EE-T1 Osório
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Re: EE-T1 Osório
Bolovo,
também não acredito que seja possível vendê-lo com sucesso na AL ou África, visto que tem um excedente de blindados usados mundo a fora por preço acessível. Mas por que não podemos fazer com os hermanos, com o seu TAM? Poderia ser só nosso, e depois, com certeza aparecerão compradores aqui na vizinhança, como aconteceu com os Cascavel/Urutu. Eliseu
também não acredito que seja possível vendê-lo com sucesso na AL ou África, visto que tem um excedente de blindados usados mundo a fora por preço acessível. Mas por que não podemos fazer com os hermanos, com o seu TAM? Poderia ser só nosso, e depois, com certeza aparecerão compradores aqui na vizinhança, como aconteceu com os Cascavel/Urutu. Eliseu
Re: EE-T1 Osório
África do Sul e Colômbia estão procurando um MBT acessível. Poderiam ser mercados para nós, mas...
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Re: EE-T1 Osório
Bolovo você é algum lobista da Iveco infiltrado?
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Re: EE-T1 Osório
Claro que não, meu colega. Eu quero que a Iveco se exploda e que vá junto com o capeta. A questão é outra. Em 1985, havia mercado para o Osorio. Dentro do Brasil, o EB necessitava urgentemente de um CC com visão noturna e etc, desejo só realizado em 1997 (com o M60A3 TTS), para fazer frente contra 300 veículos TAM argentinos, novinhos, lá nos Pampas. Usávamos o M-41C (ainda usamos!). Fora do Brasil, o Osorio nasceu para preencher os requisitos saúditas para um novo MBT. Vendendo ou não para a Arabia, era um projeto muito bom e passível de exportação, sendo a Engesa, após a guerra do Irã-Iraque, uma famosa exportadora de material militar, ao menos para os países da 'periferia', que não podiam dar o luxo de adquirir os equipamentos soviéticos ou da OTAN.Leonardo Besteiro escreveu:Bolovo você é algum lobista da Iveco infiltrado?
Um abraço camarada!
O mundo vivia na Guerra Fria. Caso a guerra tivesse esquentado, a guerra terrestre começaria, obviamente, na fronteira entre as duas Alemanhas. Nessa região, há um local conhecido como 'Fulda gap' (não sei o nome em tuganes), perto da cidade de Fulda, um corredor plano entre duas cadeias de montanhas. Esse corredor foi utilizado por Napoleão para atacar a Aústria, foi usado pelos americanos na Segunda Guerra para chegar a Alemanha e, com certeza absoluta, seria utilizado neste conflito. Milhares de tanques soviéticos e da OTAN passariam por lá, criando imensas batalhas, fazendo as de Kursk na Segunda Guerra parecer um bang-bang sem graça.
No final dos 80, apesar do cancelamento do projeto nuclear, o povo brasileiro, e por consequencia a indústria bélica nacional, sentiram o o que é levar uma bomba nuclear na cabeça, leia-se Collor. É o fim da Engesa. A 'era de ouro' e o desejo do EB em adquirir CC nacionais no Estado-da-Arte acabaram. Nesse mesmo período, cai o muro de Berlim, a URSS se dissolve, as relações oeste leste são reatadas, acabando assim a tensão da paz armada que existia entre as duas super potências. E o que isso tem a ver com hoje com o tópico? É o seguinte: o EB já decidiu pelo Leopard 1A5. Arrisco dizer que, hoje, esse é o menor dos problemas do EB, os Carros de Combate. No contexto mundial, a Alemanha tinha cerca de 2400 Leopard 2 durante os anos 80, hoje em dia tem cerca de 400, suficientes para sua defesa. Com 2000 Leopard 2, semi-novos, a preços bons, quem irá procurar 'Osorio II'? A África, países sul americanos? Nós? Para fabricarmos quantos? E quando? O Chile já fez sua escolha e tudo indica que a Africa do Sul fará o mesmo. Junte tudo isso e entenderá minha visão da coisa.
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Re: EE-T1 Osório
O que eu acho pertinente, é desenvolver os periféricos aqui, como a visão termal, visão noturna, munição, sistemas hidráulicos, blindagem, e outras peças...Bolovo escreveu:
No final dos 80, apesar do cancelamento do projeto nuclear, o povo brasileiro, e por consequencia a indústria bélica nacional, sentiram o o que é levar uma bomba nuclear na cabeça, leia-se Collor. É o fim da Engesa. A 'era de ouro' e o desejo do EB em adquirir CC nacionais no Estado-da-Arte acabaram. Nesse mesmo período, cai o muro de Berlim, a URSS se dissolve, as relações oeste leste são reatadas, acabando assim a tensão da paz armada que existia entre as duas super potências. E o que isso tem a ver com hoje com o tópico? É o seguinte: o EB já decidiu pelo Leopard 1A5. Arrisco dizer que, hoje, esse é o menor dos problemas do EB, os Carros de Combate. No contexto mundial, a Alemanha tinha cerca de 2400 Leopard 2 durante os anos 80, hoje em dia tem cerca de 400, suficientes para sua defesa. Com 2000 Leopard 2, semi-novos, a preços bons, quem irá procurar 'Osorio II'? A África, países sul americanos? Nós? Para fabricarmos quantos? E quando? O Chile já fez sua escolha e tudo indica que a Africa do Sul fará o mesmo. Junte tudo isso e entenderá minha visão da coisa.
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Re: EE-T1 Osório
Isso eu acho bem razoável. Poderíamos começar nacionalizando alguns desses itens no Leo 1.glauberprestes escreveu:O que eu acho pertinente, é desenvolver os periféricos aqui, como a visão termal, visão noturna, munição, sistemas hidráulicos, blindagem, e outras peças...
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Re: EE-T1 Osório
lSim Bolovo, temos Leo II pra dar e vender HOJE, mas e daqui a 15 anos??? Haverá sim mercado... E pra isso eu acho que o ideal seria começar a fazer justamente o que o Glauber falou e você concordou, criara versões nacionais dos ítens com tecnologia embarcada...
Na minha humilde opinião já estamos começando a fazer isso aos poucos, dentro da nossa realidade, a Remax pode ser colocada como um passo, o monóculo de visão noturna é outro, e por aí vai, com o tempo vamos adquirindo know-how e dando saltos tecnológicos maiores.
Mas, mais uma vez na minha humilde opinião, haveria sim espaço para um MBT feito aqui pro futuro. Mas tudo depois do sucesso do Urutu III e de um possível "Charrua II" (usei o nome, mas é um veículo sobre lagartas novo, com versões de transporte de pessoal a artilharia AP), o próximo passo na área da cavalaria seria naturalmente um MBT, ou um CC leve já que existem correntes que dizem que não existirá uma nova geração de MBTs pesados, e sim carros mais leves e ágeis.
Na minha humilde opinião já estamos começando a fazer isso aos poucos, dentro da nossa realidade, a Remax pode ser colocada como um passo, o monóculo de visão noturna é outro, e por aí vai, com o tempo vamos adquirindo know-how e dando saltos tecnológicos maiores.
Mas, mais uma vez na minha humilde opinião, haveria sim espaço para um MBT feito aqui pro futuro. Mas tudo depois do sucesso do Urutu III e de um possível "Charrua II" (usei o nome, mas é um veículo sobre lagartas novo, com versões de transporte de pessoal a artilharia AP), o próximo passo na área da cavalaria seria naturalmente um MBT, ou um CC leve já que existem correntes que dizem que não existirá uma nova geração de MBTs pesados, e sim carros mais leves e ágeis.
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Re: EE-T1 Osório
Ótimo post.Bolovo escreveu:Claro que não, meu colega. Eu quero que a Iveco se exploda e que vá junto com o capeta. A questão é outra. Em 1985, havia mercado para o Osorio. Dentro do Brasil, o EB necessitava urgentemente de um CC com visão noturna e etc, desejo só realizado em 1997 (com o M60A3 TTS), para fazer frente contra 300 veículos TAM argentinos, novinhos, lá nos Pampas. Usávamos o M-41C (ainda usamos!). Fora do Brasil, o Osorio nasceu para preencher os requisitos saúditas para um novo MBT. Vendendo ou não para a Arabia, era um projeto muito bom e passível de exportação, sendo a Engesa, após a guerra do Irã-Iraque, uma famosa exportadora de material militar, ao menos para os países da 'periferia', que não podiam dar o luxo de adquirir os equipamentos soviéticos ou da OTAN.Leonardo Besteiro escreveu:Bolovo você é algum lobista da Iveco infiltrado?
Um abraço camarada!
O mundo vivia na Guerra Fria. Caso a guerra tivesse esquentado, a guerra terrestre começaria, obviamente, na fronteira entre as duas Alemanhas. Nessa região, há um local conhecido como 'Fulda gap' (não sei o nome em tuganes), perto da cidade de Fulda, um corredor plano entre duas cadeias de montanhas. Esse corredor foi utilizado por Napoleão para atacar a Aústria, foi usado pelos americanos na Segunda Guerra para chegar a Alemanha e, com certeza absoluta, seria utilizado neste conflito. Milhares de tanques soviéticos e da OTAN passariam por lá, criando imensas batalhas, fazendo as de Kursk na Segunda Guerra parecer um bang-bang sem graça.
No final dos 80, apesar do cancelamento do projeto nuclear, o povo brasileiro, e por consequencia a indústria bélica nacional, sentiram o o que é levar uma bomba nuclear na cabeça, leia-se Collor. É o fim da Engesa. A 'era de ouro' e o desejo do EB em adquirir CC nacionais no Estado-da-Arte acabaram. Nesse mesmo período, cai o muro de Berlim, a URSS se dissolve, as relações oeste leste são reatadas, acabando assim a tensão da paz armada que existia entre as duas super potências. E o que isso tem a ver com hoje com o tópico? É o seguinte: o EB já decidiu pelo Leopard 1A5. Arrisco dizer que, hoje, esse é o menor dos problemas do EB, os Carros de Combate. No contexto mundial, a Alemanha tinha cerca de 2400 Leopard 2 durante os anos 80, hoje em dia tem cerca de 400, suficientes para sua defesa. Com 2000 Leopard 2, semi-novos, a preços bons, quem irá procurar 'Osorio II'? A África, países sul americanos? Nós? Para fabricarmos quantos? E quando? O Chile já fez sua escolha e tudo indica que a Africa do Sul fará o mesmo. Junte tudo isso e entenderá minha visão da coisa.
Abraços
Hoje, não é mais viável desenvolver um novo MBT, não só por causa desse excedente de ofertas no mercado (evidente que esse é o principal motivo), mas também por que o próprio conceito do MBT está sendo revisto, tendendo a veículos blindados mais leves.
Além disso, a parte estrutural dos veículos tem uma vida útil de muitas décadas. O próprio A-1 Abrams não é mais fabricado, mas passam (de tempos em tempos) por um desmonte e recuperação de todas as suas partes (vi isso no History Channel).
Dessa forma, penso que o ideal para o Brasil é a aquisição de mais Leo's e modernização local, desenvolvendo um modelo Leopard M Br, a exemplo do que a FAB está fazendo com os P-3BR,
Um abraço,
Robson
- Reginaldo Bacchi
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Re: EE-T1 Osório
[quote="Bolovo"]
No final dos 80, apesar do cancelamento do projeto nuclear, o povo brasileiro, e por consequencia a indústria bélica nacional, sentiram o o que é levar uma bomba nuclear na cabeça, leia-se Collor. É o fim da Engesa.
[/quote]
Gostei muito de seu comentário sobre o mercado para um novo carro de combate. Muito realista. Concordo 100% com ele.
Eu trabalhei na ENGESA de 1977 até a declaração de concordata em Abril 1990 (quando fui despedido junto com cerca de 95% dos empregados).
Não consegui entender o que o Color teve a ver com isto!!! Por favor explique.
Bacchi
No final dos 80, apesar do cancelamento do projeto nuclear, o povo brasileiro, e por consequencia a indústria bélica nacional, sentiram o o que é levar uma bomba nuclear na cabeça, leia-se Collor. É o fim da Engesa.
[/quote]
Gostei muito de seu comentário sobre o mercado para um novo carro de combate. Muito realista. Concordo 100% com ele.
Eu trabalhei na ENGESA de 1977 até a declaração de concordata em Abril 1990 (quando fui despedido junto com cerca de 95% dos empregados).
Não consegui entender o que o Color teve a ver com isto!!! Por favor explique.
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Re: EE-T1 Osório
Caro Bacchi ele só foi culpado, por não apoiar a Engesa na licitação na Arábia Saudita que foi vencida pelo Osório, mas que levou foram os Estadunidenses no grito, e por não apoiar a Engesa modernizando o EB com um MBT nacional, ainda mais numa época que nossos vizinho e maiores rivais estavam se equipando. Um abraço a todos.
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Re: EE-T1 Osório
Pois a África do Sul se interessou no Leo 2 (Aorta Project), e descobriu que não existem mais excedentes. Acabou. Está na hora de pensar quais serão as ameaças futuras e partir para uma parceria no Osório II.Moccelin escreveu:Sim Bolovo, temos Leo II pra dar e vender HOJE
The official said he was in a position to know of defence exports to SA and he was not aware of any tank offer, and neither was German industry. He further noted that Germany’s stock of surplus Leopard 2 MBTs are now exhausted and intimated that the tank is not currently being manufactured.
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Re: EE-T1 Osório
Bacchi, ao MEU ver, se tivéssemos um governo no mínimo inteligente (coisa que nenhum era), a Engesa poderia ter se safado da concordata.Reginaldo Bacchi escreveu:Gostei muito de seu comentário sobre o mercado para um novo carro de combate. Muito realista. Concordo 100% com ele.Bolovo escreveu:
No final dos 80, apesar do cancelamento do projeto nuclear, o povo brasileiro, e por consequencia a indústria bélica nacional, sentiram o o que é levar uma bomba nuclear na cabeça, leia-se Collor. É o fim da Engesa.
Eu trabalhei na ENGESA de 1977 até a declaração de concordata em Abril 1990 (quando fui despedido junto com cerca de 95% dos empregados).
Não consegui entender o que o Color teve a ver com isto!!! Por favor explique.
Bacchi
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Re: EE-T1 Osório
Entendo. Mas daí entra minha dúvida sobre um projeto desses: quando, quantos e como?Moccelin escreveu:lSim Bolovo, temos Leo II pra dar e vender HOJE, mas e daqui a 15 anos??? Haverá sim mercado... E pra isso eu acho que o ideal seria começar a fazer justamente o que o Glauber falou e você concordou, criara versões nacionais dos ítens com tecnologia embarcada...
Na minha humilde opinião já estamos começando a fazer isso aos poucos, dentro da nossa realidade, a Remax pode ser colocada como um passo, o monóculo de visão noturna é outro, e por aí vai, com o tempo vamos adquirindo know-how e dando saltos tecnológicos maiores.
Mas, mais uma vez na minha humilde opinião, haveria sim espaço para um MBT feito aqui pro futuro. Mas tudo depois do sucesso do Urutu III e de um possível "Charrua II" (usei o nome, mas é um veículo sobre lagartas novo, com versões de transporte de pessoal a artilharia AP), o próximo passo na área da cavalaria seria naturalmente um MBT, ou um CC leve já que existem correntes que dizem que não existirá uma nova geração de MBTs pesados, e sim carros mais leves e ágeis.
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Re: EE-T1 Osório
No meu ponto de vista, como especialista em blindados e eletrônica, o EE T1 ainda seria válido, mas como eu já disse anteriormente, com atualização. Até por que muitos dos componentes utilizados nele já não existem mais ou estão em versões mais "modernosas". O fato de existir um projeto, já com protótipo, economisa um bocado de tempo...e money! Se fosse fabricado como era, mas recebendo uma blindagem reativa ou reforçada, já estaríamos num patamar superior aos Léo e M60 que temos. Abs Eliseu
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Re: EE-T1 Osório
Tomara que alguém que faça esse tipo de escolha no governo leia seu post Eligioep e veja o quão sensato ele é. Um abraço camarada.
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