EE-T1 Osório

[Glauber Prestes]

Veja bem, é possível sim, tanto que se alguém fez questão de guardar os projetos e etc, alguma razão houve além de montar um museu.

Mathias, nunca foram feitos os desenhos de produção. Só foram feitos desenho de conjunto para permitir a construção de protótipos.

Para construir o primeiro protótipo os engenheiros praticamente trabalharam juntos com os operários do Departamento de Protótipos.

Os desenhos de produção seriam feitos após se fechar o contrato com a Arabia Saudita.

Bacchi

Olha, eu posso estar muito enganado, mas os desenhos de produção já tinham sido feitos sim...

[Reginaldo Bacchi]

[quote="glauberprestes']

Olha, eu posso estar muito enganado, mas os desenhos de produção já tinham sido feitos sim...[/quote]

Em suma, você está dizendo que eu sou um mentiroso?

Bacchi

[tykuna]

Calma Bacchi,

Não acredito que ele tenha dito com essa intenção, mas com a idéia de engano.

Acredito que aqui, ninguém duvide de sua palavra.

Sds,

[Bolovo]

Exatamente. Não temos a vivência que o Bacchi teve. Aqui só aprendemos com ele (pelo menos eu sim).

[Glauber Prestes]

[

Cara, fica sussa que aqui é todo mundo irmão, e não quer briga. Eu não disse que você tá errado, eu disse que até onde eu lembro (sobre tudo o que eu vi), os desenhos já haviam sido feitos. Se eu estou errado, paciência, estou aqui pra aprender, e pra transmitir o pouco que eu sei.

[Asteróide]

Não é querendo por lenha na fogueira nem querendo ofender ninguém, e muito menos comprar a brigada dos outros mas até onde eu li, quando a licitação ocorreu os planos de produção estavam prontos. Mas caro Bacchi essa notícia pode nos ter sido passada de forma errada pela imprensa. Devemos é esclarecer tudo com calma. Um abraço.

[Túlio]

Olha, eu posso estar muito enganado, mas os desenhos de produção já tinham sido feitos sim...

Em suma, você está dizendo que eu sou um mentiroso?

Bacchi

Olhes, amigo, não vou entrar no mérito mas estás então dizendo que fizeram DOIS MBTs, sendo que pelo menos um deles TERIA participado e evidenciado grandes qualidades numa concorrência na Arábia Saudita e tudo isso A OLHO? Sem desenhos? Ou te referes a desenhos da linha de montagem? Mas aí eu diria que...

...bueno, creio eu que uma linha de montagem E O FERRAMENTAL para tale dos anos 80 eram BEM diferentes do que se considera atual (de lá para cá passou-se mais de um quarto de século), ou seja, ter-se-ia de começar tudo do zero de qualquer jeito, idem deve ser com o URUVECO, duvido que estejam usando as antigas máquinas e ferramental que faziam os Urutus e Cascavéis nos anos 70. Se há a tale de 'vontade política' de mobiliar nossas Forças Blindadas com milhares de carros sobre rodas modernos (filhotes de Centauro, eu diria), pode haver, cedo ou tarde, a mesma intenção sobre um MBT autêntico, não essas sucatas que temos e que não resistem sequer a um disparo de RPG-7 dos antigos. E aí um renascimento do Osório seria, ao menos para mim, um passo lógico: hoje fabricamos blindagens de aço e cerâmica, vários sensores que antes tínhamos de importar & quetales. Mas não seria o mesmo carro, este seria apenas um ponto de partida para o blindado a ser efetivamente desenvolvido (e mesmo que fosse o original, estaria milhas adiante do que atualmente temos)...

Minha opinião.

[delmar]

Nossos hermanos argentinos dizem, brincando, que para seu fãs a cada ano Carlos Gardel canta melhor. Com o Osório é a mesma coisa, a cada ano ele fica melhor e com mais qualidades. Não envelhece nunca. Está sempre atualizado, foi e ainda é, como Carlos Gardel, o melhor do mundo.´Já é um mito e como tal está acima de qualquer critica, mesmo que venha de alguém que trabalhou diretamente no projeto. A discussão já não está no terreno da racionalidade mas da fé.

saudações

[pt]

Falo de memória, de conversa com terceira pessoa, mas tanto quanto recordo o Osório foi dos primeiros carros de combate a utilizar um sistema CAD-CAM para o desenho e especificação de componentes.
Mais uma vez de memória, o que não havia para a Arábia Saudita eram desenhos de pormenor para responder aos pedidos e solicitações dos Sauditas, aos quais a Engesa respondia sempre que sim.

Quanto ao veículo própriamente dito, já em 1983, a Tecnologia & Defesa dizia que o tanque era muito bom, mas colocava em dúvida a viabilidade de uma versão com canhão de 120mm.
O Osório era relativamente pequeno e embora ele tenha sido construído num modelo protótipo (nem sequer pré-produção) com canhão de 120mm a questão perdurará. Ele não seria demasiado pequeno para um canhão de 120mm ?
Canhão de 120mm que os Sauditas queriam que fosse equivalente ao que Israel estava a começar a receber nos Merkava-III e que a Engesa não podia fornecer.
Há quem diga que os americanos boicotaram o negócio, mas eu acho que a haver boicote ele foi da Rheinmetal. O Abrams com canhão de 120mm utilizam um canhão derivado do canhão alemão do Leopard-II. O Merkava-III utilizava a mesma arma. O canhão francês da GIAT não estava à altura do L/44 da Rheinmetal.

Na verdade, todas as modificações que seriam necessárias, tornariam o seu rejuvenescimento um trabalho épico. Na verdade seria melhor desenhar um novo tanque de raiz.

Um motor mais potente, eventualmente maior, implica maior dimensão do tanque e peso, mais munição significa maior torre, a blindagem reactiva, é um remendo que se coloca nos tanques antigos ou de projecto ultrapassado. É aceitavel para tanques antigos, mas inaceitável para um tanque moderno.

O Osório sofreu desde o inicio com a questão do tamanho, que foi condicionada (segundo as más línguas) pelo próprio exército brasileiro, que não compraria o tanque se ele ultrapassasse as 40 toneladas.

Não é possível agradar a Gregos e a Troianos.

Neste momento seria muito mais interessante, tentar aproveitar os chassis dos carros Leopard-1 e estudar novos sistemas, reforços de blindagem etc...


Cumprimentos

[henriquejr]

Concordo com o PT.

Apesar de admirar muito o Osório, na minha opinião o MBT mais bonito do mundo, acho que no momento atual seria mais viável a modernização de nossos Leopard I ou até a produção de uma torre mais moderna para eles.

O fato que é MBTs não é e nunca foi prioridade do EB e por este motivo não vejo viabilidade numa retomada do projeto do Osório, que teria que ser totalmente revisto.

[irlan]

Alguém sabe me dizer se o EB já fez algum levantamento de quanto tanques precisariamos(independentemente dos recursos) levando em conta a nossa extensão territórial e topográfica?

[Carlos Mathias]

MBT nunca foi prioridade no EB porque nunca se teve grana pá pensar nisso seriamente, é coisa cara mesmo. Bota dinheiro na mão do povo de verde oliva prá ver se eles não brilham os olhos por um Leo-II, T-80, M-1 e etc.

[Bolovo]

Carlos, se dermos dinheiro para o povo de verde oliva, gastarão nas prioridades, que neste momento, está longe de ser os CC.

[Glauber Prestes]

Carlos, se dermos dinheiro para o povo de verde oliva, gastarão nas prioridades, que neste momento, está longe de ser os CC.

Concordo. Dá pra listar umas 3-4 prioridades na frente dos CC. Já postei, acho que é mais interessante produzir melhorias, do que socar um novo MBT nacional. É inclusive, uma maneira de capacitar a industria para tal.

[Bolovo]

3, 4? Eu consigo umas 10!