Lugar do Brasil no quadro do grupo BRIC
Na cidade russa de Ecaterinburgo foi concluída a cúpula dos países do grupo BRIC. De acordo com a idéia dos presidentes do Brasil, Rússia, Índia e China, que constituem este grupo, a primeira cúpula deve criar uma base para a interação permanente dos quatro membros de BRIC. A necessidade desta interação é especialmente evidente nas condições da crise mundial. O presidente do Brasil Luis Inácio Lula da Silva apontou durante o encontro com o seu colega russo Dmitri Medvedev: “A crise faz que sejamos mais corajosos”. O presidente Lula da Silva formulou da seguinte maneira o sentido de consolidação da cooperação entre os quatro maiores centros mundiais de crescimento econômico.
Os países que integram o grupo BRIC representam praticamente metade da população do globo e são Estados emergentes, — diz o presidente do Brasil. – Cada
um deles tem os seus problemas e o seu potencial. Queremos fazer acordos sobre os mais importantes temas, mas de maneira que em primeiro lugar estejam pessoas humanas. Precisamente este fator será o mais importante nos nossos países quando da tomada de decisões, incluindo, decisões políticas, com vista a vencer a crise econômico – financeira mundial.
Lula da Silva deu elevado apreço ao dinamismo da cooperação econômica com os países – membros deste grupo. Nos últimos cinco anos o volume total do comércio do Brasil com a Rússia, Índia e China aumentou 500%. Na cúpula foi também discutida a possibilidade de adoção gradual de moedas nacionais nos ajustes mútuos. O Brasil pode oferecer um exemplo neste plano: os ajustes com a Argentina são feitos em pesos e reais. Neste ano o Brasil e a China resolveram utilizar, a título de experiência, as suas moedas nacionais no comércio bilateral, o que permitirá diminuir os riscos comerciais por causa das vacilações do dólar. Em Ecaterinburgo os países – membros do grupo BRIC pronunciaram-se contra todas as formas de protecionismo, especialmente na esfera agrária. O Brasil desempenha um papel ativo nas conversações no quadro da Organização Mundial do Comércio, reivindicar a redução radical de enormes subsídios que os governos dos maiores países industrializados injetam na sua agricultura. Por isso, os agricultores dos países emergentes não podem concorrer com eles.
Os participantes da cúpula de BRIC pronunciaram-se a favor da reforma da ONU e exigiram elevar o status do Brasil e da Índia nesta organização de maneira que corresponda à sua influência política e econômica sobre o desenrolar dos processos mundiais. Os lideres dos “quatro” reafirmaram a sua posição de apoio a uma ordem mundial mais democrática e justa, que tenha como base a supremacia do direitos internacional.
http://www.ruvr.ru/main.php?lng=prt&q=6 ... 18.06.2009