O que é uma favela carioca?
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Bom....estou meio sem tempo e sem vntade de escrever; além desse teclado ser um lixo. Portanto serei breve.
Balena.
O pessoal da direta no forum tem que entrar em consenso. Ou a guerrilha era assustadora, contando com cerca de 90 -foi isso que me colocaram na ultima discussao sobre o assunto- instituiçoes ditas TERRORISTAS, nem guerrilheiras; ou eram guerrilhas de butiquim. Até hj o pessoal da "direita" admitiu a repressao como contra partida dessa assutadora instituiçao, que inclusive, segundo os conspiracionistas, fazia parte da Internacional, que por sua fez queriam dominar o mundo e até o espaço sideral -tipo o pink e o cerebro mesmo. Entao, em se admitindo as guerrilhas como de BUTIQUIM, se torna ainda mais absurda e irracional o aumento da repressao, já que esta perde aquilo que servia -pessimamente, diga-se de passagem- como embasamento para aquele absurdo todo. Nossos protótipos de militares, seguindo seu pensamento, erraram ainda mais do que os próprios direitistas poderiam assumir. Essa situaçao é engraçada.
Bom. Quanto ao Petista preso, existem excessoes que servem justamente para confirmar a regra. Ele ser bem tratado confirmou a regra contrária, que é de conhecimento de todos. A safadeza, covardia e desonestidade dos nossos militaróides foi patente nessa época, nao se pode esquecer, muito menos duvidar disso.
Para finalizar, sua ampla concepçao de intelectualóides nao inclui somente guerrilheiros nao meu caro. Todo defensor de direitos humanos está nessa, independente de ser petista,´pmdbista, psdbista ou masoquista. Os intelectuaóide, que vc joga numa vala comum, sao todos os pensadores de renome que temos na sociedade brasileira, tirando grandes nomes como o Datena, o Ratinho entre outros de grande peso intelectual que atuam na sua vertente de pensamento. Fora os GRANDIOSOS intelectuais citados, todos os outros que possuem alguma massa encefálica e cutua um pouco de leitura obre o tema da democracia defende aquilo que vc abomina.
Continue com o Ratinho e o Datena. Prefiro me filiar à correntes um pouco mais fundamentadas e estruturadas sobre o assunto. Vc fica com seus intelectuais, e eu fico com os meus intelectualóides...............Cada um na sua.....
Falow.
Balena.
O pessoal da direta no forum tem que entrar em consenso. Ou a guerrilha era assustadora, contando com cerca de 90 -foi isso que me colocaram na ultima discussao sobre o assunto- instituiçoes ditas TERRORISTAS, nem guerrilheiras; ou eram guerrilhas de butiquim. Até hj o pessoal da "direita" admitiu a repressao como contra partida dessa assutadora instituiçao, que inclusive, segundo os conspiracionistas, fazia parte da Internacional, que por sua fez queriam dominar o mundo e até o espaço sideral -tipo o pink e o cerebro mesmo. Entao, em se admitindo as guerrilhas como de BUTIQUIM, se torna ainda mais absurda e irracional o aumento da repressao, já que esta perde aquilo que servia -pessimamente, diga-se de passagem- como embasamento para aquele absurdo todo. Nossos protótipos de militares, seguindo seu pensamento, erraram ainda mais do que os próprios direitistas poderiam assumir. Essa situaçao é engraçada.
Bom. Quanto ao Petista preso, existem excessoes que servem justamente para confirmar a regra. Ele ser bem tratado confirmou a regra contrária, que é de conhecimento de todos. A safadeza, covardia e desonestidade dos nossos militaróides foi patente nessa época, nao se pode esquecer, muito menos duvidar disso.
Para finalizar, sua ampla concepçao de intelectualóides nao inclui somente guerrilheiros nao meu caro. Todo defensor de direitos humanos está nessa, independente de ser petista,´pmdbista, psdbista ou masoquista. Os intelectuaóide, que vc joga numa vala comum, sao todos os pensadores de renome que temos na sociedade brasileira, tirando grandes nomes como o Datena, o Ratinho entre outros de grande peso intelectual que atuam na sua vertente de pensamento. Fora os GRANDIOSOS intelectuais citados, todos os outros que possuem alguma massa encefálica e cutua um pouco de leitura obre o tema da democracia defende aquilo que vc abomina.
Continue com o Ratinho e o Datena. Prefiro me filiar à correntes um pouco mais fundamentadas e estruturadas sobre o assunto. Vc fica com seus intelectuais, e eu fico com os meus intelectualóides...............Cada um na sua.....
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"O Lenin dizia que socialismo é igual a ferro mais energia. Hoje é educação mais educação."
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Só uma pergunta. A violência da forma que está hoje é mais culpa dos intelectualóides que tratam bandido como vítima ou dos "intelectuais" que pregam maior firmeza contra o crime?
Acho que quando tratávamos bandidos como tal, a situação era bem melhor.
Acho que quando tratávamos bandidos como tal, a situação era bem melhor.
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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O assunto desbancou demais para outras veredas, nas quais não irei prosseguir. Entendam que o combate a violência, mais especificamente àquela gerada pelo tráfico de drogas, passa por duas vertentes, a saber:
1) Fazer cessar as ações da DH, e;
2) Neutralizar e punir o usuário dito social com penas alternativas que envolvam trabalho comunitário.
Enquanto isso não ocorrer continuaremos nas mãos da inoperância de um sistema que conta com ampla conivencia de amplos setores da nossa sociedade, inclusive daqueles posicionados no vértice superior do poder.
Brasil Acima de TUdo!!!
1) Fazer cessar as ações da DH, e;
2) Neutralizar e punir o usuário dito social com penas alternativas que envolvam trabalho comunitário.
Enquanto isso não ocorrer continuaremos nas mãos da inoperância de um sistema que conta com ampla conivencia de amplos setores da nossa sociedade, inclusive daqueles posicionados no vértice superior do poder.
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- Clermont
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Acabei de ver uma matéria ótima sobre o problema das moradias em áreas de risco, em Fortaleza.
Nos últimos anos, tem aumentado muito esse problema. A prefeitura tenta lidar com isso, mas seus programas só atendem 10 % da demanda por moradias populares.
Mas o pior de tudo isso é o que acontece com aqueles que conseguem uma moradia do poder público. A maioria dessas pessoas, dois ou três anos depois, vende a casa obtida de graça – o que é proibido -, e volta a construir um barraco em alguma favela de Fortaleza. Passam-se mais alguns anos, essa gente recebe outra casa da prefeitura, e o ciclo recomeça.
E isso, pela reportagem, não era uma coisa que ocorria com um ou outro. É um processo em massa. Um dos moradores disse que, dois anos depois, está sozinho, na vila erguida pela prefeitura. Todos os vizinhos venderam as casas e voltaram aos barracos em áreas de risco.
E isso foi confirmado pelos próprios moradores das favelas!
Ou seja, o dinheiro do imposto é jogado fora, sem resultado algum. E a capital cearense continua no seu ritmo de degradação, como várias outras capitais brasileiras.
A reportagem não disse, mas eu desconfio que tem dedo da corrupção nisso. Afinal, como se explica que alguém que já foi beneficiado por um programa público; cometeu a infração de vender esse bem; e ainda assim, é indicado, de novo, para ganhar outra casa?
Com certeza, o dinheiro da venda está sendo repartido com alguém...
Esse tipo de coisa também se vê no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ou seja, toda vez que se tentar criar um projeto de habitação popular, se estará sujeito a esse tipo de problema.
Nos últimos anos, tem aumentado muito esse problema. A prefeitura tenta lidar com isso, mas seus programas só atendem 10 % da demanda por moradias populares.
Mas o pior de tudo isso é o que acontece com aqueles que conseguem uma moradia do poder público. A maioria dessas pessoas, dois ou três anos depois, vende a casa obtida de graça – o que é proibido -, e volta a construir um barraco em alguma favela de Fortaleza. Passam-se mais alguns anos, essa gente recebe outra casa da prefeitura, e o ciclo recomeça.
E isso, pela reportagem, não era uma coisa que ocorria com um ou outro. É um processo em massa. Um dos moradores disse que, dois anos depois, está sozinho, na vila erguida pela prefeitura. Todos os vizinhos venderam as casas e voltaram aos barracos em áreas de risco.
E isso foi confirmado pelos próprios moradores das favelas!
Ou seja, o dinheiro do imposto é jogado fora, sem resultado algum. E a capital cearense continua no seu ritmo de degradação, como várias outras capitais brasileiras.
A reportagem não disse, mas eu desconfio que tem dedo da corrupção nisso. Afinal, como se explica que alguém que já foi beneficiado por um programa público; cometeu a infração de vender esse bem; e ainda assim, é indicado, de novo, para ganhar outra casa?
Com certeza, o dinheiro da venda está sendo repartido com alguém...
Esse tipo de coisa também se vê no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ou seja, toda vez que se tentar criar um projeto de habitação popular, se estará sujeito a esse tipo de problema.
- VICTOR
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O problema parece ser uma certa indolência depois que ocorre a transferência. Se querem que não haja pessoas na barranca do Rio ou no morro que possa deslizar, não basta apenas remover a turma para um conjunto e torcer para que não voltem. Cada área esvaziada tem que ser mantida vazia, se alguém for tentar morar lá tem que ser expulso imediatamente, duvido que isso seja ilegal, mas o problema é nessa hora todos os juízes, comandantes etc viram humanistas e a turma volta pra lá.
- Clermont
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A FAVELA DEIXOU DE SER O ENDEREÇO DA MISÉRIA.
Ricardo Neves – O Globo, 10 de março de 2006.
Nossos diagnósticos dos problemas das sociedade brasileira são todos de natureza apocalíptica, na base do câncer em metástase. Por esta razão, erramos na mão volta e meia em eleições e buscamos profetas e salvadores da pátria mais do que líderes que devam trabalhar uma agenda de prioridades. É daí que aparecem chances para demagogos e oportunistas à espreita.
Os próximos meses de 2006 serão tempos importantes para discutirmos não apenas os nomes das pessoas que devem ocupar a Presidência da República, governos estaduais e demais cargos eletivos. É um tempo para deixarmos de lado desencantos e frustrações com políticos em geral e discutirmos, sobretudo, a coisa certa a ser feita por aqueles que forem eleitos.
A democracia é um regime eficaz e eficiente quando o conjunto da sociedade consegue ter clareza a respeito de uma pauta – uma agenda do que julga prioritário a ser feito – e então delega aos eleitos a responsabilidadde de implementar o que se entende como consensual. Quando a sociedadde discute ativamente propostas realistas, mais do que ficar escolhendo entre Fulano ou Beltrano, temos a capacidade de influenciar de maneira mais pró-ativa nos destinos da nação.
Quero aqui dar minha contribuição neste sentido. Neste mesmo jornal, fui entrevistado recentemente por apresentar em meu livro “Pegando no Tranco: O Brasil do Jeito que Você Nunca Pensou” (Editora Senac Rio) idéias que são consideradas novas, polêmicas e, para muita gente, provocativas.
O que faço nesse livro é, basicamente, procurar chamar a atenção para o fato de que estamos, como sociedade, respondendo perguntas novas com respostas velhas.
Quer um exemplo? A pobreza. O nosso senso comum é dizer que o Brasil é um país onde predominam os pobres, indigentes e miseráveis. Na prática, o que o nosso senso comum faz é oferecer um briefing para os políticos, independente de partido, para que coloquem como questão número um o combate à pobreza. Olha o Lula quando chegou lá: tacou o Fome Zero como o seu primeiro programa.
Ocorre que as empresas, por suas análises de mercado, começaram a descobrir que o Brasil não é um mar de pobreza, mas um mar de baixa renda e informalidade com ilhotas de riqueza e ilhas, sim, de miseráveis.
De novo: ilhas de pobreza, não um mar de miséria. Na prática, o que está sendo descoberto pelas empresas é algo contra-intuitivo do ponto de vista do senso comum. Os estudos de mercado perguntam para as pessoas o que elas têm e o que elas compram, diferentemente dos estudos governamentais, que perguntam para as pessoas quanto elas ganham por mês.
Essas pesquisas de mercado revelam que, mesmo em lugares imaginados como miseráveis, como as favelas do Rio, São Paulo, das capitais etc., os domicílios têm telefone celular, microondas, máquinas de lavar roupa, aparelho de som estéreo em percentuais muito acima do que o senso comum julgava, para não falar da presença quase chegando a 100 % de posse de geladeira e TV.
Diversas empresas como Casas Bahia se especializaram em vender para a baixa renda, que o senso comum insiste em chamar de pobre. A favela não é mais o endereço da miséria. E isso estão descobrindo as grandes multinacionais, que estão enviando os seus jovens gerentes para morar em favelas por um período de alguns meses para estudar os hábitos de consumo e estilo de vida das pessoas.
O objetivo é para que esses jovens gerentes saiam de lá com planos de negócios para as mais variadas necessidades da população de baixa renda, de serviços financeiros a planos de saúde, de aparelhos eletrodomésticos a material de autoconstrução.
Economistas de governo e de instituições ligadas ao estudo da pobreza continuam calibrando programas assistenciais a partir da pergunta “quanto você ganha por mês” e estimando que temos 60 milhões de miseráveis. Não temos estes números apocalípticos.
Outras pesquisas, sobretudo da iniciativa privada, trazem boas notícias. Temos muito menos: no máximo 16 ou 17 milhões. E para tratar estrategicamente essa pobreza em ilhas é necessária uma focalização de raio laser, não um holofote de megaprogramas assistencialistas, ineficientes e que desperdiçam recursos importantes e que, além disso, viciam perigosamente uma geração de baixa renda tornando-a dependente de subsídio a fundo perdido.
O grande problema é a informalidade. Essa é uma nova pergunta que os programas assistenciais não podem dar resposta correta. Na informalidade estão os 60 % dos trabalhadores brasileiros. Na informalidade estão 10 milhões de micro e pequenas empresas dentre o total de 15 milhões de empresas do Brasil.
Assim estão porque tributos são extorsivos, porque a burocracia é complicadíssima e porque não estão claras as vantagens que o governo dá em contrapartida. Além disso, estão na informalidade 13 milhões dos 52 milhões de imóveis residenciais do país que representam um capital morto para indivíduos e para a sociedade.
A informalidade e sua irmã degenerada – a criminalidade – são as novas questões que devem ir para o topo das prioridades da sociedade nesta eleição de 2006. A informalidade, essa sim, é um câncer em metástase que pode desestruturar as perspectivas da sociedade brasileira nos tempos à frente.
Ricardo Neves – O Globo, 10 de março de 2006.
Nossos diagnósticos dos problemas das sociedade brasileira são todos de natureza apocalíptica, na base do câncer em metástase. Por esta razão, erramos na mão volta e meia em eleições e buscamos profetas e salvadores da pátria mais do que líderes que devam trabalhar uma agenda de prioridades. É daí que aparecem chances para demagogos e oportunistas à espreita.
Os próximos meses de 2006 serão tempos importantes para discutirmos não apenas os nomes das pessoas que devem ocupar a Presidência da República, governos estaduais e demais cargos eletivos. É um tempo para deixarmos de lado desencantos e frustrações com políticos em geral e discutirmos, sobretudo, a coisa certa a ser feita por aqueles que forem eleitos.
A democracia é um regime eficaz e eficiente quando o conjunto da sociedade consegue ter clareza a respeito de uma pauta – uma agenda do que julga prioritário a ser feito – e então delega aos eleitos a responsabilidadde de implementar o que se entende como consensual. Quando a sociedadde discute ativamente propostas realistas, mais do que ficar escolhendo entre Fulano ou Beltrano, temos a capacidade de influenciar de maneira mais pró-ativa nos destinos da nação.
Quero aqui dar minha contribuição neste sentido. Neste mesmo jornal, fui entrevistado recentemente por apresentar em meu livro “Pegando no Tranco: O Brasil do Jeito que Você Nunca Pensou” (Editora Senac Rio) idéias que são consideradas novas, polêmicas e, para muita gente, provocativas.
O que faço nesse livro é, basicamente, procurar chamar a atenção para o fato de que estamos, como sociedade, respondendo perguntas novas com respostas velhas.
Quer um exemplo? A pobreza. O nosso senso comum é dizer que o Brasil é um país onde predominam os pobres, indigentes e miseráveis. Na prática, o que o nosso senso comum faz é oferecer um briefing para os políticos, independente de partido, para que coloquem como questão número um o combate à pobreza. Olha o Lula quando chegou lá: tacou o Fome Zero como o seu primeiro programa.
Ocorre que as empresas, por suas análises de mercado, começaram a descobrir que o Brasil não é um mar de pobreza, mas um mar de baixa renda e informalidade com ilhotas de riqueza e ilhas, sim, de miseráveis.
De novo: ilhas de pobreza, não um mar de miséria. Na prática, o que está sendo descoberto pelas empresas é algo contra-intuitivo do ponto de vista do senso comum. Os estudos de mercado perguntam para as pessoas o que elas têm e o que elas compram, diferentemente dos estudos governamentais, que perguntam para as pessoas quanto elas ganham por mês.
Essas pesquisas de mercado revelam que, mesmo em lugares imaginados como miseráveis, como as favelas do Rio, São Paulo, das capitais etc., os domicílios têm telefone celular, microondas, máquinas de lavar roupa, aparelho de som estéreo em percentuais muito acima do que o senso comum julgava, para não falar da presença quase chegando a 100 % de posse de geladeira e TV.
Diversas empresas como Casas Bahia se especializaram em vender para a baixa renda, que o senso comum insiste em chamar de pobre. A favela não é mais o endereço da miséria. E isso estão descobrindo as grandes multinacionais, que estão enviando os seus jovens gerentes para morar em favelas por um período de alguns meses para estudar os hábitos de consumo e estilo de vida das pessoas.
O objetivo é para que esses jovens gerentes saiam de lá com planos de negócios para as mais variadas necessidades da população de baixa renda, de serviços financeiros a planos de saúde, de aparelhos eletrodomésticos a material de autoconstrução.
Economistas de governo e de instituições ligadas ao estudo da pobreza continuam calibrando programas assistenciais a partir da pergunta “quanto você ganha por mês” e estimando que temos 60 milhões de miseráveis. Não temos estes números apocalípticos.
Outras pesquisas, sobretudo da iniciativa privada, trazem boas notícias. Temos muito menos: no máximo 16 ou 17 milhões. E para tratar estrategicamente essa pobreza em ilhas é necessária uma focalização de raio laser, não um holofote de megaprogramas assistencialistas, ineficientes e que desperdiçam recursos importantes e que, além disso, viciam perigosamente uma geração de baixa renda tornando-a dependente de subsídio a fundo perdido.
O grande problema é a informalidade. Essa é uma nova pergunta que os programas assistenciais não podem dar resposta correta. Na informalidade estão os 60 % dos trabalhadores brasileiros. Na informalidade estão 10 milhões de micro e pequenas empresas dentre o total de 15 milhões de empresas do Brasil.
Assim estão porque tributos são extorsivos, porque a burocracia é complicadíssima e porque não estão claras as vantagens que o governo dá em contrapartida. Além disso, estão na informalidade 13 milhões dos 52 milhões de imóveis residenciais do país que representam um capital morto para indivíduos e para a sociedade.
A informalidade e sua irmã degenerada – a criminalidade – são as novas questões que devem ir para o topo das prioridades da sociedade nesta eleição de 2006. A informalidade, essa sim, é um câncer em metástase que pode desestruturar as perspectivas da sociedade brasileira nos tempos à frente.
- Clermont
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Re: O que é uma favela carioca?
Uns textos de recortes do jornal O GLOBO, que guardei e achei, recentemente. E, antes de jogá-los fora, resolvi copiá-los. Talvez, alguém os ache interessantes. Pelo menos, demonstra duas coisas: os problemas que o Rio de Janeiro enfrenta, não caíram do céu, de repente, como um míssil "Hellfire". Aqueles que tinham olhos pra ver, já previram isso, muito tempo atrás. Outra coisa é a visão romântica, esquerdista que campeava e campeia, ainda hoje. E que nos custou e ainda vai custar, muito caro.
E não como autor de tiradinhas baratas, católico-marxistas, visando a combater o "aburguesamento" do Rio de Janeiro.)
O GLOBO, 26 de outubro de 1955.
“Poucos números definem melhor o Brasil de hoje que os relativos ao problema da habitação. Necessitamos, cada ano, de 260 mil novas casas; no entanto, construímos apenas 74 mil. O desequilíbrio é de tal vulto que fácil se torna imaginar o que será o problema da habitação, em escala nacional, dentro de um decênio, caso não logremos encaminhar desde já uma solução adequada. Até certo ponto compreende-se o vulto da procura de habitação. A população cresce à razão de 1,5 milhão de habitantes por ano. Além disso o aumento da cidade é mais rápido, o que torna o problema urbano sensivelmente mais agudo. Teremos feito tudo quanto devemos para enfrentar a questão? Terá o país mobilizado devidamente os recursos disponíveis para construir as casas necessárias? Eis duas perguntas cuja resposta não pode ser satisfatória. Aqui mesmo no Rio a questão da habitação não foi enfrentada como devíamos e podíamos fazê-lo. Falta o plano de ação conjunta que permita tirar o melhor rendimento dos recursos”. disponíveis. E enquanto tal plano não existir de pouco valerá dedicar maiores recursos à construção de casas. Haverá sempre o aproveitamento inadequado, falha a evitar, pois não pode haver erro maior que gastar mal os recursos insuficientes para a solução total do problema.
(evidentemente, Sua Santidade - ou coisa parecida -, nunca parece ter meditado que, se fosse estudado um programa de habitação popular nestes tais "subúrbios longínquos", talvez isto tivesse levado os governos da época a considerarem como de vital importância para o futuro, próximo e distante, da cidade do Rio de Janeiro, a implantação de um sólido tranporte de massas. Pode-se argumentar que isto não teria sido feito, por variadas outras razões, porém, pelo menos, Sua Santidade poderia ser lembrado como alguém de previsão, que ofereceu uma proposta sensata, que teria sido melhor para esses trabalhadore humildes, para os filhos e para os netos deles. E, portanto, para a cidade inteira.O GLOBO,31 de outubro de 1955.
“Dom Hélder Câmara reuniu, ontem, grande parte da população do Leblon na Praça Antero de Quental, para falar sobre a extinção da favela da Praia do Pinto e descrever detalhes da gigantesca batalha que a Igreja tomou o encargo de comandar a fim de que, daqui a dez anos, quando o Rio estiver comemorando seu 4º centenário de fundação, possa apresentar-se ao Brasil e ao mundo como uma metrópole sem favelados. A simplicidade e a sinceridade da exposição do arcebispo emocionaram a assistência, que lotava a praça e se espalhava, também, pelos edifícios que a circundam. Pessoas de todas as condições davam o seu aplauso ao sacerdote, que frisou que ninguém deve querer a extinção pura e simples da favela da Praia do Pinto, com o verdadeiro desterro de seus moradores para longínquos subúrbios. “E isso, acrescentou D. Hélder, “por eles e por nós. Por eles porque são, em sua maioria, domésticas, lavadeiras e operários do bairro. Homens e mulheres que ganham o pão de cada dia nas vizinhanças de suas casas. Como iríamos jogá-los em Vicente de Carvalho ou Parada de Lucas, numa cidade que não tem transportes coletivos adequados? Por nós, também, eles devem ficar aqui. Por que haveríamos de querer afastar de nosso convívio os trabalhadores? Por que criar nossos filhos longe deles? A sociedade de hoje precisa combater esse aburguesamento, evitando esse perigoso abismo com a classe operária".
E não como autor de tiradinhas baratas, católico-marxistas, visando a combater o "aburguesamento" do Rio de Janeiro.)
Re: O que é uma favela carioca?
Excelente tópico....deixo a foto de uma "favela" italiana! Creio que é uma questão de tempo!?!?!
Positano
http://en.wikipedia.org/wiki/Positano
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Re: O que é uma favela carioca?
Não quererás dizer morro?
E não querias comparar um local para a classe média-alta/alta, com um morro para a classe baixa.
E não querias comparar um local para a classe média-alta/alta, com um morro para a classe baixa.
Re: O que é uma favela carioca?
Sim, pode ser agora, mas umas décadas atrás era mais como uma "favela". O países mediterrâneos, somente ascenderam a uma qualidade melhor de vida nos últimos tempos.
Abraços aos amigos de além mar!
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Re: O que é uma favela carioca?
Esse programa, que não sei se é da prefeitura, ou do estado do RJ, ou federal parece-me ser um bom programa, pelo menos nas intenções, e que passa por tentar levar a influência de fora para dentro da comunidade, e só pessoas muito desenraizadas socialmente não gostarão dessas actividades que me parecem querer dar outro aspecto físico, mas sobretudo, e mais importante que asfaltar a rua ou a calçada, contruir uma escada, ou tapar o caneiro, tenta dar maior dignidde ao bairro (e 40.000 hab. é muita gente), e tentar fazer com que a generalidade dos moradores se sinta mais responsável, e mais integrado, em vez de ser uma favela ao abandono, esquecida pela sociedade restante, como se essa sociedade do "asfalto" só se lembrase das pessoas de lá para carregar o tal caixote ou para servir nas limpesas de uma grande indústria.
Julgo que nada fazer e deixar tudo como esteve ao longo de décadas é o pior, e acredito que mesmo não havendo recursos para realojar todas essas pessoas e outra zona, que seja perto, mas em condições de boa salubridade, dignas, mas sem cortar os laços de proximidade, é de pequenos passos que se constroi algo.
Quanto aos teraficantes, é difícil, pois ditam as leis do mercado que enquanto houver procura, haverá oferta.
No entanto, programas de reinsersão para os toxicodependentes, e para os pequenos traficantes e mão dura para os restantes, demolição sumária de casas suspeitas de tráfico ou de traficantes (Israel stile) seria um bom passo, e a montante, trabalhar muito para que a a corrupção na polícia acabasse ou diminuísse exponencialmente.
Isto não é um receita nem uma varinha mágica a que dou, mas é assim que se tem trabalhado por cá e noutros países, e é claro que a dimensão da favelas aí parece-me muito maior, mas por outro lado, o Brasil tem o tamanho da Europa, 200 milhões de habitantes e recursos que nem 50 portugais terão.
É uma questão de boa vontade, articulação entre os vários actores que trabalhem com as populações, e fazer com que sejam estas mesmas, após ganharem amor próprio e dignidade a excluir os traficantes. Afinal de contas eu não acredito que todos os moradores sejam alcoólicos ou drogados, ou traficantes e assassinos.
Talvez 10 % ou menos, mas os suficientes para dar mau nome a toda a comunidade e essa imagem esteriotipada que se tem das favelas.
E se toda a favela tem os tais 40.000 hab. eu acredito que no fundo, na mesma favela hajam diversas "sub-favelas", porque não se pode homogenizar 40.000 pessoaas que serão de origens diferentes e de culturas diferentes, ainda que de 2ª ou 3ª geração. A identificação desses sub-grupos e separá-los entre si, para um possível realojmento, dará cabo de redes articuladas de criminalidade e lembrem-se que da pequena criminalidade é que resulta a grande, a do tráfico.
Porque há que combater a contrafacção, seja de sapatilhas de marca ou de CD's ou DVD's, acabar com essea actividades, com mão firme policial, mas como disse acima, sem corrupções.
Ou seja, há todo um trabalho a montante, porventura a nível nacional, é toda uma cultura e todo um paradigma que deve mudar, e só assim acabará esta divisão hirárquica e social de que fala o académico na entrevista que o Clermont colocou aqui, e que contribuirá para essa fronteira entre "os da favela" e "os do asfalto".
Julgo que nada fazer e deixar tudo como esteve ao longo de décadas é o pior, e acredito que mesmo não havendo recursos para realojar todas essas pessoas e outra zona, que seja perto, mas em condições de boa salubridade, dignas, mas sem cortar os laços de proximidade, é de pequenos passos que se constroi algo.
Quanto aos teraficantes, é difícil, pois ditam as leis do mercado que enquanto houver procura, haverá oferta.
No entanto, programas de reinsersão para os toxicodependentes, e para os pequenos traficantes e mão dura para os restantes, demolição sumária de casas suspeitas de tráfico ou de traficantes (Israel stile) seria um bom passo, e a montante, trabalhar muito para que a a corrupção na polícia acabasse ou diminuísse exponencialmente.
Isto não é um receita nem uma varinha mágica a que dou, mas é assim que se tem trabalhado por cá e noutros países, e é claro que a dimensão da favelas aí parece-me muito maior, mas por outro lado, o Brasil tem o tamanho da Europa, 200 milhões de habitantes e recursos que nem 50 portugais terão.
É uma questão de boa vontade, articulação entre os vários actores que trabalhem com as populações, e fazer com que sejam estas mesmas, após ganharem amor próprio e dignidade a excluir os traficantes. Afinal de contas eu não acredito que todos os moradores sejam alcoólicos ou drogados, ou traficantes e assassinos.
Talvez 10 % ou menos, mas os suficientes para dar mau nome a toda a comunidade e essa imagem esteriotipada que se tem das favelas.
E se toda a favela tem os tais 40.000 hab. eu acredito que no fundo, na mesma favela hajam diversas "sub-favelas", porque não se pode homogenizar 40.000 pessoaas que serão de origens diferentes e de culturas diferentes, ainda que de 2ª ou 3ª geração. A identificação desses sub-grupos e separá-los entre si, para um possível realojmento, dará cabo de redes articuladas de criminalidade e lembrem-se que da pequena criminalidade é que resulta a grande, a do tráfico.
Porque há que combater a contrafacção, seja de sapatilhas de marca ou de CD's ou DVD's, acabar com essea actividades, com mão firme policial, mas como disse acima, sem corrupções.
Ou seja, há todo um trabalho a montante, porventura a nível nacional, é toda uma cultura e todo um paradigma que deve mudar, e só assim acabará esta divisão hirárquica e social de que fala o académico na entrevista que o Clermont colocou aqui, e que contribuirá para essa fronteira entre "os da favela" e "os do asfalto".
- Alagoano
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Re: O que é uma favela carioca?
No futuro, se esse país seguir seu destino em ser potência, em ser desenvolvido, essas favelas serão pontos turísticos e serão ilhas do que há de mais autêntico da cultura brasileira. Sonho com isso.
As favelas não tem que acabar. Elas apenas precisam que o Estado brasileiro finquem seus pé lá, dê qualidade de vida à população que deixaria de ser pobre para ser classe média com acesso aos serviços que necessitam todos os cidadãos.
Mas isso claro, é um sonho, para o dia em que esse país possa dar cidadania a todos os seus filhos.
Saudações.
As favelas não tem que acabar. Elas apenas precisam que o Estado brasileiro finquem seus pé lá, dê qualidade de vida à população que deixaria de ser pobre para ser classe média com acesso aos serviços que necessitam todos os cidadãos.
Mas isso claro, é um sonho, para o dia em que esse país possa dar cidadania a todos os seus filhos.
Saudações.
João Mendes
Brasil Acima de Tudo!
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- Rui Elias Maltez
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Re: O que é uma favela carioca?
Não posso concordar inteiramente, Alagoano:
Por vezes a tipologia dos bairros, a sua planta de edificado pode favorecer as actividades ilícitas e dificultar o trabalho policial.
Pelo menos por cá, em muito bairros recentes, com prédios de gente realojada que há tempos viviam em barracas, há operações policias de combate ao crime, seja o alto crime de tráfico de droga ou armas, ou ao pequeno crime da contrafacção de CD e DVD.
Ora, para a favela ser mais segura, para além de um combate sem contemplação aos comportamentos ilegais e desviantes, têm que haver zonas mais abertas abrir o bairro a mais entradas e saídas, quer para permitir e facilitar o trabalho policial de prevenção e assalto, quer para permitir uma maior visibilidade policial e incentiva, após essa reconversão facilita a pasagem de outras gentes, através de ruas e avenidas que atravessem esse bairro, porque os traficantes e outros criminosos até podem ter armas boas e muitas, mas procuram sempre um local discreto para levar a cabo as suas actividades.
Ora essa reconversão física do bairro, e atravessamento dele em fatias pela população de fora, com redes de transporte atá onde este possa ir, etc, vai cada vez mais dificultando a vida dos traficantes.
Atenção que estes e outos criminosos haverão sempre, mas dificultar cada vez mais a sua actividade, e procurar trabalhar socialmente no bairro para que sejam os própios moradores a combater através da exclusão esses que sejam irrecuperáveis que acabam por dar mau nome a toda a comunidade.
Para daqui a umas décadas transformar determinadas favelas em zonas de interesse turítico, teria se ser feito uma reabilitação de fundo às casas, o que em em certos caso é difícil, porque julgo que muitas delas não estarão em boas condições de segurança, já que muitras estão em declives acentuados, e não cumprirão certas normas de segurança, e enorme trabalho de fundo ao nível do saneamento da água, da luz, de redes de cabo, etc.
Ora essa despeza a ser suportada pelo estado seja o do RJ, ou o federal seria tão alto que mais valeria iniciar um programa de progressiva demolição e desmantelameneto desses bairros e ir realojando as pessoas em novos bairros, e talvez lançando um programa de incentivos para levar as famílias que o desejam a regressar aos locais de origem.
Para além disso, acho que do ponto de vista social e político, é mau transformar a pobreza relativa em atração turística.
Por vezes a tipologia dos bairros, a sua planta de edificado pode favorecer as actividades ilícitas e dificultar o trabalho policial.
Pelo menos por cá, em muito bairros recentes, com prédios de gente realojada que há tempos viviam em barracas, há operações policias de combate ao crime, seja o alto crime de tráfico de droga ou armas, ou ao pequeno crime da contrafacção de CD e DVD.
Ora, para a favela ser mais segura, para além de um combate sem contemplação aos comportamentos ilegais e desviantes, têm que haver zonas mais abertas abrir o bairro a mais entradas e saídas, quer para permitir e facilitar o trabalho policial de prevenção e assalto, quer para permitir uma maior visibilidade policial e incentiva, após essa reconversão facilita a pasagem de outras gentes, através de ruas e avenidas que atravessem esse bairro, porque os traficantes e outros criminosos até podem ter armas boas e muitas, mas procuram sempre um local discreto para levar a cabo as suas actividades.
Ora essa reconversão física do bairro, e atravessamento dele em fatias pela população de fora, com redes de transporte atá onde este possa ir, etc, vai cada vez mais dificultando a vida dos traficantes.
Atenção que estes e outos criminosos haverão sempre, mas dificultar cada vez mais a sua actividade, e procurar trabalhar socialmente no bairro para que sejam os própios moradores a combater através da exclusão esses que sejam irrecuperáveis que acabam por dar mau nome a toda a comunidade.
Para daqui a umas décadas transformar determinadas favelas em zonas de interesse turítico, teria se ser feito uma reabilitação de fundo às casas, o que em em certos caso é difícil, porque julgo que muitas delas não estarão em boas condições de segurança, já que muitras estão em declives acentuados, e não cumprirão certas normas de segurança, e enorme trabalho de fundo ao nível do saneamento da água, da luz, de redes de cabo, etc.
Ora essa despeza a ser suportada pelo estado seja o do RJ, ou o federal seria tão alto que mais valeria iniciar um programa de progressiva demolição e desmantelameneto desses bairros e ir realojando as pessoas em novos bairros, e talvez lançando um programa de incentivos para levar as famílias que o desejam a regressar aos locais de origem.
Para além disso, acho que do ponto de vista social e político, é mau transformar a pobreza relativa em atração turística.