Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#496 Mensagem por Marino » Sex Jun 12, 2009 8:15 pm

Skyway escreveu:
Marino escreveu:Alguem pode me explicar por qual motivo os corpos avistados por meios franceses não foram resgatados?
Uai Marino, até onde eu sei, todos os corpos avistados estão sendo reportados para os navios, marcados com sinalizadores e então esses navios vão buscar. O Mistral mal chegou e já recolhei 6. Todos os corpos devem ser entregues a Marinha do Brasil para serem levados a FN para o trabalho inicial de preparo para identificação.

A Bosísio deve ser a próxima fragata a voltar para FN com esses corpos.

Um abraço.
Busquei a nota em que diziam que os franceses avistaram corpos, mas não recolheram.
Devem ter passado a faina para o Mistral.
O pessoal da Ventose deve estar com problemas, por isso o Mistral assumiu:
Por solicitação da Marinha Francesa, o Blackhawk também levou dois psicólogos franceses para a Fragata Bosísio, a fim de que sejam transportados para a Fragata Ventose.




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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#497 Mensagem por Skyway » Sex Jun 12, 2009 8:42 pm

Vixe! :shock:

Essas situações são difíceis mesmo...




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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#498 Mensagem por Rodrigoiano » Sáb Jun 13, 2009 1:44 am

Marino escreveu:Alguem pode me explicar por qual motivo os corpos avistados por meios franceses não foram resgatados?
Prezado Marino, ver corpos nos estados em que aqueles estão deve ser um choque para qualquer ser humano, mesmo militares de equipes de salvamento. Mas sei que os brasileiros são do salvaero e do salvamar, mas não sei se os franceses são específicos de resgate. As aeronaves dela são uma awacs e outra de patr. marítima.
Parece que dois psicólogos franceses foram enviados às pressas aos navios franceses.
Certamente, um cenário muito triste e chocante.

Abraço!




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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#499 Mensagem por Rodrigoiano » Sáb Jun 13, 2009 1:51 am

Lembro de uma entrevista do Brig. Kersul do Cenipa logo após o acidente da GOL, em que não conseguiu segurar a emoção ao descrever o difícil cenário que sua equipe encontrou ao chegar lá (não lembro se foi entrevista ou depoimento numa CPI).

Abraços!




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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#500 Mensagem por Izaias Maia » Sáb Jun 13, 2009 4:57 am

Quebra-cabeças para elucidar queda
Perícia inicial reforça tese de que A330 se desintegrou durante a queda no oceano

Recife - Perícia inicial realizada nos 16 corpos de vítimas do voo 447 que já chegaram ao Instituto Médico-Legal do Recife (PE) praticamente exclui a hipótese de explosão do Airbus A330 da Air France, cujos destroços estão sendo recolhidos num raio de 70 km no mar de Fernando de Noronha. Todos os cadáveres já periciados teriam sido encontrados sem roupa, sem indícios de queimaduras nem água nos pulmões, o que leva especialistas a descartar também a possibilidade de morte por afogamento e reforçar a hipótese de que o avião tenha se desintegrado no ar.

Os 37 destroços recolhidos até agora — apresentados ontem para a imprensa, no Recife — também não têm sinal de que tenham sido incendiados. No fim da tarde de ontem, outros seis corpos foram encontrados pelo navio da Marinha Francesa Mistral, aumentando para 50 o número de cadáveres recolhidos em águas brasileiras.

Diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, Ronaldo Jenkins, afirma que ainda não é possível dizer os reais motivos da desintegração, mas afirma que houve falha estrutural. “Que o avião se desintegrou, nós estamos vendo, porque ele está sendo recuperado aos pedaços, mas para saber se foi no impacto com a água ou no ar, só com investigação. Pode ter havido uma descompressão explosiva da cabine, uma grande desaceleração ou um excesso de velocidade. Mas nenhum avião se desintegra à toa, é fato que houve falha estrutural”, enfatiza.

Roberto Peterka, especialista em segurança de voo, observa que, se houver uma despressurização e queda muito acentuada do avião, os passageiros poderiam nem ter tempo e condições de alcançar as máscaras de oxigênio que caem do teto. Nesse caso, a morte por asfixia se daria em cerca de 35 segundos. “É como se você caísse numa montanha russa. Você não tem forças para se movimentar. Neste caso, morre-se por sufocamento.

A 11.500 metros de altura não há oxigênio. Quando uma despressurização ocorre, o piloto procura descer o mais rápido possível. Com 5 mil metros de altura, já se consegue respirar”, observa Roberto.

HOMEM ESTRANGEIRO IDENTIFICADO

Pelo menos um dos corpos encontrados em Fernando de Noronha teria sido identificado como sendo de um passageiro estrangeiro do sexo masculino. A informação, obtida com fontes ligadas às Forças Armadas, ainda não foi confirmada oficialmente.

O tenente-brigadeiro Ramon Cardoso, da Aeronáutica, disse ontem que as buscas devem prosseguir até o dia 20 de junho. Segundo ele, ainda não se sabe o ponto exato da queda da aeronave, mas os navios franceses equipados com sonares estão vasculhando em um raio de aproximadamente 65 km a 70 km de onde foi feito o último contato do Airbus, a 565 km de Natal: “Essa é a área mais provável”.

Amanhã, deve chegar ao Porto de Recife a Fragata Constituição, com destroços e objetos pessoais recolhidos no Oceano Atlântico. Domingo também desembarcará na cidade um perito francês que vai começar a inspecionar os destroços em busca de mais pistas sobre o que derrubou o avião.

http://odia.terra.com.br/portal/brasil/ ... 17661.html




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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#501 Mensagem por Skyway » Sáb Jun 13, 2009 7:16 pm

Um navio mercante encontrou um dos Spoilers do A330 hoje...




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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#502 Mensagem por Túlio » Dom Jun 14, 2009 7:10 am

Processo de identificação das vítimas do Airbus deve demorar
14 de junho de 2009 •07h04

O processo de identificação das vítimas que estavam no vôo 447 da Air France deve demorar e, ao contrário das buscas - que podem ser encerradas em até uma semana - não tem prazos definidos. Até sexta-feira, 50 corpos tinham sido resgatados em alto mar. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Familiares já tentaram acompanhar os trabalhos no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife, mas foram impedidas pela Polícia Federal (PF) e Secretaria de Defesa Social (SDS). "Foi frustrante. Tínhamos a expectativa de ter acesso aos corpos, mas não pudemos vê-los. Também queríamos a liberação imediata daqueles que já fossem identificados. Mas nada disso aconteceu. E o pior: não há prazo para que isso ocorra", disse Nelson Marinho, cujo filho, o engenheiro mecânico Nelson, estava na aeronave.

A entrega ou apresentação de objetos pessoais encontrados com as vítimas também não poderá ser feita. "São provas materiais, que não podem ser manuseadas, sob o risco de serem contaminadas", afirmou a Polícia Federal em nota.

O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).

De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.

Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.

A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).

Desde a manhã de sábado, foram localizados 44 corpos próximos ao local onde a aeronave emitiu as últimas notificações. Mais seis corpos foram resgatados nesta sexta pela Marinha francesa e serão contabilizados quando forem transferidos a uma embarcação brasileira. As vítimas são levadas até Fernando de Noronha por embarcações da Marinha.

Redação Terra




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#503 Mensagem por Izaias Maia » Seg Jun 15, 2009 9:27 am

http://www.fab.mil.br/portal/voo447/FOTOS/130609/foto_5.jpg
http://www.fab.mil.br/portal/voo447/FOTOS/120609/img_11.JPG
http://www.fab.mil.br/portal/voo447/FOTOS/120609/img_10.jpg
http://www.fab.mil.br/portal/voo447/FOTOS/130609/foto_8.jpg




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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#504 Mensagem por Izaias Maia » Seg Jun 15, 2009 9:34 am

Especialistas acreditam na relação dos tubos de pitot com o desastre

As hipóteses

COMBINAÇÃO DE FATORES
Dennis Joseph Lessard, chefe do Departamento de Ciência Aeronáutica da Universidade Aeronáutica Embry-Riddle, em Prescott (Arizona)

Todo desastre aéreo é dotado de uma cadeia de eventos que resultam na perda da aeronave. Quem garante é Dennis Lessard. Presidente da companhia Aviation Safety Associates e membro da Sociedade Internacional de Investigadores da Segurança Aérea (Isasi, na sigla em inglês), ele já acumulou 6 mil horas de voo e tem acompanhado com atenção as notícias sobre o voo 447 da Air France. “Os pilotos tentaram rodar ou subir para além da tempestade. O problema é que o avião, em grande altitude, fica na margem do limite operacional. A turbulência, associada às tempestades e à baixa performance da máquina, poderia ter afetado a estabilidade da aeronave, deixando-a fora de controle”, explicou. Lessard crê que as tentativas do piloto de recuperar o avião podem ter determinado a ruptura da máquina em pleno voo. “Provavelmente, o aparelho começou a se desintegrar quando perdia velocidade, por causa do intervalo entre as mensagens automáticas”, sugere. De acordo com ele, as caixas-pretas, se um dia forem recuperadas, poderão revelar se os sistemas de medição da velocidade do vento funcionavam mal devido a problemas mecânicos, elétricos ou de congelamento. “Não sei se o raio foi um fator determinante, porque geralmente as descargas elétricas não são uma ameaça a uma aeronave”, disse.

DEFEITO NO TUBO DE PITOT
John Hansman, professor de aeronáutica e astronáutica e diretor do Centro Internacional para Transporte Aéreo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT)

Pelo menos um dos sistemas do sensor de velocidade aérea do A330-200 (tubo de Pitot) estava com defeito, o que levou o controle de voo fly-by-wire a mudar de normal law para alternative law. É o que acredita o norte-americano John Hansman, professor de aeronáutica de um dos institutos mais prestigiados do mundo, o MIT. “É possível que a incorreta velocidade do ar foi usada pelo piloto automático, que poderia ter aumentado ou reduzido a velocidade a um ponto no qual o controle da aeronave não era mais possível”, afirma. Segundo ele, se o sensor indicava lentidão, o autopiloto aumentou a propulsão e a velocidade. “Se a velocidade real do vento era muito intensa, então é possível que ondas de choque se formaram nas asas e impulsionaram o nariz do Airbus para baixo, aumentando a velocidade”, explicou. Esse problema era comum durante a década de 1960. De acordo com Hansman, uma tempestade pode influenciar os sensores de velocidade do ar de muitas maneiras. “Ela pode congelá-los ou mesmo danificá-los por causa do granizo. Mas os sensores também podem ter sido avariados pela turbulência ou por um raio”, acrescenta.

RAIOS OU DESMAIO DOS PILOTOS
Patrick Smith, piloto comercial norte-americano, autor do livro Pergunte ao piloto

Talvez os detalhes exatos do trágico destino do voo AF-447 jamais sejam conhecidos. No entanto, para o piloto Patrick Smith, a essência do acidente parece clara: a tripulação do A330-200 foi vítima de uma terrível tempestade. Segundo ele, temporais nas chamadas zonas de interconvergência tropicais são quase sempre poderosos, apesar de isolados e de fácil circunavegação. “As questões principais são como os tripulantes entraram nessa área turbulenta e o que aconteceu por lá”, diz. Smith analisou um gráfico das condições meteorológicas no horário e na região do desastre e concluiu que uma manobra para passar sobre a tempestade representaria um grande desvio para a esquerda. “Acho que, com base nas informações que a tripulação tinha, eles seguiram como se não houvesse perigo”, opina. Para o piloto, o AF-447 foi surpreendido por um ataque incomum de raios, que, por sua vez, detonaram uma série de falhas elétricas, levando à perda dos instrumentos de voo e à descompressão da cabine. Em pouco tempo, os controles de voo se degradaram. “Sob diferentes condições, nada disso é catastrófico. Mas, na agonia de uma tempestade e em meio à escuridão, é outra história”, ressalta, acrescentando que provavelmente o Airbus se rompeu em pleno voo. Outro cenário possível: os pilotos desmaiaram, por causa da despressurização. “Pela forma que o sistema de pressurização do A330 é desenhado, a perda de pressão na cabine pode resultar em falhas elétricas”, garante Smith. Com a tripulação “inutilizada” e o piloto automático desligado, o avião teria ficado fora de controle rapidamente. O piloto não descarta uma falha nas turbinas, causada pela ingestão de granizo ou pela extrema turbulência — o que explicaria a perda de pressão da cabine e a perda de controle. A teoria de congelamento dos sensores externos perde força, segundo Smith, pelo fato de esses aparelhos serem aquecidos. “O acúmulo de gelo teria de ser incrivelmente rápido e intenso e precedido por falhas elétricas.”

FORTES VENTOS E NEGLIGÊNCIA
William “Bill” Waldock, cientista aeroespacial que acumula mais de 25 anos de experiência em investigação de desastres aéreos e leciona na Universidade Aeronáutica Embry-Riddle, em Prescott (Arizona)

A tempestade de 150km de comprimento que se estendia a leste do Arquipélago de Fernando de Noronha colaborou para o trágico destino do voo AF-447. No entanto, segundo Waldock, o clima não foi o único importante fator para o desastre. O especialista revisou as estimativas dos ventos ascendentes do temporal de 31 de maio e conclui que as turbulências teriam sido suficientemente fortes para descontrolar o Airbus A330-200, mas não poderosas o bastante para causar o rompimento da aeronave no ar. “O comandante provavelmente desconectou o piloto automático manualmente, o que tornaria mais fácil pilotar o A330-200 pela turbulência”, explica. A hipótese de Waldock para a tragédia é, portanto, um conjunto de fatores: a ausência do piloto automático, os fortes ventos e o congelamento dos tubos de Pitot (que só poderiam ocorrer caso a tripulação deixasse de ativar o sistema antigelo dos sensores — ou seja, negligência). O cientista cita dois casos nos quais os tubos de Pitot foram bloqueados: em 1º de dezembro de 1974, um Boeing 727-200 da Northwest Airlines caiu no estado de Nova York , matando três pessoas; em 6 de fevereiro de 1996, a queda de um Boeing 757-225 da Bergen Air deixou 189 mortos perto de Puerto Plata, na República Dominicana. “Ambos os aviões caíram porque os tripulantes se focaram em indicadores de velocidade do vento que faziam uma leitura errada da altitude”, lembra. Waldock explica que o bloqueio dos tubos de Pitot transforma o indicador de velocidade do vento em altímetro com falsa interpretação dos dados. “Quanto mais alto o avião voar, maior será a indicação de velocidade do vento, independentemente da real velocidade do aparelho”, acrescenta.

TEMPESTADE E PERDA DE CONTROLE
Harro Ranter, holandês, fundador da entidade Aviation Safety Network, que registra todos os acidentes aéreos no planeta

A fundação que ele criou em janeiro de 1996 registra 14 mil desastres aéreos, sequestros de aviões e outros incidentes. No site da Aviation Safety Network (Rede de Segurança em Aviação, em uma tradução livre), as tragédias no ar estão catalogadas por ano, país, causa, companhias aéreas e aeroportos. A queda do A330-200 da Air France é destaque na página, que traz vídeos, fotos e uma ampla narrativa em inglês. Em entrevista ao Correio, o holandês Harro Ranter, 37 anos, afirma ser mais crível que a tempestade tenha colaborado com a tragédia. “Mudanças repentinas na velocidade e na direção dos ventos, com rajadas de ar ascendentes e descendentes, podem levar o piloto e a máquina a reagirem de diferentes meios”, explica. “Não é possível dizer como as coisas ocorreram com precisão, caso não tenhamos as caixas-pretas.” Ranter acha possível que os pilotos tenham perdido ou controle do A330-200, mas afirma que isso necessariamente não foi produto de erro ou falha humana. “O avião estava em uma posição ou em uma altitude da qual não seria recuperado. É muito difícil retomar o controle de um Airbus em meio ao escuro e à inexistência de um horizonte discernível do lado de fora”, acrescenta.

VELOCIDADE ERRADA
John Knox, professor de geografia da Universidade da Georgia, nos Estados Unidos

Especialista em turbulências, o norte-americano John Knox acredita que uma combinação sinérgica de fatores climáticos derrubou o A330-200. “O cenário mais plausível é o de que a turbulência fez com que o avião excedesse seus próprios limites, levando-o para além de uma velocidade segura”, afirma. Segundo ele, esse risco é conhecido pelos próprios pilotos. “É por essa razão que a ‘velocidade de penetração da turbulência’ precisa ser abaixo da velocidade do som (340m/s no ar)”, explica Knox. O meteorologista afirma que os múltiplos alertas enviados pelo Sistema de Comunicação e Reporte (Acars, pela sigla em inglês) em um curto espaço de tempo corroboram com a tese de que o A330-200 sofreu uma pane estrutural. Uma suposta falha na interpretação de dados pelos sensores do tubo de Pitot pode ter levado os pilotos a aumentarem a velocidade ao ingressar na área turbulenta, deixando a aeronave exposta a possíveis danos. “Isso pode ser um exemplo de como um fator climático (congelamento, afetando os tubos de Pitot e alterando a medida da velocidade do ar) pode se combinar com a turbulência”, comenta. Ele destaca que o A330-200 voava através de nuvens cúmulos-nímbus de 16,7km de altura, quando os sistemas ficaram “confusos”. Knox avaliou um mapa meteorológico do Oceano Atlântico Sul e praticamente descartou a influência de descargas elétricas na queda do Airbus. “As tempestades oceânicas têm menos raios do que as terrestres”, analisa.

DESPRESSURIZAÇÃO
Ivan Sant’Anna, especialista em desastres aéreos e autor de Caixa-preta e Plano de ataque

Piloto amador e autor de livros sobre acidentes aéreos, o carioca Ivan Sant’Anna, 69 anos, prefere se focar no que não ocorreu com o Airbus A330-200 da Air France. Por telefone, ele contou que o fato de as Forças Armadas terem anunciado o resgate de cadáveres inteiros sugere que o avião não caiu de bico. “Se fosse assim, haveria apenas pedaços de corpos.” Ivan acredita que a aeronave caiu em um ângulo de descida mais ou menos suave. De acordo com o escritor, é preciso determinar se os cadáveres resgatados estavam com os cintos de segurança afivelados, o que indicaria que provavelmente foram surpreendidos por uma despressurização súbita. “A possibilidade mais forte é que aconteceu algo muito grave lá em cima que matou todo mundo”, aposta. “Uma carga pode ter se deslocado do compartimento de bagagens, batido com violência na parede do avião e produzido um buraco.” Ivan não descarta a possibilidade de abertura da porta do bagageiro, em pleno voo, ou do rompimento de uma janela ou porta. O especialista acha muito pouco provável que as caixas-pretas sejam recuperadas. “É preciso encontrá-las até 30 dias depois da data do acidente, porque depois elas param de emitir sinais. A caixa-preta tem apenas 40cm e não boia”, afirma. Segundo Ivan, problemas com os tubos de Pitot já derrubaram duas aeronaves. “No México, abelhas fizeram uma colmeia sobre o sensor. Em outro incidente, o funcionário do aeroporto se esqueceu de colocar a capa protetora do tubo de Pitot. No entanto, a tese se esbarra na ausência de pedido de socorro, por parte do piloto.”

SEM DADOS SUFICIENTES
Ronaldo Jenkins, especialista em segurança de voo com experiência de piloto da Força Aérea Brasileira (FAB) e da aviação comercial

“Não temos pistas suficientes para estabelecer um raciocínio lógico. Não existe nada que possa determinar uma sequência de eventos.” Assim o comandante Ronaldo Jenkins anunciou sua recusa em especular sobre o que levou o A330-200 a cair no Oceano Atlântico. Questionado sobre um possível bloqueio do tubo de Pitot, ele admitiu que isso induziria uma manobra errada do piloto. “Apenas isso não é determinante para provocar um acidente”, garante. No entanto, Jenkins admite que um encadeamento de falhas no tubo de Pitot e no sistema elétrico da aeronave, aliado a uma forte turbulência, poderia levar a uma tragédia. Ao contrário de Ivan Sant’Anna, Ronald Jenkins acredita que as caixas-pretas podem ser encontradas e elucidar os motivos da catástrofe. “Estamos falando de um equipamento que emite sinais durante 30 dias, de uma série de navios equipados com sonar, de submarinos modernos”, lembra. “Temos um contingente de técnicos e material suficiente para isso.”

http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol




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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#505 Mensagem por Izaias Maia » Seg Jun 15, 2009 9:35 am

Show


Denise Rothenburg


A Força Aérea Brasileira comemora o desempenho do avião de vigilância R-99, cuja base é o jato executivo embraer 145, equipado com um potente radar de “abertura sintética” e com sistema infravermelho que identifica fontes de calor. O jatinho localizou a maioria dos corpos das vítimas da queda do Airbus 330 da Air France resgatados em alto-mar.

http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol




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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#506 Mensagem por Izaias Maia » Seg Jun 15, 2009 9:36 am

Embaixador francês faz visita ao país

Chegou ao Brasil o embaixador Pierre-Jean Vandoorne, que foi nomeado pelo governo francês para ser o elo entre autoridades francesas e as famílias das 228 vítimas do acidente com o avião da Air France.
Ele se reuniu com cerca de 20 famílias que estão hospedadas no Hotel Guanabara, no centro do Rio, à espera de informações, e à noite, seguiu para Recife
Vandoorne não quis comentar a hipótese, formulada por especialistas brasileiros, de que o avião tenha se desintegrado no ar. A hipótese surgiu porque os corpos e os destroços não apresentariam sinais de queimadura.
Segundo Vandoorne, o governo francês aumentará o número de funcionários de sua embaixada no Brasil, para poder atender às demandas criadas pelo acidente. Ele afirmou ainda que se reunirá com legistas e autoridades brasileiras e francesas, em Recife, para analisar os critérios utilizados no reconhecimento dos corpos.

http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol




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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#507 Mensagem por Izaias Maia » Seg Jun 15, 2009 9:37 am

A investigação pode ser política


Ruben Berta


Piloto amador e um verdadeiro apaixonado por aviação, o escritor carioca Ivan Sant’Anna, autor do livro Caixa-preta, que reconstitui três grandes acidentes aéreos que marcaram a história do País, acredita que dificilmente as causas do desaparecimento do voo 447 da Air France serão conhecidas. Ele diz temer o fato de as investigações estarem sendo conduzidas pela França. Não acredito em relatório independente. Há muito dinheiro envolvido. A investigação pode ser política. Para Sant’Anna, por causa da crise cada vez mais pilotos evitam voltar ao ponto de partida quando constatam algum problema, pois isso implica prejuízo e a necessidade de dar uma série de explicações. O escritor afirma ainda que o perigo representado por turbulências para a segurança do voo é ínfimo e que mau tempo, sozinho, também não é capaz de derrubar um avião. Na época do acidente envolvendo o avião da Gol, em 2006, Sant’Anna disse que grandes tragédias aéreas costumam acontecer uma vez a cada década no Brasil. Desde então, houve o acidente com o avião da TAM, em Congonhas, e agora o caso da Air France.

AGÊNCIA O GLOBO – Voar é motivo de preocupação hoje no País?
IVAN SANT’ANNA – Em primeiro lugar, não considero o acidente do voo 447 da Air France um acidente brasileiro. O avião era francês, a companhia, francesa, e os pilotos, franceses. Voar ainda é muito seguro no Brasil: a possibilidade de você morrer numa queda no banheiro é muito maior. São milhares de decolagens diárias sem nenhum incidente. Mas, realmente, quando acontece um grande acidente, as pessoas tendem a ficar traumatizadas.


AG – Um avião moderno como o Airbus A330, uma tripulação experiente, uma companhia aérea de tradição são alguns dos pontos que tornam o acidente improvável. Foi surpreendente o que ocorreu no voo da Air France?

SANT’ANNA – Jamais eu imaginei que pudesse acontecer um acidente como esse. Foi o primeiro caso na rota desde o fim da década de 1940, quando começaram os voos da América do Sul para a Europa. Quando vou para Londres, por exemplo, até me preocupo na decolagem ou no pouso. Mas, no local onde ocorreu o acidente, foi totalmente inesperado.


AG – E as causas do acidente?

SANT’ANNA – Ninguém nunca vai saber ao certo as causas do acidente. A caixa-preta não vai ser encontrada. Como achar um objeto do tamanho de uma caixa de sapato no meio do oceano? O que pode acontecer é acharem peças que indiquem o que ocorreu e permitam montar um quebra-cabeças. Mas acho que vai ser mais um dos mistérios da aviação.


AG – O que o senhor pensa de a França estar à frente das investigações?

SANT’ANNA – A investigação pode ser política. Geralmente, há lados conflitantes: é um avião americano, uma companhia brasileira, há várias partes interessadas. Nesse caso, é tudo francês: companhia aérea, pilotos e fabricante do avião. Se descobrirem falha de projeto ou problema de piloto, por exemplo, isso pode ser escondido. Não acredito em relatório independente da França. Há muito dinheiro envolvido e é uma atividade que depende muito da confiabilidade.


AG – Há quem fale na possibilidade de bomba a bordo.

SANT’ANNA – Não descarto. Podem pensar: “Ah, mas no Brasil não tem terrorismo”. Nos anos de 1950, houve um caso nos Estados Unidos de uma pessoa que explodiu um avião para matar a mãe. O rapaz havia feito um seguro na véspera e queria levar o dinheiro. Houve uma explosão no compartimento de bagagem. Foi uma investigação famosa. Já houve alguns casos assim.


AG – Mas quais as hipóteses mais prováveis para o acidente?

SANT’ANNA – Olho sempre para o que já aconteceu na história da aviação. Há possibilidade de fadiga de material, mesmo em casos de aviões novos, o que caracterizaria uma falha de projeto. Na década de 1950, houve o caso do Comet. Após dois acidentes, foi constatada falha de projeto. As janelas eram quadradas, o que criava pontos de tensão a partir de uma determinada velocidade. Após as tragédias, isso mudou e todas as janelas hoje são redondas. Olhando para o passado, ainda há diversas possibilidades: a porta do bagageiro pode ter aberto causando um dano estrutural, o reverso pode ter aberto em voo. Se pensarmos em algo inédito, pode até ter havido um choque com um meteorito. É uma chance em um milhão? É, mas na teoria pode.

AG – E a questão do mau tempo?

SANT’ANNA – O mau tempo sozinho não derruba avião. As aeronaves são feitas para aguentar uma turbulência dez vezes maior do que a que acontece no pior mau tempo. Para se ter uma ideia, quando há um furacão nos EUA, eles costumam mandar um avião Hércules para o olho para estudar o fenômeno. Se você olhar os testes nas fábricas, vai ver que as aeronaves são presas em engates gigantescos e chacoalhadas de um modo que tempestade nenhuma balança.

AG – Mas e os raios e o granizo?

SANT’ANNA – O que poderia derrubar um avião é o granizo. Mas a tempestade de granizo é visível no radar e seria possível desviar.

AG – Há críticas em relação ao excesso de automatização nos aviões da Airbus. O que o senhor pensa a respeito?

SANT’ANNA – Os pilotos novos gostam porque é mais fácil de pilotar, os antigos não, porque não dá liberdade.
AG – E a questão da turbulência? As pessoas devem ficar com medo ao passar por uma?

SANT’ANNA – Raramente se faz um voo daqui para a Europa sem turbulência. Há uma diferença: quando a tripulação pede só para apertar o cinto, nem se preocupe. Se manda parar o serviço de bordo, é bom se preparar porque é forte. Mas o perigo é ínfimo. Entendo, porém, que nos próximos meses as pessoas fiquem com medo. Depois passa.

AG – A crise econômica pode estar afetando a rotina das empresas aéreas?

SANT’ANNA – Há cada vez mais um consenso entre pilotos de que, se for constatado algum problema, não se deve voltar, segue-se assim mesmo. É uma tendência mundial de minimizar os prejuízos. O piloto sabe que, se retornar, vai ter de dar um milhão de justificativas. Houve tempos em que isso não era assim.

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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#508 Mensagem por Izaias Maia » Seg Jun 15, 2009 9:39 am

Pressionada, Airbus sai para o contra-ataque e defende jato


Marcelo Ambrosio


Uma das maiores feiras de aviação comercial no mundo, o Salão Aeronáutico de Le Bourget começa na semana que vem em Paris já com o salgadinho dos coquetéis com um gosto amargo. Será impossível tanto para executivos quanto para visitantes evitar falar do desastre com o A330, dos problemas com os sensores da aeronave, das dúvidas em torno da responsabilidade tanto do fabricante quanto da dona do AVIÃO. Para a Airbus, a tragédia não poderia ter ocorrido em hora pior, já que o consórcio europeu trava uma disputa ferrenha com os americanos da Boeing em torno da encomenda de um bom número de aeronaves pela companhia irlandesa de baixo custo (Budget carrier) Ryanair. O anúncio final é esperado para o salão e o noticiário do desastre, com sucessivas revelações que atingem a confiabilidade dos produtos da Airbus, levaram o consórcio a uma reação.

Ontem, Thomas Enders e Fabrice Bérgier, respectivamente presidente e vice da Airbus, quebraram o silêncio mantido desde o dia do desaparecimento do voo em defesa das aeronaves fabricadas pela empresa. Ambos foram diplomáticos ao tratar do caso, preferindo destacar aspectos positivos de segurança do jato, mas um porta-voz afirmou ao site 20minutes que internamente há uma disposição de interpelar na Justiça os jornais que continuarem a defender a paralisação dos voos com os A330 e A340 enquanto não se conhecer as causas do desastre.

– A cada dois segundos um jato da Airbus decola no mundo. E o A330 é um dos melhores equipamentos já construídos – declarou Enders, que é alemão, ao jornal Bild Zeitung.

Confrontado com o fato de que as pressões pelo recall aumentaram depois que os próprios pilotos entraram em cena, o que seria um atestado da desconfiança dos profissionais do setor com a Airbus, Enders preferiu evitar polêmicas.

Reação forte

Mais incisivo foi o vice-presidente Fabrice Bérgiers. Segundo ele, a decisão de companhias como a Swiss, a Brussel Airlines e a US Airways – que anunciaram a troca dos sensores em todos os jatos há poucos dias – seria um reflexo da pressão dos comandantes e da própria opinião pública. Assim, a suspensão do certificado de vôo para todos os A330, como a própria imprensa francesa chegou a cogitar, seria uma medida fora de questão até mesmo pelo princípio da precaução.

– Não há porque a Agência Européia de Segurança de Voo (EASA) tomar tal decisão. A esta altura, não há nenhuma ligação entre o acidente e qualquer questão envolvendo a navegabilidade desse AVIÃO – declarou Bérgier, que acrescentou. – Fazer com que as pessoas acreditem nesse tipo de coisa é algo simplesmente irresponsável.

Não é o que insistem os técnicos, mas Bergier apenas assume que os dados incoerentes enviados pelos sensores de velocidade são uma parte dos fatos e reage com veemência:

– Nossos aviões são seguros! E não somos só nós que afirmamos isso, mas a própria EASA – emenda, relatando em seguida que a "confiança" nos A330 foi renovada em um recente simpósio de aviação em Kuala Lumpur, na Ásia. – Há seiscentos aviões desse modelo voando no mundo inteiro hoje, já são mais de 13 milhões de horas de voo e é a primeira vez que um acidente com o A330 é registrado – emenda.

Enquanto isso, o relógio em Le Bourget vai correndo. Analistas de aviação observaram que o consórcio europeu cancelou eventos de mídia e tem demonstrado preocupação em ser solidário com os parentes dos mortos no acidente com o AF447. Acredita-se que o máximo que fará quando a feira for aberta será divulgar uma declaração a respeito. Quanto mais tempo aparecerem na imprensa revelações sobre as panes nos Tubos de Pitot e a demora na ordem de substituição, relacionados ainda indiretamente à tragédia, mais comprometida estará a festa.

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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#509 Mensagem por Izaias Maia » Seg Jun 15, 2009 9:40 am

França se espelha em programa brasileiro

O embaixador designado pelo governo francês para dar suporte às famílias das vítimas do voo 447, Pierre-Jean Vandoorme, procurou informações sobre plano de assistência às famílias no acidente da TAM, em 2007


PARIS – Em sua primeira entrevista, o embaixador designado pelo governo da França para lidar com as famílias das vítimas do voo 447, Pierre-Jean Vandoorme, disse ontem que quer conhecer a fundo o programa implementado pelo Ministério da Justiça do Brasil para dar assistência jurídica aos parentes das vítimas do acidente da TAM, que matou 199 pessoas no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em julho de 2007.
Tomei conhecimento deste programa que ajudou as famílias de passageiros de um acidente aéreo, evitando trâmites judiciais complicados e demorados, e a França vai buscar se informar mais a respeito, afirmou.

O programa, que ficou conhecido como Câmara de Indenização, foi criado pelo Ministério da Justiça em acordo com a TAM e as seguradoras da companhia aérea. Embasado numa estratégia de solução alternativa de conflitos, 220 parentes de vítimas obtiveram indenizações sem precisar passar pela Justiça.

CAIXAS-PRETAS

Independentemente se forem encontradas ou não as caixas-pretas, a catástrofe do voo 447 deve demonstrar que esta tecnologia está obsoleta e pode ser substituída pela transmissão de dados por satélite em tempo real, afirma Pierre Jeanniot. Há 40 anos, Jeanniot, ex-diretor da companhia Air Canada e da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata) foi uma das pessoas que conceberam as caixas-pretas.

Agora posso dizer com conhecimento de causa que são obsoletas, porque a tecnologia evoluiu, avalia. A transmissão a partir dos aviões por satélite é muito mais econômica do que era há 10 anos. Atualmente é possível transmitir tudo, diretamente, desde o voo, no caso de problema, disse.

Segundo Jeanniot, um sistema de transmissão automática, por satélite, dos registros de dados de voo já existe e deveria se tornar geral. Isto permitiria, no caso de acidente, recuperar tudo instantaneamente, em vez de procurar na selva ou no fundo do mar as caixas-pretas.

O AVIÃO começaria a emitir quando acontecesse uma falha. E é possível programar o sistema para que, no caso de anomalia grave, transmita sem parar todos os dados e todas as gravações com as vozes dos pilotos. É bastante simples.

Quando se calculam os custos da busca das caixas-pretas no fundo do oceano, é um valor fenomenal. Milhares de horas de aviões, de helicópteros, de navios. Nesta ocasião, há inclusive um submarino nuclear operando. E no fim pode ser que não exista a informação, destacou.

Com a transmissão por satélite, é possível recuperar tudo instantaneamente. Teria sido possível saber exatamente onde caiu a aeronave (da Air France). Imagino como é difícil para as famílias passar meses e meses, às vezes até anos, sem saber o que aconteceu realmente, completou.

Consultado pela reportagem, Gerard Arnoux, presidente do sindicato de pilotos da Air France, afirmou que a opção lhe parece inteligente.

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Re: Avião da Air France sumiu do radar no litoral brasileiro

#510 Mensagem por Izaias Maia » Seg Jun 15, 2009 11:09 am

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BPC Mistral recebe óleo de Navio Tanque da Marinha do Brasil
Escrito por Luiz Padilha
Sáb, 13 de Junho de 2009 17:23


Acima, as fotos, de uma "Faina de Transferência de Óleo no Mar" (TOM), na qual o Navio Tanque (NT) "Gastão Motta", da Marinha do Brasil, transfere óleo combustível para o Navio Anfíbio "Mistral" (French Navy, LHD MISTRAL), da Marinha da França.

Veja nossa matéria a bordo do irmão do BPC Mistral - BPC Tonerre no Rio de Janeiro.

http://www.alide.com.br/joomla/index.ph ... atlantique

Essa faina de Reabastecimento no Mar é essencial para o desenvolvimento da Operação de Resgate aos desaparecidos do voo AF 447 como um todo, sem a qual os navios não poderiam garantir sua permanência longe de suas bases ou portos reabastecedores.

Atenciosamente,

Centro de Comunicação Social da Marinha. 13/06/2009

http://www.alide.com.br/joomla/index.ph ... -do-brasil


Um dia será o nosso!?!?!




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