amx2000 escreveu:Caças da FAB: F18 ou cavalo de tróia?
BRASIL WIKI!
A longa novela para a aquisição de novos caças da FAB parece estar chegando ao seu final. Parece! Pois com esse governo, nada é garantido realmente. O peso da hegemonia política dos EUA se fez sentir no programa FX-2, em atrativa oferta com o pacote dos seus
caças F18 Hornet[1], no valor de US$ 7 bilhões,
com cerca de 40 unidades[1], motores adicionais, armamentos até então proibidos ao terceiro mundo, promessas de transferências de tecnologias sensíveis e outras de investimentos de igual valor ao da compra, na indústria brasileira de defesa. Valendo inclusive a visita do General Jim Jones, conselheiro de defesa de Obama ao Brasil, e telefonemas freqüentes de Hillary Clinton e do próprio Obama a Lula, fechando o lobby bilionário.
Os EUA sabem que somos crescentes competidores em seus mercados, que nossas Forças Armadas, apesar do bom relacionamento histórico, projetam-no como possível inimigo militar contra nossa soberania sobre a Amazônia e nossas riquezas naturais, bem como o nosso crescimento como potência global: os EUA irão instalar mais sete bases na Colômbia, ao lado de nossa fronteira norte.
Daí e de início, devemos ter cautelas quanto às prometidas transferências de tecnologias, que custaram muito aos próprios norte-americanos. Os quais nunca as transferiram realmente a nenhum país fora do G8. Pelo contrário, recentemente impediram a venda de nossos aviões Super-Tucanos à Venezuela, por possuírem componentes e tecnologia americana. E nunca entregaram ao
Chile, que adotou os caças F16 Block, os mísseis prometidos na compra dos aviões.[1]
No caso dos Super-Tucanos, além do prejuízo dado ao Brasil, foi ainda uma tolice estratégica yankee, que fez com que a Venezuela comprasse então os caças Sukhoy 30 da Rússia, capazes de atacar alvos em toda a América do Sul e Central, fazendo frente a caças dos EUA inclusive.
Chavez pode ser um ditador, mas quer o melhor para seu País! Que inveja!
Outro detalhe pouco conhecido a ser considerado na oferta dos F18: A bomba lógica. Um artifício que pode ser introduzido secretamente no software do caça e seus armamentos, e que inutilizaria a aeronave para o combate, caso viessem a ser utilizadas contra os EUA, a exemplo do que ocorreu com parte dos mísseis Exocet da Argentina, na Guerra das Malvinas. Quando a França, fabricante do míssil, traiçoeiramente forneceu à Inglaterra, códigos secretos de neutralização desses mísseis. Fazendo com que caíssem no mar ou errassem seus alvos. Não fosse por isso, a Inglaterra teria sido derrotada por perda da sua frota vital de navios. Só quem domina os códigos-chave do F18, pode perfeitamente introduzir tal artifício preventivo.[2]
O F18 Hornet[1], apesar de seu histórico militar em combate e número de aviões produzidos, já apresenta defasagens tecnológicas frente ao
Rafale francês, de quinta geração[1]. A parceria com a França, também incluiria um bom pacote de transferências tecnológicas e investimentos, incluindo aí um submarino nuclear e convencionais; apesar do preço geral desse "pacote" ser muito elevado. Porém, com a França não estaríamos automaticamente alinhados e dependentes de um possível inimigo futuro. O Gripen NG sueco é também atrativo como caça, mas falta-lhe o "músculo industrial", ou seja, uma estrutura produtiva madura e sua na Suécia, como garantia de fornecimentos.
Na verdade, o caça preferido pela FAB desde 2002, é o excelente Sukhoy 35 ou 37 russo. [3]Capaz de enfrentar os melhores caças dos EUA, a ponto de Washington ter advertido Lula de que "não seria vista com bons olhos" a compra de tais caças avançados pelo Brasil. A arrogância americana foi tal, que houve uma nota do Pentágono, que foi divulgada na imprensa internacional, dizendo que "os Sukhoy 35 seriam considerados muito perigosos para os interesses americanos na América do Sul, e que seu desempenho estaria acima do nível permitido (!!!) ao Brasil."
Lula, como bom brasileiro, mandou imediatamente eliminar o caça russo dessa concorrência que se findará em setembro próximo. Será que Geisel faria o mesmo? A política sempre acompanha a aquisição de armamentos por uma Nação. Esperemos nesse caso, que Lula pelo menos jogue pelo time que o elegeu.
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