Pela sua lógica, basta que a empresa estrangeira decida montar seu produto no Brasil e estará magicamente atendendo ao END e deverá ser favorecida. Meio arriscado isso, não? Pode sair caro e sem retorno tecnológico.
Meio arriscado... Como é todo arriscado então?
Sem transferir nada realmente não tem risco nenhum, como quem não faz nada nunca erra.
A empresa não fará mágica, fará algo estabelecido num contrato e que se estiver dentro dos requisitos e ditames da END, estará sim atendedo-a.
Qualquer empresa do mundo pode fazê-lo Santiago, faz quem quer, quem não quer fica de fora, simples. Agora, se existe a END, então vamos segui-la como manda a boa regra democrática de respeito as leis e normas. Não tem "mágica" nem "meio arriscado" ou todo arriscado, é simples, seguir o que está na folha da lei, ou seja lá o que for.
A Sikorski pode fazer isso quando quiser, e tenho absoluta certeza que a FAB e o gov ficariam extremamente felizes se o fizesse. Mas como não faz, fica de fora se houver alguém que o faça. Aliás, exatamente como os EUA costumam fazer com seus produtos, eles sempre dão preferência pros nacionais, ou no mínimo monta-se lá, nos EUA.
Vamos copiar os americanos no que eles tem de melhor, sigamos seu exemplo de proteção a indústria e ao emprego nativos. Eles estão onde estão não foi comprando na prateleira alheia.
Mas concordo que pode gerar empregos - mantra político - mesmo que a um custo proibitivo. Não talvez do ponto de vista político.
Lixo pro F-18E e suas ofertas de ToTs, não é? F-16 já!
Santiago, você reduziu as coisas para caber na sua argumentação, mesmo sabendo que não é assim.
A MB vai meramente gerar uns empreguinhos no Brasil então, é isso?
A HELIBRÁS vai gerar uma meia dúzia de empreguinhos também, isso?
Porque as compras de produtos americanos não são compras políticas? Porque a presença do F-18E na short-list não pode ser política? Só porque ele vem da terra do bravo e do justo?
A política sempre, sempre vai estar envolvida nesse assunto, vide muitas compras de caças americanos mundo afora, muito mais por questões políticas e econômicas que pelos méritos dos aviões em si, que absolutamente não são ruins.
Cada dia mais a política vai estar presente nas decisões deste tipo, e como as FAs não vão receber lixo por isso, elas ficarão muito felizes com seus equipamentos no estado da arte comprados com a união de desejos políticos, militares e econômicos. Todos juntos formarão o fator decisório em prol deste ou daquele equipamento.