TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15871 Mensagem por Penguin » Seg Ago 10, 2009 11:08 pm

PRick escreveu:Mais dados interessantes sobre o Super Lento. Comparação com os F-18C, que estão valendo até hoje, por sinal, com a piora da aerodinâmica, é bem possível que esses dados ainda estejam piores. A fonte e o Congresso dos EUA.
At sea level, the F/A-18C’s sustained turn rate is 19.2 degrees per second,
while the F/A-18E’s sustained rate is 18 degrees per second. The
instantaneous bleed rate of the F/A-18C is 54 knots per second, whereas
the F/A-18E will lose 65 knots per second in a turn.

At 15,000 feet, the F/A-18C’s sustained turn rate is 12.3 degrees per second,
while the F/A-18E’s sustained rate is 11.6 degrees per second. The
instantaneous bleed rate of the F/A-18C is 62 knots per second, whereas
the F/A-18E will lose 76 knots per second in a turn.
Aircraft acceleration affects an aircraft’s combat performance in a number
of ways, ranging from how quickly the aircraft can reach its area of
operation to its ability to close the gap in air-to-air engagements or to
evade air-to-ground missiles. Navy data shows the following:

At 5,000 feet at maximum thrust, the F/A-18C accelerates from 0.8 Mach to
1.08 Mach
7
in 21 seconds, whereas the F/A-18E will take 52.8 seconds.

At 20,000 feet at maximum thrust, the F/A-18C accelerates from 0.8 Mach
to 1.2 Mach in 34.6 seconds, whereas the F/A-18E takes 50.3 seconds.

At 35,000 feet at maximum thrust, the F/A-18C accelerates from 0.8 Mach
to 1.2 Mach in 55.80 seconds, whereas the F/A-18E takes 64.85 seconds.
The F/A-18C accelerates from 0.8 Mach to 1.6 Mach in 2 minutes
12 seconds, whereas the F/A-18E takes 3 minutes and 4 seconds.
fonte: http://www.gao.gov/cgi-bin/getrpt?NSIAD-96-98.

Para comparar,

- o Rafale tem turn rate sustentado de 26 g/s ao nível do mar.

[]´s

E a taxa de giro instantânea?
Como o Rafale acelera entre MAch 0,8 e 1,2?
The F/A-18E/F Super Hornet: A Test Pilot Dispels The Myths
By CDR Rob Niewoehner
http://www.fas.org/man/dod-101/sys/ac/d ... Hornet.htm

CDR Robert Niewoehner, USN, Ph.D., served as the Navy’s lead test pilot on the Super Hornet program from prior to first flight until July of this year. During that time he flew 296 E/F missions and more than 450 flight hours. His principal responsibilities were high- and low-speed envelope expansion, including flutter and spin/departure testing. He is currently assigned to the U.S. Naval Academy as part of the first cadre of Permanent Military Professors.

(...)
Myth #2 – "Bigger means faster."
Fact – "Bigger means more ordnance, flying farther, staying airborne longer." The F/A-18E/F moldline changes that provide for improved range, payload, and carrier suitability also, however, contribute to a steeper drag rise at transonic speeds, resulting in slightly slower level accelerations to supersonic speeds. A clean (no external stores) Lot XIX C/D will nose out a clean E/F in a drag race from 0.85 to 1.2 at 35,000 ft. But F/A-18E/F subsonic performance in both MIL and MAX power is significantly superior to that of a C/D, and manifests itself in shorter takeoff distances, better climb rates, and faster accelerations. In unloaded, tactically representative accelerations, the two aircraft are indistinguishable. "Apples-to-apples" comparison of the two aircraft must be done cautiously, however. One must remember that the E/F moves the C/D’s ever-present external wing tank fuel into the fuselage and wings. Deploying with a single centerline tank (its projected typical carrier configuration), the E/F’s acceleration performance will be a substantial improvement over a cruise-configured (two fuel tanks on wing stations) C/D everywhere in the flight envelope.

Myth #3 – "Then, bigger means less maneuverable."
Fact – "In the subsonic regime, the E/F performs as good as or better than a C/D in almost every respect." The challenge posed to the contractor was not to compromise the Hornet’s superb capabilities as a dogfighter. "As good as, or better than..." was the standard to meet. The result is that the turning performance charts overlay one another. At high angles of attack, the E/F’s agility truly shines, with superior roll performance and much more carefree handling.

The heritage Hornet was already the stand-out, high angle-of-attack (alpha) machine in the U.S. inventory. The E/F is "hands-down" superior in that environment. As of the end of July, the test program had completed the high-alpha and spin programs on the E-models for all symmetric loads, and on the F-model for fighter and centerline loadings. Lateral asymmetries and F-model stores testing are in progress.

There will be no angle-of-attack restrictions for the symmetrically loaded E or F models. Spin characteristics are benign, with a simplified recovery compared with that of the C/D, and no sustained falling-leaf departure exists in any stores loading tested.

My last flight in the E/F was in aircraft E4, loaded with three 480-gallon tanks and 4 Mk 83 bombs, and with the center of gravity ballasted to the aft limit of 31.8 percent. In that configuration, the airplane maneuvered without restriction from -30 to +50 degrees AOA, performed zero airspeed tailslides and spins to 120 degrees per second of yaw rate, and unsuccessfully attempted to generate a stable falling-leaf departure. We’ve engineered out all the known departure modes for rolls up to 360 degrees.

The air combat maneuvering (ACM) flights have revealed that the airplane may still be maneuvered at speeds as low as 80 KCAS. This airplane will be quite comfortable in any type of a "phone booth" close-in dogfight.

Agility, however, should really be considered in terms of the lethality of the complete weapons system. While thrust vectoring is maturing at a pace that might have allowed incorporation into the E/F, the weight and complexity penalties were prohibitive. Instead, adding the Helmet-Mounted Cueing System (HMCS) and a highly maneuverable off-boresight missile (AIM-9X) generates E/F total-system lethality that exceeds that available from a much more agile airplane with current missiles. HMCS and AIM-9X will enter the Fleet in 2001 and 2002, respectively
(...)
[]s




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Anderson TR
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15872 Mensagem por Anderson TR » Seg Ago 10, 2009 11:25 pm

HIGGINS escreveu:Só um pequeno detalhe, que parece passar despercebido nas discussões: A Rússia é hoje uma nação tão ou mais capitalista, que a França.
É possível que o percentual das empresas estatais francesas, seja maior que o seu equivalente na Rússia ou mesmo no Brasil.
As questões ideológicas, portanto, não têm lugar, apenas as geopolíticas.
O que você diz sobre esse espectro que ronda as discussões políticas mundo afora sobre posições ideológicas, é em termos verdade, porém, de forma bem sutil vemos peças se mexerem no tabuleiro global nos mostrando que não é bem assim, exemplo disso é a Geórgia e os escudos Anti-mísseis dos EUA pelas bandas do Leste Europeu, e o constante receio por parte de algumas nações (antigas e atuais ditaduras pseudo-comunistas como China e Russia) da unilateralidade das decisões Norte Americanas nos ultimos tempos, principalmente com relação ao Iraque....è bem verdade que o que impulsiona o mundo hoje é o paradigma econômico, porém, até que ponto os interesses econômicos globais de grandes players mundiais serão resolvidos no mercado ou na diplomacia???.....Aquele velho jargão sobre demanda, procura e escassez, ainda vale, e para garantir antigos e futuros filões das riquezas mundiais, a perpetuação de perspectivas ideológicas ainda existem, embrulhados para presentes por trás de discursos sobre o terrorismo, o narcotráfico, o aquecimento global, os direitos humanos, entre outros que só se aplicam de fato em locais onde as riquezas são foco de disputas mercadológicas....Que os digam os diversos mortos pelas guerras étnicas na Africa, que na maioria das vezes nem se divulga, entre outros milhões de miseráveis que morrem em países como a ìndia, que gastam boa parte de seu PIB com armamento enquanto seus cidadão morrem de fome...Enfim, apesar das considerações geo-políticas, creio que de certa forma elas são indissociáveis de aspectos ideológicos, mesmo que forjados....sem deixar de lembrar o que move os aliados Norte-Americanos no Oriente Médio e seus desafetos Árabes e muçulmanos, que ficam bem próximos de um mar de riquezas fósseis qua se avizinham com Russos e Chineses.....e assim caminha a humanidade :roll: :roll:

Sds




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15873 Mensagem por Penguin » Seg Ago 10, 2009 11:27 pm

Sustained Turn Rate Subsonic
Imagem

Sustained Turn Rate Supersonic
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Acceleration
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http://www.eurofighter.com/default.asp




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PRick

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15874 Mensagem por PRick » Seg Ago 10, 2009 11:49 pm

Santiago escreveu:
PRick escreveu:Mais dados interessantes sobre o Super Lento. Comparação com os F-18C, que estão valendo até hoje, por sinal, com a piora da aerodinâmica, é bem possível que esses dados ainda estejam piores. A fonte e o Congresso dos EUA.
fonte: http://www.gao.gov/cgi-bin/getrpt?NSIAD-96-98.

Para comparar,

- o Rafale tem turn rate sustentado de 26 g/s ao nível do mar.

[]´s

E a taxa de giro instantânea?
Como o Rafale acelera entre MAch 0,8 e 1,2?

[]s
Taxa de giro instantânea dos caças atuais são todas altas, graças ao FCS e as configurações da instabilidade.

Não conheço dados sobre a aceleração do Rafale, porém, devem estar em linha com o resto da performance.

Eu queria saber é o climb rate do SH, não deve ser muito diferente do F-18-C, ou seja, 228 m/s.

[]´s




PRick

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15875 Mensagem por PRick » Ter Ago 11, 2009 12:00 am

Santiago escreveu:Sustained Turn Rate Subsonic
Imagem

Sustained Turn Rate Supersonic
Imagem

Acceleration
Imagem

http://www.eurofighter.com/default.asp
Como falei, esses dados estão uma maravilha, no entanto, existem outras fontes. Assim, esses gráficos são boas propagandas, mas não existe detalhamento dos dados como esses abaixo. O Rafale ganha todas. [000] [000]

A comparação com os dados d0 F-18E é uma humilhação só.
Turn Rate Diagram at Sea level with 50% internal fuel (2/2)

• Rafale C main data for Turn performance at sea level are:– Maximum Turn Rate (CAT-I AoA limit) 30.00 deg/s at M=0.50– Maximum sustained Turn Rate (Ps=0) 23.9 deg/s at M=0.60

• Typhoon main data for Turn performance at sea level are:– Maximum Turn Rate (CAT-I AoA limit) 29.33 deg/s at M=0.50– Maximum sustained Turn Rate (Ps=0) 23.4 deg/s at M=0.60
Turn Rate Diagram at Sea level with with 45’ cruise (2/2)

• Rafale C main data for Turn performance at sea level are:– Maximum Turn Rate (CAT-I AoA limit) 32.10 deg/s at M=0.45 (R= 895 ft)– Maximum sustained Turn Rate (Ps=0) 26.25 deg/s at M=0.55 (R=1,340 ft)

• Typhoon main data for Turn performance at sea level are:– Maximum Turn Rate (CAT-I AoA limit) 30.2 deg/s at M=0.50 (R=1,060 ft)– Maximum sustained Turn Rate (Ps=0) 25.1 deg/s at M=0.60 (R=1,529 ft)
fonte: http://topolo.free.fr/Compare/Rafale%20vs%20Typhoon.pdf




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15876 Mensagem por Marcelo Reis Batista » Ter Ago 11, 2009 12:32 am

Caramba!

Em 3 intervalos 3 chamadas para a oferta bilionária da Boeing no jornal da Globo.

Looby who??? rsrrsrs




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15877 Mensagem por Marcelo Reis Batista » Ter Ago 11, 2009 12:41 am

"Espero que o gov brasileiro perceba, o beneficio de ter uma boa relação com os Estados Unidos..."

Foi o que o Mestre Oreste disse. Essa disputa está em outro patamar, a escolhar será simbólica e apontará o rumo da política externa brasileira.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15878 Mensagem por Luís Henrique » Ter Ago 11, 2009 1:09 am

Olha, temos que parabenizar a FAB, o MD e o governo Lula.

Sem duvida qualquer que seja o escolhido, virá em ótima condição.

Conseguimos o que queriamos, acesso a tecnologias, autonomia na integração de novos armamentos, um caça moderno e um preço justo.

Eu tenho preferência pelo Rafale.
Motivos:

1) melhor performance
2) parceria estratégia com a França / geopolítica
3) maior horizonte de desenvolvimento ja que será o único caça francês, diferente do SH que LOGO será substituido.

Mas se o SH ganhar, também ficarei feliz. O SH pode ser abaixo da média no quesito envelope de vôo, mas como caça, temos que reconhecer que é um dos melhores disponíveis.

Mais uma vez, parabéns ao Brasil.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15879 Mensagem por kekosam » Ter Ago 11, 2009 9:16 am

Bom... vendo as comparações entre o F-18C e o F-18E... chego a seguinte e humilde conclusão...

O C é mais leve que o E, que é mais potente que o C.

Se pegar os motores do E e colocar no C, com radar AESA e pimba... vira um baita caça...




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15880 Mensagem por luisdmrx » Ter Ago 11, 2009 9:26 am

kekosam escreveu:Bom... vendo as comparações entre o F-18C e o F-18E... chego a seguinte e humilde conclusão...

O C é mais leve que o E, que é mais potente que o C.

Se pegar os motores do E e colocar no C, com radar AESA e pimba... vira um baita caça...
E da-lhe durepox e araldite :mrgreen: :mrgreen:




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15881 Mensagem por Marino » Ter Ago 11, 2009 9:31 am

Época:
As bases da discórdia

Um acordo que aumenta a presença americana na Colômbia desagrada aos países vizinhos e influencia a competição pela venda de caças ao Brasil

MURILO RAMOS E JULIANO MACHADO



O principal assessor dos Estados Unidos para Assuntos de Segurança, James Jones, tinha uma missão quando desembarcou em Brasília na semana passada: pressionar o governo brasileiro a dar preferência a 36 caças supersônicos da Boeing, em uma disputa bilionária contra a francesa Dassault e a sueca Gripen. Além da oferta de transferência de tecnologias contidas na aeronave, trazia na manga uma carta de duas páginas que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, escreveu para o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

No documento, a que ÉPOCA teve acesso, Hillary diz que o avião americano F-18 supre com folgas as exigências da Força Aérea Brasileira e que os Estados Unidos estão interessados em expandir a cooperação bilateral – não apenas pela venda de armas. No fim da carta, Hillary despede-se de Amorim de forma bastante coloquial. Diz querer encontrá-lo em breve no Brasil. Jones só não desconfiava de que tudo isso seria posto em segundo plano diante da saraivada de perguntas a que foi submetido sobre outro assunto: a concessão de uso de até sete bases militares da Colômbia para as Forças Armadas dos EUA.

A forte presença americana na Colômbia não é novidade. Desde o fim da década passada, a Casa Branca estreitou as relações no campo militar com Bogotá, tentando combater o narcotráfico na fonte para proteger os cidadãos americanos na outra ponta. A novidade é que, pelo novo acordo, os Estados Unidos poderão usar as bases por dez anos e contar com até 1.400 pessoas entre militares e civis. A secretária americana para o Controle de Armas e Segurança Internacional, Ellen Tauscher, disse a ÉPOCA que no fundo não há grande mudança. “Os EUA e a Colômbia trabalham juntos há mais de dez anos. O que existe são tentativas da Venezuela de criar problemas a um governo que está no começo (o de Barack Obama)”, afirmou. “Detalhamos às autoridades brasileiras o que está acontecendo na Colômbia e as razões do acordo.”

Apesar da justificativa americana, de que as bases serão usadas para o combate ao narcotráfico e ao terrorismo, como já era feito, a diplomacia brasileira considerou os argumentos de Jones insuficientes. O próprio presidente colombiano, Álvaro Uribe, esteve por duas horas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, em Brasília – após um périplo por Bolívia, Peru, Paraguai, Argentina e Uruguai –, para tranquilizá-lo sobre o acordo e as intenções americanas na região.

A exemplo de Jones, Uribe não teve sucesso pleno. Após o encontro, Amorim disse que o Brasil respeita a soberania colombiana, mas que o acordo deve se restringir à Colômbia e seus termos devem ser mais transparentes. Preocupa o Itamaraty a existência de uma base (Apiay) com soldados americanos a apenas 450 quilômetros da fronteira com o Brasil. Tamanha proximidade inspira temores do lado brasileiro, como a possibilidade de uso de tecnologia militar para espionar a Amazônia e a facilidade para uma eventual incursão americana.

Outra questão envolve o alcance da estrutura americana. Um estudo recente da Força Aérea americana afirma que o Comando Militar Sul dos EUA, responsável pela América Latina, “passou a se interessar em estabelecer um local tanto para ações contra narcóticos como para operações de mobilidade”. A base de Palanquero é citada como uma opção. Dali, um avião C-17, destinado a transporte de carga e pessoal, poderia cobrir metade do continente sem reabastecer. As tais “operações de mobilidade” é que intrigam os militares e diplomatas brasileiros.

O documento cogita o “acesso” ao aeroporto do Recife como base intermediária de abastecimento de aeronaves com destino à África. Mas os próprios americanos sabem que na prática isso seria difícil. “A relação política com o Brasil não é conducente aos acordos necessários”, diz o texto. O especialista em assuntos militares Gunther Rudzit, que foi assessor do Ministério da Defesa do Brasil entre 2001 e 2002, afirma que só quem vê os EUA como uma ameaça enxerga riscos à soberania brasileira nesse documento. “Mas há uma corrente importante das Forças Armadas que pensa assim”, diz. Após a dissolução da União Soviética, segundo Gunther, os militares brasileiros deslocaram sua preocupação da ameaça comunista para a ameaça às riquezas naturais brasileiras, das quais os EUA poderiam ser os “saqueadores”.

O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, reforça a tese do descontentamento brasileiro com o acordo entre os EUA e a Colômbia. “Bases estrangeiras na região aparecem um pouco como resquício da Guerra Fria. A Guerra Fria acabou”, diz. Há também a preocupação de que as bases americanas ensejem novos conflitos entre países da região, como a incursão colombiana no Equador, em março do ano passado, para combater grupos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Um diplomata brasileiro que pediu anonimato diz que “certamente a inteligência americana esteve por trás daquela operação”.

A celeuma ganhou destaque em razão das declarações do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Acusado por Bogotá de municiar as Farc com armas antigas, Chávez afirmou que Uribe usou o caso para encobrir sua negociação com a Casa Branca. Chávez disse ainda que a Venezuela se sente ameaçada e ameaçou “ir a Moscou comprar vários tanques modernos”. Chávez suspendeu a importação de 10 mil veículos colombianos e pode desistir de comprar alimentos do país vizinho.

Boa parte da insatisfação no continente vem da falta de comunicação prévia do acordo, o que foi visto como uma atitude deselegante, quase hostil. “O que esperar da administração Obama se alguns procedimentos são idênticos aos da era Bush?”, diz uma autoridade brasileira. O assunto deve voltar à cena nesta semana na reunião da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), no Equador. A anunciada ausência de Uribe é vista como mais um gesto de quem dá prioridade a Washington, e não aos vizinhos.

Apesar dos protestos, Estados Unidos e Colômbia não pensam em recuar. No fim do ano, os EUA vão perder uma base em Manta, no Equador, por decisão do presidente equatoriano, Rafael Correa, aliado de Chávez. Para a Colômbia, o acordo ajuda a pressionar o Congresso americano a aprovar um tratado de livre comércio com os Estados Unidos, pretendido há muitos anos. Uribe já demonstrou insatisfação por não ter o mesmo status comercial com os EUA que o vizinho Peru, que firmou o acordo com Washington ainda no governo de George W. Bush.

O caso das bases pode prejudicar os Estados Unidos naquela que era a principal tarefa de James Jones em Brasília: a venda dos caças da Boeing ao Brasil. A assessora Ellen Tauscher diz que são assuntos diferentes. Não é o que concorrentes da empresa americana pensam. “Há uma clara intenção dos Estados Unidos de aumentar sua influência. Se o Brasil escolher o F-18, os pilotos serão treinados por americanos e os equipamentos a comprar passarão pelo crivo deles”, diz o diretor de vendas da Gripen, Bob Kemp. Os franceses da Dassault, preferidos do ministro da Defesa, Nelson Jobim, ganham pontos ao se manter afastados da polêmica. Pelo visto, Jones terá de dar muitas explicações, e Hillary terá de caprichar nas próximas cartas.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15882 Mensagem por Marino » Ter Ago 11, 2009 9:32 am

Boeing quer vender caças e tecnologia ao Brasil

F-18 Super Hornet são oferecidos ao governo brasileiro. Barack Obama já trata do assunto com o presidente Lula.

Do G1, com informações do Jornal da Globo


O governo brasileiro anuncia em breve de quem comprará 36 modernos aviões de combate, para substituir a atual frota de caças supersônicos. O volume final do negócio, dependendo de projetos de transferência de tecnologia, deve chegar os US$ 10 bilhões.

Na luta pelo contrato bilionário, a maior empresa aeroespacial do mundo, a Boeing, está oferecendo investir no Brasil a mesma soma em dólares que for paga pela aquisição dos caças avançados pretendidos pela Força Aérea Brasileira (FAB).

A promessa veio da boca de Jim Albaugh, vendedor-chefe de aviões militares e sistemas bélicos da Boeing. Ele acha que seu avião é o melhor por um motivo central: é o único, entre os competidores, que está em combate há mais de 15 anos e vai continuar.

Trata-se do “F-18 Super Hornet” de segunda geração, empregado pela Marinha americana. Os principais competidores são o francês “Rafale”, oferecido com um amplo pacote de tecnologias que incluiriam até submarinos, e o sueco “Grippen”, um modelo elogiado pela flexibilidade e baixos custos.

Mas o vendedor da Boeing sabe que o foco central do reequipamento da FAB é político, e diz que o governo de Barack Obama entendeu o que precisa ser feito.

“Washington apoia uma oferta de transferência de tecnologia que incluiria a propriedade intelectual, além de sistemas avançados de armamentos, uma proposta nunca feita antes”, segundo Jim Albaugh.

Pentágono gasta menos e Boeing deve demitir mil funcionários

E qual motivo da Boeing por à venda o que lhe custou tanto dinheiro para desenvolver? “Queremos ser uma empresa global no setor de defesa, com a participação de vários países”, respondeu. “E para isso precisamos oferecer a tecnologia que desenvolvemos”.

São severas as restrições impostas pelo governo dos EUA aos compradores de armas americanas que desejam reexportar bens e tecnologias adquiridas. “No caso do Brasil”, diz o vendedor da Boeing, “a disposição do governo de Obama em facilitar as coisas não tem precedentes”, disse.

E por um fato simples, adianta: “Nos últimos anos, os americanos exportaram centenas de aviões de guerra, mas nenhum para o Brasil, e agora o Departamento de Estado em Washington aceitou que fosse exportada também a nossa propriedade intelectual”.

Há 35 anos vendendo aviões militares, Jim Albaugh tem clara visão de quanto a política influencia esse tipo de negócio. “Entendo que existam preocupações em relação aos EUA por conta do passado. Mas espero que o governo brasileiro perceba como pode se beneficiar de ter uma boa relação com os EUA”, afirmou.

Obama

O Jornal da Globo apurou que o presidente Barack Obama já ligou uma vez para o presidente Lula para falar do interesse americano em vender aviões militares e tecnologia para o Brasil, e deve telefonar brevemente mais uma vez, para tratar do mesmo assunto.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15883 Mensagem por Thor » Ter Ago 11, 2009 9:59 am

kekosam escreveu:Bom... vendo as comparações entre o F-18C e o F-18E... chego a seguinte e humilde conclusão...

O C é mais leve que o E, que é mais potente que o C.

Se pegar os motores do E e colocar no C, com radar AESA e pimba... vira um baita caça...
Ai ele vai virar quase um F-18E, porém sem aviônica do mesmo...
Não dá para comparar dados de desempenho (velocidade, raio de curva, pista para dep) e dizer só com isso que o caça X é melhor que o Y...
Seria a mesma coisa dizer que o tucaninho é melhor que o A-29, pois tem menor raio de curva etc...
Que o Strike Eagle, com 81000lb é pior que o Eagle.
Quando coloca-se uma série de equipamentos para melhorar no combate é claro que alguma coisa de performance vai degradar. Se não valesse a pena não seria feito.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15884 Mensagem por Penguin » Ter Ago 11, 2009 10:04 am

PRick escreveu:
Santiago escreveu:Sustained Turn Rate Subsonic
Imagem

Sustained Turn Rate Supersonic
Imagem

Acceleration
Imagem

http://www.eurofighter.com/default.asp
Como falei, esses dados estão uma maravilha, no entanto, existem outras fontes. Assim, esses gráficos são boas propagandas, mas não existe detalhamento dos dados como esses abaixo. O Rafale ganha todas. [000] [000]

A comparação com os dados d0 F-18E é uma humilhação só.
Turn Rate Diagram at Sea level with 50% internal fuel (2/2)

• Rafale C main data for Turn performance at sea level are:– Maximum Turn Rate (CAT-I AoA limit) 30.00 deg/s at M=0.50– Maximum sustained Turn Rate (Ps=0) 23.9 deg/s at M=0.60

• Typhoon main data for Turn performance at sea level are:– Maximum Turn Rate (CAT-I AoA limit) 29.33 deg/s at M=0.50– Maximum sustained Turn Rate (Ps=0) 23.4 deg/s at M=0.60
Turn Rate Diagram at Sea level with with 45’ cruise (2/2)

• Rafale C main data for Turn performance at sea level are:– Maximum Turn Rate (CAT-I AoA limit) 32.10 deg/s at M=0.45 (R= 895 ft)– Maximum sustained Turn Rate (Ps=0) 26.25 deg/s at M=0.55 (R=1,340 ft)

• Typhoon main data for Turn performance at sea level are:– Maximum Turn Rate (CAT-I AoA limit) 30.2 deg/s at M=0.50 (R=1,060 ft)– Maximum sustained Turn Rate (Ps=0) 25.1 deg/s at M=0.60 (R=1,529 ft)
fonte: http://topolo.free.fr/Compare/Rafale%20vs%20Typhoon.pdf
Esses dados postados por vc não passam de um exercício hipotético:
Basic hypothesis
• Rafale C and Typhoon share the same aerodynamic configuration, means same CL
(lift) and CD (drag) coefficients law [Cx(Mach, AoA)]. This is known as not realistic,
but I do not have reliable data to differentiate them.

– Subjective position may give less Drag at high Mach number to the Typhoon and better
Lift at high AoA (>20) for the Rafale.
• M88-2 and EJ-200 share same Thrust Profile (coefficient between static thrust and
actual thrust at a given altitude and Mach number configuration) under M=1.8 ,
even mounted behind 2 very different air intake, EJ-200 thrust is assumed to
decrease only after M=2.2. This is known as not realistic, but I do not have reliable
data to differentiate them.

• Rafale C and Typhoon share Fly Control limits (AoA limitation versus G factor). This
is known as not realistic, but I do not have reliable data to differentiate them.

– Non confirmed information indicated higher AoA values allowed for the Rafale (Flight
envelop of the Typhoon is still not fully open)




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Bender

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#15885 Mensagem por Bender » Ter Ago 11, 2009 10:11 am

Do Mesmo G1(Globo)

Boeing quer vender caças e tecnologia ao Brasil

F-18 Super Hornet são oferecidos ao governo brasileiro. Barack Obama já trata do assunto com o presidente Lula.

Do G1, com informações do Jornal da Globo


O governo brasileiro anuncia em breve de quem comprará 36 modernos aviões de combate, para substituir a atual frota de caças supersônicos. O volume final do negócio, dependendo de projetos de transferência de tecnologia, deve chegar os US$ 10 bilhões.

Na luta pelo contrato bilionário, a maior empresa aeroespacial do mundo, a Boeing, está oferecendo investir no Brasil a mesma soma em dólares que for paga pela aquisição dos caças avançados pretendidos pela Força Aérea Brasileira (FAB).

A promessa veio da boca de Jim Albaugh, vendedor-chefe de aviões militares e sistemas bélicos da Boeing. Ele acha que seu avião é o melhor por um motivo central: é o único, entre os competidores, que está em combate há mais de 15 anos e vai continuar.

Trata-se do “F-18 Super Hornet” de segunda geração, empregado pela Marinha americana. Os principais competidores são o francês “Rafale”, oferecido com um amplo pacote de tecnologias que incluiriam até submarinos, e o sueco “Grippen”, um modelo elogiado pela flexibilidade e baixos custos.

Mas o vendedor da Boeing sabe que o foco central do reequipamento da FAB é político, e diz que o governo de Barack Obama entendeu o que precisa ser feito.

“Washington apoia uma oferta de transferência de tecnologia que incluiria a propriedade intelectual, além de sistemas avançados de armamentos, uma proposta nunca feita antes”, segundo Jim Albaugh.

Pentágono gasta menos e Boeing deve demitir mil funcionários

E qual motivo da Boeing por à venda o que lhe custou tanto dinheiro para desenvolver? “Queremos ser uma empresa global no setor de defesa, com a participação de vários países”, respondeu. “E para isso precisamos oferecer a tecnologia que desenvolvemos”.

São severas as restrições impostas pelo governo dos EUA aos compradores de armas americanas que desejam reexportar bens e tecnologias adquiridas. “No caso do Brasil”, diz o vendedor da Boeing, “a disposição do governo de Obama em facilitar as coisas não tem precedentes”, disse.

E por um fato simples, adianta: “Nos últimos anos, os americanos exportaram centenas de aviões de guerra, mas nenhum para o Brasil, e agora o Departamento de Estado em Washington aceitou que fosse exportada também a nossa propriedade intelectual”.

Há 35 anos vendendo aviões militares, Jim Albaugh tem clara visão de quanto a política influencia esse tipo de negócio. “Entendo que existam preocupações em relação aos EUA por conta do passado. Mas espero que o governo brasileiro perceba como pode se beneficiar de ter uma boa relação com os EUA”, afirmou.

Obama

O Jornal da Globo apurou que o presidente Barack Obama já ligou uma vez para o presidente Lula para falar do interesse americano em vender aviões militares e tecnologia para o Brasil, e deve telefonar brevemente mais uma vez, para tratar do mesmo assunto.
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Marcelo Reis Batista escreveu:"Espero que o gov brasileiro perceba, o beneficio de ter uma boa relação com os Estados Unidos..."

Foi o que o Mestre Oreste disse. Essa disputa está em outro patamar, a escolhar será simbólica e apontará o rumo da política externa brasileira.
Pois é,a ficha técnica: Ó!E essa frase ai de cima tem até um ar de ameaça :mrgreen:

Repare a elevada no patamar,reequilibrando o jogo com a França,marreta na parada,limitação da plataforma?Esquece é venda na base do convencimento político com todas as armas possíveis,não são misseis não.

"Obama

O Jornal da Globo apurou que o presidente Barack Obama já ligou uma vez para o presidente Lula para falar do interesse americano em vender aviões militares e tecnologia para o Brasil, e deve telefonar brevemente mais uma vez, para tratar do mesmo assunto."


"“Washington apoia uma oferta de transferência de tecnologia que incluiria a propriedade intelectual, além de sistemas avançados de armamentos, uma proposta nunca feita antes”, segundo Jim Albaugh."

Bate com o mantra que o VPimenta disse que o cara repetia a toda hora na entrevista em SP,e ai o nosso governo vai acreditar no Aval de boa Fé?

Eu não.


Sds




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