MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#46 Mensagem por pt » Qua Jul 29, 2009 7:23 pm

LeandroGCard escreveu:
pt escreveu: As coisas simples têm normalmente uma explicação simples. A razão que explica uma relação de 7:1 no numero de aeronaves abatidas no confronto entre F-86 e MiG-15 é ela também simples.

Cumprimentos
Acho que o que está gerando dúvidas aqui é exatamente o ponto grifado.

1- Esta relação de 7:1 em vitórias do F-86 sobre o MIG-15 é real? (em um livro americano que tenho sobre caças MIG por exemplo a informações é que o número correto seria entre 4 e 5:1.

2- Qual a relação excluindo abates de pilotos coreanos e chineses, e contando somente os russos?


Leandro G. Card
Creio que é impossível determinar quem pilotava o quê e quando.
Considerando o tempo disponível e que o nível educativo dos coreanos era minimo (eles eram uma colonia do Japão e eram considerados inferiores pelos japoneses, tratados quase como escravos) eu acho que não deveria haver muitos pilotos coreanos. De memória não me lembro de ter visto alguma referência a algum.

Depois da facilidade com que as tropas do norte atacaram o sul e quase ocuparam a totalidade da Coreia, a vitória parecia certa. Isto levou a que fosse organizada uma grande operação de treinamento de tripulações dos países da Europa de leste e não apenas da União Soviética.

Vários países que começaram, a operar o MiG-15 aproveitaram para treinar tripulações. No final de 1950 e inicio de 1951 eles levavam grupos de caças tripulados por pilotos em treino acompanhados por pilotos com experiência, que deveriam exemplificar as manobras.
Há registo de MiG's pintados com diferentes esquemas de cores, sabendo-se que alguns desses esquemas de cores variavam muito depressa. Os americanos inicialmente não percebiam o que se passava. Só muito mais tarde perceberam que havia pilotos de vários países europeus lá.

Mas como sabemos, houve um contra-ataque e um desembarque anfíbio que alterou o curso da guerra. Os B-29 começaram a atacar as tropas chinesas que começavam a organizar-se para lançar uma segunda ofensiva. A partir de aí, os caças russos tinham como principal objectivo o ataque contra os bombardeiros e os F-86 (e também F-84) eram utilizados como escoltas. Muitos MiG-15 foram destruidos pelas metralhadoras dos B-29 e a operação de «escola aérea» teve que ser cancelada, quando se tornou evidente que as coisas estavam a correr mal. Havia vantagens nesta formação, pois alem da Russia, a Checoslováquia e a Polonia também fabricaram o MiG-15 e tinham por isso todo o interesse na guerra e interesse em enviar gente para testes. Não é absolutamente nada estranho concluir que houve problemas quando os pilotos «Rookie» vermelhos chegaram, exactamente quando a guerra começou a correr mal.
Mais tarde os russos (e nunca esquecer que não saberemos quantos eram russos, quantos eram polacos e quantos eram checos) votaram a enviar pilotos mais treinados e começaram a ter que fazer ataques ao solo (ver comentário sobre a utilização do Sturmovik e suas consequências).

A relação entre aeronaves abatidas por um lado ou por outro pode ser lida de 1000 maneiras. Chegou a haver recontros em que participavam entre 12 a 16 F-86 contra 50 a 60 MiG-15, mas os MiG normalmente saiam a perder.
O MiG em algumas circunstâncias tornava-se dificil de manobrar e os americanos começaram a perceber como fazer para beneficiar dessas vantagens, num processo idêntico ao que levou os americanos a atingir um equilibrio mesmo nas fases iniciais da II guerra com os combates dos P-40 contra os Zero.

Quando a tudo isto, somamos o facto de os russos terem começado a aproveitar os caças para operações de ataque, não parece nada absurdo que se tenha atingido uma desproporção elevada em combates directos entre os F-86 e os MiG-15.


Cumprimentos




HIGGINS

Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#47 Mensagem por HIGGINS » Qua Jul 29, 2009 8:43 pm

PT, aí que está.

Quando os veteranos da VVS estavam na frente, os "Honchos", os resultados foram humilhantes para USAF.
(primeira metade do conflito, não na última).

Estes pareciam não se importar com falta de mira, com auxílio de radar, g-suit e outras comodidades. Abatiam com precisão os veteranos da USAF.

As B-29 tiveram um índice de perdas alarmante, o que apressou sua retirada de serviço. Natural, já era hora ( o reino dos céus pertencia aos jatos).

Hoje, contestam-se muitos dos abates dos artilheiros das B-29.

A 5ª Força Aérea começou a prática de lançar as perdas de combate, como "falhas de motor", "falhas hidráulicas", "Fogo amigo", "AA Inimiga", quando estas eram frutos de encontros com os MiG's inimigos.

Um contraste interessante com o que se viu, nos registros soviéticos, vietnamitas e árabes, que lançavam suas perdas de combate como tal.

Ou seja, nas guerras, sempre foi considerado normal, inflar as vitórias. Estas, afinal eram de imediato reclamadas e por isso mesmo, usadas como peça de propaganda. Gobbels afundou o Ark Royal tantas vezes, que quando isto realmente aconteceu todos tomaram como piada...
Mas, os registros de perdas serem camuflados, diga-se, é algo inaudito. Pois estes são guardados e usados para avaliação de parâmetros vários, por isto, pensa-se, devam ser fidedignos, válidos.

Só mesmo mentes doentes, emperdenidas, infantis como as dos Yankees, para lançarem esta moda pérfida de mentir no registro de perdas.


Por isto, aqueles que ventilam uma proporção de vitórias de 7:1 (há quem diga 11:1), apenas repetem as peças de propaganda do império. Desatualizados, portanto.
Vamos lembrar também, que nunca houve, em termos numéricos uma vantagem para os norte-coreanos e chineses (voluntários soviéticos inclusos). Ao contrário, em termos quantitativos estavam em inferioridade.

Portanto, considerando as revisões dos historiadores, pessoas como Diego F. Zampini, Tom Cooper, Dana Drenkowski, entre outros temos não uma derrota aérea, mas o contrário.
Afinal, no fim de 1951, estavam as forças da ONU com o Yalu à vista... Mas, foram forçados para trás, até o paralelo 38 (1952/53).
Você acredita que as forças chinesas, com logística entregue às unidades hipomóveis, conseguiram isto, não tendo domínio do ar?
Para isto, os céus sobre as tropas precisavam estar pelo menos em disputa. E se não havia superioridade quantitativa por parte dos "vermelhos", esta tinha que ser qualitativa. Como pilotos veteranos não eram muitos, então a resposta só pode estar num lugar, apenas: na máquina!
O nome: MiG-15.


;)




Carlos Mathias

Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#48 Mensagem por Carlos Mathias » Qua Jul 29, 2009 9:15 pm

O que eu muito interessante, fantástico mesmo, é como os pilotos americanos sabiam todas as manhas do MIG-15 e "forçavam" os bobos do outro lado a entrarem em parafusos, cair sem manobrar, curvar muito menos e outras técnicas fantásticas.
Deve ter sido muito bem combinado com os russos, que eram os donos do avião e por conseguinte sabiam de todas as deficiências do SEU caça, logo, se lhes restava um mínimo de inteligência, nunca entrariam em parafusos, stalls e etc.
E mais, os russos bobos que eram, não sabiam de nenhum defeito do Sabre e portanto não usavam essa táticas de forçar o inimigo a fazer manobra que ele sabe que não pode fazer e ficar bobeirando no céu prá tomar tiro e morrer feito pato.

Mas enfim, são os americanos né? :roll: :lol:




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Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#49 Mensagem por LeandroGCard » Qua Jul 29, 2009 10:07 pm

Carlos Mathias escreveu:O que eu muito interessante, fantástico mesmo, é como os pilotos americanos sabiam todas as manhas do MIG-15 e "forçavam" os bobos do outro lado a entrarem em parafusos, cair sem manobrar, curvar muito menos e outras técnicas fantásticas.
Deve ter sido muito bem combinado com os russos, que eram os donos do avião e por conseguinte sabiam de todas as deficiências do SEU caça, logo, se lhes restava um mínimo de inteligência, nunca entrariam em parafusos, stalls e etc.
E mais, os russos bobos que eram, não sabiam de nenhum defeito do Sabre e portanto não usavam essa táticas de forçar o inimigo a fazer manobra que ele sabe que não pode fazer e ficar bobeirando no céu prá tomar tiro e morrer feito pato.

Mas enfim, são os americanos né? :roll: :lol:
Não acredito que este tipo de coisa, "abate por manobra", acontecesse com os russos, mas que deve ter acontecido à beça com chineses deve sim.

Leandro G. Card




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Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#50 Mensagem por pt » Qua Jul 29, 2009 10:37 pm

Há uma quantidade de questões que ultrapassam o tema MiG-15 x F-86, mas enfim...
HIGGINS escreveu:PT, aí que está.
Quando os veteranos da VVS estavam na frente, os "Honchos", os resultados foram humilhantes para USAF.
(primeira metade do conflito, não na última).
Eu não entendo de que metade você fala.
Da parte inicial, em que os americanos tinham Mustang na Coreia junto com F-84 ?

HIGGINS escreveu: Estes pareciam não se importar com falta de mira, com auxílio de radar, g-suit e outras comodidades. Abatiam com precisão os veteranos da USAF.
Eu não sei se eles se importavam. Os que ficavam vicos provavelmente não se imprtavam... :mrgreen:
HIGGINS escreveu:As B-29 tiveram um índice de perdas alarmante, o que apressou sua retirada de serviço. Natural, já era hora ( o reino dos céus pertencia aos jatos).
Durante a guerra da Coreia foram abatidos 34 bombardeiros B-29 (contra o Japão foram perdidos 360). Não foi por causa desses 34 aviões que o B-29 foi retirado, mas sim porque os americanos desenvolviam aviões muito mais poderosos, que tornaram o B-29 obsoleto.
Aliás, que a era do bombardeiro a helice tivesse acabado, porque os russos ainda desenvolveriam o Tu-95 que ainda hoje voa...
Gosto por peças de museu ?
HIGGINS escreveu:Hoje, contestam-se muitos dos abates dos artilheiros das B-29.
Os teóricos da conspiração hoje contestam tudo. Até contestam que as torres gemeas cairam por causa dos Boeing que embateram nela.
A Internet permite que hoje qualquer entusiasta conteste tudo e alguma coisa.

HIGGINS escreveu:A 5ª Força Aérea começou a prática de lançar as perdas de combate, como "falhas de motor", "falhas hidráulicas", "Fogo amigo", "AA Inimiga", quando estas eram frutos de encontros com os MiG's inimigos.
Meu caro, creio que você também não acredita que 45% das perdas de aviões russos durante a II guerra foram resultado de acidentes.

Na verdade, em todas as forças aéreas em tempo de guerra, o numero de acidentes e problemas relacionados com a pressa e com a tensão do momento provoca uma grande parte dos acidentes.
HIGGINS escreveu:Um contraste interessante com o que se viu, nos registros soviéticos, vietnamitas e árabes, que lançavam suas perdas de combate como tal.
Eu não tenho como fazer comparação entre os registos de um país em que há o hábito de registar até as conversas do presidente, para que 20 anos depois sejam desclassificadas, contra os registos de ditaduras criminosas onde os jornalistas são assassinados, as suas familias torturadas caso divulguem segredos de estado.
Numa ditadura, os registos são o que for determinado pelo ditador e pela polícia politica.
Não há tribunal de apelação, e quem não cumprir é morto. É a lei deles.
HIGGINS escreveu:Ou seja, nas guerras, sempre foi considerado normal, inflar as vitórias. Estas, afinal eram de imediato reclamadas e por isso mesmo, usadas como peça de propaganda. Gobbels afundou o Ark Royal tantas vezes, que quando isto realmente aconteceu todos tomaram como piada...
Mas, os registros de perdas serem camuflados, diga-se, é algo inaudito. Pois estes são guardados e usados para avaliação de parâmetros vários, por isto, pensa-se, devam ser fidedignos, válidos.

Só mesmo mentes doentes, emperdenidas, infantis como as dos Yankees, para lançarem esta moda pérfida de mentir no registro de perdas.
O Goebels afundou o Ark Royal, mas na verdade o Ark Royal afundou mesmo. A Argentina, por exemplo também afundou outro Ark Royal ... :mrgreen:
Mas esse por azar, insiste em flutuar... :mrgreen:

As ditaduras, comunistas ou nazistas, podem afundar o que quiserem. As democracias não têm essa facilidade. Em minha opinião comparar os dois casos, é pouco honesto.
HIGGINS escreveu:Por isto, aqueles que ventilam uma proporção de vitórias de 7:1 (há quem diga 11:1), apenas repetem as peças de propaganda do império. Desatualizados, portanto.
Meu caro, isso é a sua opinião, mas a sua opinião vai contra a lógica.

A Democracia é por natureza um sistema onde a verdade acaba por vir ao de cima. Numa ditadura a verdade é a oficial e não pode haver outra.
HIGGINS escreveu:Vamos lembrar também, que nunca houve, em termos numéricos uma vantagem para os norte-coreanos e chineses (voluntários soviéticos inclusos). Ao contrário, em termos quantitativos estavam em inferioridade.
É uma opinião interessante, mas que contraria os próprios numeros de produção avançados pelos soviéticos, nomeadamente sobre o MiG-15.

HIGGINS escreveu:Afinal, no fim de 1951, estavam as forças da ONU com o Yalu à vista... Mas, foram forçados para trás, até o paralelo 38 (1952/53).
Nem o maior historiador revisionista negador do Holocausto, coloca em causa o numero de chineses que atacaram na segunda vaga comunista.

Só a absoluta superioridade aérea americana poderia impedir um milhão de chineses de avançar para sul.
Só que até os chineses precisam de comer, e aí os B-29 foram muito eficientes.
Com as linhas de abastecimento continuamente bombardeadas, os chineses acabaram por parar quando se afastaram dos pontos de partida.[/quote]
HIGGINS escreveu:Você acredita que as forças chinesas, com logística entregue às unidades hipomóveis, conseguiram isto, não tendo domínio do ar?
Respondido acima.
Essa foi a verdade histórica. As forças chinesas avançaram até onde as unidades hipomoveis ainda conseguiam chegar e até que os B-29 não chacinaram burros, cavalos e asnos...
Quando a superioridade americana, com os B-29 esmagou as linhas de comunicação chinesas, eles tiveram que parar.
Chinês também tinha o hábito de comer todo o dia :mrgreen:

HIGGINS escreveu:Para isto, os céus sobre as tropas precisavam estar pelo menos em disputa. E se não havia superioridade quantitativa por parte dos "vermelhos", esta tinha que ser qualitativa.
A superioridade de um exército com um milhão de homens é sempre quantitativa.
Mao Tsé Tung enviou um milhão de soldados absolutamente fanatizados contra os americanos. E esses soldados avançaram entre 200 a 250km.
A partir daí, os burros e os asnos do sistema chinês de logística, ou morreram ou já não conseguiam andar.

B-29 contra um jegue.... Eu acho que fica facil perceber quem ganha....
HIGGINS escreveu:Como pilotos veteranos não eram muitos, então a resposta só pode estar num lugar, apenas: na máquina!
O nome: MiG-15.
Você entra em contradição: O que acontece é que como os pilotos veteranos não eram muitos, os pilotos mal formados pilotavam a maioria dos aviões. Um equipamento superior (O MiG-15 era reconhecidamente mais agil por causa do motor ingles que tinha) não é suficiente quando se está perante pilotos melhor preparados e equipados com aeronaves com mais recursos que dão ao piloto uma vantagem táctica.

A relação entre caças F-86 e MiG-15, terá sido de 7:1 e há relatos que falam em proporções maiores.
eu costumo acreditar nos dados mais conservadores. Houve recontros em que a proporção foi 7:1 e recontros em que a superioridade não foi tão evidente, nomeadamente quando apareciam pilotos russos com mais experiêencia.
Mas a verdade acaba sempre por dar no mesmo. Mesmo os mais conservadores estão de acordo que o numero de aeronaves MiG-15 perdidas pelas ditaduras comunistas foi muito superior ao dos perdidos pelas Nações Unidas.

É um pouco fútil ultrapassar esta realidade. Os comunistas quase controlaram a Coreia, foram forçados a recuar. Recuaram até ao norte e depois recuperaram o território que inicialmente pertencia à Coreia do Norte.
As ditaduras comunistas tentaram ocupar toda a Coreia e perderam.

A superioridade aérea norte-americana, obtendo muito mais vitórias mesmo perante aeronaves que no papel pareciam mais sofisticadas, explica mais essa derrota das forças comunistas.

Essa vitória tem uma explicação: Superioridade tecnológica.
A superioridade dos sistemas do F-86 foi um dos factores que contribuiu para essa vitória.


É claro que podemos sempre dizer que foi o Bush que mandou destruir as torres gémeas.
A Internet é livre.

Cumprimentos




HIGGINS

Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#51 Mensagem por HIGGINS » Qua Jul 29, 2009 11:25 pm

Aqui no DB, toda vez que um obsessivo se vê contra a parede, começa com a mania de dividir pontualmente a resposta do outro. Forma de tangenciar e distorcer, pois tenta não contra-argumentar, algo que exige desenvolvimento do pensamento, mas apenas contrapor emergencialmente. Prática igual fazia o "porco de Atenas", e não foi por outro motivo que ele encontrou na cicuta o seu destino. Demorou muito, tivemos que herdar a doença de Platão.

Observa-se que a as B-29 operavam em menor número na Coréia, apenas à noite e que suas perdas foram consideradas alarmantes pelo próprio comando americano.

Você diz acreditar em dados mais conservadores, dados que hoje não são considerados pelos historiadores. Diego F. Zampini, coletou dados em quatro nações, Tom Cooper também. Cruzaram estes dados e fizeram trabalho de campo. Dana Drenkowski denunciou a forma viciada dos registros da USAF. Não é questão de preferir acreditar. É fato! Aliás, se dizes "preferir acreditar", apenas revelas a forma idealizada e crente, típico de quem tem o domínio do abstrato, portanto da verdade. Qual é a diferença de um "comissário do povo"? Respondo: nenhuma!

Depois de terem quase tomado toda a península, as forças norte-coreanas foram forçadas a recuar, até o vale do Yalu. Era o fim. No entanto, os Chineses reverteram a situação até o paralelo 38. Apesar de não ser aqui o lugar apropriado para discutir conflitos, e sim aeronaves, não posso deixar de dizer, que a velha mania de reduzir o brilho do inimigo, antes apenas revela a desculpa de um ego ferido, no caso do comando da ONU. Sempre são derrotados pelo "rolo compressor", pelo "milhão de chineses". Nunca há gênio na forma de luta do outro...
Ora, como se explica os cercos das tropas da ONU, que se sucediam dia-dia, mês a mês?
A faceta aérea desta desculpa, é a alegação de "1.500 MiG's no Yalu"! Se lá estavam 25% disso, era muito.

E como se deu a forma dos "vermelhos", para enfrentar a guerra?

Usavam as táticas da VVS: "Espada" e "Escudo".

Um elemento, como espada: incumbência - atacar.
Outro elemento, como escudo: incumbência - defender o primeiro elemento.
Um terceiro, no alto, como "poleiro": atacar ou defender, conforme o desenvolvimento da batalha. Aproveitavam para detonar os "Sabres" desgarrados, nada demais, afinal, não importa a insígnia: "bucha" tem que morrer...

Eram vetorados de terra, via CGI. Isto era inédito na época.

Estas eram as formas "engessadas" dos "vermelhos", para dar combate...

Tem-se hoje, devido aos acessos aos registros, bem como a aterradora camuflagem dos dados, feitos pela insuspeitíssima USAF, que não houve a alegada superioridade aérea da ONU, na forma que foi propalada. Com efetivos inferiores aos da coalizão, bem inferiores, digam-se, os orientais dividiram os céus, pois se assim não fosse, não teriam dado nem dez passos das margens do Yalu!
Afinal, não eram apenas homens?
Fácil é ceifá-los do ar!

A contradição é vossa caro PT. Sua fé cega esmurra a realidade dos registros, que mostram seus ídolos imperiais como mentirosos. Mentira apontada em pesquisas, feitas sobre normas acadêmicas, e não em páginas soltas na internet como que feitas por qualquer nerd.
Mas, você poderá contestá-las, seja de que forma for: Viajando e colhendo os registros ou chamando Zampini e Cooper de babacas.
Já vi gente escolhendo a segunda.

:wink:




Carlos Mathias

Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#52 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Jul 30, 2009 12:23 am

VOADEIRA NUS PEITO! :lol:




Carlos Mathias

Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#53 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Jul 30, 2009 12:25 am

E as ADM do Iraque, já acharam alguma depois desses anos todos procurando esse flagelo da humanidade democrática? :roll: :lol:




Jolly Roger
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Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#54 Mensagem por Jolly Roger » Qui Jul 30, 2009 12:44 am

Bela Discussão pessoal..

achei esse site fala um pouco sobre os ases ds dois lados


espero que some algo ao topico

Korean War Aces

USAF F-86 Sabre jet pilots

http://www.acepilots.com/korea_aces.html


Russian Aces over Korea

Mikoyan-Gurevich MiG-15 Fagot pilots

http://www.acepilots.com/russian/rus_aces.html#ivanov




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Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#55 Mensagem por Jolly Roger » Qui Jul 30, 2009 12:58 am

LeandroGCard escreveu:
HIGGINS escreveu: Verdade,
na WW-II já era assim...
Esta era a tática de Manfred Von Richthofen, o maior às da PRIMEIRA guerra mundial :o :lol:




Leandro G. Card

"This MiG driver had been good, VERY GOOD. He had been waiting above the engagements between the MiGs and the F-86s. It was a well-known tactic that was commonly used by a single MiG pilot, that we referred to as CASEY JONES*. Ol' Casey was an exceptional pilot, and definitely not an Oriental. His normal procedure was to hit fast from a high perch, diving down on any F-86 that was isolated from the on-going air battle, quite similar to a tactic used by von Richthofen in The Great War."


http://www.acepilots.com/russian/rus_aces.html


apenas reiterando




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Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#56 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Jul 30, 2009 2:14 am

:wink: :D




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Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#57 Mensagem por pt » Qui Jul 30, 2009 8:05 am

Meu caro Higgins

Eu expliquei-lhe que é absolutamente normal e aceitável que os pilotos comunistas tenham sido esmagados, porque embora eles tivessem aeronaves superiores, como motores de origem britânica e com canhões de maior calibre, os sistemas de tiro dos caças americanos davam uma vantagem táctica.

Enquanto que os pilotos comunistas, para ganhar alguma coisa tinham que se esforçar ao máximo, os pilotos americanos, mesmo com menos horas de voo, podiam com relativa facilidade acabar com os mal treinados (a maioria) e tinham chances mesmo quando combatiam contra os melhores pilotos russos.

Não tendo como resolver o problema dos numeros, você recorre a publicações encomendadas para criticar o governo norte-americano, que se baseiam em meias-verdades para desinformar.
Nenhuma força aérea considera como perda em combate, uma aeronave que por exemplo é danificada em voo e arde no solo.
Um avião que tem o seu trem de aterragem danificado e que se destroi ao tentar forçar uma aterragem não é considerado uma perda em combate mas sim um acidente.

Dana Drenkovski, e autores que vivem de tentar reescrever a História não entendem (ou não querem entender) este tipo de questões.
Drenkowski, é apenas mais um que não gostou da forma como foi tratado na guerra no sudoeste asiático.
Não gostou de ver os seus companheiros morrer. Ninguém gosta.
Muitos antigos combatentes viram pacifistas, e é de dentro das próprias fileiras que vêm os criticos.
Felizmente Drenkowski, tem o direito à Liberdade de Expressão, coisa que os pilotos do outro lado da barricada nunca tiveram


Esta é a prática desde sempre. Nem a Alemanha nem a União Soviética, nem a Grã Bretanha nem a França durante a II guerra mundial consideraram como perda em combate uma aeronave que se perde depois do combate.

Comparar o controle da informação por parte das forças armadas das democracias, com o controle da informação levado a cabo por um regime indescritivel como o de Estaline, é pura e simplesmente uma alucinação maniaco-depressiva.
Em tempo de guerra as forças armadas escondem dados sim. Todas o fazem porque esconder os dados do inimigo, engana-lo e leva-lo a concluir coisas erradas, é uma das melhores armas com que se pode contar.
Mas nos Estados Unidos, os dados são desclassificados passado um periodo de anos. Nas ditaduras eles não são sequer registados.


Os dados técnicos sobre as características dos F-86 e do MiG-15 são claros e não foram nunca desmentidos.

O caça russo era agil, muito agil. Tinha um motor inglês bastante potente para a dimensão do avião.
O caça americano tinha um motor maior e mais potente, mas também era muito mais pesado o que anulava a superioridade do motor.

O caça russo tinha canhões de maior calibre e poderia ter um poder de fogo maior, mas o caça americano poderia dirigir as muniçoes que disparava, apontando duas a duas as metralhadoras contra um ponto especifico do alvo.

Era quase ficção científica para os anos 50. É obvio que dava uma vantagem terrível.
Esta vantagem táctica justifica e explica perfeitamente a superioridade norte-americana mesmo perante grandes numeros de caças de fabrico russo.

É pura e simplesmente absurdo, achar que os regimes comunistas, que sempre apoiaram os seus avanços na «qualidade do numero», baseando-se sempre em grandes concentrações de força, de um momento para o outro tenham ficado em inferioridade numérica.

A produção em série do MiG-15 começou ainda em 1948 (MiG-15SV).
Em 1949 começou a produção do seu sucessor o MiG-15bis
A produção do MiG-15SV substituido pelo MiG-15bis nas fábricas soviéticas foi transferida para fábricas na Polonia (227 produzidos) e na Checoslováquia (815 produzidos, a que se juntaram mais 620 da versão bis).
No total entre 1950 e 1956 (Polonia e Checoslováquia mantiveram o modelo em produção até mais tarde) foram produzidos 12.000 MiG-15.
Durante a fase da guerra da Coreia (1950-1953), as estimativas apontam para 3.500 a 5.000 unidades produzidas.
O F-86A foi produzido num total de 556 unidades e foi este avião que foi enviado para a Coreia no inicio.
O F-86D só começou a ser produzido em 1953, por causa de problemas de produção
O F-86E voou pela primeira vez já os comunistas tinham atacado e 350 unidades foram produzidas em 1951 e mais 430 em 1952.
O F-86F (um F-86E com motor mais potente) voou pela primeira vez em Março de 1952 já a guerra tinha atingido o impasse e este foi o primeiro F-86 a atingir números mais elevados de produção com cerca de 500 produzidos antes do fim da guerra. No total, menos de 1900 aeronaves produzidas.

Afirmar que os generais russos, que nunca foram para a guerra sem garantir absoluta superioridade numerica, dizendo que no caso da Coreia estavam em desvantagem, não é apenas anedótico, é um problema de outro foro, e eu não sou a pessoa indicada para tratar o problema ... :mrgreen:

No entanto, toda a teoria da conspiração, por muito mentirosa que seja, e normalmente é, tem sempre uma ponta de verdade, para lhe dar alguma credibilidade.

Muitas das concentrações de aeronaves MiG-15 resultavam da tentativa de treinar os pilotos em situações de combate. Afinal, nada melhor que colocar os pilotos em contacto directo com a guerra real. O problema é que as vantagens do inicio começaram a desaparecer exactamente quando os F-86 começaram a mostrar que as suas desvantagens poderiam ser ultrapassadas.

Já na fase final da guerra, depois de terem sofrido perdas terríveis, os comunistas decidiram retirar as suas escolas de treino da Coreia, porque afinal estavam não só a matar pilotos em treino, como ainda estavam a mostrar como os seus professores morriam. Era um espectáculo deprimente com os jovens pilotos russos a entrar em pânico.

Nessa altura, quando se tornou evidente que a utilização de grandes enxames de caças não funcionava, eles passaram a utilizar menor numero de aeronaves. Eles passaram a acções mais defensivas com menor numero de aviões, onde eventualmente alguma vez estariam em desvantagem numérica.
Aliás, oficialmente eles nem estiveram lá, é tudo invenção...

Vai ver a Coreia nem era comunista, era uma nação ultra-pacifica que não tinha nem um tanque ... :mrgreen:
Os factos são tão demolidores que a discussão é quase infantil.

É a mesma coisa que discutir com os fanáticos das teorias da conspiração.
Afirmam ainda hoje que o Boeing que se rebentou contra o Pentagono era um míssil de cruzeiro e basearam-se em fotos montadas.
Consultaram peritos que provaram que as torres gemeas tinham sido rebentadas de dentro que depois se provou serem charlatães.

As teorias da conspiração caracterizam-se por terem elementos que aparentemente têm base técnica, para que os seus apoiantes possam apontar as referências que justificam os disparates.
Também aproveitam factos conhecidos, para depois os distorcerem.

Faz parte da natureza humana acreditar em conspirações.
OVNIS, bases de marcianos na Area 51, triangulo das bermudas e coisas do género, como a superioridade do MiG-15 construido aos milhares, mas que estranhamente nunca chegou à Coreia ... (devem ter-se perdido pelo caminho :mrgreen: ) deixando as centenas de F-86 em superioridade numérica...

:roll:

Cumprimentos




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Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#58 Mensagem por FOXTROT » Qui Jul 30, 2009 2:47 pm

MIG-15 "kill Sabre"! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
Carlos Mathias

Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#59 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Jul 30, 2009 10:44 pm

Eu gosto é de observar o PT. Ele quando se refere ao MIG é de sucata prá baixo. Quando fala do Sabre é coisa de ficção científica.
Pilotos russos altamente treinados e experientes sofriam como o diabo para acertar um Sabre; mas pilotos americanos, assim...meia bomba, facilmente, com espantosa e maravilhosa eficácia, acertavam facilmente qualquer MIG-15.

*Tá lá junto com o Área Militar e o DefesaNet. Se é que me entende.

ATT: Ao ler este post, por favor não leve tudo ao pé da letra, há aí ironias e uma certa dose de humor sarcástico, inclusive a cor desse grifado.




Editado pela última vez por Carlos Mathias em Sex Jul 31, 2009 11:51 am, em um total de 1 vez.
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Re: MiG - 15 vs. F - 86 "Sabre".

#60 Mensagem por EDSON » Sex Jul 31, 2009 12:20 am

O piloto não presta, o avião não presta, o treinamento não presta, o motor é inglês e presta, o moral é sempre baixo, o uniforme não presta, os aviões americanos caem por acidente. Olha ainda não sei como não venceram a Guerra da Coréia, deve ser porque não sabiam como vencer. :lol:

Com toda esta vantagem ainda não sei porque McArthur queria jogar a bomba nos chineses. [005]

Se o avião não presta então o piloto deve ser fora de série pois ainda com esta geringonsa( segundo alguns ) conseguiu derrubar muitos. Aliás nem sei como voava. :D :D




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