Há uma quantidade de questões que ultrapassam o tema MiG-15 x F-86, mas enfim...
HIGGINS escreveu:PT, aí que está.
Quando os veteranos da VVS estavam na frente, os "Honchos", os resultados foram humilhantes para USAF.
(primeira metade do conflito, não na última).
Eu não entendo de que metade você fala.
Da parte inicial, em que os americanos tinham Mustang na Coreia junto com F-84 ?
HIGGINS escreveu:
Estes pareciam não se importar com falta de mira, com auxílio de radar, g-suit e outras comodidades. Abatiam com precisão os veteranos da USAF.
Eu não sei se eles se importavam. Os que ficavam vicos provavelmente não se imprtavam...
HIGGINS escreveu:As B-29 tiveram um índice de perdas alarmante, o que apressou sua retirada de serviço. Natural, já era hora ( o reino dos céus pertencia aos jatos).
Durante a guerra da Coreia foram abatidos 34 bombardeiros B-29 (contra o Japão foram perdidos 360). Não foi por causa desses 34 aviões que o B-29 foi retirado, mas sim porque os americanos desenvolviam aviões muito mais poderosos, que tornaram o B-29 obsoleto.
Aliás, que a era do bombardeiro a helice tivesse acabado, porque os russos ainda desenvolveriam o Tu-95 que ainda hoje voa...
Gosto por peças de museu ?
HIGGINS escreveu:Hoje, contestam-se muitos dos abates dos artilheiros das B-29.
Os teóricos da conspiração hoje contestam tudo. Até contestam que as torres gemeas cairam por causa dos Boeing que embateram nela.
A Internet permite que hoje qualquer entusiasta conteste tudo e alguma coisa.
HIGGINS escreveu:A 5ª Força Aérea começou a prática de lançar as perdas de combate, como "falhas de motor", "falhas hidráulicas", "Fogo amigo", "AA Inimiga", quando estas eram frutos de encontros com os MiG's inimigos.
Meu caro, creio que você também não acredita que 45% das perdas de aviões russos durante a II guerra foram resultado de acidentes.
Na verdade, em todas as forças aéreas em tempo de guerra, o numero de acidentes e problemas relacionados com a pressa e com a tensão do momento provoca uma grande parte dos acidentes.
HIGGINS escreveu:Um contraste interessante com o que se viu, nos registros soviéticos, vietnamitas e árabes, que lançavam suas perdas de combate como tal.
Eu não tenho como fazer comparação entre os registos de um país em que há o hábito de registar até as conversas do presidente, para que 20 anos depois sejam desclassificadas, contra os registos de ditaduras criminosas onde os jornalistas são assassinados, as suas familias torturadas caso divulguem segredos de estado.
Numa ditadura, os registos são o que for determinado pelo ditador e pela polícia politica.
Não há tribunal de apelação, e quem não cumprir é morto. É a lei deles.
HIGGINS escreveu:Ou seja, nas guerras, sempre foi considerado normal, inflar as vitórias. Estas, afinal eram de imediato reclamadas e por isso mesmo, usadas como peça de propaganda. Gobbels afundou o Ark Royal tantas vezes, que quando isto realmente aconteceu todos tomaram como piada...
Mas, os registros de perdas serem camuflados, diga-se, é algo inaudito. Pois estes são guardados e usados para avaliação de parâmetros vários, por isto, pensa-se, devam ser fidedignos, válidos.
Só mesmo mentes doentes, emperdenidas, infantis como as dos Yankees, para lançarem esta moda pérfida de mentir no registro de perdas.
O Goebels afundou o Ark Royal, mas na verdade o Ark Royal afundou mesmo. A Argentina, por exemplo também afundou outro Ark Royal ...
Mas esse por azar, insiste em flutuar...
As ditaduras, comunistas ou nazistas, podem afundar o que quiserem. As democracias não têm essa facilidade. Em minha opinião comparar os dois casos, é pouco honesto.
HIGGINS escreveu:Por isto, aqueles que ventilam uma proporção de vitórias de 7:1 (há quem diga 11:1), apenas repetem as peças de propaganda do império. Desatualizados, portanto.
Meu caro, isso é a sua opinião, mas a sua opinião vai contra a lógica.
A Democracia é por natureza um sistema onde a verdade acaba por vir ao de cima. Numa ditadura a verdade é a oficial e não pode haver outra.
HIGGINS escreveu:Vamos lembrar também, que nunca houve, em termos numéricos uma vantagem para os norte-coreanos e chineses (voluntários soviéticos inclusos). Ao contrário, em termos quantitativos estavam em inferioridade.
É uma opinião interessante, mas que contraria os próprios numeros de produção avançados pelos soviéticos, nomeadamente sobre o MiG-15.
HIGGINS escreveu:Afinal, no fim de 1951, estavam as forças da ONU com o Yalu à vista... Mas, foram forçados para trás, até o paralelo 38 (1952/53).
Nem o maior historiador revisionista negador do Holocausto, coloca em causa o numero de chineses que atacaram na segunda vaga comunista.
Só a absoluta superioridade aérea americana poderia impedir um milhão de chineses de avançar para sul.
Só que até os chineses precisam de comer, e aí os B-29 foram muito eficientes.
Com as linhas de abastecimento continuamente bombardeadas, os chineses acabaram por parar quando se afastaram dos pontos de partida.[/quote]
HIGGINS escreveu:Você acredita que as forças chinesas, com logística entregue às unidades hipomóveis, conseguiram isto, não tendo domínio do ar?
Respondido acima.
Essa foi a verdade histórica. As forças chinesas avançaram até onde as unidades hipomoveis ainda conseguiam chegar e até que os B-29 não chacinaram burros, cavalos e asnos...
Quando a superioridade americana, com os B-29 esmagou as linhas de comunicação chinesas, eles tiveram que parar.
Chinês também tinha o hábito de comer todo o dia
HIGGINS escreveu:Para isto, os céus sobre as tropas precisavam estar pelo menos em disputa. E se não havia superioridade quantitativa por parte dos "vermelhos", esta tinha que ser qualitativa.
A superioridade de um exército com um milhão de homens é sempre quantitativa.
Mao Tsé Tung enviou um milhão de soldados absolutamente fanatizados contra os americanos. E esses soldados avançaram entre 200 a 250km.
A partir daí, os burros e os asnos do sistema chinês de logística, ou morreram ou já não conseguiam andar.
B-29 contra um jegue.... Eu acho que fica facil perceber quem ganha....
HIGGINS escreveu:Como pilotos veteranos não eram muitos, então a resposta só pode estar num lugar, apenas: na máquina!
O nome: MiG-15.
Você entra em contradição: O que acontece é que como os pilotos veteranos não eram muitos, os pilotos mal formados pilotavam a maioria dos aviões. Um equipamento superior (O MiG-15 era reconhecidamente mais agil por causa do motor ingles que tinha) não é suficiente quando se está perante pilotos melhor preparados e equipados com aeronaves com mais recursos que dão ao piloto uma vantagem táctica.
A relação entre caças F-86 e MiG-15, terá sido de 7:1 e há relatos que falam em proporções maiores.
eu costumo acreditar nos dados mais conservadores. Houve recontros em que a proporção foi 7:1 e recontros em que a superioridade não foi tão evidente, nomeadamente quando apareciam pilotos russos com mais experiêencia.
Mas a verdade acaba sempre por dar no mesmo. Mesmo os mais conservadores estão de acordo que o numero de aeronaves MiG-15 perdidas pelas ditaduras comunistas foi muito superior ao dos perdidos pelas Nações Unidas.
É um pouco fútil ultrapassar esta realidade. Os comunistas quase controlaram a Coreia, foram forçados a recuar. Recuaram até ao norte e depois recuperaram o território que inicialmente pertencia à Coreia do Norte.
As ditaduras comunistas tentaram ocupar toda a Coreia e perderam.
A superioridade aérea norte-americana, obtendo muito mais vitórias mesmo perante aeronaves que no papel pareciam mais sofisticadas, explica mais essa derrota das forças comunistas.
Essa vitória tem uma explicação: Superioridade tecnológica.
A superioridade dos sistemas do F-86 foi um dos factores que contribuiu para essa vitória.
É claro que podemos sempre dizer que foi o Bush que mandou destruir as torres gémeas.
A Internet é livre.
Cumprimentos