Bom, estou entendento que há, pelos argumentos apresentados, entre os colegas foristas uma "necessidade" de a FAB dispor de uma capacidade estratégica maior do que ora disôe. Bem, então temos duas visões:
1. a da FAB: transporte tático: KC-390
// estratégico: KC-330/767
obs: na visão da FAB ambas as aeronaves possuem/possuirão capacidade no médio/longo prazo de fazer o serviço a que se propôe.
2. a do Fórum: idem acima complementando-se e/ou substituindo modelo 767/A-330 por aeronave na categoria C-17/AN-124/IL-76
obs: não é válida comparação das necessidades de transporte da FAB com India, Russia, China ou quem quer que seja. São TO 's diferentes e forças aéreas com prioridades/necessidades operacionais diferentes. Portanto não cabem soluções a revelia ou alienígenas ao nosso TO. Vamos começar a olhar pra nosso próprio umbigo e não o dos outros.
Neste sentido, se no futuro a FAB, por uma quetão de mudança estratégica no seu TO - que é especificamente sul-americano - e/ou da politica de defesa nacional, demandar aeronaves com uma maior capacidade para ações intra ou extra-TO, ela assim o fará no sentido de emitir os RFI's para tal. Mas sempre observando nossa o desenvolvimento da nossa doutrina de operações aéreas.
Cabe aqui apenas uma pequena reflexão minha, quanto a esta questão, no que diz respeito a dotação de aeronaves ditas "pesadas".
Admitindo-se que precisemos de tal modelo, e ainda, admitindo-se que nossos recursos finaceiros e orçamentários não compactuem com a manutenção de aeronave deste porte, restaría-nos o estudo da opção em adotar um padrão de operações de transporte semelhante ao desenvolvido pela antiga força aérea soviética em relação às aeronaves da Aeroflot. Ou seja, poderiamos incentivar (claro, sob uma ampla cobertura de planejamento do governo federal) a aquisição de aeroanves AN-124/225 pela iniciativa privada, com vistas a que as mesmas possam usá-las no transporte de cargas civis, mas sob contrato de fidelidade de uso requisitado pelo governo. Teríamos ao mesmo tempo aeronaves disponiveis onde e quando necessário, sem onerar diretamente o orçamento das FAB, pelo posse e uso das mesmas. Esse modelo é o que mais me parece próximo da realidade futura da nossa FAB; disporíamos no Brasil de capacidade e competência técnica-operacional na força aérea sem os riscos da operação emanutenção de aeronaves deste porte. Além de alavancar a aviação de carga brasileira a um novo patamar logístico e comercial. Antes que se pergunte, já há algum tempo no mercado internacional a requerimento para a abertura da linha de produção das aeronaves citadas e o concomitante planejamento/compromisso por parte da fabricante das aeronaves citadas não só da revisão técnica das mesmas como da proposição de futuras versões e evoluções da céulas e sistemas.
Dá pra se pensar...
Abraços