GEOPOLÍTICA
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Re: GEOPOLÍTICA
Eu tentei nao ser muito detalhista na bolivia justamente pq nao tenho detalhes dos acordos atuais, princialmente de outros paises.
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Re: GEOPOLÍTICA
terra.com.br
Putin impulsiona aliança com Caracas e estuda venda de armas
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, se mostrou nesta terça-feira disposto a incentivar uma "aliança energética" entre Rússia e Venezuela e confirmou sua disposição em estudar os diversos pedidos de compra de armamento apresentados pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Durante uma reunião com o ministro de Energia e Petróleo venezuelano, Rafael Ramírez, no balneário russo de Sochi, no Mar Negro, Putin reafirmou o propósito de diversificar os vínculos econômicos, mas destacou que atualmente "a cooperação energética é a locomotiva das relações bilaterais".
Ramírez ressaltou a importância da reunião da comissão bilateral de cooperação que acontecerá em São Petersburgo na sexta-feira e no sábado, com a participação do vice-primeiro-ministro russo, Igor Sechin, e do vice-presidente e titular da Defesa venezuelano, Ramón Carrizales.
Putin demonstrou satisfação com a crescente cooperação militar entre Rússia e Venezuela, que nos últimos anos se transformou em importante cliente da indústria russa de armamentos.
"Estamos prontos para estudar as propostas e pedidos de nossos parceiros venezuelanos neste campo", assegurou o também ex-presidente russo, que durante seus oito anos no Kremlin impulsionou os laços com a Venezuela de Hugo Chávez.
O presidente venezuelano anunciou há uma semana que deve assinar no mês que vem em São Petersburgo "um grande acordo de armamento".
"Será um conjunto de acordos, não só de armamento, mas será um acordo importante para aumentar nossa capacidade operacional, de nossos sistemas defensivos, de nossa defesa antiaérea", afirmou Chávez.
O chefe de Estado venezuelano confirmou que, em um telefonema a Putin, falou sobre a "ameaça" que representaria para a Venezuela e a outras nações sul-americanas "o assunto das sete bases militares, e talvez sejam mais", que a Colômbia pode liberar para o uso de militares dos Estados Unidos.
Entre 2005 e 2007, a Venezuela assinou contratos de compra de produtos de defesa russos no valor de mais de US$ 4,4 bilhões, como 24 caças-bombardeiros Sukhoi-30MK2, 50 helicópteros de diferentes tipos e 100 mil fuzis Kalashnikov AK-103.
Segundo fontes russas, atualmente a Venezuela negocia a compra de aviões de combate, sistemas de defesa antiaérea, submarinos e plataformas de lançamento de mísseis.
De acordo com algumas versões, o problema de Moscou agora é que não possui alguns desses produtos e teria que retirá-los de suas Forças Armadas para fornecê-los à Venezuela. Além disso, Chávez estaria pedindo mais crédito russo para custear essas aquisições.
Putin impulsiona aliança com Caracas e estuda venda de armas
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, se mostrou nesta terça-feira disposto a incentivar uma "aliança energética" entre Rússia e Venezuela e confirmou sua disposição em estudar os diversos pedidos de compra de armamento apresentados pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Durante uma reunião com o ministro de Energia e Petróleo venezuelano, Rafael Ramírez, no balneário russo de Sochi, no Mar Negro, Putin reafirmou o propósito de diversificar os vínculos econômicos, mas destacou que atualmente "a cooperação energética é a locomotiva das relações bilaterais".
Ramírez ressaltou a importância da reunião da comissão bilateral de cooperação que acontecerá em São Petersburgo na sexta-feira e no sábado, com a participação do vice-primeiro-ministro russo, Igor Sechin, e do vice-presidente e titular da Defesa venezuelano, Ramón Carrizales.
Putin demonstrou satisfação com a crescente cooperação militar entre Rússia e Venezuela, que nos últimos anos se transformou em importante cliente da indústria russa de armamentos.
"Estamos prontos para estudar as propostas e pedidos de nossos parceiros venezuelanos neste campo", assegurou o também ex-presidente russo, que durante seus oito anos no Kremlin impulsionou os laços com a Venezuela de Hugo Chávez.
O presidente venezuelano anunciou há uma semana que deve assinar no mês que vem em São Petersburgo "um grande acordo de armamento".
"Será um conjunto de acordos, não só de armamento, mas será um acordo importante para aumentar nossa capacidade operacional, de nossos sistemas defensivos, de nossa defesa antiaérea", afirmou Chávez.
O chefe de Estado venezuelano confirmou que, em um telefonema a Putin, falou sobre a "ameaça" que representaria para a Venezuela e a outras nações sul-americanas "o assunto das sete bases militares, e talvez sejam mais", que a Colômbia pode liberar para o uso de militares dos Estados Unidos.
Entre 2005 e 2007, a Venezuela assinou contratos de compra de produtos de defesa russos no valor de mais de US$ 4,4 bilhões, como 24 caças-bombardeiros Sukhoi-30MK2, 50 helicópteros de diferentes tipos e 100 mil fuzis Kalashnikov AK-103.
Segundo fontes russas, atualmente a Venezuela negocia a compra de aviões de combate, sistemas de defesa antiaérea, submarinos e plataformas de lançamento de mísseis.
De acordo com algumas versões, o problema de Moscou agora é que não possui alguns desses produtos e teria que retirá-los de suas Forças Armadas para fornecê-los à Venezuela. Além disso, Chávez estaria pedindo mais crédito russo para custear essas aquisições.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- Marino
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Re: GEOPOLÍTICA
Globo on line
Política internacional
Brasil potência, um desafio à vocação dos líderes políticos
Artigo do leitor Carlos Alberto Pinto Silva
A aludida desglobalização na economia e a presumível reglobalização no quadro político mundial força o Brasil a buscar uma nova posição, aquela que deve ser a nossa posição, no conserto das nações desenvolvidas nesse século, onde existe uma tendência a militarização da resposta aos problemas. Atualmente, existem diversos estudos no campo das relações internacionais que procuram estabelecer níveis de status entre as nações, a maioria deles divide-as em média potência, potência regional, superpotência emergente e grande potência. Nações que não se enquadram nesses conceitos são consideradas periféricas e, portanto, de pouca ou nenhuma importância no jogo estratégico internacional.
Média potência, ou potência média, é um termo usado no campo das relações internacionais para descrever os Estados que não são superpotências ou grandes potências, mas que possuem algum grau de influência global, embora não tenham, obrigatoriamente, dominância sobre qualquer área geográfica mundial. Esses países normalmente buscam constituir grupos com o objetivo de se fortalecer, sem necessariamente se submeter à liderança dos mesmos
Potência regional é a denominação utilizada para descrever um país com poder e influência suficientes para exercer determinado controle sobre sua região geográfica, enquanto superpotência emergente é o Estado considerado com potencial satisfatório para alcançar a condição de superpotência, ou próxima de superpotência, ao longo do século XXI. Nesse caso, quatro nações emergentes - Brasil, Rússia, Índia e China (os BRICs) são consideradas como detentoras desse potencial.
Por fim, grande potência é o status atribuído ao país que, por seu poderio econômico, político e militar é capaz de exercer o poder além (por cima) da diplomacia. O fim da Segunda Grande Guerra viu os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Soviética (atualmente a Rússia, como herdeira) emergirem como os vencedores primários. A China e a França, mesmo como atores secundários, tiveram a sua importância reconhecida, sendo incluídas no grupo de países com assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CS/ONU).
Por essas definições, fica evidenciado que Brasil pode figurar nas posições de média potência, potência regional e superpotência emergente, bem como que a China, país emergente pertencente aos chamados BRICs, já é considerada uma grande potência. Nesse contexto, faz-se imperativo que o país determine o papel que quer representar, pois, sem definir, o mais rápido possível, o nível que ocupará no complexo concerto das nações e nem visualizar a sua evolução no futuro, dificilmente poderá estabelecer que poderio bélico deva, hoje e amanhã, estar à sua disposição para garantir a posição almejada.
Nunca, como hoje, houve tão boas condições para que um país como o Brasil alce sua voz na America do Sul e no mundo. Convivemos com a ameaça de uma desglobalização em termos econômicos e uma verdadeira reglobalização no sentido de campanhas de impacto global (poluição, meio ambiente, uso da água, terrorismo, democracia, produção agrícola). O que foi feito pelo Brasil para a integração da America do Sul, na edificação da ordem democrática e econômica e na construção de políticas capazes de aliviar a pobreza, credencia-o como ator importante e participe da reconstrução da nova ordem mundial. O momento é de compartilhamento de lideranças.
Falar de oportunidades na atual conjuntura, não é igual ao que ocorria no passado. Hoje crescem de importância as Instituições de Defesa e o país que não entender que estas instituições são essenciais e centrais, está perdendo uma grande oportunidade.
É hora, então, de passar a questionar: como ajustar o poderio bélico nacional à estatura político-estratégica do Brasil, considerando o momento atual e o futuro? Qual a percepção da política nacional no que se refere ao atual posicionamento do Brasil no âmbito internacional? Onde está o país hoje? Qual a prioridade estabelecida? O Brasil pretende ser a potência regional no âmbito sul-americano? O Brasil já se considera a potência regional sul-americana? O Brasil pretende ser reconhecido como potência regional não apenas no âmbito da América do Sul, mas atingindo os níveis alcançados pelas demais potências regionais mundiais? O país deseja prosseguir sua evolução e se firmar como uma superpotência emergente? Quais os prazos visualizados pelo poder político nacional para alcançar os patamares desejados?
Um ponto fundamental para definir a estatura político-estratégica do Brasil está na manutenção da hegemonia na America do Sul e da sua capacidade de intervir militarmente em qualquer parte do território nacional e no entorno geoestratégico de interesse (America do Sul, Caribe, e África Atlântica). Para tanto, o Brasil tem que iniciar a implementação de um projeto Brasil potência, que por seu poderio econômico, político e militar capacite-o a exercer o poder concomitantemente ou, até mesmo, além da diplomacia, condição necessária para que as posições que assumir sejam consideradas pelas demais nações antes da tomada de uma ação diplomática ou militar.
A história mostra que "a estatura estratégica de um país é influenciada pela vocação estratégica de seus lideres políticos". Assim, chega, então, o momento em que devemos dirigir aos políticos e, por conseguinte a seus eleitores, a seguinte questão: estão as Forças Armadas brasileiras, hoje, adequadamente ajustadas à "estatura político-estratégica" que se quer para o Brasil?
Que o desafio estimule nossas elites porque "a facilidade é inimiga da civilização e o estimulo humano aumenta de força na razão da dificuldade" - Arnold Toynbee.
Carlos Alberto Pinto Silva é general de Exército da reserva
Política internacional
Brasil potência, um desafio à vocação dos líderes políticos
Artigo do leitor Carlos Alberto Pinto Silva
A aludida desglobalização na economia e a presumível reglobalização no quadro político mundial força o Brasil a buscar uma nova posição, aquela que deve ser a nossa posição, no conserto das nações desenvolvidas nesse século, onde existe uma tendência a militarização da resposta aos problemas. Atualmente, existem diversos estudos no campo das relações internacionais que procuram estabelecer níveis de status entre as nações, a maioria deles divide-as em média potência, potência regional, superpotência emergente e grande potência. Nações que não se enquadram nesses conceitos são consideradas periféricas e, portanto, de pouca ou nenhuma importância no jogo estratégico internacional.
Média potência, ou potência média, é um termo usado no campo das relações internacionais para descrever os Estados que não são superpotências ou grandes potências, mas que possuem algum grau de influência global, embora não tenham, obrigatoriamente, dominância sobre qualquer área geográfica mundial. Esses países normalmente buscam constituir grupos com o objetivo de se fortalecer, sem necessariamente se submeter à liderança dos mesmos
Potência regional é a denominação utilizada para descrever um país com poder e influência suficientes para exercer determinado controle sobre sua região geográfica, enquanto superpotência emergente é o Estado considerado com potencial satisfatório para alcançar a condição de superpotência, ou próxima de superpotência, ao longo do século XXI. Nesse caso, quatro nações emergentes - Brasil, Rússia, Índia e China (os BRICs) são consideradas como detentoras desse potencial.
Por fim, grande potência é o status atribuído ao país que, por seu poderio econômico, político e militar é capaz de exercer o poder além (por cima) da diplomacia. O fim da Segunda Grande Guerra viu os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Soviética (atualmente a Rússia, como herdeira) emergirem como os vencedores primários. A China e a França, mesmo como atores secundários, tiveram a sua importância reconhecida, sendo incluídas no grupo de países com assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CS/ONU).
Por essas definições, fica evidenciado que Brasil pode figurar nas posições de média potência, potência regional e superpotência emergente, bem como que a China, país emergente pertencente aos chamados BRICs, já é considerada uma grande potência. Nesse contexto, faz-se imperativo que o país determine o papel que quer representar, pois, sem definir, o mais rápido possível, o nível que ocupará no complexo concerto das nações e nem visualizar a sua evolução no futuro, dificilmente poderá estabelecer que poderio bélico deva, hoje e amanhã, estar à sua disposição para garantir a posição almejada.
Nunca, como hoje, houve tão boas condições para que um país como o Brasil alce sua voz na America do Sul e no mundo. Convivemos com a ameaça de uma desglobalização em termos econômicos e uma verdadeira reglobalização no sentido de campanhas de impacto global (poluição, meio ambiente, uso da água, terrorismo, democracia, produção agrícola). O que foi feito pelo Brasil para a integração da America do Sul, na edificação da ordem democrática e econômica e na construção de políticas capazes de aliviar a pobreza, credencia-o como ator importante e participe da reconstrução da nova ordem mundial. O momento é de compartilhamento de lideranças.
Falar de oportunidades na atual conjuntura, não é igual ao que ocorria no passado. Hoje crescem de importância as Instituições de Defesa e o país que não entender que estas instituições são essenciais e centrais, está perdendo uma grande oportunidade.
É hora, então, de passar a questionar: como ajustar o poderio bélico nacional à estatura político-estratégica do Brasil, considerando o momento atual e o futuro? Qual a percepção da política nacional no que se refere ao atual posicionamento do Brasil no âmbito internacional? Onde está o país hoje? Qual a prioridade estabelecida? O Brasil pretende ser a potência regional no âmbito sul-americano? O Brasil já se considera a potência regional sul-americana? O Brasil pretende ser reconhecido como potência regional não apenas no âmbito da América do Sul, mas atingindo os níveis alcançados pelas demais potências regionais mundiais? O país deseja prosseguir sua evolução e se firmar como uma superpotência emergente? Quais os prazos visualizados pelo poder político nacional para alcançar os patamares desejados?
Um ponto fundamental para definir a estatura político-estratégica do Brasil está na manutenção da hegemonia na America do Sul e da sua capacidade de intervir militarmente em qualquer parte do território nacional e no entorno geoestratégico de interesse (America do Sul, Caribe, e África Atlântica). Para tanto, o Brasil tem que iniciar a implementação de um projeto Brasil potência, que por seu poderio econômico, político e militar capacite-o a exercer o poder concomitantemente ou, até mesmo, além da diplomacia, condição necessária para que as posições que assumir sejam consideradas pelas demais nações antes da tomada de uma ação diplomática ou militar.
A história mostra que "a estatura estratégica de um país é influenciada pela vocação estratégica de seus lideres políticos". Assim, chega, então, o momento em que devemos dirigir aos políticos e, por conseguinte a seus eleitores, a seguinte questão: estão as Forças Armadas brasileiras, hoje, adequadamente ajustadas à "estatura político-estratégica" que se quer para o Brasil?
Que o desafio estimule nossas elites porque "a facilidade é inimiga da civilização e o estimulo humano aumenta de força na razão da dificuldade" - Arnold Toynbee.
Carlos Alberto Pinto Silva é general de Exército da reserva
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: GEOPOLÍTICA
¿Carrera armamentista sudamericana?
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Brasil busca liderar la región fortaleciendo sus Fuerzas Armadas.
"No buscamos una carrera armamentista".
La frase se repite hasta la saciedad cada vez que un país sudamericano se refuerza militarmente. Pero, ¿es cierto? ¿la hay?
Cuando alguien se rearma genera celos en el vecino. Y esto adquiere un sabor especial en Sudamérica donde varios países mantienen conflictos históricos, luchan por el liderazgo, tienen líderes en las antípodas ideológicas y una carga de mutua desconfianza.
Las siete bases militares que Colombia permitirá usar al Ejército de Estados Unidos en el marco de un nuevo acuerdo entre ambos países ha sido el disparador de una nueva polémica sobre si la región está poniendo la mira con demasiada asiduidad en el rearme militar. Se espera que el tema sea tratado en la reunión de Unión de Naciones del Sur, Unasur, que empieza este lunes en Ecuador.
El convenio militar entre Colombia y EE.UU. despertó la desconfianza en varios países de la región y obligó al presidente colombiano, Álvaro Uribe, a salir de gira para explicar los alcances del acuerdo.
La reacción de su par venezolano, Hugo Chávez, no se hizo esperar. Además, de un nuevo rifirrafe diplomático y comercial, el mandatario anunció un nuevo pacto de rearme con Rusia.
Y el ex presidente cubano, Fidel Castro, salió a defender el derecho de Venezuela a rearmarse para hacerle frente al emplazamiento de las bases.
En una región sin perspectivas de una conflicto armado serio, ¿tiene sentido que Chile tenga cientos de tanques de guerra? ¿o que Venezuela compre 100.000 fusiles Kaláshnikov AK47? ¿y que Brasil planee la construcción de un submarino nuclear? ¿No es acaso una región pacífica?
Cada vez más armados
Gasto militar en % del producto interior bruto
Argentina: 0,8%
Bolivia: 1,7%
Brasil: 1,5%
Chile: 3,4%
Colombia: 4%
Ecuador: 2,9%
Paraguay: 0,8%
Perú: 1,2%
Uruguay: 1,3%
Venezuela: 1,3%
Datos de 2007
Fuente: Instituto de Investigación para la Paz Internacional de Estocolmo
En los últimos años el gasto militar en Sudamérica aumentó considerablemente.
Para el Instituto de Investigación para la Paz Internacional de Estocolmo (SIPRI), el gasto militar fue de US$ 34.000 millones el año pasado, lo que representa un aumento del 50% en los últimos diez años.
En tanto, de acuerdo al Instituto Internacional de Estudios Estratégicos (IISS, por su sigla en inglés) con sede en Londres el gasto se incrementó un 91% entre 2003 y 2008, si se toma en cuenta a toda América Latina y el Caribe.
Pasó de US$ 24.700 millones a US$ 47.200 millones, de acuerdo al informe Balance Militar 2009 del IISS.
En una región donde alrededor de un tercio de la población es pobre, esas cifras generan, por lo menos, preguntas.
Carrera hacia dónde
Carina Solmirano, investigadora de América Latina para el Programa de Gasto Militar del SIPRI, es contundente: "No hay una carrera armamentista".
Sin embargo, Robert Munks, editor para las Américas de la revista británica especializada en temas de Defensa Jane's Intelligence Weekly, le aseguró a BBC Mundo que "hay dos situaciones donde podemos considerar que hay una posible carrera armamentista: entre Chile y Perú y entre Colombia y Venezuela".
Ambos expertos coinciden en el hecho de que el gasto militar en la región es bajo con respecto a lo que sucede en otras partes del mundo.
No hay una carrera armamentista en Sudamérica
Carina Solmirano, investigadora de América Latina para el Programa de Gasto Militar del SIPRI
Solmirano aclara que cuando se mide el gasto militar se habla de "adquisición de armas, y se incluye gasto de personal, mantenimiento, investigación y desarrollo militar, construcción, ayuda militar", indicó a BBC Mundo.
La analista explicó que "muchas de las compras, en realidad, son para reemplazar equipos obsoletos". Y mencionó que otras de las razones del incremento del gasto "es que subieron el precio de los commodities (materias primas)y entonces hay más dinero para gastar".
Por su parte, para John Chipman, director del IISS, hay tres razones para el rearme sudamericano, según dijo al diario chileno El Mercurio.
"Los buenos resultados económicos que han llevado a los gobiernos a ajustar su inversión; la necesidad de modernizar sus Fuerzas Armadas de parte de países cuyos gobiernos civiles no vieron razones o no tuvieron la voluntad de hacerlo en los últimos 20 años, y también la tensión, especialmente en el norte sudamericano, pues los grandes países de la región, como Brasil, no quieren que sus fuerzas queden desmedradas".
Armas, ¿para qué?
Brasil tendrá el primer submarino nuclear de la región gracias al traspaso de tecnología francesa.
¿Qué sentido tiene que las naciones sudamericanas se armen? ¿Para qué se usan las Fuerzas Armadas en cada país? ¿Cuáles son las amenazas?
"Casi todos los países de la región tienen poca justificación para seguir aumentando su gasto militar", indicó Munks.
Entre las razones, el experto señaló que las amenazas para la región son la "insurgencia" en Perú de Sendero Luminoso y las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC), el Ejército de Liberación Nacional y los paramilitares en Colombia.
En el caso venezolano, Munks explicó que "la doctrina militar bajo el gobierno de Chávez se basa en una posible invasión de Estados Unidos o de Colombia para justificar sus compras de armas".
"Sería cauta con el tema de pensar que Venezuela está en una carrera armamentista. En término de números, Chile compra mucho más que Venezuela", aseguró, por su parte, Solmirano.
Es que aunque a veces da la sensación de que Hugo Chávez va a comprar armas a Rusia como quien va al supermercado, en realidad es Brasil el país sudamericano que más gasta en Defensa.
Es el 12° país en el mundo con mayor gasto militar, de acuerdo a los datos del SIPRI. El año pasado desembolsó US$ 23.000 millones, lo que representa el 1,5% del Producto Interior Bruto.
Entre 1999 y 2008 el presupuesto militar aumentó un 29,9%. Si se toman en cuenta los años de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente, el incremento fue del 50%.
Brasil es el 12° país en el mundo con mayor gasto militar, de acuerdo a los datos del SIPRI. El año pasado desembolsó US$ 23.000 millones, lo que representa el 1,5% del Producto Interior Bruto. Entre 1999 y 2008 el presupuesto militar aumentó un 29,9%. Si se toman en cuenta los años de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente, el incremento fue del 50%.
El rearme brasileño tiene varias motivaciones. Entre ellas, Solmarino incluyó la "cuestión geopolítica, quiere asentarse en la región como líder natural, y la proyección global, hace años que pelea un asiento permanente en el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas".
También mencionó la defensa territorial de la Amazonia y la presencia de las FARC en la frontera. De hecho, la última adquisición de los militares brasileños es una serie de ocho aviones no tripulados, comprados a Israel, con el fin de vigilar las fronteras. Cada uno a un costo de US$4 millones.
Además de que "los nuevos descubrimientos de yacimientos petrolíferos hacen que repiense su sistema de defensa marítima". Para ello, Brasil será el primer país de la región en contar con un submarino nuclear.
El caso chileno
Los expertos consultados por BBC Mundo destacan la situación militar de Chile.
Munks aseguró que "tiene las Fuerzas Armadas más avanzadas de América Latina", y destacó la existencia de cazabombaderos holandeses y fragatas británicas, por ejemplo.
"Se puede decir que muchas de las armas en Sudamérica son de segunda mano. Pocos países tienen armamento tecnológicamente avanzado", subrayó.
En tanto, Solmarino explicó que la existencia de una ley por la que un porcentaje de la venta del cobre chileno se destina a las Fuerzas Armadas, permite a Chile darse "el lujo, que preocupa a los países vecinos, de comprar aviones de guerra".
Chile tiene las Fuerzas Armadas más avanzadas de América Latina
Robert Munks, Jane's Intelligence Weekly
La rivalidad histórica entre Chile y Perú juega su rol. Días atrás el canciller peruano, José Antonio García Belaunde, aseguró que Chile estaba incitando una "carrera armamentista". Y del lado chileno se le respondió que se trataba de una modernización.
Pero Perú también compra. Con el objetivo de que el país tenga "una moderna capacidad disuasiva", el presidente Alan García busca rearmar al Ejército.
A fines de julio anunció que se está cerca de culminar una inversión cercana a los US$700 millones para el llamado Núcleo Básico de Defensa.
García indicó que ello significaba, entre otras cosas, la "puesta a punto" de los aviones de la Fuerza Aérea y el recambio de torpedos y misiles de la Marina, según el diario El Comercio.
Desde Rusia...
Uno de los grandes proveedores de equipamiento militar en la región parece ser Rusia. Y Venezuela, su gran comprador.
Entre 2005 y 2008, Caracas le ha comprado a Moscú unos US$4.400 millones en armamento. Esto incluye 100.000 fusiles de asalto Kaláshnikov AK-47 y 24 aviones Sukhoi SU, entre otras cosas.
Rusia realizó maniobras militares en la costa venezolana.
Si se incluyen las compras a Bielorrusia, China y España, Venezuela ha gastado casi US$ 7.000 millones en los últimos tres años.
Y Chávez ya anunció la semana pasada un nuevo convenio de rearme con Rusia.
"Será un conjunto de acuerdos, no sólo de armas, pero será un acuerdo importante de armamento para incrementar nuestra capacidad operativa, la de nuestros sistemas defensivos, de nuestra defensa antiaérea, etcétera...", aseguró.
Además, navíos rusos realizaron maniobras militares conjuntas en las costas de Venezuela a fines de 2008.
Por otra parte, la semana pasada Rusia y Bolivia dieron a conocer un convenio que permitirá al gobierno de Evo Morales comprar armas rusas y equipamiento para las Fuerzas Armadas por US$100 millones.
El presidente boliviano lo justificó al asegurar: "La verdad, encontré a las Fuerzas Armadas desarmadas". Y agregó que el equipamiento militar "no será para provocar guerras, sino para defenderse y evitar provocaciones".
Panorama regional
Para el IISS, en los últimos cinco años los países que más han incrementado el presupuesto de Defensa han sido Venezuela, Colombia, Brasil y Chile.
En el caso colombiano, solamente en 2008 desembolsó unos US$ 5.500 millones para sus compras militares, un 13,5% más que en 2007.
La amenaza de las FARC y la lucha contra el narcotráfico aparecen como las principales razones para el rearme de un país que, según Munks, es de los más avanzados militarmente en el continente.
Para el Instituto Internacional de Estudios Estratégicos, en los últimos cinco años los países de América del Sur que más han incrementado el presupuesto de Defensa han sido Venezuela, Colombia, Brasil y Chile.
En tanto, al sur del continente, Argentina y Uruguay mantienen un rol casi accesorio para sus Fuerzas Armadas.
El primero es, en proporción, una de las naciones que menos gasta para defenderse en América del Sur.
Y el segundo se destaca por ser el país de la región que más militares destina a las misiones de paz de Naciones Unidas, lo que representa el 41% del total regional, de acuerdo al Balance Militar de la Fundación Nueva Mayoría.
Juan Paullier
BBC Mundo
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Brasil busca liderar la región fortaleciendo sus Fuerzas Armadas.
"No buscamos una carrera armamentista".
La frase se repite hasta la saciedad cada vez que un país sudamericano se refuerza militarmente. Pero, ¿es cierto? ¿la hay?
Cuando alguien se rearma genera celos en el vecino. Y esto adquiere un sabor especial en Sudamérica donde varios países mantienen conflictos históricos, luchan por el liderazgo, tienen líderes en las antípodas ideológicas y una carga de mutua desconfianza.
Las siete bases militares que Colombia permitirá usar al Ejército de Estados Unidos en el marco de un nuevo acuerdo entre ambos países ha sido el disparador de una nueva polémica sobre si la región está poniendo la mira con demasiada asiduidad en el rearme militar. Se espera que el tema sea tratado en la reunión de Unión de Naciones del Sur, Unasur, que empieza este lunes en Ecuador.
El convenio militar entre Colombia y EE.UU. despertó la desconfianza en varios países de la región y obligó al presidente colombiano, Álvaro Uribe, a salir de gira para explicar los alcances del acuerdo.
La reacción de su par venezolano, Hugo Chávez, no se hizo esperar. Además, de un nuevo rifirrafe diplomático y comercial, el mandatario anunció un nuevo pacto de rearme con Rusia.
Y el ex presidente cubano, Fidel Castro, salió a defender el derecho de Venezuela a rearmarse para hacerle frente al emplazamiento de las bases.
En una región sin perspectivas de una conflicto armado serio, ¿tiene sentido que Chile tenga cientos de tanques de guerra? ¿o que Venezuela compre 100.000 fusiles Kaláshnikov AK47? ¿y que Brasil planee la construcción de un submarino nuclear? ¿No es acaso una región pacífica?
Cada vez más armados
Gasto militar en % del producto interior bruto
Argentina: 0,8%
Bolivia: 1,7%
Brasil: 1,5%
Chile: 3,4%
Colombia: 4%
Ecuador: 2,9%
Paraguay: 0,8%
Perú: 1,2%
Uruguay: 1,3%
Venezuela: 1,3%
Datos de 2007
Fuente: Instituto de Investigación para la Paz Internacional de Estocolmo
En los últimos años el gasto militar en Sudamérica aumentó considerablemente.
Para el Instituto de Investigación para la Paz Internacional de Estocolmo (SIPRI), el gasto militar fue de US$ 34.000 millones el año pasado, lo que representa un aumento del 50% en los últimos diez años.
En tanto, de acuerdo al Instituto Internacional de Estudios Estratégicos (IISS, por su sigla en inglés) con sede en Londres el gasto se incrementó un 91% entre 2003 y 2008, si se toma en cuenta a toda América Latina y el Caribe.
Pasó de US$ 24.700 millones a US$ 47.200 millones, de acuerdo al informe Balance Militar 2009 del IISS.
En una región donde alrededor de un tercio de la población es pobre, esas cifras generan, por lo menos, preguntas.
Carrera hacia dónde
Carina Solmirano, investigadora de América Latina para el Programa de Gasto Militar del SIPRI, es contundente: "No hay una carrera armamentista".
Sin embargo, Robert Munks, editor para las Américas de la revista británica especializada en temas de Defensa Jane's Intelligence Weekly, le aseguró a BBC Mundo que "hay dos situaciones donde podemos considerar que hay una posible carrera armamentista: entre Chile y Perú y entre Colombia y Venezuela".
Ambos expertos coinciden en el hecho de que el gasto militar en la región es bajo con respecto a lo que sucede en otras partes del mundo.
No hay una carrera armamentista en Sudamérica
Carina Solmirano, investigadora de América Latina para el Programa de Gasto Militar del SIPRI
Solmirano aclara que cuando se mide el gasto militar se habla de "adquisición de armas, y se incluye gasto de personal, mantenimiento, investigación y desarrollo militar, construcción, ayuda militar", indicó a BBC Mundo.
La analista explicó que "muchas de las compras, en realidad, son para reemplazar equipos obsoletos". Y mencionó que otras de las razones del incremento del gasto "es que subieron el precio de los commodities (materias primas)y entonces hay más dinero para gastar".
Por su parte, para John Chipman, director del IISS, hay tres razones para el rearme sudamericano, según dijo al diario chileno El Mercurio.
"Los buenos resultados económicos que han llevado a los gobiernos a ajustar su inversión; la necesidad de modernizar sus Fuerzas Armadas de parte de países cuyos gobiernos civiles no vieron razones o no tuvieron la voluntad de hacerlo en los últimos 20 años, y también la tensión, especialmente en el norte sudamericano, pues los grandes países de la región, como Brasil, no quieren que sus fuerzas queden desmedradas".
Armas, ¿para qué?
Brasil tendrá el primer submarino nuclear de la región gracias al traspaso de tecnología francesa.
¿Qué sentido tiene que las naciones sudamericanas se armen? ¿Para qué se usan las Fuerzas Armadas en cada país? ¿Cuáles son las amenazas?
"Casi todos los países de la región tienen poca justificación para seguir aumentando su gasto militar", indicó Munks.
Entre las razones, el experto señaló que las amenazas para la región son la "insurgencia" en Perú de Sendero Luminoso y las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC), el Ejército de Liberación Nacional y los paramilitares en Colombia.
En el caso venezolano, Munks explicó que "la doctrina militar bajo el gobierno de Chávez se basa en una posible invasión de Estados Unidos o de Colombia para justificar sus compras de armas".
"Sería cauta con el tema de pensar que Venezuela está en una carrera armamentista. En término de números, Chile compra mucho más que Venezuela", aseguró, por su parte, Solmirano.
Es que aunque a veces da la sensación de que Hugo Chávez va a comprar armas a Rusia como quien va al supermercado, en realidad es Brasil el país sudamericano que más gasta en Defensa.
Es el 12° país en el mundo con mayor gasto militar, de acuerdo a los datos del SIPRI. El año pasado desembolsó US$ 23.000 millones, lo que representa el 1,5% del Producto Interior Bruto.
Entre 1999 y 2008 el presupuesto militar aumentó un 29,9%. Si se toman en cuenta los años de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente, el incremento fue del 50%.
Brasil es el 12° país en el mundo con mayor gasto militar, de acuerdo a los datos del SIPRI. El año pasado desembolsó US$ 23.000 millones, lo que representa el 1,5% del Producto Interior Bruto. Entre 1999 y 2008 el presupuesto militar aumentó un 29,9%. Si se toman en cuenta los años de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente, el incremento fue del 50%.
El rearme brasileño tiene varias motivaciones. Entre ellas, Solmarino incluyó la "cuestión geopolítica, quiere asentarse en la región como líder natural, y la proyección global, hace años que pelea un asiento permanente en el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas".
También mencionó la defensa territorial de la Amazonia y la presencia de las FARC en la frontera. De hecho, la última adquisición de los militares brasileños es una serie de ocho aviones no tripulados, comprados a Israel, con el fin de vigilar las fronteras. Cada uno a un costo de US$4 millones.
Además de que "los nuevos descubrimientos de yacimientos petrolíferos hacen que repiense su sistema de defensa marítima". Para ello, Brasil será el primer país de la región en contar con un submarino nuclear.
El caso chileno
Los expertos consultados por BBC Mundo destacan la situación militar de Chile.
Munks aseguró que "tiene las Fuerzas Armadas más avanzadas de América Latina", y destacó la existencia de cazabombaderos holandeses y fragatas británicas, por ejemplo.
"Se puede decir que muchas de las armas en Sudamérica son de segunda mano. Pocos países tienen armamento tecnológicamente avanzado", subrayó.
En tanto, Solmarino explicó que la existencia de una ley por la que un porcentaje de la venta del cobre chileno se destina a las Fuerzas Armadas, permite a Chile darse "el lujo, que preocupa a los países vecinos, de comprar aviones de guerra".
Chile tiene las Fuerzas Armadas más avanzadas de América Latina
Robert Munks, Jane's Intelligence Weekly
La rivalidad histórica entre Chile y Perú juega su rol. Días atrás el canciller peruano, José Antonio García Belaunde, aseguró que Chile estaba incitando una "carrera armamentista". Y del lado chileno se le respondió que se trataba de una modernización.
Pero Perú también compra. Con el objetivo de que el país tenga "una moderna capacidad disuasiva", el presidente Alan García busca rearmar al Ejército.
A fines de julio anunció que se está cerca de culminar una inversión cercana a los US$700 millones para el llamado Núcleo Básico de Defensa.
García indicó que ello significaba, entre otras cosas, la "puesta a punto" de los aviones de la Fuerza Aérea y el recambio de torpedos y misiles de la Marina, según el diario El Comercio.
Desde Rusia...
Uno de los grandes proveedores de equipamiento militar en la región parece ser Rusia. Y Venezuela, su gran comprador.
Entre 2005 y 2008, Caracas le ha comprado a Moscú unos US$4.400 millones en armamento. Esto incluye 100.000 fusiles de asalto Kaláshnikov AK-47 y 24 aviones Sukhoi SU, entre otras cosas.
Rusia realizó maniobras militares en la costa venezolana.
Si se incluyen las compras a Bielorrusia, China y España, Venezuela ha gastado casi US$ 7.000 millones en los últimos tres años.
Y Chávez ya anunció la semana pasada un nuevo convenio de rearme con Rusia.
"Será un conjunto de acuerdos, no sólo de armas, pero será un acuerdo importante de armamento para incrementar nuestra capacidad operativa, la de nuestros sistemas defensivos, de nuestra defensa antiaérea, etcétera...", aseguró.
Además, navíos rusos realizaron maniobras militares conjuntas en las costas de Venezuela a fines de 2008.
Por otra parte, la semana pasada Rusia y Bolivia dieron a conocer un convenio que permitirá al gobierno de Evo Morales comprar armas rusas y equipamiento para las Fuerzas Armadas por US$100 millones.
El presidente boliviano lo justificó al asegurar: "La verdad, encontré a las Fuerzas Armadas desarmadas". Y agregó que el equipamiento militar "no será para provocar guerras, sino para defenderse y evitar provocaciones".
Panorama regional
Para el IISS, en los últimos cinco años los países que más han incrementado el presupuesto de Defensa han sido Venezuela, Colombia, Brasil y Chile.
En el caso colombiano, solamente en 2008 desembolsó unos US$ 5.500 millones para sus compras militares, un 13,5% más que en 2007.
La amenaza de las FARC y la lucha contra el narcotráfico aparecen como las principales razones para el rearme de un país que, según Munks, es de los más avanzados militarmente en el continente.
Para el Instituto Internacional de Estudios Estratégicos, en los últimos cinco años los países de América del Sur que más han incrementado el presupuesto de Defensa han sido Venezuela, Colombia, Brasil y Chile.
En tanto, al sur del continente, Argentina y Uruguay mantienen un rol casi accesorio para sus Fuerzas Armadas.
El primero es, en proporción, una de las naciones que menos gasta para defenderse en América del Sur.
Y el segundo se destaca por ser el país de la región que más militares destina a las misiones de paz de Naciones Unidas, lo que representa el 41% del total regional, de acuerdo al Balance Militar de la Fundación Nueva Mayoría.
Juan Paullier
BBC Mundo
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Re: GEOPOLÍTICA
Ciumeira, ranço e mal informado.¿Carrera armamentista sudamericana?
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Brasil busca liderar la región fortaleciendo sus Fuerzas Armadas.
"No buscamos una carrera armamentista".
E mais, "La Argentina no compra porque es mui bueniña, pero porque no puede."
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Re: GEOPOLÍTICA
Se o Brasil gastasse como Chile, teríamos todo ano, 98,6 bilhões de reais para gastar... Já pensaram?
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Re: GEOPOLÍTICA
Temos, aproximadamente, a oitava maior econômia do mundo. Devemos te o oitavo maior investimnto militar concordam?
ainda mais se quisermos um assento no conselho da ONO.
ainda mais se quisermos um assento no conselho da ONO.
Deus é justo mas também é misericordioso. Reflita nisso!!!
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Re: GEOPOLÍTICA
Os próximos líderes latino-americanos
Graças a Chávez, o hemisfério sofrerá com o declínio econômico que normalmente segue-se à estatização
Alexandre Marinis
O mundo deveria aguardar ansioso pela próxima geração de líderes latino-americanos. Eles serão menos hostis em relação ao Ocidente e menos inclinados a desestabilizar seus vizinhos. Os atuais líderes da região formaram suas visões políticas lá nos anos 60 e 70, quando os Estados Unidos apoiavam golpes militares para evitar a disseminação do comunismo além das fronteiras de Cuba.
A má vontade gerada pela política dos EUA reverbera hoje entre os líderes políticos na América do Sul e Central, mesmo com a Guerra Fria tendo acabado há 20 anos e os EUA estando centrados no Oriente Médio e Ásia, mais ou menos deixando a região tomar conta de si.
Os futuros líderes da América Latina cresceram vendo o muro de Berlim cair na TV e celebrando o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês). Conhecem um EUA diferente, que não precisa mais intrometer-se nos assuntos da região para certificar-se de que o capitalismo prevalecerá sobre o comunismo.
Em seu livro "Os Ciclos da História Americana", de 1986, Arthur M. Schlesinger Jr. - ex-auxiliar do presidente John F. Kennedy, contrário à invasão da Baía dos Porcos, em Cuba - afirma que a história dos EUA vive ciclos de 30 anos, entre o interesse privado e o propósito público, o livre mercado e o governo ativista, o capitalismo e a democracia, republicanos e democratas.
Hoje, com a crise financeira mundial fazendo o pêndulo da história afastar-se dos mercados excessivamente desregulados e oscilar em direção aos braços de um governo maior e do capitalismo keynesiano, vale à pena revisitar a ideia de Schlesinger a partir de uma perspectiva internacional.
Uma de suas notáveis ideias reveladoras é que as gerações são delineadas por eventos históricos cruciais que acontecem enquanto os adultos jovens adquirem sua consciência ou identidade política. Esses eventos, que moldam corações e mentes, proporcionam uma visão de mundo que as pessoas compartilharão por toda a vida.
Para os líderes na América Latina, esses eventos-chave incluíram a luta contra regimes militares opressores apoiados por um Tio Sam imperialista. Agarrados ao passado, eles aferram-se à única exigência com a qual conseguem concordar - o fim do embargo de Washington a Cuba -, enquanto assuntos críticos permanecem negligenciados. Deveriam preocupar-se, por exemplo, com as consequências políticas e econômicas que o sentimento neopopulista do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, cultiva por toda a América do Sul e Central. Mesmo moderados respeitados, como os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Chile, Michelle Bachelet, deixam de criticar Chávez por alimentar as flamas da tensão e discórdia na região.
Contando com petrodólares e uma força militar poderosa, a autoproclamada revolução socialista de Chávez influenciou o recente golpe de Estado em Honduras e a remilitarização da região, incluindo o conflito entre Colômbia e Equador em 2008, que quase terminou em guerra. E, graças a Chávez, o hemisfério sofrerá com o declínio econômico que normalmente segue-se à estatização de empresas privadas confiscadas, com o prolongamento excessivo dos mandatos presidenciais desfrutado apenas por ditadores e com a restrição da liberdade de imprensa.
A liderança de Chávez se fortalece em função do vácuo político deixado pelo Brasil, maior país da região. Mesmo com seus discursos apaixonados, Lula não pronunciou uma palavra sequer sobre as crescentes evidências de que Chávez teria fornecido armamentos às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), grupo terrorista envolvido com os barões das drogas. Lula também não respondeu às crescentes evidências de que Chávez financiou, de forma ilegal, campanhas políticas na Argentina e Equador, entre outros lugares. Em 2002, documentos da abin, o serviço nacional de inteligência brasileiro, sugeriram que o Partido dos Trabalhadores, de Lula, poderia ter recebido US$ 5 milhões das Farc. As acusações nunca foram provadas. Na semana passada, Lula disse estar preocupado com o plano do governo da Colômbia de dar acesso aos EUA a sete bases militares para operações contra traficantes de drogas ilegais e os guerrilheiros das Farc. Lula parece concordar com Chávez, que vê o acordo entre Colômbia e EUA como uma "agressão" que deve ser contida com a compra de "vários batalhões" de tanques de fabricação russa.
Lula, contudo, não se opôs ao exercício naval conjunto promovido por Venezuela e Rússia em 2008, que envolveu 16 navios de guerra e 1,6 mil marinheiros russos no Caribe. Durante o exercício, um destróier tornou-se o primeiro navio de guerra russo a cruzar o canal do Panamá desde a Segunda Guerra Mundial. Lula e outros líderes latino-americanos, portanto, parecem ter dois pesos e duas medidas no que se refere a ações militares.
E isso não é nada comparado a Daniel Ortega, da Nicarágua, que acusou as agências de inteligências dos EUA, agindo sem aval do presidente Barack Obama, de terem planejado o golpe que depôs o presidente Manuel Zelaya, de Honduras, em junho. Ortega, claro, não observou a intervenção dos EUA apenas como um jovem na América Latina. Ele liderou o governo sandinista na batalha contra os rebeldes financiados pelos EUA nos anos 80.
"O continente precisa deixar o antiamericanismo para trás, um sinal de imaturidade em minha visão", disse o vice-ministro de Defesa da Colômbia, Sergio Jaramillo, em entrevista ao jornal brasileiro "O Estado de S.Paulo". Jaramillo, de 42 anos, soa mais razoável do que líderes latino-americanos mais experientes. Sua visão de mundo foi formada enquanto estudou no Canadá, Inglaterra, França e Alemanha no fim da década de 80 e início da de 90, quando a Guerra Fria já acabava.
As teorias de Schlesinger merecem ser revisitadas. Explicam o que ocorre no mundo de hoje e como a América Latina mudará para melhor quando as gerações futuras assumirem o controle.
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
Graças a Chávez, o hemisfério sofrerá com o declínio econômico que normalmente segue-se à estatização
Alexandre Marinis
O mundo deveria aguardar ansioso pela próxima geração de líderes latino-americanos. Eles serão menos hostis em relação ao Ocidente e menos inclinados a desestabilizar seus vizinhos. Os atuais líderes da região formaram suas visões políticas lá nos anos 60 e 70, quando os Estados Unidos apoiavam golpes militares para evitar a disseminação do comunismo além das fronteiras de Cuba.
A má vontade gerada pela política dos EUA reverbera hoje entre os líderes políticos na América do Sul e Central, mesmo com a Guerra Fria tendo acabado há 20 anos e os EUA estando centrados no Oriente Médio e Ásia, mais ou menos deixando a região tomar conta de si.
Os futuros líderes da América Latina cresceram vendo o muro de Berlim cair na TV e celebrando o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês). Conhecem um EUA diferente, que não precisa mais intrometer-se nos assuntos da região para certificar-se de que o capitalismo prevalecerá sobre o comunismo.
Em seu livro "Os Ciclos da História Americana", de 1986, Arthur M. Schlesinger Jr. - ex-auxiliar do presidente John F. Kennedy, contrário à invasão da Baía dos Porcos, em Cuba - afirma que a história dos EUA vive ciclos de 30 anos, entre o interesse privado e o propósito público, o livre mercado e o governo ativista, o capitalismo e a democracia, republicanos e democratas.
Hoje, com a crise financeira mundial fazendo o pêndulo da história afastar-se dos mercados excessivamente desregulados e oscilar em direção aos braços de um governo maior e do capitalismo keynesiano, vale à pena revisitar a ideia de Schlesinger a partir de uma perspectiva internacional.
Uma de suas notáveis ideias reveladoras é que as gerações são delineadas por eventos históricos cruciais que acontecem enquanto os adultos jovens adquirem sua consciência ou identidade política. Esses eventos, que moldam corações e mentes, proporcionam uma visão de mundo que as pessoas compartilharão por toda a vida.
Para os líderes na América Latina, esses eventos-chave incluíram a luta contra regimes militares opressores apoiados por um Tio Sam imperialista. Agarrados ao passado, eles aferram-se à única exigência com a qual conseguem concordar - o fim do embargo de Washington a Cuba -, enquanto assuntos críticos permanecem negligenciados. Deveriam preocupar-se, por exemplo, com as consequências políticas e econômicas que o sentimento neopopulista do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, cultiva por toda a América do Sul e Central. Mesmo moderados respeitados, como os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Chile, Michelle Bachelet, deixam de criticar Chávez por alimentar as flamas da tensão e discórdia na região.
Contando com petrodólares e uma força militar poderosa, a autoproclamada revolução socialista de Chávez influenciou o recente golpe de Estado em Honduras e a remilitarização da região, incluindo o conflito entre Colômbia e Equador em 2008, que quase terminou em guerra. E, graças a Chávez, o hemisfério sofrerá com o declínio econômico que normalmente segue-se à estatização de empresas privadas confiscadas, com o prolongamento excessivo dos mandatos presidenciais desfrutado apenas por ditadores e com a restrição da liberdade de imprensa.
A liderança de Chávez se fortalece em função do vácuo político deixado pelo Brasil, maior país da região. Mesmo com seus discursos apaixonados, Lula não pronunciou uma palavra sequer sobre as crescentes evidências de que Chávez teria fornecido armamentos às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), grupo terrorista envolvido com os barões das drogas. Lula também não respondeu às crescentes evidências de que Chávez financiou, de forma ilegal, campanhas políticas na Argentina e Equador, entre outros lugares. Em 2002, documentos da abin, o serviço nacional de inteligência brasileiro, sugeriram que o Partido dos Trabalhadores, de Lula, poderia ter recebido US$ 5 milhões das Farc. As acusações nunca foram provadas. Na semana passada, Lula disse estar preocupado com o plano do governo da Colômbia de dar acesso aos EUA a sete bases militares para operações contra traficantes de drogas ilegais e os guerrilheiros das Farc. Lula parece concordar com Chávez, que vê o acordo entre Colômbia e EUA como uma "agressão" que deve ser contida com a compra de "vários batalhões" de tanques de fabricação russa.
Lula, contudo, não se opôs ao exercício naval conjunto promovido por Venezuela e Rússia em 2008, que envolveu 16 navios de guerra e 1,6 mil marinheiros russos no Caribe. Durante o exercício, um destróier tornou-se o primeiro navio de guerra russo a cruzar o canal do Panamá desde a Segunda Guerra Mundial. Lula e outros líderes latino-americanos, portanto, parecem ter dois pesos e duas medidas no que se refere a ações militares.
E isso não é nada comparado a Daniel Ortega, da Nicarágua, que acusou as agências de inteligências dos EUA, agindo sem aval do presidente Barack Obama, de terem planejado o golpe que depôs o presidente Manuel Zelaya, de Honduras, em junho. Ortega, claro, não observou a intervenção dos EUA apenas como um jovem na América Latina. Ele liderou o governo sandinista na batalha contra os rebeldes financiados pelos EUA nos anos 80.
"O continente precisa deixar o antiamericanismo para trás, um sinal de imaturidade em minha visão", disse o vice-ministro de Defesa da Colômbia, Sergio Jaramillo, em entrevista ao jornal brasileiro "O Estado de S.Paulo". Jaramillo, de 42 anos, soa mais razoável do que líderes latino-americanos mais experientes. Sua visão de mundo foi formada enquanto estudou no Canadá, Inglaterra, França e Alemanha no fim da década de 80 e início da de 90, quando a Guerra Fria já acabava.
As teorias de Schlesinger merecem ser revisitadas. Explicam o que ocorre no mundo de hoje e como a América Latina mudará para melhor quando as gerações futuras assumirem o controle.
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender. (Albino Teixeira)
Re: GEOPOLÍTICA
http://www.issafrica.org/index.php?link ... &tmpl_id=3Africa Is Now Officially a Zone Free of Nuclear Weapons
Thirteen years after it officially opened for signature, the African Nuclear-Weapon-Free Zone Treaty (Treaty of Pelindaba) has finally come into force with the twenty-eighth deposit of its ratification instrument by Burundi on 15 July 2009.
This important milestone follows concerted efforts by the Institute for Security Studies in Pretoria, South Africa and the James Martin Center for Nonproliferation Studies based in Monterey, with the support of several other organisations, including the Parliamentary Network for Nuclear Disarmament (PNND), Groupe de Recherche et d’Information sur la Paix et la Sécurité (GRIP) and the World Council of Churches (WCC) to promote the ratification of the Treaty by the remaining members of the African Union (AU) and Morocco who have signed the Treaty, but not yet ratified it. The Treaty, which covers the entire African continent as well as its surrounding islands, ensures that nuclear weapons are not developed, produced, tested, or otherwise acquired or stationed in any of the countries on the continent.
Entry-into-force of the Treaty of Pelindaba confirms Africa’s resolve to strengthen the global nuclear weapon-free regime and contribute to international nuclear disarmament and non-proliferation processes, as was stressed by the AU’s Peace and Security Council in 2006. In addition, the declaration of Africa as a nuclear-weapon-free zone (NWFZ) means that the entire southern hemisphere is now nuclear weapons free.
Like other NWFZ treaties, the Treaty of Pelindaba, includes protocols for the five Nuclear Weapons States (NWS) to sign. To date, the United Kingdom, France and China have signed and ratified these Protocols, but the Russian Federation and the United States are yet to ratify. By adhering to the Protocols, NWS commit themselves to respecting the status of the zone.
Importantly, the Treaty of Pelindaba supports the use of nuclear science and technology for peaceful purposes, and in this respect, each Party undertakes to conduct all activities for the peaceful use of nuclear energy under strict non-proliferation measures. The renewed global interest in the development of nuclear power for both electricity generation and for radioactive materials used in medicine, means that the entry-into-force of the Treaty of Pelindaba will have a direct impact on the future nuclear energy developments in African countries. South Africa, Nigeria, Sudan, Egypt, Kenya and Uganda, amongst others, have already publically indicated their interest in nuclear energy as a means of resolving their energy shortages and as a means to mitigate climate change.
According to Article 12 (Mechanism for compliance) of the Treaty, after entry-into-force, the Parties agree to establish an African Commission on Nuclear Energy (AFCONE). In addition to being a compliance mechanism, the Commission will be responsible for encouraging regional and sub-regional programmes for co-operation in the peaceful uses of nuclear science and technology. The establishment of AFCONE would also:
* Encourage African states to take responsibility for their natural resources, and in particular nuclear material;
* Protect against the dumping of toxic waste
Now that the Treaty of Pelindaba has come into force, States Parties should urge the African Union to convene a Conference of all Parties (as is required by the Treaty) to establish the way forward. Civil society organisations, such as ISS, will continue to promote its universalisation by encouraging the remaining 24 African signatories to ratify. These signatories are: Angola, Cameroon, Central African Republic, Cape Verde, Chad, Comoros, Congo, Djibouti, Democratic Republic of Congo, Egypt, Eritrea, Ghana, Guinea-Bissau, Liberia, Niger, Seychelles, Sierra Leone, Somalia, Sao Tome & Principe, Sudan, Tunisia, Uganda and Zambia, as well as the area known as the Sahrawi Arab Democratic Republic. AU Member States and African Civil Society Organisations also need to urge the Russian Federation and the United States to ratify the relevant Protocols.
The Entry-into-Force of the Treaty of Pelindaba is both long overdue and timely - sending a clear message ahead of the May 2010 Review Conference for the Nuclear Non-Proliferation Treaty (NPT) that Africa is totally committed to nuclear disarmament and non-proliferation both globally and on the African continent.
Amelia Broodryk and Noël Stott, Arms Management Programme, ISS, Pretoria
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Re: GEOPOLÍTICA
Benvindo Cmt Melk.
Já li algumas colocações suas no Blog forte? É?
Vamos lá! Isso aqui é "cachacinha da boa"!
Já li algumas colocações suas no Blog forte? É?
Vamos lá! Isso aqui é "cachacinha da boa"!
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Re: GEOPOLÍTICA
O mapa de zonas livres de armas nucleares. So pra dar dimensão da noticia em cima.
vermelho -> Os 5 estados nucleares do NPT
laranja escuro -> Outras potencias nucleares
laranja claro -> Paises sobre o "guarda chuva nuclear". (podem pedir armas nucleares em casos especificos).
Azul -> Nuclear Free Weapon Zone. Ja funcionando.
Verde -> Tratado do NFWZ assinado e Ratificado.
Roxo -> Assinado e NÂO ratificado.
Rosa -> Suspeita de ter ter/querer armas nucleares
vermelho -> Os 5 estados nucleares do NPT
laranja escuro -> Outras potencias nucleares
laranja claro -> Paises sobre o "guarda chuva nuclear". (podem pedir armas nucleares em casos especificos).
Azul -> Nuclear Free Weapon Zone. Ja funcionando.
Verde -> Tratado do NFWZ assinado e Ratificado.
Roxo -> Assinado e NÂO ratificado.
Rosa -> Suspeita de ter ter/querer armas nucleares
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Re: GEOPOLÍTICA
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Ucrânia rejeita interferência russa na soberania do país
A primeira-ministra ucraniana, Yulia Timoshenko, afirmou nesta sexta-feira que a Ucrânia, como país soberano, determinará sozinha suas políticas doméstica e externa e assegurou que o exercício dessa autonomia não será dirigido contra outros Estados.
"Apesar de a política externa ser prerrogativa constitucional do presidente, não posso guardar silêncio perante os últimos eventos nas relações ucraniano-russas", disse a chefe de Governo, citada por seu serviço de imprensa.
Ela se referia à tensão gerada pela carta enviada esta semana pelo presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, ao governante ucraniano, Viktor Yushchenko, na qual o acusou de desenvolver uma "política antirrussa".
Em resposta, o chefe do Estado ucraniano disse nesta quinta-feira estar "muito decepcionado" com a carta de Medvedev.
"Há graves problemas nas relações entre os dois países, mas é surpreendente que o senhor (Medvedev) rejeite toda responsabilidade da parte russa", acrescentou.
"A Ucrânia determinará suas política doméstica e externa de maneira soberana, sem ingerências a partir do estrangeiro", afirmou Timoshenko, que será candidata à Presidência nas eleições de 17 de janeiro.
Apesar das divergências que mantém com Yushchenko, a declaração da primeira-ministra significa um respaldo ao chefe de Estado.
"O exercício da Ucrânia de seus direitos soberanos e a formação de uma nação política moderna não são nem podem ser examinadas como uma política que aponta contra outros", ressaltou Timoshenko.
Ela lembrou que sempre defendeu a construção, com a Rússia, de relações "de igual para igual, baseadas nos interesses nacionais, no benefício mútuo, no respeito à soberania e na integridade territorial".
Ucrânia rejeita interferência russa na soberania do país
A primeira-ministra ucraniana, Yulia Timoshenko, afirmou nesta sexta-feira que a Ucrânia, como país soberano, determinará sozinha suas políticas doméstica e externa e assegurou que o exercício dessa autonomia não será dirigido contra outros Estados.
"Apesar de a política externa ser prerrogativa constitucional do presidente, não posso guardar silêncio perante os últimos eventos nas relações ucraniano-russas", disse a chefe de Governo, citada por seu serviço de imprensa.
Ela se referia à tensão gerada pela carta enviada esta semana pelo presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, ao governante ucraniano, Viktor Yushchenko, na qual o acusou de desenvolver uma "política antirrussa".
Em resposta, o chefe do Estado ucraniano disse nesta quinta-feira estar "muito decepcionado" com a carta de Medvedev.
"Há graves problemas nas relações entre os dois países, mas é surpreendente que o senhor (Medvedev) rejeite toda responsabilidade da parte russa", acrescentou.
"A Ucrânia determinará suas política doméstica e externa de maneira soberana, sem ingerências a partir do estrangeiro", afirmou Timoshenko, que será candidata à Presidência nas eleições de 17 de janeiro.
Apesar das divergências que mantém com Yushchenko, a declaração da primeira-ministra significa um respaldo ao chefe de Estado.
"O exercício da Ucrânia de seus direitos soberanos e a formação de uma nação política moderna não são nem podem ser examinadas como uma política que aponta contra outros", ressaltou Timoshenko.
Ela lembrou que sempre defendeu a construção, com a Rússia, de relações "de igual para igual, baseadas nos interesses nacionais, no benefício mútuo, no respeito à soberania e na integridade territorial".
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: GEOPOLÍTICA
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França reitera respeito à "soberania e independência" da Ucrânia
A França reiterou hoje seu respeito à "soberania e independência da Ucrânia" e lembrou que "cada país tem livre escolha sobre suas alianças de segurança", após a escalada da tensão diplomática entre Moscou e Kiev.
"Pedimos aos dois países que continuem com um diálogo apaziguado", indicou um porta-voz do Ministério francês de Assuntos Exteriores.
Paris ressaltou que as "boas relações entre Rússia e Ucrânia são indispensáveis para a estabilidade na região".
O presidente russo, Dmitri Medvedev, acusou esta semana seu colega ucraniano, Viktor Yushchenko, de desenvolver uma "política anti-russa", com as aspirações de Kiev de fazer parte da Otan.
Yushchenko se mostrou "muito decepcionado" com a carta de Medvedev e não aceitou as críticas em relação aos desejos ucranianos de ingressar na Aliança Atlântica, "que não vão contra a Rússia e cuja decisão final se tomará com a realização de um plebiscito nacional".
Por sua parte, a primeira-ministra ucraniana, Yulia Timoshenko, assinalou que "Ucrânia determinará suas políticas interna e exterior de maneira soberana, sem ingerências estrangeiras".
França reitera respeito à "soberania e independência" da Ucrânia
A França reiterou hoje seu respeito à "soberania e independência da Ucrânia" e lembrou que "cada país tem livre escolha sobre suas alianças de segurança", após a escalada da tensão diplomática entre Moscou e Kiev.
"Pedimos aos dois países que continuem com um diálogo apaziguado", indicou um porta-voz do Ministério francês de Assuntos Exteriores.
Paris ressaltou que as "boas relações entre Rússia e Ucrânia são indispensáveis para a estabilidade na região".
O presidente russo, Dmitri Medvedev, acusou esta semana seu colega ucraniano, Viktor Yushchenko, de desenvolver uma "política anti-russa", com as aspirações de Kiev de fazer parte da Otan.
Yushchenko se mostrou "muito decepcionado" com a carta de Medvedev e não aceitou as críticas em relação aos desejos ucranianos de ingressar na Aliança Atlântica, "que não vão contra a Rússia e cuja decisão final se tomará com a realização de um plebiscito nacional".
Por sua parte, a primeira-ministra ucraniana, Yulia Timoshenko, assinalou que "Ucrânia determinará suas políticas interna e exterior de maneira soberana, sem ingerências estrangeiras".
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: GEOPOLÍTICA
SEGURANÇA NO MAR BRASILEIRO
Luiz Philippe da Costa Fernandes
“A nação que controlar as rotas do comércio marítimo dominará o
mundo”. A teoria de Alfred T. Mahan, oficial da marinha americana no final
do século 19, consubstancia os princípios básicos que regem o surgimento
e a existência das grandes potências marítimas, bem como seu declínio.
Seu pensamento influenciou poderosamente a geoestratégia norteamericana
e a de potências ocidentais. Até a ex-União Soviética rendeu-se
a seus postulados.
Com Mahan,firma-se, de forma sistêmica, o conceito de Poder Marítimo,
englobando a marinha de guerra e a mercante; os portos e terminais;
a indústria naval; a indústria e a frota de pesca; as organizações oceanográficas
e de desenvolvimento (de interesse para o uso do mar e de seus
recursos); as organizações de exploração dos recursos do mar; e o pessoal
que desempenha atividades marítimas. Observa-se, assim, a diferença conceitual
entre Poder Marítimo, mais amplo, e o Poder Naval (marinha de
guerra), um de seus elementos constitutivos.
Hoje, menos de um século depois da morte de Mahan, erguem-se nos
mares gigantescas torres, a muitas milhas do litoral, capazes de extrair petróleo
do fundo oceânico, a milhares de metros de profundidade. Monstros
construídos de aço, com muitas milhares de toneladas, permanecem debaixo
d’água por tempo limitado apenas pela resistência de suas tripulações.
Constituindo-se a mais letal arma disponível, os submarinos nucleares dotados
de mísseis balísticos com ogivas nucleares são capazes de destruir
países inteiros.
Conjuntura Sul-Americana
Desde o fim da Guerra Fria, a situação política mudou bastante no
continente sul-americano.
Por ocasião da Segunda Guerra Mundial – com os valores democráticos
em jogo –, pressões quase irresistíveis sobre países-chave inicialmente
não envolvidos no conflito (caso do Brasil), os levaram a atrelar suas geopolíticas
a interesses das grandes potências. Documentos históricos comprovam
que os Estados Unidos chegaram a usar de ameaças para que fosse
autorizada pelo Brasil a instalação de uma base naval em Natal, local estratégico
para o apoio aos comboios e à condução das operações antissubmarino
contra a marinha alemã, no Atlântico Sul. Posteriormente, durante a
Guerra Fria, exacerbou-se a disputa ideológica, o que deixou pouco espaço
geopolítico para as nações periféricas, induzidas naturalmente a se alinha2
rem aos então países líderes de cada bloco – os Estados Unidos e a União
Soviética.
Em suas ações militares mais recentes, no Afeganistão e no Iraque,
os Estados Unidos tentaram, mas não conseguiram envolver os países sulamericanos
(mesmo porque, abstraído o justo combate contra o terrorismo
no Afeganistão, afloraram, de modo mais ou menos patente, pragmáticos
interesses ligados à apropriação do petróleo iraquiano).
Hoje, atenuada a influência norte-americana, trava-se na América do
Sul uma clara disputa geopolítica (e geoestratégica) entre o “grupo bolivariano”,
sob liderança da Venezuela, com o apoio de Cuba, e integrada pela
Bolívia (com Evo Morales) e pelo Equador (com Rafael Correa) e outro,
encabeçado pelo Brasil.
Certos embates geopolíticos entre o Brasil e países alinhados com
Hugo Chávez vêm se constituindo motivo de preocupação, caso da desventura
da Petrobras na Bolívia e da recusa do Equador de pagar serviços devidos
à empresa brasileira, no último caso, chegando a motivar a chamada
do embaixador brasileiro, para consultas. A reabertura de negociação pretendida
pelo Paraguai sobre o preço da energia da usina de Itaipu poderá
inclinar o Paraguai para o grupo bolivariano, dependendo da evolução dos
acontecimentos. O governo vem sendo criticado por estar conduzindo tais
questões com muita complacência. Talvez busque, com justas razões, o atingimento
de objetivos em médio e longo prazos, mas no dia-a-dia dá
margem a um certo desapontamento e, quem sabe, assim estimulando outras
reivindicações futuras.
Enquanto os conflitos de interesse entre o Brasil e o grupo sob liderança
da Venezuela ameaçam se acirrar, nossos atritos históricos com a Argentina
vêm perdendo intensidade, situando-se mais no campo econômico
(mesmo sem esquecer a oposição platina ao ingresso do Brasil no Conselho
de Segurança da ONU, entre outras questões menores ...). Há tempos Brasil
e Argentina deixaram de se enxergar mutuamente como inimigos potenciais.
Aliás, em agosto de 2008 foi aprovado um acordo de cooperação em
matéria de defesa entre os dois países.
A Segurança da Amazônia Azul
Entende-se por “Amazônia Azul” a área marítima onde o País exerce
soberania, direitos de soberania ou jurisdição, na forma prevista pela
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM). Essa
área compreende o mar territorial (até 12 milhas da costa), a Zona Econômica
Exclusiva (ZEE – das 12 às 200 milhas) e o leito e subsolo da plataforma
continental (que pode se estender além das 200 milhas).
A Marinha brasileira tem condições de assegurar a vigilância e a defesa
dessa área? Cabe ao poder político definir em que grau isso deve ser assegurado.
No momento, dispomos de forças navais em quantidade limitada,
3
embora mantenham o aprestamento em bom nível, como se conclui pelos
exercícios com outras marinhas. Após um longo período de redução dos
recursos destinados às Forças Armadas, com cortes sucessivos de verbas,
seria descabido, se não temerário, afirmar-se que a situação é hoje favorável.
Mas após a recente assinatura da “Estratégia Nacional de Defesa”, as
perspectivas abertas ao Poder Naval brasileiro tornaram-se bem mais positivas.
Na Política de Defesa Nacional, aprovada em 2005, a Amazônia e o
Atlântico Sul foram definidos como áreas prioritárias, em função de sua
importância estratégica e econômica. O recente Decreto n° 6.703/2008 aprovou
a Estratégia Nacional de Defesa (END), documento que foi classificado
de ousado, por analistas.
A END atribui prioridade às ações visando a assegurar os direitos
nacionais sobre o mar brasileiro, com especial cuidado à região da Bacia
Amazônica. Ganham destaque, para isso, os submarinos nucleares; os veículos
não-tripulados de vigilância e combate; os caças supersônicos; e os
mísseis, radares e bombas inteligentes. Prevê-se a construção de naviosaeródromos
(porta-aviões) de função múltipla e de menor porte, além de
uma base naval na Amazônia e outra para submarinos nucleares.
A END ainda prevê a reconstrução de nossa indústria bélica e de um
“complexo militar-universitário-empresarial”, vínculo entre a pesquisa e a
produção de materiais bélicos.
A aquisição, do exterior, de caças, submarinos e helicópteros deverá
prover a necessária obtenção de tecnologia e o desenvolvimento da indústria
militar. Foi incluído no contexto da defesa nacional o desenvolvimento
da energia nuclear. O País não irá aderir ao protocolo adicional do Tratado
de Não Proliferação Nuclear, decisão que porá fim à polêmica criada anos
atrás, quando a Associação Internacional de Energia Atômica fez pressões
para que assinássemos esse documento, destinado a ampliar as restrições já
existentes. Também estão previstas a construção de novas usinas nucleares,
o uso da energia nuclear em “amplo espectro de atividades” além da nacionalização
completa do ciclo do combustível.
A IV Frota e o pré-sal
Após 58 anos de sua extinção, ao fim da Segunda Guerra Mundial,
ressurge das cinzas, como uma fênix moderna, uma apreciável parcela do
poder naval dos Estados Unidos, que já voltou a operar no Atlântico Sul e
Caribe, desde meados de 2008: a IV Frota. Sua ativação foi apresentada
como uma medida para o combate ao terrorismo e às atividades ilícitas, entre
as quais o tráfico de drogas.
Mas, certamente, essas não são as únicas motivações. A IV Frota
ressurge como nítido movimento geoestratégico em face da atual conjuntura
política de nosso continente e coincide, muito casualmente, com a des4
coberta de imensas reservas brasileiras de petróleo no pré-sal (e o rearmamento
venezuelano).
De acordo com estudos estratégicos, as novas descobertas brasileiras
podem suprir toda a demanda americana por petróleo dos EUA por um período
superior a 15 anos, o que permitiria um desengajamento do problemático
Golfo Pérsico e do Oriente Médio. E, como se sabe, a questão energética
é absolutamente fundamental para os EUA. Tão importante que o
governo Bush foi capaz de inventar motivos para ir à guerra contra o Iraque,
visando, basicamente, a assegurar o abastecimento de petróleo.
Planejamento integrado
Mereceu atenção especial a proteção do litoral entre Santos e Vitória,
onde se localizam as reservas de petróleo do pré-sal. A Marinha irá dispor
de nova base naval na foz do rio Amazonas, com a tarefa, entre outras, de
aumentar sua presença nas bacias fluviais do Amazonas e Paraná-Paraguai.
Em função de seus aspectos controversos, a END foi objeto de muitas
críticas. Entre elas, de que será inexequível pela impossibilidade de serem
providos os recursos financeiros necessários e também a de que a criação
da espécie de autarquia militar imaginada é utópica. Outros críticos, na
área militar, inquietam-se com a possibilidade de ressurgimento de ingerência
política nos assuntos internos das Forças Armadas, bem como a tentativa,
que estaria em curso, de hipertrofiar o Ministério da Defesa.
Críticas a parte, assinado o decreto, o País passa a dispor de
um documento formal que norteará todo o planejamento estratégico em
termos integrados, modelando as estratégias da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica. Com respeito à Força Naval, o documento dá ênfase à construção
de um submarino de propulsão nuclear, antiga aspiração que tem por
base não a descabida obtenção de um caro “brinquedo” bélico, mas uma
exigência primordial da guerra no mar, sedimentada ao longo de décadas
de estudos estratégicos. Afinal, o aparentemente paradoxal dístico latino
“Si vis pacem para bellum” (Se queres a paz, prepara-te para a guerra) é
válido ainda hoje.
BIBLIOGRAFIA
1 - NAÍM, Moisés – “The 'Axis of Lula' vs. the 'Axis of Hugo'- Latin American
leaders face a choise between provocation and progress” , Foreign Policy
, posted March 2009 – Web exclusive, 26 mar. 2009.
5
2 – SCHROEDER, Luiz Gonzaga – “Perigo venezuelano”, Revista do Clube
Militar, Rio de Janeiro, RJ, 28 jan. 2008.
3 – COSTA FERNANDES, L.P. et alii – “ O Brasil – “Perturbador na Conjuntura
Internacional” – Rev. Clube Naval, mai/jun 2005, p.27 e seguintes.
4 - RICÚPERO, Rubens – Sonho adiado, Folha de São Paulo, 27 mai.
2007.
5 – “BUQUES de guerra rusos visitan Venezuela” – Fundación Nuestromar,
Argentina, 25 nov. 2008. (Fonte Redes Alternativas). Disponível em:
http://www.nuestromar.org/noticias/defe ... ion_122008_
.
6 – GOYOS, Durval de Noronha – “Assédio Naval ao Brasil”, Centro de
Mídia independente (CMI), 02 jun 2008. Disponível em:
www.midiaindependente.org.
7 - LARA, Bil – “O ressurgimento da IV Frota” mai 2008 – Disponível em:
bil@infoviabrasil.com.br
8 - GLOBAL Market Brief: Petrobras' Potential - 17 abr 2008, Disponível
em:
http://www.stratfor.com/regions/latin_america para assinantes
9 - “NOVO Plano de Defesa do Brasil. O”, Isto É, 05/11/2008.
10 – “The END: Generais escrevem dossiês para mostrar falhas e reais intenções
da Estratégia Nacional de Defesa” – in Alerta Total, 1º mar. 2009,
Disponível em: http://www.alertatotal.blogspot.com,
6
Luiz Philippe da Costa Fernandes
“A nação que controlar as rotas do comércio marítimo dominará o
mundo”. A teoria de Alfred T. Mahan, oficial da marinha americana no final
do século 19, consubstancia os princípios básicos que regem o surgimento
e a existência das grandes potências marítimas, bem como seu declínio.
Seu pensamento influenciou poderosamente a geoestratégia norteamericana
e a de potências ocidentais. Até a ex-União Soviética rendeu-se
a seus postulados.
Com Mahan,firma-se, de forma sistêmica, o conceito de Poder Marítimo,
englobando a marinha de guerra e a mercante; os portos e terminais;
a indústria naval; a indústria e a frota de pesca; as organizações oceanográficas
e de desenvolvimento (de interesse para o uso do mar e de seus
recursos); as organizações de exploração dos recursos do mar; e o pessoal
que desempenha atividades marítimas. Observa-se, assim, a diferença conceitual
entre Poder Marítimo, mais amplo, e o Poder Naval (marinha de
guerra), um de seus elementos constitutivos.
Hoje, menos de um século depois da morte de Mahan, erguem-se nos
mares gigantescas torres, a muitas milhas do litoral, capazes de extrair petróleo
do fundo oceânico, a milhares de metros de profundidade. Monstros
construídos de aço, com muitas milhares de toneladas, permanecem debaixo
d’água por tempo limitado apenas pela resistência de suas tripulações.
Constituindo-se a mais letal arma disponível, os submarinos nucleares dotados
de mísseis balísticos com ogivas nucleares são capazes de destruir
países inteiros.
Conjuntura Sul-Americana
Desde o fim da Guerra Fria, a situação política mudou bastante no
continente sul-americano.
Por ocasião da Segunda Guerra Mundial – com os valores democráticos
em jogo –, pressões quase irresistíveis sobre países-chave inicialmente
não envolvidos no conflito (caso do Brasil), os levaram a atrelar suas geopolíticas
a interesses das grandes potências. Documentos históricos comprovam
que os Estados Unidos chegaram a usar de ameaças para que fosse
autorizada pelo Brasil a instalação de uma base naval em Natal, local estratégico
para o apoio aos comboios e à condução das operações antissubmarino
contra a marinha alemã, no Atlântico Sul. Posteriormente, durante a
Guerra Fria, exacerbou-se a disputa ideológica, o que deixou pouco espaço
geopolítico para as nações periféricas, induzidas naturalmente a se alinha2
rem aos então países líderes de cada bloco – os Estados Unidos e a União
Soviética.
Em suas ações militares mais recentes, no Afeganistão e no Iraque,
os Estados Unidos tentaram, mas não conseguiram envolver os países sulamericanos
(mesmo porque, abstraído o justo combate contra o terrorismo
no Afeganistão, afloraram, de modo mais ou menos patente, pragmáticos
interesses ligados à apropriação do petróleo iraquiano).
Hoje, atenuada a influência norte-americana, trava-se na América do
Sul uma clara disputa geopolítica (e geoestratégica) entre o “grupo bolivariano”,
sob liderança da Venezuela, com o apoio de Cuba, e integrada pela
Bolívia (com Evo Morales) e pelo Equador (com Rafael Correa) e outro,
encabeçado pelo Brasil.
Certos embates geopolíticos entre o Brasil e países alinhados com
Hugo Chávez vêm se constituindo motivo de preocupação, caso da desventura
da Petrobras na Bolívia e da recusa do Equador de pagar serviços devidos
à empresa brasileira, no último caso, chegando a motivar a chamada
do embaixador brasileiro, para consultas. A reabertura de negociação pretendida
pelo Paraguai sobre o preço da energia da usina de Itaipu poderá
inclinar o Paraguai para o grupo bolivariano, dependendo da evolução dos
acontecimentos. O governo vem sendo criticado por estar conduzindo tais
questões com muita complacência. Talvez busque, com justas razões, o atingimento
de objetivos em médio e longo prazos, mas no dia-a-dia dá
margem a um certo desapontamento e, quem sabe, assim estimulando outras
reivindicações futuras.
Enquanto os conflitos de interesse entre o Brasil e o grupo sob liderança
da Venezuela ameaçam se acirrar, nossos atritos históricos com a Argentina
vêm perdendo intensidade, situando-se mais no campo econômico
(mesmo sem esquecer a oposição platina ao ingresso do Brasil no Conselho
de Segurança da ONU, entre outras questões menores ...). Há tempos Brasil
e Argentina deixaram de se enxergar mutuamente como inimigos potenciais.
Aliás, em agosto de 2008 foi aprovado um acordo de cooperação em
matéria de defesa entre os dois países.
A Segurança da Amazônia Azul
Entende-se por “Amazônia Azul” a área marítima onde o País exerce
soberania, direitos de soberania ou jurisdição, na forma prevista pela
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM). Essa
área compreende o mar territorial (até 12 milhas da costa), a Zona Econômica
Exclusiva (ZEE – das 12 às 200 milhas) e o leito e subsolo da plataforma
continental (que pode se estender além das 200 milhas).
A Marinha brasileira tem condições de assegurar a vigilância e a defesa
dessa área? Cabe ao poder político definir em que grau isso deve ser assegurado.
No momento, dispomos de forças navais em quantidade limitada,
3
embora mantenham o aprestamento em bom nível, como se conclui pelos
exercícios com outras marinhas. Após um longo período de redução dos
recursos destinados às Forças Armadas, com cortes sucessivos de verbas,
seria descabido, se não temerário, afirmar-se que a situação é hoje favorável.
Mas após a recente assinatura da “Estratégia Nacional de Defesa”, as
perspectivas abertas ao Poder Naval brasileiro tornaram-se bem mais positivas.
Na Política de Defesa Nacional, aprovada em 2005, a Amazônia e o
Atlântico Sul foram definidos como áreas prioritárias, em função de sua
importância estratégica e econômica. O recente Decreto n° 6.703/2008 aprovou
a Estratégia Nacional de Defesa (END), documento que foi classificado
de ousado, por analistas.
A END atribui prioridade às ações visando a assegurar os direitos
nacionais sobre o mar brasileiro, com especial cuidado à região da Bacia
Amazônica. Ganham destaque, para isso, os submarinos nucleares; os veículos
não-tripulados de vigilância e combate; os caças supersônicos; e os
mísseis, radares e bombas inteligentes. Prevê-se a construção de naviosaeródromos
(porta-aviões) de função múltipla e de menor porte, além de
uma base naval na Amazônia e outra para submarinos nucleares.
A END ainda prevê a reconstrução de nossa indústria bélica e de um
“complexo militar-universitário-empresarial”, vínculo entre a pesquisa e a
produção de materiais bélicos.
A aquisição, do exterior, de caças, submarinos e helicópteros deverá
prover a necessária obtenção de tecnologia e o desenvolvimento da indústria
militar. Foi incluído no contexto da defesa nacional o desenvolvimento
da energia nuclear. O País não irá aderir ao protocolo adicional do Tratado
de Não Proliferação Nuclear, decisão que porá fim à polêmica criada anos
atrás, quando a Associação Internacional de Energia Atômica fez pressões
para que assinássemos esse documento, destinado a ampliar as restrições já
existentes. Também estão previstas a construção de novas usinas nucleares,
o uso da energia nuclear em “amplo espectro de atividades” além da nacionalização
completa do ciclo do combustível.
A IV Frota e o pré-sal
Após 58 anos de sua extinção, ao fim da Segunda Guerra Mundial,
ressurge das cinzas, como uma fênix moderna, uma apreciável parcela do
poder naval dos Estados Unidos, que já voltou a operar no Atlântico Sul e
Caribe, desde meados de 2008: a IV Frota. Sua ativação foi apresentada
como uma medida para o combate ao terrorismo e às atividades ilícitas, entre
as quais o tráfico de drogas.
Mas, certamente, essas não são as únicas motivações. A IV Frota
ressurge como nítido movimento geoestratégico em face da atual conjuntura
política de nosso continente e coincide, muito casualmente, com a des4
coberta de imensas reservas brasileiras de petróleo no pré-sal (e o rearmamento
venezuelano).
De acordo com estudos estratégicos, as novas descobertas brasileiras
podem suprir toda a demanda americana por petróleo dos EUA por um período
superior a 15 anos, o que permitiria um desengajamento do problemático
Golfo Pérsico e do Oriente Médio. E, como se sabe, a questão energética
é absolutamente fundamental para os EUA. Tão importante que o
governo Bush foi capaz de inventar motivos para ir à guerra contra o Iraque,
visando, basicamente, a assegurar o abastecimento de petróleo.
Planejamento integrado
Mereceu atenção especial a proteção do litoral entre Santos e Vitória,
onde se localizam as reservas de petróleo do pré-sal. A Marinha irá dispor
de nova base naval na foz do rio Amazonas, com a tarefa, entre outras, de
aumentar sua presença nas bacias fluviais do Amazonas e Paraná-Paraguai.
Em função de seus aspectos controversos, a END foi objeto de muitas
críticas. Entre elas, de que será inexequível pela impossibilidade de serem
providos os recursos financeiros necessários e também a de que a criação
da espécie de autarquia militar imaginada é utópica. Outros críticos, na
área militar, inquietam-se com a possibilidade de ressurgimento de ingerência
política nos assuntos internos das Forças Armadas, bem como a tentativa,
que estaria em curso, de hipertrofiar o Ministério da Defesa.
Críticas a parte, assinado o decreto, o País passa a dispor de
um documento formal que norteará todo o planejamento estratégico em
termos integrados, modelando as estratégias da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica. Com respeito à Força Naval, o documento dá ênfase à construção
de um submarino de propulsão nuclear, antiga aspiração que tem por
base não a descabida obtenção de um caro “brinquedo” bélico, mas uma
exigência primordial da guerra no mar, sedimentada ao longo de décadas
de estudos estratégicos. Afinal, o aparentemente paradoxal dístico latino
“Si vis pacem para bellum” (Se queres a paz, prepara-te para a guerra) é
válido ainda hoje.
BIBLIOGRAFIA
1 - NAÍM, Moisés – “The 'Axis of Lula' vs. the 'Axis of Hugo'- Latin American
leaders face a choise between provocation and progress” , Foreign Policy
, posted March 2009 – Web exclusive, 26 mar. 2009.
5
2 – SCHROEDER, Luiz Gonzaga – “Perigo venezuelano”, Revista do Clube
Militar, Rio de Janeiro, RJ, 28 jan. 2008.
3 – COSTA FERNANDES, L.P. et alii – “ O Brasil – “Perturbador na Conjuntura
Internacional” – Rev. Clube Naval, mai/jun 2005, p.27 e seguintes.
4 - RICÚPERO, Rubens – Sonho adiado, Folha de São Paulo, 27 mai.
2007.
5 – “BUQUES de guerra rusos visitan Venezuela” – Fundación Nuestromar,
Argentina, 25 nov. 2008. (Fonte Redes Alternativas). Disponível em:
http://www.nuestromar.org/noticias/defe ... ion_122008_
.
6 – GOYOS, Durval de Noronha – “Assédio Naval ao Brasil”, Centro de
Mídia independente (CMI), 02 jun 2008. Disponível em:
www.midiaindependente.org.
7 - LARA, Bil – “O ressurgimento da IV Frota” mai 2008 – Disponível em:
bil@infoviabrasil.com.br
8 - GLOBAL Market Brief: Petrobras' Potential - 17 abr 2008, Disponível
em:
http://www.stratfor.com/regions/latin_america para assinantes
9 - “NOVO Plano de Defesa do Brasil. O”, Isto É, 05/11/2008.
10 – “The END: Generais escrevem dossiês para mostrar falhas e reais intenções
da Estratégia Nacional de Defesa” – in Alerta Total, 1º mar. 2009,
Disponível em: http://www.alertatotal.blogspot.com,
6
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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