OK, mas se o atacante eventutalmente bloquear as áreas portuárias do NE com a finalidade de impedir sua utilização no apoio a nossa esquadra e não havendo meios navais na área ou capazes de atuar contra essas ameaças, tu não achas que o emprego de mísseis navais uma opção adequada para a proteção desses pontos sensívies?FCarvalho escreveu:Falando em amazônia via NE, não devemos esquecer duas coisas:
uma é que a região litorânea do Amapá ao Maranhão tem cerca de 1300km de praias, bahias com algumas ligações pertinentes a pontos estratégicos para a entrada e domínio da região;
outra coisa é que qualquer tentativa de dominio da região passa pelo fixação do controle da foz do Amazonas, algo em torno de pouco mais de 300km de extensão. neste sentido, teriamos uma linha de contato imediato demasiada grande para defender e o provável atacante longa demais para valer o risco de ter suas linhas de suprimento e comunicações cortadas pela ação de tropas dentro do eixo de desdobramento da cabeça de praia.
aí temos que avaliar os custos-benefícios de se situar, ou não, misseis AN postados em terra para a defesa de uma área extensa como essa (cientes do reconhecimento on line do oponente), a valia de seu pré-posicionamento, ou ainda se a tática de deslocamento rápido seria a mais eficaz.
considerando-se que há vários pontos passiveis de desembarque naquela região (pra quem não conhece, a selva ternina antes da praia), e que há uma razoável malha viária em termos de quantidade - não em qualidade - que podem eventualmente suscitar desdobramentos do ponto de desembarque, tanto para leste quanto para o centro-oeste do país, embora não para o interior da região, somente via fluvial, que é o que interessa, podemos verificar que a simples disposição de misseis AN terrestes não justifica sua aplicação em todos os cenários e coerentemente há de se prvilegiar outros meios que possam adicionar alguma capacidade de dissuasão junto ao inimigo. O missil AN terrestre na espectativa desse TO especifico seria quase que irrelevante face as condições territoriais, logisticas e de apoio pessoal.
abraços
Só para ilustrar o que estou dizendo, por ex., no caso do RS onde moro: tu sabias que para impedir o abastecimento de petróleo ao RS basta destruir o terminal da Petrobras em Tramandaí (uma pequena cidade no litoral do RS localizada sobre uma extensa faixa de praia extremamente plana e apenas algumas dunas) e lá se vão bem mais da metade de nossas forças blindadas por falta de combustível, pois até que cheguem comboios de caminhões via BR101 ou BR116 vindos SC, PR ou SP nossos blindados não saíriam de suas garagens e aí perderíamos um dois ou três dias na nossa mobilização e deslocamento de tropas para o TO, isso se esses caminhões não fossem explodidos pelo caminho pela aviação adversária ou mesmo se as pontes sobre o rio Mampituba, Pelotas e Uruguaí não fossem colocadas a baixo.