Amigo Bender, entendi o que quis dizer, mas não diria cartas marcadas, é meio pejorativo, prefiro chamar de inteligência mesmo. Foi feito uma jogada, que tem se mostrado eficiente e muito positiva. Cartas marcadas passa a idéia que o processo foi feito para apontar um vencedor, para favorecer alguém. Acredito mais na tese que o processo foi elaborado para apresentar soluções distintas e que permitiria negociar da melhor maneira, extraindo vantagens dos candidatos algo que o outro poderia oferecer de melhor, só para "compensar", digamos assim.Bender escreveu: Fica claro,pelo menos na minha leitura do seu post Orestes que houve uma estratégia traçada previamente,podemos chamar isso de cartas marcadas?,como disse o Wesley,sem dúvida são cartas dessa estratégia,não a carta marcada de uma escolha prévia de determinado candidato.E é exatamente como o Wesley afirma,esse "jogo" foi feito para se extrair o maximo de cada fabricante,podemos incluir nessa estratégia todas as declarações ou indiscrições que apareceram na midia,que indicavam pontos de fraqueza em determinadas propostas,foi uma especie de leilão dirigido desde o começo.
E o objetivo do leilão sempre foram melhorar as ofertas de tots.
Divergindo da opinião do PRick acima,eu não enxergo que isso "arrebenta com o processo técnico da FAB" ,eu vejo, tendo como balisa o seu post Orestes, uma FAB ciente e cumplice dessa estratégia,ela não está fazendo teatro,ela está fazendo a parte dela,que foi justamente produzir a shortlist de acordo com a estratégia traçada e chegar ao final produzindo o relatório de avaliação técnica,e todo esse caminho até aqui seus subsidios foram sendo usados pela "parte política" para pressionar as propostas,esses subsidios eram fundamentais para isso,pois os políticos não teriam como produzi-los .
O interessante é que de acordo com essa estratégia,o processo ainda abre espaço para mais uma peixeirada nas costas dos participantes,que é o pós entrega do relatório da FAB,onde a conversa politica e a pressão pode ser,digamos "mais direta" nos interesses "além", e nada "técnica", coisa que a FAB não teria condições de fazer se a decisão do processo ficasse somente em suas mãos.
Sds
Também não diria leilão, isto sugere falta de condução, menor preço independente da qualidade do produto. Não vi isso em momento algum. Insisto na idéia de permitir ao Governo fazer uma escolha política sem ferir o interesse técnico da FAB, ou seja, qualquer um seria tecnicamente adequado à FAB, mas a decisão política não atrapalharia o que a Força precisa e deseja, uma forma de minimizar qualquer estrago de ordem política, digamos que o "risco" que a FAB correu com o M-2000 BR no FX-1 foi assimilado e evitado a todo custo. Nisto a FAB foi fenomenal!!!
Sobre as ToT´s, não boto fé, não que não seja possível, no fundo, é, mas pelo fato de que este papel compete ao Governo, ele é quem deve dizer o que é melhor para o País, se vai acertar ou errar, são outros quinhentos, mas que não é papel da FAB dizer (mas sim, opinar), isto é.
A FAB acertou em tudo no processo do FX-2, mas claro, que sou eu para mensurar tal coisa, porém na singela opinião de um estúpido professor de matemática, entusiasta por defesa e que torce muito pelo sucesso de seu país, ela está conduzindo muito bem o processo, tanto que afirmo que já é uma vitoriosa. Muitos se esquecem o que aconteceu no passado, tanto distante quanto recente, ela aprendeu com seus deslizes, está acertando em cheio, logo, mais do que merece algo bom.
Não se deve imaginar (e querer) que a FAB seja responsável por tudo, até mesmo em "impor" (muito entre-aspas) o que ela quer, corre o risco de receber o prato vazio. Cada um tem o seu papel, isto deve ser respeitado e não falo de hierarquia, falo de competências e habilidades. O que aqui se fala sobre "grupos", bem, já fui vitimado também, já dei como certo o que certos grupos diziam ser a verdade, mas não é assim que a banda toca, até porque, como cada um tem suas preferência, pelo menos um deles acerta, menos quando não se compra nada.
Por isso, estou convencido, que não deveríamos debater o papel da FAB e nem do Governo, isto é com eles, deveríamos analisar as possibilidades, o que ganharíamos com cada uma das escolhas. Não falo (jamais!) sobre uma escolha qualquer, visto que todas são melhores do que temos (isto é menos do que idiotice), falo sobre capacidades reais. E não adiante dizer que, com qualquer um dos três (caças), teríamos a melhor força aérea da AS, isto é estúpido, pois o cenário é dinâmico, sempre muda, hoje é uma coisa, amanhã outra. O importante é saber o valor agregado ao longo do tempo e cada um dos concorrentes tem um "perfil" diferente neste quesito e que faz enorme diferença, mas este assunto nunca entra em pauta no DB...
Forte abraço!!!
Orestes