Porque existe uma diferença clara entre a administração de ambas as companhias.usskelvin escreveu:DINHEIRO
Se as duas empresas, Sadia e Perdigão, registravam absurdos prejuizos, por que a Perdigão engoliu a Sadia e não o contrário?
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Sadia + Perdigão = Brasil Foods
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Re: Sadia + Perdigão = Brasil Foods
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Re: Sadia + Perdigão = Brasil Foods
Tem alguém aqui satisfeito com a sua conta de telefone e com a prestação de serviços das concessionárias?
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Se houver suplico para que nos passe a receita mágica.
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Re: Sadia + Perdigão = Brasil Foods
O problema é mais a estratégia de ambas. A Sadia preferiu especular no mercado e conseguir lucro dentro da bolha do mercado financeiro, resultando num prejuízo de uns 2,5 bilhões no último ano e uma situação não muito agradável que a deixou frágil no mercado. A Perdigão fez uma estratégia parecida com a Sadia, mas buscou ser mais consistente e comedida, o resultado foi um pequeno lucro, baixo, mas teve e uma situação financeira mais robusta.LEO escreveu:Porque existe uma diferença clara entre a administração de ambas as companhias.usskelvin escreveu:
Na Brasil Foods não existe essa de uma engolir a outra por que não é compra, mas uma fusão em que as duas companias vão se unir para formar uma terceira. A diferença está no percentual de ações que cada acionista originário das duas partes terão.
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Re: Sadia + Perdigão = Brasil Foods
Você quer dizer, monopólio natural?henriquecouceiro escreveu:Existem mercados em que os ganhos de escala reduzem tanto os custos de operação que gera uma tendência natural na concentração de poucas e grandes empresas, porém o resultado final são ganhos de produtividade e preços mais baixos.
Mercado alimentício é comodity, não se aplica.henriquecouceiro escreveu:O mercado alimentício
Esse sim é um exemplo, um monopólio reduziria os custos, mas como controlar esse monopólio?henriquecouceiro escreveu:telecomunicações são exemplos.
Tenho más notícias para você meu amigo, se espera que com mais concorrência a situação melhore esqueça, com duas prestadores desse serviço você teria que pagar a infra-estrutura duas vezes, com três três vezes a assim por diante, com uma empresa só e sem regulação ou regulação tipo Anatel ela faz o que bem entende...faterra escreveu: Tem alguém aqui satisfeito com a sua conta de telefone e com a prestação de serviços das concessionárias?
Obs.: Dirigido para quem realmente paga a sua conta.
Se houver suplico para que nos passe a receita mágica.
No mundo inteiro é assim, mas em alguns países existem agências reguladoras que funcionam ou toda a infraestrutura é estatal.
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Re: Sadia + Perdigão = Brasil Foods
Vou responder só a parte do Marechal para não ficar muito massante
Vamos aos meus pitacos
O monopólio natural ocorre quando uma grande empresa opera sozinha no mercado por que os custos de entrar são tão grandes que as concorrentes não conseguem ou vêem vantagens em entrar. O exemplo clássico é esgoto e água encanada.
O crescimento da firma em mercados que tem alguma competição é um movimento natural em busca de lucratividade, novas oportunidades e fortalecimento da compania. Pode se dar pela investimento, compra de concorrentes, fusões, etc... Por exemplo, a indústria automobilistica norte-americana sofreu um movimento de concentração enorme, em que das centenas de companias sobraram a Ford; GM e Chrysler. Em relação a Perdigão e Sadia, ambas cresceram superando e adquirindo os concorrentes do interior. Ou, ainda, uma tal grupo brasileirode chamado JBS se tornou a maior compania de carne bovina do mundo comprando concorrentes nacionais e estrangeiros, fatura mais que a futura Brasil Foods e está preparando uma nova ofensiva no mercado. Aliás, o JBS chegou a entrar em conflito com os órgãoes de proteção da concorrência norte-americanos por que o seu dominio de mercado estava se tornando ameaçador.
Assim, memso com a fusão da Braisl Foods, a maioria das marcas e linhas de produtos das duas empresas vão continuar existindo e sendo comercializadas por que atendem preferências de consumidores diferentes e pode ser praticada a diferenciação de preços. Guardada as devidas proporções, é o mesmo que a Fiat fez quando adquiriu o controle da Ferrari. Ou seja, manteve a marca Ferrari e se aproveitou disso.
Em setores que exigem grandes investimentos o que se pode fazer é pegar umas três ou quatro empresas e jogar uma contra outra, forçando a competição e provocando a melhora no serviço. Isso que deveria ocorrer no setor de telecomunicações e a agência deveria regular e impulsionar a competição sadia entre ams firmas do setor, por exemplo. Pelo menos em tese.
Na maioria dos ramos não é inviável o monopólio. Sempre acaba aparecendo alguém para disputar mercado se a coisa é boa. Por exemplo, a Brasil Foods pode até ter um dominio de mercado relativamente elevado em algumas linhas de produtos, os competidores são sangue nos zóio. Portanto, se a Brasil Foods quiser tirar a pele dos consumidores, empresas apoiadas por grandes transnacionais como a Seara e Frigosul (americana e francesa, não sei a ordem) vem babando para conquistar mercado e tantas outras firmas médias do setor. Quem sabe, dependendo do andamento, daqui a pouco vem o grupo JBS compra algumas companias médias e começa a dar um suadouro na Brasil Foods.
Vamos aos meus pitacos
Não deve ser.Marechal-do-ar escreveu: Você quer dizer, monopólio natural?
O monopólio natural ocorre quando uma grande empresa opera sozinha no mercado por que os custos de entrar são tão grandes que as concorrentes não conseguem ou vêem vantagens em entrar. O exemplo clássico é esgoto e água encanada.
O crescimento da firma em mercados que tem alguma competição é um movimento natural em busca de lucratividade, novas oportunidades e fortalecimento da compania. Pode se dar pela investimento, compra de concorrentes, fusões, etc... Por exemplo, a indústria automobilistica norte-americana sofreu um movimento de concentração enorme, em que das centenas de companias sobraram a Ford; GM e Chrysler. Em relação a Perdigão e Sadia, ambas cresceram superando e adquirindo os concorrentes do interior. Ou, ainda, uma tal grupo brasileirode chamado JBS se tornou a maior compania de carne bovina do mundo comprando concorrentes nacionais e estrangeiros, fatura mais que a futura Brasil Foods e está preparando uma nova ofensiva no mercado. Aliás, o JBS chegou a entrar em conflito com os órgãoes de proteção da concorrência norte-americanos por que o seu dominio de mercado estava se tornando ameaçador.
Depende do ramo. Se forem algo do tipo cereais a granel com certeza é caracterizado como comodity. Mas se for uma frango industrializado, a marca e pequenas diferenças no produto começam a fazer a diferença e dar a certas empresas poder de mercado. Agora se for um produto industrializado, com diferenças nas suas formulas, a marco começa a se tornar fundamental tal como o gosto do consumidor. Por isso que a lasanha da Sadia custa mais caro que uma da Batavo, apesar de ambas serem feitas com a mesma qualidade e normas de higiene. Aliás, a Sadia tem um menu de mais de 700 linhas de produtos.Mercado alimentício é comodity, não se aplica.
Assim, memso com a fusão da Braisl Foods, a maioria das marcas e linhas de produtos das duas empresas vão continuar existindo e sendo comercializadas por que atendem preferências de consumidores diferentes e pode ser praticada a diferenciação de preços. Guardada as devidas proporções, é o mesmo que a Fiat fez quando adquiriu o controle da Ferrari. Ou seja, manteve a marca Ferrari e se aproveitou disso.
Há controversias. Mas o monopólio tende a aumentar custos por não ter motivação para ser eficiente e conquistar o consumidor. Ai pode cair nos três demônios do capitalismo, não lembro bem, mas era mais o menos assim: o primeiro é o monopólio por uma empresa comandada pelo Estado; o segundo é o monopólio de uma empresa mista (estatal e privada); e o pior é o monopólio de uma empresa privada.Esse sim é um exemplo, um monopólio reduziria os custos, mas como controlar esse monopólio?
Em setores que exigem grandes investimentos o que se pode fazer é pegar umas três ou quatro empresas e jogar uma contra outra, forçando a competição e provocando a melhora no serviço. Isso que deveria ocorrer no setor de telecomunicações e a agência deveria regular e impulsionar a competição sadia entre ams firmas do setor, por exemplo. Pelo menos em tese.
Na maioria dos ramos não é inviável o monopólio. Sempre acaba aparecendo alguém para disputar mercado se a coisa é boa. Por exemplo, a Brasil Foods pode até ter um dominio de mercado relativamente elevado em algumas linhas de produtos, os competidores são sangue nos zóio. Portanto, se a Brasil Foods quiser tirar a pele dos consumidores, empresas apoiadas por grandes transnacionais como a Seara e Frigosul (americana e francesa, não sei a ordem) vem babando para conquistar mercado e tantas outras firmas médias do setor. Quem sabe, dependendo do andamento, daqui a pouco vem o grupo JBS compra algumas companias médias e começa a dar um suadouro na Brasil Foods.
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Re: Sadia + Perdigão = Brasil Foods
No Rio Grande do Sul é a FRANGOSUL, que pertence a DOUX, uma empresa francesa. Produz quase as mesmas coisas que a SADIA em escala bem menor. Há ainda muitas outras empresa médias e pequenas no ramo. A concorrência vai continuar existindo.empresas apoiadas por grandes transnacionais como a Seara e Frigosul (americana e francesa, não sei a ordem
saudações
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Re: Sadia + Perdigão = Brasil Foods
E Frangosul mesmo.
Essa Doux é a maior "frangueira" da França. Veio para o Brasil montar uma nova base de exportação já que produzir frango na França é meio caro.
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Re: Sadia + Perdigão = Brasil Foods
Bourne, não tenho nada a acresecentar à sua resposta.
A Brazil Foods para mim será bem parecida com a Ambev, como falaram alguns posts acima, manterá as marcas diferenciadas nas prateleiras, e com um espirito competitivo dentro da própria empresa, que a estimula e a mantém atualizada. Quem já trabalhou ou conhece alguém que passou pela Ambev sabe do que estou falando. Ninguém fica na zona de conforto naquela empresa. Não quero dizer que essa filosofia será usada na Brazil Foods, mas acredito que seria a mais adequada.
A sinergia acarretará em menores custos, tornando a empresa mais eficiente, exemplos são na área de armazenagem, negociação com fornecedores e custos administrativos (Infelizmente vai ter gente de escritório na rua), mas que para a empresa irá reverter em maior lucratividade e no médio prazo, com o próprio crescimento da empresa, ela voltará a contratar e a empregar mais pessoas e sendo mais competitiva.
A Brazil Foods para mim será bem parecida com a Ambev, como falaram alguns posts acima, manterá as marcas diferenciadas nas prateleiras, e com um espirito competitivo dentro da própria empresa, que a estimula e a mantém atualizada. Quem já trabalhou ou conhece alguém que passou pela Ambev sabe do que estou falando. Ninguém fica na zona de conforto naquela empresa. Não quero dizer que essa filosofia será usada na Brazil Foods, mas acredito que seria a mais adequada.
A sinergia acarretará em menores custos, tornando a empresa mais eficiente, exemplos são na área de armazenagem, negociação com fornecedores e custos administrativos (Infelizmente vai ter gente de escritório na rua), mas que para a empresa irá reverter em maior lucratividade e no médio prazo, com o próprio crescimento da empresa, ela voltará a contratar e a empregar mais pessoas e sendo mais competitiva.
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Re: Sadia + Perdigão = Brasil Foods
Queridos, eu tenho fuentes para falar de galinhas
Um certo membro da familia Furlan, que junto com a familia Fontana comandava a Sadia, me disse o por que aceitaram o negócio da Brasil Foods em termos não desagradáveis. Qual o motivo? Nas suas palavras "o FDP do Fontana pensou que a Sadia era um banco, especulou no mercado financeiro, deu um prejuízo de 4 bi que tinham que ser pagos se não o Banco toma. Ai a empresa estava sem dinheiro para manter a empresa em operação, e acabou tendo três alternativas: pedir concordata; vender a empresa para a Tyson Foods ou Friboi; e se fundir com a Perdigão tentando ter alguma participação na nova empresa. A última prevaleceu."
Se pergntar para esse Furlan, vai falar que é mentira.
Um certo membro da familia Furlan, que junto com a familia Fontana comandava a Sadia, me disse o por que aceitaram o negócio da Brasil Foods em termos não desagradáveis. Qual o motivo? Nas suas palavras "o FDP do Fontana pensou que a Sadia era um banco, especulou no mercado financeiro, deu um prejuízo de 4 bi que tinham que ser pagos se não o Banco toma. Ai a empresa estava sem dinheiro para manter a empresa em operação, e acabou tendo três alternativas: pedir concordata; vender a empresa para a Tyson Foods ou Friboi; e se fundir com a Perdigão tentando ter alguma participação na nova empresa. A última prevaleceu."
Se pergntar para esse Furlan, vai falar que é mentira.
Re: Sadia + Perdigão = Brasil Foods
Você está confundindo a estratégia "Banco Garantia" ou "Lemann/Sicupira/Telles" da AmBev de metas e muita remuneração variável para os gerentes com competição. Tenho certeza absoluta que a Brasil Foods vai obter sinergias grandes e vai diminuir seus custos. Mas também tenho certeza que vai diminuir a competição no setor. Só se o sujeito for idiota que ele vai competir com uma marca que também é sua. Isso é IRRACIONAL! Agora dependendo do tanto que o custo cair e de como é a curva de demanda do mercado o preço pode até cair... Não sei... Mas que diminui a competição, tenho certeza. Se o efeito menos competição+menos custos vai significar menos ou mais preços não sei. Tem gente que ganha dinheiro para estimar essas coisas. São os técnicos da SEAE do Min. da Fazenda. Mas devo notar que mesmo se o efeito estimado for de menores preços ao consumidor o CADE também deveria, em tese, ponderar o efeito da fusão sobre o mercado de insumos (i.e., de frangos in natura). No feeling eu diria que a fusão é prejudicial ao consumidor e ao pequeno produtor de aves.henriquecouceiro escreveu:Bourne, não tenho nada a acresecentar à sua resposta.
A Brazil Foods para mim será bem parecida com a Ambev, como falaram alguns posts acima, manterá as marcas diferenciadas nas prateleiras, e com um espirito competitivo dentro da própria empresa, que a estimula e a mantém atualizada. Quem já trabalhou ou conhece alguém que passou pela Ambev sabe do que estou falando. Ninguém fica na zona de conforto naquela empresa. Não quero dizer que essa filosofia será usada na Brazil Foods, mas acredito que seria a mais adequada.
A sinergia acarretará em menores custos, tornando a empresa mais eficiente, exemplos são na área de armazenagem, negociação com fornecedores e custos administrativos (Infelizmente vai ter gente de escritório na rua), mas que para a empresa irá reverter em maior lucratividade e no médio prazo, com o próprio crescimento da empresa, ela voltará a contratar e a empregar mais pessoas e sendo mais competitiva.