VENEZUELA
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Re: CHAVEZ: de novo.
Vocês deviam tomar cuidado com as análises que vocês postam.
O Jorge Castaneda é anti-chavista notório. E a "The Economist" é a revista que todo ano prevê que ou o Chavez cai ou vira um ditador "de jure", que a Argentina entrará em recessão etc. Um dia obviamente eles acertarão. Mas em um dado momento do tempo a análise deles tem credibilidade zero.
Abs
O Jorge Castaneda é anti-chavista notório. E a "The Economist" é a revista que todo ano prevê que ou o Chavez cai ou vira um ditador "de jure", que a Argentina entrará em recessão etc. Um dia obviamente eles acertarão. Mas em um dado momento do tempo a análise deles tem credibilidade zero.
Abs
Re: CHAVEZ: de novo.
Chávez não já é ditador na prática?
NÃO À DROGA! NÃO AO CRIME LEGALIZADO! HOJE ÁLCOOL, AMANHÃ COGUMELO, DEPOIS NECROFILIA! QUANDO E ONDE IREMOS PARAR?
- Marino
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Re: CHAVEZ: de novo.
Chávez limita compras de ''livros de direita''
Ruth Costas
Há pelo menos três livrarias no aeroporto de Caracas, mas se estiver em busca de um escritor consagrado da literatura latino-americana para passar o tempo antes do embarque, o visitante sairá frustrado de qualquer uma delas. O colombiano Gabriel García Márquez? "Não." O mexicano Carlos Fuentes ou o argentino Julio Cortázar? "Também não." O peruano Mário Vargas Llosa? "Nem pensar, só tenho esses aqui", diz a vendedora, desconcertada, apontando para uma estante quase vazia que começa com "Culinária para Crianças" e termina numa série de análises sobre o socialismo do presidente Hugo Chávez
No centro da capital venezuelana ou em bairros de classe média a situação é a mesma. "As autoridades não estão liberando dólares para importar livros, papel ou tinta. E não adianta dizer que o problema é a crise, pois sabemos que há uma questão ideológica por trás disso: para esse governo, literatura ?desengajada? não é prioridade", diz Andrés Boersner, dono da tradicional livraria Noctua.
Também estão em falta muitos clássicos, livros universitários e técnicos. "Hoje, de 50 títulos que me pedem, não tenho 45", conta Boersner. "Fiquei deprimido ao entrar numa livraria em Barcelona e ver todas as novidades literárias que não chegam mais na Venezuela."
O curioso é que a situação chegou a esse ponto apenas três meses depois de Chávez ter anunciado seu "Plano Revolucionário da Leitura", cujo objetivo é "estimular a leitura para ampliar a consciência". Mas é claro que não é qualquer leitura. Apenas a que "desenvolva uma ética socialista" e "desmonte o imaginário capitalista para dar novo contexto à história".
As bibliotecas públicas receberam caixas e caixas de obras "revolucionárias": coletâneas de discursos de Chávez, livros escritos por ministros, Cartas de Marx para Engels, o diário de Che Guevara na Bolívia e biografias de Simón Bolívar. Estão sendo organizados em bairros pobres os "Esquadrões Revolucionários de Leitura", cujo objetivo é "refletir e contribuir para a construção do socialismo do século 21".
E apesar de as editoras privadas não conseguirem importar papel, tinta e peças para seu maquinário, editoras ligadas ao governo distribuem milhares de livros a preços que não passam de US$ 2. Mais uma vez, não são quaisquer livros. Há sim, alguns clássicos como Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes, mas a maior parte é o que as autoridades definem como "livros de esquerda".
IDEAIS SOCIALISTAS
"Recuperamos obras que estavam esquecidas, pois antes só havia espaço para a literatura de direita", disse ao Estado Miguel Márquez, presidente da editora Los Perros y las Ranas, ligada ao governo. Ela foi criada em 2006, ao receber uma doação de Cuba, e já distribuiu 50 milhões de livros. "São livros que contribuem para humanizar nossa sociedade, ou seja, para acabar com a valorização do dinheiro, típica do capitalismo, e impulsionar o socialismo."
Enquanto isso, as obras "não revolucionárias" são cada vez mais raras. "Tradicionalmente, mais de 80% dos livros lidos na Venezuela são importados de países como México e Espanha, mas agora eles chegam a conta-gotas", diz Yolanda de Fernández, da Câmara Venezuelana do Livro. Ela explica que, desde 2008, o governo passou a exigir um "certificado de não produção ou produção insuficiente" para a importação de livros. Ou seja, hoje a rede que quiser comprar qualquer título precisa esperar a emissão de um documento que diga que ele não é publicado na Venezuela.
Se o processo já era complicado nos últimos meses, com a queda do petróleo pressionando as reservas de Chávez, tornou-se ainda mais lento. "Mesmo com o certificado, os dólares para importar livros simplesmente não são liberados", diz Yolanda. Como o limite para as compras externas é cada vez menor, as distribuidoras preferem, quando podem, comprar best sellers (como o brasileiro Paulo Coelho) , o que reduz ainda mais a variedade de títulos em circulação no país.
O resultado desse processo é o que a oposição vem chamando de "a revolução cultural do presidente Chávez".
"As autoridades deste governo não conseguem entender, afinal, para que serve um livro de poesia ou um Dostoievski", diz Boersner. "Eles só sabem que não devem acrescentar muito à sua revolução."
Ruth Costas
Há pelo menos três livrarias no aeroporto de Caracas, mas se estiver em busca de um escritor consagrado da literatura latino-americana para passar o tempo antes do embarque, o visitante sairá frustrado de qualquer uma delas. O colombiano Gabriel García Márquez? "Não." O mexicano Carlos Fuentes ou o argentino Julio Cortázar? "Também não." O peruano Mário Vargas Llosa? "Nem pensar, só tenho esses aqui", diz a vendedora, desconcertada, apontando para uma estante quase vazia que começa com "Culinária para Crianças" e termina numa série de análises sobre o socialismo do presidente Hugo Chávez
No centro da capital venezuelana ou em bairros de classe média a situação é a mesma. "As autoridades não estão liberando dólares para importar livros, papel ou tinta. E não adianta dizer que o problema é a crise, pois sabemos que há uma questão ideológica por trás disso: para esse governo, literatura ?desengajada? não é prioridade", diz Andrés Boersner, dono da tradicional livraria Noctua.
Também estão em falta muitos clássicos, livros universitários e técnicos. "Hoje, de 50 títulos que me pedem, não tenho 45", conta Boersner. "Fiquei deprimido ao entrar numa livraria em Barcelona e ver todas as novidades literárias que não chegam mais na Venezuela."
O curioso é que a situação chegou a esse ponto apenas três meses depois de Chávez ter anunciado seu "Plano Revolucionário da Leitura", cujo objetivo é "estimular a leitura para ampliar a consciência". Mas é claro que não é qualquer leitura. Apenas a que "desenvolva uma ética socialista" e "desmonte o imaginário capitalista para dar novo contexto à história".
As bibliotecas públicas receberam caixas e caixas de obras "revolucionárias": coletâneas de discursos de Chávez, livros escritos por ministros, Cartas de Marx para Engels, o diário de Che Guevara na Bolívia e biografias de Simón Bolívar. Estão sendo organizados em bairros pobres os "Esquadrões Revolucionários de Leitura", cujo objetivo é "refletir e contribuir para a construção do socialismo do século 21".
E apesar de as editoras privadas não conseguirem importar papel, tinta e peças para seu maquinário, editoras ligadas ao governo distribuem milhares de livros a preços que não passam de US$ 2. Mais uma vez, não são quaisquer livros. Há sim, alguns clássicos como Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes, mas a maior parte é o que as autoridades definem como "livros de esquerda".
IDEAIS SOCIALISTAS
"Recuperamos obras que estavam esquecidas, pois antes só havia espaço para a literatura de direita", disse ao Estado Miguel Márquez, presidente da editora Los Perros y las Ranas, ligada ao governo. Ela foi criada em 2006, ao receber uma doação de Cuba, e já distribuiu 50 milhões de livros. "São livros que contribuem para humanizar nossa sociedade, ou seja, para acabar com a valorização do dinheiro, típica do capitalismo, e impulsionar o socialismo."
Enquanto isso, as obras "não revolucionárias" são cada vez mais raras. "Tradicionalmente, mais de 80% dos livros lidos na Venezuela são importados de países como México e Espanha, mas agora eles chegam a conta-gotas", diz Yolanda de Fernández, da Câmara Venezuelana do Livro. Ela explica que, desde 2008, o governo passou a exigir um "certificado de não produção ou produção insuficiente" para a importação de livros. Ou seja, hoje a rede que quiser comprar qualquer título precisa esperar a emissão de um documento que diga que ele não é publicado na Venezuela.
Se o processo já era complicado nos últimos meses, com a queda do petróleo pressionando as reservas de Chávez, tornou-se ainda mais lento. "Mesmo com o certificado, os dólares para importar livros simplesmente não são liberados", diz Yolanda. Como o limite para as compras externas é cada vez menor, as distribuidoras preferem, quando podem, comprar best sellers (como o brasileiro Paulo Coelho) , o que reduz ainda mais a variedade de títulos em circulação no país.
O resultado desse processo é o que a oposição vem chamando de "a revolução cultural do presidente Chávez".
"As autoridades deste governo não conseguem entender, afinal, para que serve um livro de poesia ou um Dostoievski", diz Boersner. "Eles só sabem que não devem acrescentar muito à sua revolução."
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: CHAVEZ: de novo.
Oba!! Nada melhor que a compra de livros se tornar um pesadelo kafkiano!
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- Túlio
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Re: CHAVEZ: de novo.
A Venezuela navega por águas perigosas, o Capitão parece ter enlouquecido e a tripulação endossa o curso escolhido, apenas os passageiros é que temem pelo que virá. Quartelada já se viu que não funciona, pior, reforça a posição 'dele' e de seus títeres, aposto que Zelaya volta ungido como 'salvador' e seguirá o mesmo rumo suicida do 'Caudillo'...
Uma pergunta: 'ele' já criou o Ministério da Propaganda?
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: CHAVEZ: de novo.
Medicamentos: Sete laboratórios portugueses assinam acordo de 20 milhões com a Venezuela
16 de Julho de 2009, 06:20
Lisboa, 16 Jul (Lusa) - Sete farmacêuticas portuguesas deverão em breve assinar um acordo com a Venezuela para a venda de medicamentos no montante de 20 milhões de euros, confirmaram à Lusa o Ministério da Economia e fontes diplomáticas da Venezuela.
O acordo, acrescentam as mesmas fontes, deverá acontecer nas "próximas semanas", faltando apenas o consenso entre os vários laboratórios.
O Ministério da Economia garante que se mantém o interesse do Governo venezuelano, expresso no ano passado, e que o valor da contratualização é de 20 milhões de euros.
16 de Julho de 2009, 06:20
Lisboa, 16 Jul (Lusa) - Sete farmacêuticas portuguesas deverão em breve assinar um acordo com a Venezuela para a venda de medicamentos no montante de 20 milhões de euros, confirmaram à Lusa o Ministério da Economia e fontes diplomáticas da Venezuela.
O acordo, acrescentam as mesmas fontes, deverá acontecer nas "próximas semanas", faltando apenas o consenso entre os vários laboratórios.
O Ministério da Economia garante que se mantém o interesse do Governo venezuelano, expresso no ano passado, e que o valor da contratualização é de 20 milhões de euros.
Triste sina ter nascido português
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Re: CHAVEZ: de novo.
Tomara que ele não mele o contrato como fez, com aquela empreitera portuguesa que construiria casas por lá...
Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: CHAVEZ: de novo.
Se os portugueses venderem fiado, a looooonnngo prazo (para quando o petróleo aumentar), vai sair negócio. Se estiverem esperando receber algo assim de repente, de vereda, de soco, podem esquecer, na boca da guaiaca não vão ganhar nada. A Venezuela está sem "plata".irlan escreveu:Tomara que ele não mele o contrato como fez, com aquela empreitera portuguesa que construiria casas por lá...
saudações
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: CHAVEZ: de novo.
nosso primeiro é unha com carne com o Chavez
há quem lhe chame o "Hugo Chavez da Europa"
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Triste sina ter nascido português
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Re: CHAVEZ: de novo.
Não andaram caçando portugueses à luz do dia a pouco tempo atrás na Venezuela?
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: CHAVEZ: de novo.
É que um deles, levando um couro por não querer mais vender pão fiado pros tiras comunas, inventou de gritar pela terra natal, "AI SETÚBAL QUE ME ESTÃO A MATAIRE!!!", berrava o tuga, aí mesmo é que o pau comeu, a tigrada queria porque queria saber quem era o perigoso terrorista antibolivariano chamado 'Setúbal', ficou bem feio depois, já que não achavam o 'gaijo' e o 'apanhante' não dizia quem ele era, apenas repetia seu nome, a padeirada toda terminou entrando no laço também, é o que dizem aqui em Osório...
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- cabeça de martelo
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Re: CHAVEZ: de novo.
Olha por acaso não sei de nada, soube de negócios ocupados por comparsas do Chavez, sei de muita coisa que aconteceu por lá, mas isso não sei de nada.
- Edu Lopes
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Re: CHAVEZ: de novo.
Chávez avalia relações com Colômbia por bases americanas
Presidente venezuelano afirma que acordo de Uribe com EUA representa uma ameaça para o projeto socialista
Reuters
CARACAS - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, começou a analisar as relações com a Colômbia por considerar que uma maior presença militar norte-americana no país vizinho representa uma ameaça para seu projeto socialista. "As tropas norte-americanas na Colômbia fazem o que querem e são uma ameaça para a Venezuela. Por isso, nós lamentamos esta situação, mas nos vemos obrigados a revisar as relações com a Colômbia", disse Chávez na noite de segunda-feira, 21, em um programa de televisão estatal.
O venezuelano, que afirma liderar uma revolução socialista e anti-imperialista no país petroleiro, acusou o governo colombiano de permitir a instalação de novas bases norte-americanas. O presidente colombiano, Álvaro Uribe, no entanto, tem assegurado que o acordo contempla somente o uso de bases nacionais. Uribe defende o incremento da cooperação militar com Washington para fortalecer o combate ao narcotráfico e a guerrilhas, uma decisão criticada pelo grupo de países de esquerda que Caracas lidera na região.
Chávez criticou em diversas ocasiões a estreita relação da Colômbia com os Estados Unidos, seus dois principais parceiros comerciais, apesar da posse de Barack Obama este ano ter relaxado as tensões com o país que considera seu inimigo ideológico. Contudo, o líder venezuelano retomou suas críticas à Casa Branca por considerar que os Estados Unidos permitiram o golpe de Estado contra seu aliado hondurenho, o presidente deposto Manuel Zelaya.
"Eles (Estados Unidos) estão abrindo as portas a quem nos ataca permanentemente ... e a quem tem derrotado governos e a quem está apoiando o golpe em Honduras", disse Chávez, que frequentemente acusa Washington de estar por trás do golpe contra seu governo, que o deixou por algumas horas fora do poder em 2002.
Os EUA condenaram o golpe e ameaçaram suspender a ajuda econômica ao empobrecido país centro-americano se o governo de facto se negar a restituir o presidente deposto, como exigem a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU).
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 5986,0.htm
Presidente venezuelano afirma que acordo de Uribe com EUA representa uma ameaça para o projeto socialista
Reuters
CARACAS - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, começou a analisar as relações com a Colômbia por considerar que uma maior presença militar norte-americana no país vizinho representa uma ameaça para seu projeto socialista. "As tropas norte-americanas na Colômbia fazem o que querem e são uma ameaça para a Venezuela. Por isso, nós lamentamos esta situação, mas nos vemos obrigados a revisar as relações com a Colômbia", disse Chávez na noite de segunda-feira, 21, em um programa de televisão estatal.
O venezuelano, que afirma liderar uma revolução socialista e anti-imperialista no país petroleiro, acusou o governo colombiano de permitir a instalação de novas bases norte-americanas. O presidente colombiano, Álvaro Uribe, no entanto, tem assegurado que o acordo contempla somente o uso de bases nacionais. Uribe defende o incremento da cooperação militar com Washington para fortalecer o combate ao narcotráfico e a guerrilhas, uma decisão criticada pelo grupo de países de esquerda que Caracas lidera na região.
Chávez criticou em diversas ocasiões a estreita relação da Colômbia com os Estados Unidos, seus dois principais parceiros comerciais, apesar da posse de Barack Obama este ano ter relaxado as tensões com o país que considera seu inimigo ideológico. Contudo, o líder venezuelano retomou suas críticas à Casa Branca por considerar que os Estados Unidos permitiram o golpe de Estado contra seu aliado hondurenho, o presidente deposto Manuel Zelaya.
"Eles (Estados Unidos) estão abrindo as portas a quem nos ataca permanentemente ... e a quem tem derrotado governos e a quem está apoiando o golpe em Honduras", disse Chávez, que frequentemente acusa Washington de estar por trás do golpe contra seu governo, que o deixou por algumas horas fora do poder em 2002.
Os EUA condenaram o golpe e ameaçaram suspender a ajuda econômica ao empobrecido país centro-americano se o governo de facto se negar a restituir o presidente deposto, como exigem a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU).
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 5986,0.htm