Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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jauro
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#346 Mensagem por jauro » Qua Mar 25, 2009 12:59 pm

A Amazônia e as Forças Armadas

Leôncio de Aguiar Vasconcellos Filho

Há alguns meses, o periódico britânico “The Independent” publicou editorial em que mencionava ser a Amazônia “preciosa demais para estar sob o controle de brasileiros”. É a primeira vez que um veículo de comunicação expõe tão abertamente seu apoio à internacionalização de parte do território brasileiro. Antes disso, dois políticos o haviam feito: o então presidente francês François Miterrand, que afirmou pertencer a Amazônia “à toda a Humanidade”, e Albert Gore, na época vice-presidente dos Estados Unidos, para quem, “ao contrário do que os brasileiros acreditam, a Amazônia não pertence a eles: ela é de todos nós”.

Como vemos, a opinião favorável à secessão compulsória da Amazônia brasileira, em prol de um suposto “benefício à Humanidade”, no interregno de apenas uma geração deixou de ser exclusividade de políticos de alto escalão, que às suas épocas de poder somente não concretizaram tal empreitada por ausência de condições políticas (diga-se, condições justificatórias), para ser desavergonhadamente incentivada pela mídia privada estrangeira.

Entende-se os motivos de tamanha gritaria: os gases causadores do efeito estufa e da aceleração assustadora do aquecimento global são emitidos em todas as partes do mundo, principalmente nos países desenvolvidos, mas estes, para não prejudicarem suas economias e seus níveis de vida, se abstiveram de reduzir suas emissões, conforme lhes obrigava o Protocolo de Kioto (os Estados Unidos nem mesmo o assinaram). Se ninguém reduzir suas emissões, esses países, futuramente, serão obrigados a estabelecer quotas de consumo para seus cidadãos, sob severas penas àqueles que as excederem, a fim de se evitar um apocalipse climático global. E, se eles próprios não querem reduzi-las, querem obrigar quem quer que seja a fazê-lo.

Sua óbvia hipocrisia são justifica o descaso com que nós, brasileiros, tratamos a área, pois muito mais da metade das emissões de gases poluentes geradas no Brasil provém do desmatamento da nossa Amazônia, que tem atingido níveis aberrantes nos últimos anos. Estamos, nós mesmos, criando as condições políticas de que Miterrand e Gore tanto necessitavam, e na época não tiveram, para que seus sucessores intervenham na área – se necessário, militarmente. Não nos esqueçamos, por exemplo, de que em território colombiano há várias bases militares estadunidenses apoiando material e logisticamente o combate às FARC, e que poderiam ser utilizadas para objetivos outros na região.

Para que nós não percamos a soberania sobre a Amazônia brasileira e suas riquezas – em especial as cerca de 20% de reservas mundiais de água potável, que serão artigo de luxo no futuro - se faz necessária a sua completa ocupação pelas Forças Armadas Brasileiras para a punição rigorosa dos desmatadores, que devem ser submetidos a processo criminal e julgamento perante a Justiça Militar, já que o poder civil tem sido absolutamente impotente em sua obrigação de proteger um patrimônio que, ao revés do que diz Albert Gore, “é de todos nós BRASILEIROS”.

E, para que essa militarização, prisão e julgamento dos desmatadores ocorra, desestimulando qualquer forma de destruição ambiental e recuperando as áreas já degradadas, é imprescindível dotar as Forças Armadas de um atraente plano de carreira, incentivando o ingresso de muito mais efetivos a fim de aumentar substancialmente o número de militares de carreira, mantendo o serviço militar obrigatório àqueles que não pretendem segui-la, adquirir os mais modernos equipamentos de monitoração da área, permitindo-lhes o controle e vigilância completos do que lá ocorre, bem como fornecer às tropas armamento tecnologicamente apropriado a situações de combate, já que excelente treinamento e determinação não lhes faltam.

Se conseguirmos isso, nossas emissões de gases poluentes cairão drástica e dramaticamente, descaracterizando quaisquer condições políticas que viessem a justificar a ocupação militar estrangeira e conseqüente imposição de soberania internacional na região. As potências estrangeiras é que seriam obrigadas a encontrar formas de reduzir suas próprias emissões e, então, a possibilidade de se atenuar a catástrofe climática global seria mais promissora.

Mas, se tais medidas não forem efetivadas urgentemente, poderemos ter séria ameaça não somente à nossa soberania sobre a Amazônia brasileira, mas à própria democracia: algum general, ou grupo de generais, pode conspirar para derrubar o governo civil se a frouxidão com que os desmatadores têm sido tratados não for imediatamente eliminada e se não lhes forem dadas condições materiais bélicas de combater a ameaça estrangeira de internacionalização.

Ontem o inimigo era o comunismo, amanhã será a cobiça à parte mais rica, estrategicamente importante e potencialmente científica do nosso território, e que contém o maior percentual, em todo o mundo, do mais essencial (e, futuramente, cada vez mais raro) elemento sustentador da condição humana: a água potável.

Cabe a nós, portanto, não ficarmos impotentes a ponto de permitir não só a perda de uma parte do território nacional indispensável para a nossa sobrevivência, mas das nossas próprias liberdades e estabilidades políticas, conquistadas a tão duras penas.

Leôncio de Aguiar Vasconcellos Filho é funcionário da União (TRT da 1ª Região)
Mas, se tais medidas não forem efetivadas urgentemente, poderemos ter séria ameaça não somente à nossa soberania sobre a Amazônia brasileira, mas à própria democracia: algum general, ou grupo de generais, pode conspirar para derrubar o governo civil se a frouxidão com que os desmatadores têm sido tratados não for imediatamente eliminada e se não lhes forem dadas condições materiais bélicas de combater a ameaça estrangeira de internacionalização.
Estava indo tão bem.
Mas tirando essa parte, seus comentários são bem pertinentes.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#347 Mensagem por jauro » Qua Mar 25, 2009 1:10 pm

Novos pelotões de fronteira

Os ministérios do Meio Ambiente e da Defesa estão finalizando um levantamento para a definição dos novos pelotões de fronteira que serão instalados nas vizinhanças de Unidades de Conservação, Terras Indígenas ou Florestas Nacionais. O objetivo de implantar unidades militares próximas a áreas preservadas por lei é para melhorar a fiscalização da Floresta Amazônica. “A presença dos quartéis nos ajuda a manter a floresta em pé porque afasta a ilegalidade”, comentou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
Os fiscais do Ibama constataram que os madeireiros ilegais fogem de locais de preservação ambiental quando as Forças Armadas estão realizando operações próximas a estas áreas. Quartéis do Exército, da Marinha ou da Força Aérea servirão, indiretamente, de postos de fiscalização. Também poderão atuar na logística das operações de repressão às queimadas ao servirem como entrepostos para os helicópteros ou para as equipes de policiais.
Hoje, o Exército mantém 21 pelotões de fronteira na Amazônia, instalados em regiões próximas às aldeias indígenas ou áreas de preservação ambiental. As vizinhanças dos quartéis são consideradas áreas públicas federais, classificadas como devolutas. (LR)




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#348 Mensagem por Edu Lopes » Qua Abr 01, 2009 4:05 pm

Espanhóis querem comprar 100 mil hectares da Amazônia

A agência EFE publicou hoje que uma ONG espanhola pretende comprar 100 mil hectares na Amazônia. O objetivo seria criar uma reserva natural administrada pelos índios.

A reserva, ainda segundo a agência, ficaria entre a cidade colombiana de Leticia e o Parque Nacional de Amacayacu, na fronteira do Brasil com o Peru, e às margens do rio Amazonas.

A região onde está prevista a criação da reserva possui 110 espécies de mamíferos e 500 de aves.

O projeto tem orçamento inicial de US$ 240, 7 mil, mas os membros da ONG Manguaré esperam conseguir financiamento com algumas entidades e organismos oficiais.


Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/blogverde/#173491
Reserva natural administrada pelos índios. Hã, hã...!




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#349 Mensagem por jauro » Qui Abr 02, 2009 4:23 pm

Folha de São Paulo
Exército vai instalar pelotão em reserva, afirma general
Um dos críticos da demarcação contínua da terra indígena Raposa/Serra do Sol, general Augusto Heleno, comandante militar da Amazônia, disse ontem que o Exército vai instalar um PEF (Pelotão Especial de Fronteira) na reserva antes de 2021.

O pelotão ficará na região da Serra do Sol, onde vive a etnia ingaricó, entre o Parque Nacional Monte Roraima e a serra do Parima, na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. "É área de trânsito, há etnias com representantes dos dois lados. É uma área que é importante ser controlada em termos de circulação", disse o general.

No dia 19, o STF manteve a demarcação contínua e determinou a saída de não índios e definiu 19 condições. O prazo para a desocupação é o dia 30 deste mês.
No que diz respeito à construção de unidades do Exército ficou determinado que "o usufruto dos índios não se sobrepõe ao interesse da Política de Defesa Nacional, à instalação de bases, unidades e postos militares e demais intervenções". O custo de uma unidade fica entre R$ 25 milhões a R$ 40 milhões.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#350 Mensagem por delmar » Qui Abr 02, 2009 7:48 pm

jauro escreveu:Folha de São Paulo
Exército vai instalar pelotão em reserva, afirma general
Um dos críticos da demarcação contínua da terra indígena Raposa/Serra do Sol, general Augusto Heleno, comandante militar da Amazônia, disse ontem que o Exército vai instalar um PEF (Pelotão Especial de Fronteira) na reserva antes de 2021.

O pelotão ficará na região da Serra do Sol, onde vive a etnia ingaricó, entre o Parque Nacional Monte Roraima e a serra do Parima, na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. "É área de trânsito, há etnias com representantes dos dois lados. É uma área que é importante ser controlada em termos de circulação", disse o general.

No dia 19, o STF manteve a demarcação contínua e determinou a saída de não índios e definiu 19 condições. O prazo para a desocupação é o dia 30 deste mês.
No que diz respeito à construção de unidades do Exército ficou determinado que "o usufruto dos índios não se sobrepõe ao interesse da Política de Defesa Nacional, à instalação de bases, unidades e postos militares e demais intervenções". O custo de uma unidade fica entre R$ 25 milhões a R$ 40 milhões.
Analisando as 19 condições impostas pelo STF chega-se a conclusão que elas representam um golpe profundo contra qualquer pretensão de estabelecer "independência" na areas indígenas. A FUNAI sofre um duro reves em sua autonomia e perdeu o monopólio que tinha sobre a administração das reservas.

saudações




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#351 Mensagem por jauro » Ter Mai 26, 2009 1:10 pm

EXÉRCITO BRASILEIRO

Comandante Militar da Amazônia visita RR e confirma construção de 6 pelotões



O general de Exército Luis Carlos Gomes de Mattos, titular do Comando Militar da Amazônia (CMA), está em Roraima inspecionando as organizações militares. Em entrevista à Folha, Mattos enfatizou que a Amazônia é uma das prioridades da Estratégia Nacional de Defesa. “A Estratégia está destinando muitos projetos para a Amazônia, como estruturação de novas unidades e criação de novos pelotões de fronteiras. Já existiam alguns pelotões já planejados e com a colocação da Defesa na Agenda Nacional, estas prioridades ganharam uma importância ainda maior. Esperamos que os recursos venham junto com a essa valorização”, destacou.

Ele reafirmou que para Roraima está prevista a construção de seis Pelotões Especiais de Fronteiras (PEF’s), sendo três na terra indígena Raposa Serra do Sol, dois na reserva Yanomami e um fora das terras indígenas. “Sejam em reserva indígena ou não, vamos colocar [os pelotões] onde estrategicamente eles deverão ser colocados”, disse o general Mattos.

Ele não precisou quando os PEF’s serão construídos no Estado, uma vez que o custo da obras é elevado e ainda existe a crise financeira mundial, que enxugou orçamento dos Ministérios.

Sem contar com a construção de pistas e residências, um pelotão chega a sair por aproximadamente R$ 60 milhões. O planejamento já está pronto, aguardando apenas a liberação dos recursos.

Na Raposa Serra do Sol estão previstas as construções de três pelotões, sendo um no Contão, um na Serra do Sol e o outro em Jacamin. Na reserva Yanomami serão construídos um em Ericó e outro em Uaicás. E fora das terras indígenas, mas ainda dentro da faixa de fronteira, será construído um PEF na região de Entre-Rios.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#352 Mensagem por Wolfgang » Ter Mai 26, 2009 1:14 pm

A estrtura desses pelotões é boa, Jauro?

Abs

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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#353 Mensagem por jauro » Ter Mai 26, 2009 2:55 pm

A estrutura física é boa, permite que todos vivam com boas condições de salubridade e um razoável conforto, tem infra-estrutura de luz, água tratada, saúde (médico, PS) e comunicações.
Quanto à segurança proporcionada é um pelotão de 45 a 50 militares comandados por um tenente ou capitão recém promovido, tem como missão vigiar e dar o alerta inicial na segurança externa.
A estrutura permite também abrigar em instalações uma Cia que venha em reforço.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#354 Mensagem por Wolfgang » Ter Mai 26, 2009 2:59 pm

jauro escreveu:A estrutura física é boa, permite que todos vivam com boas condições de salubridade e um razoável conforto, tem infra-estrutura de luz, água tratada, saúde (médico, PS) e comunicações.
Quanto à segurança proporcionada é um pelotão de 45 a 50 militares comandados por um tenente ou capitão recém promovido, tem como missão vigiar e dar o alerta inicial na segurança externa.
A estrutura permite também abrigar em instalações uma Cia que venha em reforço.
Pows, Jauro, me parece bastante satisfatório. Em termos de equipamentos... só cousa leve? Se não puder responder, sem problemas!
Obrigado pela resposta.

Abração

Fabio




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#355 Mensagem por usskelvin » Ter Mai 26, 2009 3:36 pm

Quais os sistemas de comunicação destas base? telefonia? radio? sinal de fumaça?




Vamo la moderação, continuamos confiando na sua imparcialidade.
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#356 Mensagem por felipexion » Ter Mai 26, 2009 3:55 pm

usskelvin escreveu:Quais os sistemas de comunicação destas base? telefonia? radio? sinal de fumaça?
Rádios, no caso do destacamento Traíra foram roubados os rádios e a tropa ficou sem comunicação.




[centralizar]Mazel Tov![/centralizar]
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#357 Mensagem por jauro » Ter Mai 26, 2009 11:24 pm

Wolfgang escreveu:
jauro escreveu:A estrutura física é boa, permite que todos vivam com boas condições de salubridade e um razoável conforto, tem infra-estrutura de luz, água tratada, saúde (médico, PS) e comunicações.
Quanto à segurança proporcionada é um pelotão de 45 a 50 militares comandados por um tenente ou capitão recém promovido, tem como missão vigiar e dar o alerta inicial na segurança externa.
A estrutura permite também abrigar em instalações uma Cia que venha em reforço.
Pows, Jauro, me parece bastante satisfatório. Em termos de equipamentos... só cousa leve? Se não puder responder, sem problemas!
Obrigado pela resposta.

Abração

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Sem problemas, armamento de Pelotão de Fuzileiros. FAL, FAP, Mtr MAG, Mrt 60, Mtr Beretta 9mm e Pst9mm.
Sempre lembrando que a missão principal do Pelotão é dar o alerta sobre os movimentos e a aproximação do inimigo.
Mat Com, com rádios e telefones do sistema interno do pelotão. Para comunicações externas, com o comando, pelo sitema fixo regional do EB(Rádio telefonia) e por todos os meios da EMBRATEL, inclusive pela rede internet. As comunicações oficiais e de comando são realizadas pela Rede Regional (SISFIX das 8ª e 12ª RM).




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#358 Mensagem por jauro » Qua Mai 27, 2009 1:25 pm

26 Maio 09

“A defesa nacional não se faz de improviso”

Emerson Quaresma

Especial para A CRÍTICA



Euzivaldo Queiroz


Ministro do STM volta à Cabeça do Cachorro, 23 anos após ter conhecido a área por conta do projeto Calha Norte



Vinte e três anos depois de ter conhecido o Município de São Gabriel da Cachoeira (a 850 quilômetros de Manaus), durante as negociações para a implantação do projeto Calha Norte, o ministro do Superior Tribunal Militar (STM), Flávio Flores da Cunha Bierrenbach, afirmou que as fronteiras da Amazônia precisam de mais atenção do Poder Público com o reforço da presença das Forças Armadas.

Ele criticou a postura do governo, que sempre que precisa cortar gastos começa pelas Forças Armadas, segundo ele. “A defesa nacional não se faz de improviso. Não se pode brincar de defender a soberania”, opinou Bierrenbach, que concedeu entrevista a A CRÍTICA durante visita proporcionada pelo Comando Militar da Amazônia (CMA) ao 3º Pelotão Especial de Fronteira (PEF), em São Joaquim, comunidade indígena da etnia dos Kuripakos, a 320 quilômetros em linha reta da sede de São Gabriel da Cachoeira, na fronteira com a Colômbia.

A seguir trechos da entrevista dada a A CRÍTICA em pequenas pausas, entre uma atividade e outra da agenda do ministro na Cabeça do Cachorro, como é conhecida a região de São Gabriel.



O senhor conhecia o trabalho dos pelotões de fronteira do Exército Brasileiro?

Estive aqui há 23 anos, quando havia apenas destacamento de fronteira. Fui a Querari, Cucuí, Tunuí, Maturacá. Tratávamos da implantação do Calha Norte, que hoje é uma realidade.



Como era a presença do Exército naquela época?

Há 20 anos era rarefeita. E hoje ainda é, porque há uma visível necessidade de maior presença. As extensões dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos, todos subordinados ao Comando Militar da Amazônia (CMA) é maior que o Reino Unido, e maior que a soma dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.



A falta defesa na fronteira ameaça em que o País?

A cobiça internacional sobre a Amazônia não é nova. É bem antiga. No meu tempo de estudante universitário existia uma instituto Norte Americano, que já pregava a internacionalização da Amazônia, e a transformação do rio Amazonas num enorme lago artificial. Se não fossem as Forças Armadas, o Brasil não teria condições de enfrentar a cobiça internacional e resguardar o nosso maior patrimônio, que é a Amazônia.



Há alguma ação para aumentar a presença das Forças Armadas nas fronteiras dessa região?

O Poder Público inventou um novo palavrão chamado de contingenciamento. É uma maneira que o Executivo tem para burlar a lei de meio, que é o orçamento. Todos os anos o governo utiliza desse eufemismo para cortar verbas de áreas prioritárias, como a social, e das Forças Armadas. A defesa nacional não se faz de improviso. Não se pode brincar de defender a soberania.



Como o senhor vê a relação das forças armadas em áreas indígenas?

A questão da faixa de fronteira e demarcação de terras indígenas, sobretudo na região da Cabeça do Cachorro tem que ser resolvida pelo Governo com estatuto político-jurídico, compatível com as necessidades do País, e com as possibilidades históricas, sociológicas e geográficas. Se isso não for feito, dentro de alguns anos teremos sérios problemas com ilícitos transnacionais, como o tráfico de drogas e a cobiça internacional sobre a nossa floresta.



A questão indígena é um problema para as Forças Armadas?

Não é um problema. O Brasil convive com os indígenas desde Pedro Álvares Cabral. Nessa região, não vi nenhum problema de relação entre indígenas e militares. Mas eles têm os problemas pela carência de recursos e assistência, muitas das vezes à margem da presença do Estado.



Como estão as demandas do Supremo Tribunal Militar sobre a região?

A Justiça Militar está cada vez mais prestes a necessitar da implementação de mais uma auditoria para atender a Amazônia Ocidental com sua demanda local que tem crescido, mas que ainda não é o suficiente para garantir a defesa plena da região.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#359 Mensagem por Marino » Sex Jun 05, 2009 11:10 am

Reportagem do El País. Vejam que a questão de fundo é a exportação de carne pelo Brasil, sem dizer que as principais criações estão no sul do Brasil e no Centro-Oeste, no Mato-Grosso.
http://www.elpais.com/videos/sociedad/F ... soc_1/Ves/




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#360 Mensagem por Tupi » Sex Jun 05, 2009 11:23 am

É a guerra pelos corações e mentes! [004]





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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