquela véia tava me deixando DOIDO!" - quem nunca chegou perto?
Legaliza, legaliza tudo logo, droga, sexo com criança, roubo, nem vamos mais precisar de Polícia, já que tudo vai ser legal mesmo. O Estado agradece, vai economizar bastante e, como não vai mais ter que prover SegPub, usa uma parte em Saúde (porque haja hospital para drogado com overdose, criança com DST, vítimas de coisas que outrora foram crimes, etc) e o resto...bueno, o resto tem o destino de sempre, como vemos nas investigações da Lavajato. Aliás, corrupção está deixando de ser crime também, não sei se notaram...
O uso de drogas, diretamente falando, causa mal apenas ao usuário e mais ninguém. Se eu usar uns 3 quilos de cocaína, quem vai sofrer alguma coisa vai ser eu, apenas eu e ninguém mais do que eu. Diferente da pedofilia, que é um um adulto que causa mal a um menor de idade. Ou o furto ou roubo, que é vc subtrair algo de outro, causando prejuízo a uma das partes. Ou o homicídio, que é o maior dos crimes, que é uma pessoa tirando a vida da outra. Como disse, o uso de drogas não causa mal para ninguém, além do próprio usuário. É que nem a bebida. Você não bebe? Eu sei que sim. Se você beber muito, mas muito mesmo, pode até morrer. E ninguém além de você vai sofrer alguma coisa. Com as drogas é igual. Mas daí podem falar? Ah, mas o drogado pode matar, furtar blem blem blem, pois bem, o alcoólatra também (o álcool é a droga mais nociva do planeta) e eu nunca vi uma só alma propor a proibição a la anos 30.
Esse argumento é fraquíssimo e obsoleto, do século XX.
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Não sei se é tão simples assim. Quem consome droga não prejudica só a si. Roubos, homicídios e furtos estão ligados quase que exclusivamente ao mercado do tráfico. Carros são roubados para o transporte de drogas do Paraguai/Bolívia - centros consumidores. Consumidores que usam drogas pesadas cometem toda sorte de infrações penais, desde violência doméstica, acidentes de trânsito, furtos e homicidios, etc. Acabam mobilizando o poder público na área de segurança e saúde. "Ah, mas legalizando as drogas, acabam com o tráfico e o preço das drogas caem"....sim, no mundo encantando de canabisland....na realidade isso não é tarefa muito fácil. Vai legalizar só a maconha? e o resto? O Uruguai legalizou a maconha, mas nunca a PRF apreendeu tanto paraguaio levando maconha pro Uruguai como em 2016 e 2017. E se preço é o problema, usuário de crack não iria cometer crimes, já que uma pedra custa meia dúzia de pila. Mas não é o que vemos. Eu, como Estado, investiria no sistema prisional, e pesadamente na educação de base, em detrimento da universitária. Aumentaria a dureza das penas e do cumprimento para o traficante. Trataria o usuário como problema de saúde pública, mas o faria cumprir penas alternativas.
O PT investiu pesadamente na expansão universitária. Não que isso seja ruim, pelo contrário. O problema é que nunca na história deste país tivemos tantos graduados semi-analfas. Enquanto isso, na educação de base, estamos entre as piores colocações mundiais.
O PT investiu pesadamente na expansão universitária. Não que isso seja ruim, pelo contrário. O problema é que nunca na história deste país tivemos tantos graduados semi-analfas. Enquanto isso, na educação de base, estamos entre as piores colocações mundiais.
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Bolovo escreveu: Quanta bobagem, jesus amado.
O uso de drogas, diretamente falando, causa mal apenas ao usuário e mais ninguém. Se eu usar uns 3 quilos de cocaína, quem vai sofrer alguma coisa vai ser eu, apenas eu e ninguém mais do que eu.
Não vou dizer que o teu argumento é BOBAGEM apenas porque, além de te respeitar, sei que, sem teres conhecimento direto e prático de SegPub, mal sabes do que falas, ou seja, que tá assim de crime cometido sob efeito de drogas ou por causa da chamada Síndrome de Abstinência. SE tivesses os conhecimentos PRÁTICOS que tenho (e outros aqui) saberias a razão de, uma hora até munição HP era proibida mesmo para a Polícia, de repente não só ela mas o Double Tap se tornaram não apenas permitidos mas INCENTIVADOS! Um vago cheio de droga (ou no AMOK da abstinência) não se rende e, com seu sistema nervoso alterado, muitas vezes não responde a um único impacto, mesmo em pleno tórax. Fora o calibre, achas que os (des)governos dão Pst .40S&W de alta capacidade porque gostam da Polícia? Por eles todo mundo estaria até hoje entre .32 e .38, RN. A droga (pesada, principalmente a sintética) alterou todo o panorama.
O resto nem vou comentar, me adescurpes...
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
A parte em vermelho seria justamente o que iria mudar em caso de legalização de TODAS as drogas, e é assim que tem que ser, só maconha não.Matheus escreveu:Não sei se é tão simples assim. Quem consome droga não prejudica só a si. Roubos, homicídios e furtos estão ligados quase que exclusivamente ao mercado do tráfico. Carros são roubados para o transporte de drogas do Paraguai/Bolívia - centros consumidores. Consumidores que usam drogas pesadas cometem toda sorte de infrações penais, desde violência doméstica, acidentes de trânsito, furtos e homicidios, etc. Acabam mobilizando o poder público na área de segurança e saúde. "Ah, mas legalizando as drogas, acabam com o tráfico e o preço das drogas caem"....sim, no mundo encantando de canabisland....na realidade isso não é tarefa muito fácil. Vai legalizar só a maconha? e o resto? O Uruguai legalizou a maconha, mas nunca a PRF apreendeu tanto paraguaio levando maconha pro Uruguai como em 2016 e 2017. E se preço é o problema, usuário de crack não iria cometer crimes, já que uma pedra custa meia dúzia de pila. Mas não é o que vemos. Eu, como Estado, investiria no sistema prisional, e pesadamente na educação de base, em detrimento da universitária. Aumentaria a dureza das penas e do cumprimento para o traficante. Trataria o usuário como problema de saúde pública, mas o faria cumprir penas alternativas.
O PT investiu pesadamente na expansão universitária. Não que isso seja ruim, pelo contrário. O problema é que nunca na história deste país tivemos tantos graduados semi-analfas. Enquanto isso, na educação de base, estamos entre as piores colocações mundiais.
Imagina a diferença que faria para o nosso país financeiramente se a nossa policia não tivesse que combater trafico e nem tivéssemos que pagar R$5.000 por mês para manter preso cada pequeno infeliz que foi pego vendendo drogas.
E se todo esse dinheiro e esforço fosse investido em educação da população em geral e no controle/tratamento dos com propensão natural a vicio/problemas com drogas?
Além disso ainda ia entrar dinheiro para o governo na forma de impostos.
É isso que a crise de segurança do Brasil demanda, essa é a unica forma de melhorarmos nesse quesito, podem espernear o que quiserem.
O que criminosos mais perigosos envolvidos com o trafico vão fazer caso tudo seja legalizado? Os que insistirem em continuar no mundo do crime vão encontrar muitos policiais recém liberados de uma guerra perdida.
A e o contrabando? Vai existir, mas os danos causado por esses são infinitamente menores que o dano que traficantes que dominam território com armas de guerra causam.
Editado pela última vez por Grep em Dom Abr 02, 2017 9:03 pm, em um total de 1 vez.