NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
27/08/2009 - 14h15
Brasil construirá em 2016 submarino nuclear franco-brasileiro
Renata Camargo
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou nesta quinta-feira (27) que o Brasil começará a construir em 2016 o primeiro submarino de propulsão nuclear do país com tecnologia franco-brasileira. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, para debater a necessidade de reequipar as Forças Armadas, o ministro da Defesa informou que até 2021 o Brasil terá quatro submarinos convencionais e um nuclear.
“Com os submarinos, entraremos no clube dissuasório de países que têm a capacidade de projetar, construir e operar submarino nuclear. Mas não teremos mísseis nucleares, pois não somos um país de intenções imperialistas. Somos um país de intenção de proteger nossas riquezas”, defendeu Jobim.
No dia 7 de setembro, o presidente Lula e o presidente da França, Nicolas Sarcozy, assinarão simbolicamente o acordo para a construção dos submarinos. O ministro Jobim justifica que a escolha da França como parceira se deveu ao fato de ser ela a única nação que ofereceu a parceria de transferência de tecnologia para o Brasil.
“A Rússia, a Inglaterra, os Estados Unidos e a Índia, ninguém aceitou transferir tecnologia. Somente a França aceitou. Com esse acordo, teremos investimentos radicais de tecnologia e envolvimento de empresas nacionais. Não somos compradores de prateleira. O Brasil é parceiro”, esclareceu.
O presidente Lula enviou ontem (26) ao Senado um pedido de abertura de crédito para investimento para a construção dos submarinos. Os senadores precisam aprovar o equivalente a 598,2 milhões de euros em créditos, o que corresponde à parte que o governo brasileiro irá investir no programa. Segundo Jobim, a França investirá 4,3 bilhões de euros para a construção dos submarinos. No total, o projeto irá custar 6,69 bilhões de euros.
Parceria
Para a construção do submarino nuclear, a França irá transferir apenas a tecnologia não nuclear. Os propulsores nucleares serão construídos no Brasil, pois o país já detém essa tecnologia. Além do submarino nuclear, que tem vantagens de mobilidade e deslocamento, o Brasil irá construir no acordo com a França outros quatro submarinos convencionais.
Os submarinos convencionais têm propulsão a diesel com energia armazenada em bateria. A velocidade é de 4 a 6 nós (7,4 a 11,2 km/h). Além de serem considerados de águas rasas, por atingir a profundidade de 50 a 500m, eles necessitam subir à superfície a cada 12 horas. Esses submarinos começam a ser construídos em 2011.
Como mostrou Jobim, os submarinos nucleares têm capacidade de deslocamento e submersão muito superiores aos submarinos convencionais. Por terem propulsão de energia nuclear, acionada por reatores nucleares, esses submarinos têm capacidade superior a 100m e velocidade de 6 a 35 nós (11,2 a 65,5 km/h). A imersão desse submarino é por tempo indeterminado, pois não necessita submergir para recarregar.
Em 1983, o Brasil assinou acordo com a Alemanha para a construção de submarinos. O acordo, no entanto, não previa a transferência de tecnologia e a construção dos submarinos não tiveram a participação de técnicos brasileiros. “Não houve qualquer transferência de conhecimento tecnológico. Os submarinos foram construídos só por alemães e os ajustes também são feitos por técnicos alemãs. Não aprendemos a construir submarinos”, justificou Jobim.
Além da construção de submarinos, a estratégia de defesa da Marinha inclui a criação de batalhões ribeirinhos de defesa, a construção de base e estaleiro para submarinos em Itajaí (RJ), o projeto Amazônia Segura, para garantir a segurança dos recursos hídricos amazônicos, e o incremento do monitoramento via satélite de áreas jurisdicionais, que incluem áreas marítimas e subsolos marítimos de jurisdição brasileira.
http://congressoemfoco.ig.com.br/notici ... acao=29509
Brasil construirá em 2016 submarino nuclear franco-brasileiro
Renata Camargo
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou nesta quinta-feira (27) que o Brasil começará a construir em 2016 o primeiro submarino de propulsão nuclear do país com tecnologia franco-brasileira. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, para debater a necessidade de reequipar as Forças Armadas, o ministro da Defesa informou que até 2021 o Brasil terá quatro submarinos convencionais e um nuclear.
“Com os submarinos, entraremos no clube dissuasório de países que têm a capacidade de projetar, construir e operar submarino nuclear. Mas não teremos mísseis nucleares, pois não somos um país de intenções imperialistas. Somos um país de intenção de proteger nossas riquezas”, defendeu Jobim.
No dia 7 de setembro, o presidente Lula e o presidente da França, Nicolas Sarcozy, assinarão simbolicamente o acordo para a construção dos submarinos. O ministro Jobim justifica que a escolha da França como parceira se deveu ao fato de ser ela a única nação que ofereceu a parceria de transferência de tecnologia para o Brasil.
“A Rússia, a Inglaterra, os Estados Unidos e a Índia, ninguém aceitou transferir tecnologia. Somente a França aceitou. Com esse acordo, teremos investimentos radicais de tecnologia e envolvimento de empresas nacionais. Não somos compradores de prateleira. O Brasil é parceiro”, esclareceu.
O presidente Lula enviou ontem (26) ao Senado um pedido de abertura de crédito para investimento para a construção dos submarinos. Os senadores precisam aprovar o equivalente a 598,2 milhões de euros em créditos, o que corresponde à parte que o governo brasileiro irá investir no programa. Segundo Jobim, a França investirá 4,3 bilhões de euros para a construção dos submarinos. No total, o projeto irá custar 6,69 bilhões de euros.
Parceria
Para a construção do submarino nuclear, a França irá transferir apenas a tecnologia não nuclear. Os propulsores nucleares serão construídos no Brasil, pois o país já detém essa tecnologia. Além do submarino nuclear, que tem vantagens de mobilidade e deslocamento, o Brasil irá construir no acordo com a França outros quatro submarinos convencionais.
Os submarinos convencionais têm propulsão a diesel com energia armazenada em bateria. A velocidade é de 4 a 6 nós (7,4 a 11,2 km/h). Além de serem considerados de águas rasas, por atingir a profundidade de 50 a 500m, eles necessitam subir à superfície a cada 12 horas. Esses submarinos começam a ser construídos em 2011.
Como mostrou Jobim, os submarinos nucleares têm capacidade de deslocamento e submersão muito superiores aos submarinos convencionais. Por terem propulsão de energia nuclear, acionada por reatores nucleares, esses submarinos têm capacidade superior a 100m e velocidade de 6 a 35 nós (11,2 a 65,5 km/h). A imersão desse submarino é por tempo indeterminado, pois não necessita submergir para recarregar.
Em 1983, o Brasil assinou acordo com a Alemanha para a construção de submarinos. O acordo, no entanto, não previa a transferência de tecnologia e a construção dos submarinos não tiveram a participação de técnicos brasileiros. “Não houve qualquer transferência de conhecimento tecnológico. Os submarinos foram construídos só por alemães e os ajustes também são feitos por técnicos alemãs. Não aprendemos a construir submarinos”, justificou Jobim.
Além da construção de submarinos, a estratégia de defesa da Marinha inclui a criação de batalhões ribeirinhos de defesa, a construção de base e estaleiro para submarinos em Itajaí (RJ), o projeto Amazônia Segura, para garantir a segurança dos recursos hídricos amazônicos, e o incremento do monitoramento via satélite de áreas jurisdicionais, que incluem áreas marítimas e subsolos marítimos de jurisdição brasileira.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
COMISSÕES
27/08/2009 - 15h38Acordo permitirá a Brasil produzir submarinos nucleares, diz JobimO acordo a ser firmado com a França permitirá ao Brasil ingressar no pequeno grupo de países - Estados Unidos, Inglaterra, Rússia e China, além da própria França - capazes de projetar, construir e operar submarinos nucleares, disse nesta quinta-feira (27) o ministro da Defesa, Nelson Jobim. O documento será assinado "simbolicamente" no dia 7 de setembro, durante a visita ao Brasil do presidente Nicolas Sarkozy, segundo informou.
Jobim ressaltou a transferência de tecnologia como o ponto mais importante do acordo, durante audiência pública promovida conjuntamente pelas Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). O ministro rebateu as críticas feitas à escolha da França como parceira para a construção de cinco submarinos - dos quais um de propulsão nuclear - até 2021. Segundo as críticas, o Brasil gastaria menos se optasse por submarinos de tecnologia alemã.
- Os alemães não constroem submarinos de propulsão nuclear e não transferem tecnologia - disse Jobim, lembrando ainda casos como o da empresa alemã Mercedes Benz, que se negou a fornecer chassis para dar suporte a lançadores de mísseis da Avibrás.
De acordo com o ministro, o Brasil precisa tanto de submarinos convencionais como de submarinos movidos a energia nuclear. Enquanto os convencionais podem atuar de 50 a 500 metros de profundidade e têm velocidade de 4 a 6 nós, comparou, os nucleares atuam em profundidades maiores e movimentam-se com velocidades de 6 a 35 nós. Ou seja, os submarinos convencionais podem atuar em águas rasas mais próximas da costa, observou, ao passo que os nucleares seriam indicados para águas profundas e áreas mais distantes.
Entre as principais missões da Marinha contidas na Estratégia Nacional de Defesa, citou Jobim, encontra-se a defesa das plataformas petrolíferas - inclusive das áreas do pré-sal - e das instalações navais e portuárias. A aquisição dos cinco submarinos, por meio do acordo com a França, é considerada fundamental para esse objetivo. O primeiro submarino convencional será montado na França, enquanto os três convencionais restantes e o casco do submarino nuclear serão produzidos no Brasil. O reator do submarino nuclear está sendo desenvolvido pela Marinha em Iperó (SP).
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) custará 6,7 bilhões de euros. Desse total, 4,3 bilhões referem-se a um financiamento do governo francês, cujo pedido de autorização já se encontra em tramitação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Como a aprovação final da operação ainda pode levar algum tempo, informou o ministro, optou-se por uma assinatura "simbólica" do acordo no dia 7.
Em resposta aos senadores Flávio Arns (PT-PR) e Eduardo Suplicy (PT-SP), interessados em maiores detalhes sobre a quantia a ser destinada ao programa ao longo dos próximos anos, Jobim informou que o projeto de Orçamento da União para 2010 já contém a previsão de R$ 2,3 bilhões para o Prosub e que outros R$ 2,1 bilhões deverão ser destinados ao programa em 2011. Jobim previu que até 2029 todo o programa está pago.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) ressaltou a importância de que, além de obter transferência de tecnologia francesa, o Brasil se torne apto a criar a sua própria tecnologia no setor, por meio do investimento em educação e pesquisa. E o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) pediu ao ministro que desse uma nota, de zero a 10, à atual capacidade da Marinha de defender as riquezas da costa brasileira. Ao lembrar que atualmente a Marinha seria capaz de patrulhar por apenas 15 dias a cada mês as plataformas de produção de petróleo na área do pré-sal, Jobim foi rígido. "A nota hoje seria 4", afirmou.
Marcos Magalhães / Agência Senado
http://www.senado.gov.br/agencia/verNot ... odNoticia= 94725&codAplicativo=2
27/08/2009 - 15h38Acordo permitirá a Brasil produzir submarinos nucleares, diz JobimO acordo a ser firmado com a França permitirá ao Brasil ingressar no pequeno grupo de países - Estados Unidos, Inglaterra, Rússia e China, além da própria França - capazes de projetar, construir e operar submarinos nucleares, disse nesta quinta-feira (27) o ministro da Defesa, Nelson Jobim. O documento será assinado "simbolicamente" no dia 7 de setembro, durante a visita ao Brasil do presidente Nicolas Sarkozy, segundo informou.
Jobim ressaltou a transferência de tecnologia como o ponto mais importante do acordo, durante audiência pública promovida conjuntamente pelas Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). O ministro rebateu as críticas feitas à escolha da França como parceira para a construção de cinco submarinos - dos quais um de propulsão nuclear - até 2021. Segundo as críticas, o Brasil gastaria menos se optasse por submarinos de tecnologia alemã.
- Os alemães não constroem submarinos de propulsão nuclear e não transferem tecnologia - disse Jobim, lembrando ainda casos como o da empresa alemã Mercedes Benz, que se negou a fornecer chassis para dar suporte a lançadores de mísseis da Avibrás.
De acordo com o ministro, o Brasil precisa tanto de submarinos convencionais como de submarinos movidos a energia nuclear. Enquanto os convencionais podem atuar de 50 a 500 metros de profundidade e têm velocidade de 4 a 6 nós, comparou, os nucleares atuam em profundidades maiores e movimentam-se com velocidades de 6 a 35 nós. Ou seja, os submarinos convencionais podem atuar em águas rasas mais próximas da costa, observou, ao passo que os nucleares seriam indicados para águas profundas e áreas mais distantes.
Entre as principais missões da Marinha contidas na Estratégia Nacional de Defesa, citou Jobim, encontra-se a defesa das plataformas petrolíferas - inclusive das áreas do pré-sal - e das instalações navais e portuárias. A aquisição dos cinco submarinos, por meio do acordo com a França, é considerada fundamental para esse objetivo. O primeiro submarino convencional será montado na França, enquanto os três convencionais restantes e o casco do submarino nuclear serão produzidos no Brasil. O reator do submarino nuclear está sendo desenvolvido pela Marinha em Iperó (SP).
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) custará 6,7 bilhões de euros. Desse total, 4,3 bilhões referem-se a um financiamento do governo francês, cujo pedido de autorização já se encontra em tramitação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Como a aprovação final da operação ainda pode levar algum tempo, informou o ministro, optou-se por uma assinatura "simbólica" do acordo no dia 7.
Em resposta aos senadores Flávio Arns (PT-PR) e Eduardo Suplicy (PT-SP), interessados em maiores detalhes sobre a quantia a ser destinada ao programa ao longo dos próximos anos, Jobim informou que o projeto de Orçamento da União para 2010 já contém a previsão de R$ 2,3 bilhões para o Prosub e que outros R$ 2,1 bilhões deverão ser destinados ao programa em 2011. Jobim previu que até 2029 todo o programa está pago.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) ressaltou a importância de que, além de obter transferência de tecnologia francesa, o Brasil se torne apto a criar a sua própria tecnologia no setor, por meio do investimento em educação e pesquisa. E o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) pediu ao ministro que desse uma nota, de zero a 10, à atual capacidade da Marinha de defender as riquezas da costa brasileira. Ao lembrar que atualmente a Marinha seria capaz de patrulhar por apenas 15 dias a cada mês as plataformas de produção de petróleo na área do pré-sal, Jobim foi rígido. "A nota hoje seria 4", afirmou.
Marcos Magalhães / Agência Senado
http://www.senado.gov.br/agencia/verNot ... odNoticia= 94725&codAplicativo=2
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
<< "O acordo, no entanto, não previa a transferência de tecnologia e a construção dos submarinos não tiveram a participação de técnicos brasileiros. “Não houve qualquer transferência de conhecimento tecnológico. Os submarinos foram construídos só por alemães e os ajustes também são feitos por técnicos alemãs. Não aprendemos a construir submarinos”, justificou Jobim." >>
Ministro, ministro... meça as palavras, ministro...
O Timbira, Tapajó, Tamoio e Tikuna foram, bem ou mal, construidos no Brasil, ou alguém vai falar que não foram??? Ao menos foi o que a MB toda a vida disse...
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Marino escreveu:A palestra do Ministro, da página do MD:
https://www.defesa.gov.br/imprensa/arqu ... ntacao.pdf
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Comandante,
O slide 19 corresponde à futura realidade da MB?
O slide 19 corresponde à futura realidade da MB?
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Opa, pera lá!Em 1983, o Brasil assinou acordo com a Alemanha para a construção de submarinos. O acordo, no entanto, não previa a transferência de tecnologia e a construção dos submarinos não tiveram a participação de técnicos brasileiros. “Não houve qualquer transferência de conhecimento tecnológico. Os submarinos foram construídos só por alemães e os ajustes também são feitos por técnicos alemãs. Não aprendemos a construir submarinos”, justificou Jobim.
http://congressoemfoco.ig.com.br/notici ... acao=29509
Então alguém mentiu e mentiu muito feio. Foi divulgado durante muitos anos que o acordo com os alemães no caso do projeto dos sub's da classe Tupy incluia sim a transferência de tecnologia, mesmo que não total (mais recentemente apareceu que alguns itens como a seção dos tubos de torpedo não estavam incluídos), e isto tudo foi pago, o custo do acordo na época foi maior que o da simples compra da mesma quantidade de submarinos.
Os três sub's que foram construídos no arsenal de marinha o foram basicamente por técnicos brasileiros (eu pessoalmente fui aluno de pós-graduação de um engenheiro que acompanhou os testes iniciais de mergulho justamente dentro do escopo da transferência de tecnologia), e tanto obtivemos esta transferência que introduzimos alterações no projeto original e construímos uma quarta unidade melhorada da série. E projetos de uma nova classe totalmente nacional chegaram a ser elaborados, embora provavelmente nunca tenham sido completados.
Se a tecnologia transferida não foi total e depois ainda foi perdida é uma outra história, mas a afirmação acima, se da repórter ou do ministro, é falsa em essência.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Talvez o NJ quisesse dizer, ou estivesse se referindo ao projeto do submarino, feito exclusivamente por alemães (slide 20). Aí, ele ou alguém pode ter se enrolado.
Editado pela última vez por thelmo rodrigues em Qui Ago 27, 2009 6:40 pm, em um total de 1 vez.
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
O que o ministro disse é a verdade, Leandro, por mais que possa doer. Não nos tornamos donos das tecnologias, não podemos usá-la mesmo pra nós sem autorização dos alemães, e não aprendemos a fazer submarinos, aprendemos fazer o que eles fazem, ou seja, no máximo uma cópia (isto é muito diferente). Sobre o Tikuna, bem, tudo é deles, qualquer alteração na "plataforma básica" feita por nós automaticamente era dos alemães, força contratual. A verdade é que o que foi dito, lá trás no passado, não representou a verdade verdadeira, apenas meia-verdade, sei que me entende...LeandroGCard escreveu:Opa, pera lá!Em 1983, o Brasil assinou acordo com a Alemanha para a construção de submarinos. O acordo, no entanto, não previa a transferência de tecnologia e a construção dos submarinos não tiveram a participação de técnicos brasileiros. “Não houve qualquer transferência de conhecimento tecnológico. Os submarinos foram construídos só por alemães e os ajustes também são feitos por técnicos alemãs. Não aprendemos a construir submarinos”, justificou Jobim.
http://congressoemfoco.ig.com.br/notici ... acao=29509
Então alguém mentiu e mentiu muito feio. Foi divulgado durante muitos anos que o acordo com os alemães no caso do projeto dos sub's da classe Tupy incluia sim a transferência de tecnologia, mesmo que não total (mais recentemente apareceu que alguns itens como a seção dos tubos de torpedo não estavam incluídos), e isto tudo foi pago, o custo do acordo na época foi maior que o da simples compra da mesma quantidade de submarinos.
Os três sub's que foram construídos no arsenal de marinha o foram basicamente por técnicos brasileiros (eu pessoalmente fui aluno de pós-graduação de um engenheiro que acompanhou os testes iniciais de mergulho justamente dentro do escopo da transferência de tecnologia), e tanto obtivemos esta transferência que introduzimos alterações no projeto original e construímos uma quarta unidade melhorada da série. E projetos de uma nova classe totalmente nacional chegaram a ser elaborados, embora provavelmente nunca tenham sido completados.
Se a tecnologia transferida não foi total e depois ainda foi perdida é uma outra história, mas a afirmação acima, se da repórter ou do ministro, é falsa em essência.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
thelmo rodrigues escreveu:Comandante,
O slide 19 corresponde à futura realidade da MB?
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Marino escreveu:thelmo rodrigues escreveu:Comandante,
O slide 19 corresponde à futura realidade da MB?
Sendo assim, então:
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Não falei nada...
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Nem precisava.Marino escreveu:Não falei nada...
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Do Poder Naval (ainda não vi no site da MB):
Esclarecimentos da MB sobre a matéria ‘Submarinos: carta contraria Jobim’
Senhor Diretor de Redação,
Em relação à matéria “Submarinos: carta contraria Jobim, publicada em 26 de agosto, no jornal “O Globo” (página 11), na qual é abordado o Programa de Desenvolvimento de Submarinos, a Marinha do Brasil (MB) esclarece os seguintes aspectos:
Inicialmente, torna-se importante salientar que, mais uma vez, o jornalista José Meirelles Passos preferiu não consultar previamente a Marinha do Brasil, para o correto levantamento de subsídios, em relação ao assunto em pauta, o que originou uma matéria com informações equivocadas aos leitores desse renomado órgão de imprensa.
No mérito, preliminarmente deve ser esclarecido que o processo de aquisição de submarinos começou em 2005, envolvendo tanto franceses quanto alemães.
Depois de descartada a proposta alemã e com as discussões contratuais com a França em curso, desde maio de 2008, uma carta foi enviada pelos alemães no dia 06AGO2009, sem qualquer detalhamento técnico e depois de todo o contrato já discutido e assinado com os franceses, em 23DEZ2008, e a apenas um mês da entrada em eficácia do Acordo.
Esse procedimento é simplesmente um ato de pouco valor, e não pode sequer ser considerado.
Em dois anos de negociações, os alemães nunca aceitaram discutir essa transferência de tecnologia - até porque não a tem, uma vez que não detém a tecnologia de projeto de casco para o submarino de propulsão nuclear - e nunca conseguiram o apoio do Governo da Alemanha para esse Programa.
Deve ser ressaltado inclusive que, em fevereiro de 2008, em audiência com o Comandante da Marinha, os representantes da empresa HDW foram por ele questionados se o Governo Alemão apoiaria e avalizaria o Acordo, da maneira como está sendo feito pelo Governo Francês. A resposta dos representantes alemães foi de que, infelizmente, eles não poderiam dar essa garantia e que reconheciam a vantagem da proposta francesa que, em resumo, é um “Acordo entre Países” e não um simples contrato comercial entre a Marinha e um estaleiro construtor, caso da proposta alemã.
Quanto à afirmativa de que a proposta francesa é bem mais cara do que a alemã e, apesar das informações já prestadas pela Marinha, refutando e apresentando os números que contestam tal afirmativa, voltamos a esclarecer que o submarino convencional Scorpène custará € 415 milhões e que a proposta do submarino alemão U-214 é de € 450 milhões.
Deve ainda ser observado que, no último dia 02JUL, o Consórcio Alemão HDW assinou contrato com a Marinha da Turquia, para fornecer seis submarinos dessa classe ao preço unitário de € 430 milhões. Portanto, mais uma vez os números e as informações corretas contradizem o autor da matéria.
Quanto ao submarino de propulsão nuclear, a Marinha já se pronunciou informando o seu custo de € 2 bilhões, muito similar ao francês “BARRACUDA”, de € 1,9 bilhões. Releva notar que o nosso custo inclui o desenvolvimento do projeto, enquanto que, no caso do submarino francês, trata-se do custo unitário de construção.
Finalmente, destacamos que a proposta alemã de 06AGO2009, depois de conhecer em detalhes os valores da proposta concorrente, demonstra a tentativa de uma mudança de postura, já que até aquela data o seu posicionamento era pela não transferência de tecnologia.
Além disso, observa-se claramente o uso da frase – “… transferir à MB tecnologia de projeto de submarino para o desenvolvimento de seu próprio grande submarino que poderá receber a propulsão nuclear …”. Essa expressão está corretamente empregada, porque é público e notório que a Alemanha não tem condições de usar a frase “seu próprio submarino de propulsão nuclear”.
Atenciosamente,
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Dito e pago.orestespf escreveu: O que o ministro disse é a verdade, Leandro, por mais que possa doer. Não nos tornamos donos das tecnologias, não podemos usá-la mesmo pra nós sem autorização dos alemães, e não aprendemos a fazer submarinos, aprendemos fazer o que eles fazem, ou seja, no máximo uma cópia (isto é muito diferente). Sobre o Tikuna, bem, tudo é deles, qualquer alteração na "plataforma básica" feita por nós automaticamente era dos alemães, força contratual. A verdade é que o que foi dito, lá trás no passado, não representou a verdade verdadeira, apenas meia-verdade, sei que me entende...
Abração!
Pelo que meu professor da época me contava, o projeto do IKL-204 era realmente propriedade dos alemães, e o uso dele mesmo que modificado estava restrito pelo contrato. Mas os conhecimentos sobre detalhes de projeto e construção, como conceitos de cálculo e dimensionamento, técnicas de soldagem, medição e controle de qualidade do casco, etc... não estavam limitadas, e tornaram-se patrimônio nacional (que depois foi perdido, desta história já sabemos).
Ainda segundo ele, isto explicava porque a princípio pensou-se em desenvolver no Brasil uma primeira classe basicamente do mesmo porte e capacidade do IKL-204 mas com projeto novo (seria o SNAC-1), ao invés de simplesmente construir mais IKL's. Só depois seria projetada uma outra classe com o casco maior, já em preparação para o nuclear que viria a seguir. Estaria tudo previsto nos planos de capacitação.
Agora, se tudo isso era mentira e a verdade só apareceu hoje, minha procupação só aumenta. Vou ter que esperar até depois da classe inteira do SNA estar pronta (20, 30 anos?) e se iniciar o projeto da próxima para saber com certeza se desta vez estamos realmente adquirindo a tecnologia, com todo o dinheiro que estamos gastando, ou se afinal seria melhor ter apenas comprado um projeto pronto, ou mesmo logo os sub's.
Um abraço preocupado,
Leandro G. Card
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Rapaz!!!Que slide é esse???Não está mais abrindo a página com o pdf dos slides...affthelmo rodrigues escreveu:Marino escreveu:A palestra do Ministro, da página do MD:
https://www.defesa.gov.br/imprensa/arqu ... ntacao.pdf
Jesus Cristo meu Senhor -"O Leão da tribo de Judah"!!!