Entrevista Nelson Jobim
Moderador: Conselho de Moderação
-
- Sênior
- Mensagens: 5309
- Registrado em: Ter Ago 01, 2006 12:36 pm
- Localização: Barra Velha, SC.
- Agradeceu: 212 vezes
- Agradeceram: 610 vezes
Re: Entrevista Nelson Jobim
02 Jul 09
Comissões - CRE
Ministro defende a manutenção do serviço militar obrigatório
Nelson Jobim afirma à Comissão de Relações Exteriores que alistamento facultativo acabaria com a "mistura de classes sociais’’ nas Forças Armadas
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu ontem a manutenção do serviço militar obrigatório para os jovens brasileiros. Ao ser questionado sobre propostas em tramitação no Congresso Nacional destinadas a tornar o serviço facultativo, ele sustentou, durante audiência pública promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), que a obrigatoriedade ajuda a fazer das Forças Armadas um retrato mais fiel da sociedade brasileira.
Na opinião do ministro, acabar com a obrigatoriedade do serviço militar significaria "descolar as Forças Armadas da nação". Os efetivos das três Forças são profissionais, admitiu. Mas a inclusão nelas apenas de brasileiros provenientes dos setores mais pobres da sociedade – o que poderia ocorrer com o fim da obrigatoriedade – levaria a uma situação em que as Forças Armadas seriam "pagas para defender o Brasil pela outra parte de brasileiros".
– É isso o que queremos? Nossa opção sempre foi a de ter ali um grande nivelador republicano. As formaturas de turmas de militares nas Agulhas Negras ou em Piracicaba sempre demonstram que existe entre os formandos uma mistura de classes sociais. Perderemos isso se o serviço for exclusivamente facultativo – alertou.
Estratégia
Nelson Jobim foi convidado a comparecer à audiência para expor a Estratégia Nacional de Defesa, a pedido dos senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Augusto Botelho (PT-RR) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). Em sua apresentação, ele ressaltou a instabilidade do atual cenário internacional, onde surgem novas ameaças, como conflitos não tradicionais, guerra cibernética e existência de armas de destruição em massa.
Um dos eixos da nova estratégia, como informou o ministro, é o da reestruturação da indústria de defesa. O Brasil, disse, deixou de ser apenas um "comprador de oportunidade" de equipamentos produzidos por outros países, exportando empregos. Jobim defendeu a mudança da atual legislação brasileira para garantir preferência, em licitações militares, a produtos produzidos no país. Ele observou que a estratégia inclui ações para os próximos 25 anos.
– Precisamos garantir a capacidade de o Brasil dizer não quando tiver que dizer não na conjuntura internacional. Daí a ligação com a estratégia de desenvolvimento do país – afirmou Jobim.
Comissões - CRE
Ministro defende a manutenção do serviço militar obrigatório
Nelson Jobim afirma à Comissão de Relações Exteriores que alistamento facultativo acabaria com a "mistura de classes sociais’’ nas Forças Armadas
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu ontem a manutenção do serviço militar obrigatório para os jovens brasileiros. Ao ser questionado sobre propostas em tramitação no Congresso Nacional destinadas a tornar o serviço facultativo, ele sustentou, durante audiência pública promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), que a obrigatoriedade ajuda a fazer das Forças Armadas um retrato mais fiel da sociedade brasileira.
Na opinião do ministro, acabar com a obrigatoriedade do serviço militar significaria "descolar as Forças Armadas da nação". Os efetivos das três Forças são profissionais, admitiu. Mas a inclusão nelas apenas de brasileiros provenientes dos setores mais pobres da sociedade – o que poderia ocorrer com o fim da obrigatoriedade – levaria a uma situação em que as Forças Armadas seriam "pagas para defender o Brasil pela outra parte de brasileiros".
– É isso o que queremos? Nossa opção sempre foi a de ter ali um grande nivelador republicano. As formaturas de turmas de militares nas Agulhas Negras ou em Piracicaba sempre demonstram que existe entre os formandos uma mistura de classes sociais. Perderemos isso se o serviço for exclusivamente facultativo – alertou.
Estratégia
Nelson Jobim foi convidado a comparecer à audiência para expor a Estratégia Nacional de Defesa, a pedido dos senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Augusto Botelho (PT-RR) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). Em sua apresentação, ele ressaltou a instabilidade do atual cenário internacional, onde surgem novas ameaças, como conflitos não tradicionais, guerra cibernética e existência de armas de destruição em massa.
Um dos eixos da nova estratégia, como informou o ministro, é o da reestruturação da indústria de defesa. O Brasil, disse, deixou de ser apenas um "comprador de oportunidade" de equipamentos produzidos por outros países, exportando empregos. Jobim defendeu a mudança da atual legislação brasileira para garantir preferência, em licitações militares, a produtos produzidos no país. Ele observou que a estratégia inclui ações para os próximos 25 anos.
– Precisamos garantir a capacidade de o Brasil dizer não quando tiver que dizer não na conjuntura internacional. Daí a ligação com a estratégia de desenvolvimento do país – afirmou Jobim.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
Jauro.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Entrevista Nelson Jobim
Slides da apresentação.
Pena que os comentários do Ministro não são postados.
http://www.alide.com.br/joomla/index.ph ... a-nacional
Pena que os comentários do Ministro não são postados.
http://www.alide.com.br/joomla/index.ph ... a-nacional
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
-
- Sênior
- Mensagens: 5309
- Registrado em: Ter Ago 01, 2006 12:36 pm
- Localização: Barra Velha, SC.
- Agradeceu: 212 vezes
- Agradeceram: 610 vezes
Re: Entrevista Nelson Jobim
Jobim vai a Paris para fechar acordos militares com França
Processo, que começa com uma série de encontros de alto nível, deve ser concluído no final de agosto
Tânia Monteiro e Adriana Fernandes
Brasil e França começam nesta semana uma maratona de encontros para fechar até o final de agosto os acordos para os três primeiros grandes contratos na área de defesa. O ministro Nelson Jobim (Defesa) sai do Brasil na próxima sexta e desembarca em Paris para dar a partida nessa etapa final.
A meta do trabalho ao longo deste e do próximo mês é chegar à solenidade do 7 de Setembro, que terá como convidado especial o presidente francês, Nicolas Sarkozy, com tudo pronto para anunciar a compra e montagem no Brasil de 51 helicópteros pesados Cougar EC-725, a aquisição de quatro submarinos convencionais e os contratos para a construção do casco de um submarino de propulsão nuclear.
Além disso, numa negociação separada, o governo brasileiro discute com a França o financiamento para a construção de um estaleiro e uma base naval no litoral do Rio.
Jobim desembarcará na manhã de sábado em Paris - três dias depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser homenageado na cidade pela Unesco - para participar das comemorações da data nacional francesa (14 de julho) e se reunir com assessores de Sarkozy e os altos comandos militares e da indústria de defesa da França.
No dia seguinte aos festejos, Jobim cumpre uma das agendas estratégicas da viagem. Voa no dia 15 num Rafale, um dos caças selecionados para a lista final do projeto FX-2 da Força Aérea Brasileira (FAB) - os outros dois concorrentes são o F-18, da Boeing norte-americana, e o Gripen NG, da Saab sueca.
O acerto geral para a compra dos 51 helicópteros, segundo Jobim disse ao Estado, está fechado, restando ainda uma negociação sobre os detalhes da transferência de tecnologia. Os aparelhos serão montados na fábrica da Helibrás, em Itajubá (MG), onde algumas de suas partes são produzidas.
"Hoje, a transferência de tecnologia e a aliança com empresas brasileiras são a regra do jogo. Não é uma simples compra, como acontecia antigamente, mas a implantação de uma linha de produção", disse Jobim. "Vamos transformar a Helibrás em uma plataforma de exportação para América do Sul", acrescentou o ministro, referindo-se à cooperação com a Eurocopter France.
No caso dos submarinos classe Scorpène, um dos nós a desatar nesta viagem é o financiamento da base naval e o estaleiro. A Compagnie Française D’assurance pour le Commerce Exterieur (Coface) financia 70% das compras de helicópteros e submarinos - assim como os caças, se o Rafale vier a ser o escolhido -, mas não a infraestrutura naval. Como o BNP Paribas é o agente financeiro da operação, o governo brasileiro terá de discutir o assunto com a Coface e com o BNP.
Os dois empréstimos para a compra dos submarinos e dos helicópteros têm custo estimado em R$ 23 bilhões - em torno de R$ 6 bi para os Cougar, e R$ 17 bi para os submarinos.
A plataforma naval, no litoral fluminense, custaria outros R$ 3 bi, mas ainda está com o financiamento em negociação.
Vencida essa etapa, a Defesa vai se concentrar na escolha do novo modelo de caça que vai equipar a Força Aérea, o projeto FX-2. A ideia é adquirir até 36 novos caças supersônicos. Jobim já voou no F-18/Hornet dos EUA enquanto o Gripen NG (Next Generation) foi testado por brigadeiros e pilotos brasileiros. A previsão é que, em agosto, a FAB decida por um dos três caças cujas propostas, dependendo da configuração final do equipamento, podem custar entre R$ 8 bi e R$ 12 bi.
A decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Defesa, depois de ouvidos o Conselho de Defesa Nacional e os oficiais da FAB. A meta é anunciar o vencedor do projeto em meados de agosto.
Dependendo do vencedor, a visita de Sarkozy para as comemorações da data nacional brasileira pode se transformar em mais uma festa para a indústria Dassault, a fabricante do Rafale. Pela sociedade que mantém com a Embraer, o Rafale é, indiscutivelmente, um dos fortes candidatos da concorrência.
No Brasil, o financiamento dos 30% dos investimentos pelo Tesouro Nacional é um assunto espinhoso porque esse gasto nunca foi considerado prioritário para a área econômica.
Mas a decisão política do presidente Lula está tomada e a primeira parcela do empréstimo dos submarinos já está na pauta da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), que é coordenada pelo Ministério do Planejamento e tem representantes da Fazenda, Itamaraty e Banco Central. A comissão é responsável pela aprovação e acompanhamento dos financiamentos contratados pelo setor público no exterior.
Processo, que começa com uma série de encontros de alto nível, deve ser concluído no final de agosto
Tânia Monteiro e Adriana Fernandes
Brasil e França começam nesta semana uma maratona de encontros para fechar até o final de agosto os acordos para os três primeiros grandes contratos na área de defesa. O ministro Nelson Jobim (Defesa) sai do Brasil na próxima sexta e desembarca em Paris para dar a partida nessa etapa final.
A meta do trabalho ao longo deste e do próximo mês é chegar à solenidade do 7 de Setembro, que terá como convidado especial o presidente francês, Nicolas Sarkozy, com tudo pronto para anunciar a compra e montagem no Brasil de 51 helicópteros pesados Cougar EC-725, a aquisição de quatro submarinos convencionais e os contratos para a construção do casco de um submarino de propulsão nuclear.
Além disso, numa negociação separada, o governo brasileiro discute com a França o financiamento para a construção de um estaleiro e uma base naval no litoral do Rio.
Jobim desembarcará na manhã de sábado em Paris - três dias depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser homenageado na cidade pela Unesco - para participar das comemorações da data nacional francesa (14 de julho) e se reunir com assessores de Sarkozy e os altos comandos militares e da indústria de defesa da França.
No dia seguinte aos festejos, Jobim cumpre uma das agendas estratégicas da viagem. Voa no dia 15 num Rafale, um dos caças selecionados para a lista final do projeto FX-2 da Força Aérea Brasileira (FAB) - os outros dois concorrentes são o F-18, da Boeing norte-americana, e o Gripen NG, da Saab sueca.
O acerto geral para a compra dos 51 helicópteros, segundo Jobim disse ao Estado, está fechado, restando ainda uma negociação sobre os detalhes da transferência de tecnologia. Os aparelhos serão montados na fábrica da Helibrás, em Itajubá (MG), onde algumas de suas partes são produzidas.
"Hoje, a transferência de tecnologia e a aliança com empresas brasileiras são a regra do jogo. Não é uma simples compra, como acontecia antigamente, mas a implantação de uma linha de produção", disse Jobim. "Vamos transformar a Helibrás em uma plataforma de exportação para América do Sul", acrescentou o ministro, referindo-se à cooperação com a Eurocopter France.
No caso dos submarinos classe Scorpène, um dos nós a desatar nesta viagem é o financiamento da base naval e o estaleiro. A Compagnie Française D’assurance pour le Commerce Exterieur (Coface) financia 70% das compras de helicópteros e submarinos - assim como os caças, se o Rafale vier a ser o escolhido -, mas não a infraestrutura naval. Como o BNP Paribas é o agente financeiro da operação, o governo brasileiro terá de discutir o assunto com a Coface e com o BNP.
Os dois empréstimos para a compra dos submarinos e dos helicópteros têm custo estimado em R$ 23 bilhões - em torno de R$ 6 bi para os Cougar, e R$ 17 bi para os submarinos.
A plataforma naval, no litoral fluminense, custaria outros R$ 3 bi, mas ainda está com o financiamento em negociação.
Vencida essa etapa, a Defesa vai se concentrar na escolha do novo modelo de caça que vai equipar a Força Aérea, o projeto FX-2. A ideia é adquirir até 36 novos caças supersônicos. Jobim já voou no F-18/Hornet dos EUA enquanto o Gripen NG (Next Generation) foi testado por brigadeiros e pilotos brasileiros. A previsão é que, em agosto, a FAB decida por um dos três caças cujas propostas, dependendo da configuração final do equipamento, podem custar entre R$ 8 bi e R$ 12 bi.
A decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Defesa, depois de ouvidos o Conselho de Defesa Nacional e os oficiais da FAB. A meta é anunciar o vencedor do projeto em meados de agosto.
Dependendo do vencedor, a visita de Sarkozy para as comemorações da data nacional brasileira pode se transformar em mais uma festa para a indústria Dassault, a fabricante do Rafale. Pela sociedade que mantém com a Embraer, o Rafale é, indiscutivelmente, um dos fortes candidatos da concorrência.
No Brasil, o financiamento dos 30% dos investimentos pelo Tesouro Nacional é um assunto espinhoso porque esse gasto nunca foi considerado prioritário para a área econômica.
Mas a decisão política do presidente Lula está tomada e a primeira parcela do empréstimo dos submarinos já está na pauta da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), que é coordenada pelo Ministério do Planejamento e tem representantes da Fazenda, Itamaraty e Banco Central. A comissão é responsável pela aprovação e acompanhamento dos financiamentos contratados pelo setor público no exterior.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
Jauro.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Entrevista Nelson Jobim
Íntegra da apresentação do NJ no Senado.
Da ALIDE (parabéns Padilha):
http://www.alide.com.br/joomla/index.ph ... /450-jobim
Da ALIDE (parabéns Padilha):
http://www.alide.com.br/joomla/index.ph ... /450-jobim
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: Entrevista Nelson Jobim
muito bom pena que não da para salvarGrifon escreveu:só completando o post do Marino:
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_01
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_02
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_03
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_04
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_05
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_06
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_07
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_08
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_09
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_10
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_11
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_12
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_13
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_14
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/qu ... O010709_15
créditos ao cb_lima.
Re: Entrevista Nelson Jobim
Senhores,
Esta aí um grande erro...um jurista como Ministro da Defesa.
Por questões de lógica, o Ministério da Defesa deveria ser extinto e os Comandantes das Três Armas voltariam a ter Status de Ministro...
Não entendo como um jurista pode ocupar um cargo desses... o Sr. Jobim NA MINHA OPINIÃO, não é qualificado para ocupar tal cargo.
Se eu fosse eleito presidente meu decreto nº 001 seria a extinção do Ministério da Defesa e criaria o Ministério do Interior que teria o foco de proteção das fronteiras.
Esta aí um grande erro...um jurista como Ministro da Defesa.
Por questões de lógica, o Ministério da Defesa deveria ser extinto e os Comandantes das Três Armas voltariam a ter Status de Ministro...
Não entendo como um jurista pode ocupar um cargo desses... o Sr. Jobim NA MINHA OPINIÃO, não é qualificado para ocupar tal cargo.
Se eu fosse eleito presidente meu decreto nº 001 seria a extinção do Ministério da Defesa e criaria o Ministério do Interior que teria o foco de proteção das fronteiras.