Boa pergunta Gustavo!!!Existem agencias reguladoras para tudo quanto é coisa...exemplo disso é a própria ANA que regula o uso de nossas águas...O Sistema Telebrás, que tem um cronograma a ser seguido de investimentos, inclusive de popularização do uso das comunicações...Após o grande processo de privatização que ocorreu massivamente no governo FHC, o Brasil tem se deparado com a necessidade de dividir a responsabilidade do investimento majoritariamente em infra-estrutura, entre o Estado e a iniciativa privada. A ainda ineficiente PPP é uma necessidade e uma das soluções visualisadas pelo poder público para diminuir o déficit de recursos em comparação com o tamanho e urgencia de se superar nossos gargalos logísticos.GustavoB escreveu:Como fica então a Vale nesse quadro?
A Vale do Rio Doce, uma ex-empresa Estatal, que diga-se de passagem deveria estar desempenhando um papel proporcional ao desempenhado pela Petrobrás, que não é de um todo Estatal, possui conceções para a exploração de riquezas minerais em nosso território, porém, não possui nenhuma responsabilidade com o investimento em áreas estratégicas como o beneficiamento de minerio bruto de diversas grandezas.....A vale, como grande beneficiária da exploração de nossas riquezas minerais, só se preocupa pura e simplesmente com o escoamento de sua produção bruta para os grandes portos brasileiros, deveria existir Agencias reguladoras e políticas publicas que incentivassem esses grandes conglomerados a auxiliar na especialização, pesquisa e avanço tecnológico nessas áreas estratégicas....A fibra de carbono, é beneficiada à partir de minério bruto ainda em pequenas quantidades no Brasil (Algumas Universidades em forma artesanal e pequenas empresas), e necessitaria de um certo investimento para isso, sendo assim, é muiiito mais fácil exportar a matéria bruta, e se eximir dessa complexidade logistica e de investimento e pesquisas....basta lembrarmos que grandes avanços tecnológicos devem andar pari -passo com o incentivo do Estado, ou partindo do próprio Estado....Diga-se de passagem, o que seria de nossas tecnologias nucleares se não tivesse um interesse estratégico por trás, (reator nuclear desenvolvido pela Marinha e enriquecimento de Urânio) e ainda ressaltando que apesar de estratégico houve de longa data um grande descaso, e mesmo assim, trouxeram frutos.
Em suma, empresas que se beneficiam de concessões do Estado e exploram nossas riquezas, devem trazer benefícios que superem simples cifras de certa forma transitórias, resultantes de commodities extremamente suscetiveis aos ventos especulativos do mercado internacional, e que de certa forma acabam se estabelecendo em grandes sistemas financeiros mundiais, cujo interesse é tudo, menos o interesse do desenvolvimento da nação.