Conhecendo os radares AESA americanos.

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Conhecendo os radares AESA americanos.

#1 Mensagem por Oziris » Qua Jul 01, 2009 12:32 pm

http://3.bp.blogspot.com/_AxCuBauiBF0/Sks3ihafYzI/AAAAAAAACcg/on0m3w5vJu0/s1600/ELEC_APG-79_AESA_lg.jpg

Radares AESA Americanos

Fonte: Sistema de Armas

APG-63(V)2

Os F-15C da Terceira Ala de Caças (3rd Fighter Wing) no Alasca foram os primeiros caças da USAF a usarem uma antena AESA com o radar APG-63(V)2.

Este radar tem cerca de 1500 TRM e não precisa de unidades de substituição em linha (LRU) o que facilita a manutenção. O sistema de apontar antena era principal fonte de problemas. A antena do radar do F-15 é um dos itens mais caros de manter. A nova antena irá diminuir em muito a manutenção. Os sistemas elétricos e hidráulicos foram removidos e passou a ter resfriamento líquido.

O problema é que manteve o processador que tem capacidade limitada. O alcance em geral aumentou em cerca de 40% podendo detectar um alvo com RCS de um míssil cruise a 100 km comparado com 60 km do model anterior.


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O radar APG-63(V)2 foi instalado em apenas 18 aeronaves com um custo de US$277 milhões em 2002. A modernização também inclui novo IFF e controle ambiental. Os F-15K da Coréia do Sul poderão ser equipados com o APG-63(V)2.

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A Northrop Grumman foi contratada para projetar e construir o radar AN/APG-80 Agile Beam Radar que irá equipar os 80 caças F-16E/F Block 60 dos Emirados Árabes Unidos, substituindo o APG-68(V)9 com um radar AESA. O radar usa tecnologia do F-35 com cerca de 1000 TRM e será integrado com os sensores infravermelhos AN/ASQ-28 IFTS (Internal FLIR and Targeting System) que usa o mesmo espaço, energia e refrigeração. O AN/APG-80 ABR foi projetado inicialmente para futuras modernizações dos F-16 Block 40 e 50 da USAF e outros programas de modernização. O MTBF é de cerca de 500 horas contra 250 do APG-66/68.

AN/APG-79

O projeto do radar AN/APG-79 do F/A-18E/F iniciado em 1999 pela Raytheon Space and Airborne Systems (RSAS) junto com Boeing. A US Navy planeja comprar 411 radares e deve entra serviço em 2006 e deve ser instalado nos caças do Block 27 em 2005-06 e substituindo o APG-73 nos Block 26. Deverá ser a modernização mais importante do Super Hornet.

O novo radar dará aumento no alcance para 180km, quase dobro do atual e acompanhar até 20 alvos simultaneamente. O modo search-while-track cobrirá todas necessidades e piloto não tem que escolher modos. Poderá localizar alvos no ar e solo mais precisa, operando nos dois modos simultaneamente. O novo radar terá maior resolução, maior capacidade de identificação e antena fixa que diminui o RCS. Os custos também serão menores.

No modo ar-solo o AN/APG-79 terá modos SAR em tempo real enquanto o APG-73 não tem está capacidade. Este modo é ideal para indicar alvos para bombas guiadas por GPS (JDAM e JOWS). O AN/APG-79 voou em junho de 2003 e atingiu todos os requerimentos.

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O APG-79 tem 1.100 TRM. Foi chamado de AN/APG-73 RUG III inicialmente.

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A antena é inclinada para cima para diminuir o RCS.

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O APG-79 tem capacidade multifuncional.

AN/APG-77

Em 1980 a USAF iniciou o programa Pave Pillar para desenvolver uma nova arquitetura de aviônicos avançados para produzir módulos de circuitos digitais. Com isto seria possível que os sistemas de navegação, comunicações, sensores e armas e subsistema de gerenciamento interagir um com o outro em uma LAN.

Isto permitiria que informações processadas sejam apresentadas para tripulação quando necessárias. Ao invés de gerenciarem sensores complexos que podem sobrecarregar o piloto com dados, o piloto se concentraria em voar e atingir os objetivos. O F/A-22 Raptor seria a primeira aeronave a beneficiar desta tecnologia com processadores 100 vezes mais rápidos que os do F-15E Strike Eagle.

Uma das peças deste programa era o radar AN/APG-77 projetado pela Northrop/Grumman e Texas Instruments (agora parte da Raytheon TI System) com divisão trabalho em 60%/40%. A Northrop-Grumman é responsável pelo projeto do sensor, software e integração. Os teste de engenharia foram iniciado em 1995. O primeiro radar voou no Boeing 757 de testes em 1999 e depois no F-22.

O APG-77 é o sensor primário do F-22. Será um dos sensores da aeronave junto com RWR e sistemas de Guerra Eletrônica com os dados mostrados fundidos nos mostradores multifuncionais na cabine. É um radar de varredura eletrônica AESA e não um radar de varredura passiva.

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APG-77 tem forma elíptica com 1500 TRM. Cada TRM é um mini-radar do tamanho de um dedo de adulto pesando 15 grama e com potência de 4W. Cada um custa 500 dólares dependendo da quantidade encomendada.

Os TRM permitem eliminar a maioria das partes mecânicas que estavam presentes radares anteriores. Isto diminui o RCS, aumenta a agilidade de frequência e permite operar numa banda maior.

O programa ATF tinha requisito inicial de um radar com grande campo de visão de 120 graus para cada lado do nariz com três radares e um IRST em cada raiz das asas com janelas facetadas. Os radares laterais foram abandonados devido ao custo, e ficou com campo de visão imitado a 120 graus para frente.

O radar é capaz de varrer 120 graus instantaneamente com feixes múltiplos em seis barras de 1,5 graus em altitude que mudam instantaneamente enquanto o APG-70 do F-15 leva 14 segundos para cobrir esta área.
O alcance é de cerca de 400km, quase próximo dos 480km do radar do E-3 AWACS.

O processador permite realizar agilidade do feixe - o feixe muda de direção e forma. São 18 modos que mudam rapidamente e são coexistentes.

As técnicas de baixa probabilidade de interceptação (LPI) são vários. Como o feixe pode varrer instantaneamente, ele não espalha radiação em todo o céu ao varrer de um alvo para o outro. O sistema de potência também responde rápido e os modos LPI nunca usa mais potência que precisa.

O pico de potência é de megawats e pode concentrar muita potência no alvo em curto espaço de tempo, coletar dados antes do sistema de guerra eletrônica e RWR do alvo possa responder. Os radares convencionais emite pulsos de grande energia e banda estreita.

O radar muda o sinal de emissão em emissão em frequências aleatórias, o que é mais difícil de detectar (salto de frequência). Se inimigo detectar, então está no alcance e pode ser atacado.

Os feixes e radar de baixa energia são transmitidos em uma banda larga (espalhamento de frequência). Quando os múltiplos retornos são recebidos do alvo, o processador de sinal integra todos como um pulso de radar de alta energia.

O radar também pode ser usado para interferir se estiver próximo ao inimigo e evitar detecção, mas não tem capacidade de interferência a longa distância.

O radar pode usar modos avançados para identificar alvos não cooperativos a longa distancia (NCTR). O radar tem capacidade de formar imagem alta resolução do alvo com modo ISAR. O modo ISAR usa a mudança Doppler causada pela mudança de posição do alvo em relação ao radar para criar uma imagem tridimensional alvo. A imagem é comparada com um bando de dados para identificação positiva.

No modo "track before detect" o limiar pode ser determinado a um nível pequeno o suficiente para pegar um alarme falso como um alvo genuíno. Quando o radar encontra um alvo suspeito o feixe se concentra no contato e confirma se é ou não um alvo valido. Os retornos que excedem o limitar, mas não são confirmados, ainda podem ser acompanhados até se tornarem um alvo.
Futuramente deverá receber modos de abertura sintética (SAR), Automatic Target Direct and Target Cueing e GMTI (Ground Moving Target Indication).

O tempo entre falhas (MTBF) do radar é de mais de 450 horas. Usa arquitetura aberta e tecnologia comercial (COTS).
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APG-77 em uma camera anecóica.
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Modos do APG-77. O APG-77 terá TRM comuns com o APG-81 do F035 JSF para reduzir custos. Isto deve acontecer por volta da configuração Block 5 configuração com modos ar-solo adicionais.


AN/APG-81

A Northrop Grumman Electronic Sensors and Systems Sector (ES3) recebeu um contrato de US$ 42 milhões de 4 anos para desenvolver um radar AESA para o F-35 JSF chamado Multifunction Integrated RF System/Multifunction Array (MIRFS/MFA), agora chamado de AN/APG-81. A Lockheed e a Boeing também participam do projeto. O AN/APG-81 usa processador COTS e módulo TRM único.

O AN/APG-81 já foi testado em vários modos operacionais desde 1998 no BAC 1-11. Os testes mostrou TRM sem falhas em vários ambientes. Deve melhorar custos logísticos e apoio em mais de 50%.

O radar do F-35 é mais ambicioso que o APG-77 do F/A-22 devendo custar metade do preço (tem cerca de 1200 TRM contra 1500 do F-22), ser duas vezes mais confiavel e terá modos ar superfície. O APG-77 poderá criar mapas 16 vezes o tamanho dos atuais para vigilância de área grande e designação de alvos.

O APG-81 poderá ser usado para detectar e interferir em radares sendo difícil dizer onde começa o radar e inicia um sistema de guerra eletrônica. Está sendo estudado o uso dos modos de guerra eletrônica para cobertura. Um par de caças F-35 age como uma equipe, com um acima e atras para interferir nos radares inimigos. O AN/APG-81 tem campo de visão pequeno e aeronave interferidora tem que estar a vários quilômetros atras para cobrir as estações de radar no solo em potencial. Após o ataque inicial as aeronaves invertem a posição. Um "trem" de F-35 poderia atacar um alvo com o de trás cobrindo o da frente com interferência. Outra tática é um par de F-35 voando num padrão circular sobre território inimigo de modo que um sempre esteja focado em um setor.

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Re: Conhecendo os radares AESA americanos.

#2 Mensagem por ninjanki » Qua Jul 01, 2009 5:19 pm

Alguém aqui ainda acha que AESA é só enfeite, que PESA é a mesma coisa, ou ainda que uma antena móvel para um radar AESA são uma boa idéia????(ou mesmo necessária???)

Allan




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Re: Conhecendo os radares AESA americanos.

#3 Mensagem por Sintra » Qua Jul 01, 2009 8:04 pm

ninjanki escreveu:Alguém aqui ainda acha que AESA é só enfeite, que PESA é a mesma coisa, ou ainda que uma antena móvel para um radar AESA são uma boa idéia????(ou mesmo necessária???)
Allan
Mas tem dúvidas?

Um radar ESA com uma antena fixa tem um cone de visão frontal com cerca de 100º a 120º, absolutamente lindo quando estamos a voar num avião não LO e o adversário está equipado com um radar mecânico ou com uma antena ESA móvel com uma cone de visão de 200º...
Estamos mesmo a pedir para sermos colocados no extremo (neste caso, estamos a falar de F-pole) do ângulo de visão do radar adversário e enquanto o AAM adversário está sempre a receber up-dates da nossa posição, "nós" andamos a manobrar feitos "palermas" para conseguir colocar o "IN" no nosso "campo de visão".
Isto pode não ser problema nenhum num F-22, agora num F-15/18/whatever, ai com toda a certeza que é.




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