Agora temos indícios da real situação da segurança aérea no Brasil em comparação com o mundo afora. Acho que todos se lembram daquelas falácias ditas por outros menos especialistas durante a crise do apagão.Quinta-feira, 21 de Maio de 2009
Brasil fica em 5º no ranking de segurança da aviação civil
SÃO PAULO – http://www.jc.uol.com.br
A segurança da aviação civil no Brasil teve a quinta melhor nota entre os países do G20 – grupo das sete economias mais desenvolvidas do mundo e dos principais emergentes – que já passaram pela auditoria da Organização de Aviação Civil Internacional (Icao, na sigla em inglês). A rigorosa inspeção, realizada entre os dias 4 e 15 deste mês, foi a primeira desde a crise aérea, em 2006/2007. Os 87,3 pontos obtidos pelo País – atribuídos pelo atendimento às regras de conformidade com as normas da Icao – colocaram a aviação civil nacional atrás apenas da Coreia do Sul, Canadá, França e Estados Unidos. Foram auditadas 124 nações. Até 2010, a Icao espera avaliar 190 países.
A meta da instituição é verificar o grau de adequação do setor às recomendações de segurança de voo e de operações em terra. O leque é amplo. Cobre desde o manejo de passageiros nos aeroportos até as regras para resgate de acidentados, recursos eletrônicos disponíveis e domínio de idiomas pelos operadores. A inspeção não tem caráter punitivo, serve só para ajudar a identificar problemas e incentivar os países a corrigi-los.
Ao longo de 12 dias, os oito emissários da Icao avaliaram o funcionamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Segundo fontes da Icao, as organizações militares – Cenipa e Decea – obtiveram as melhores notas.
Os serviços de navegação aérea do Decea foram considerados 95% de acordo com as expectativas, resultado melhor que o obtido isoladamente por EUA, Alemanha, Itália, Austrália e França. O desalinhamento de 5% envolve a fluência em inglês para equipes de busca e salvamento, além de questões específicas na gestão da segurança de operações e controle de qualidade nos serviços de informações aeronáuticas.
Responsável pela defesa e pelo controle do tráfego aéreo de aeronaves civis e militares, o órgão esteve no centro das discussões sobre o apagão aéreo no País entre 2006 e 2007. O acidente com o Boeing da Gol, que deixou 154 mortos em setembro de 2006, foi o estopim da crise. Acuados e insatisfeitos com as condições de trabalho, controladores de voo promoveram sucessivas operações-padrão, até se amotinarem, em março de 2007.
O Cenipa teve 96% de conformidade com o estabelecido pela Icao, mesmo patamar da European Aviation Safety Agency. A Anac não divulgou sua nota – pela média geral do País, conclui-se que tenha sido de 71 pontos, inferior às obtidas pelas repartições ligadas à Aeronáutica.
Postado por Aeroportos no Brasil: Artigos e Pensamentos às 08:40
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Em termos de prevenção e investigação de acidentes, o CENIPA ficou empatado com a melhor agencia mundial, no topo do ranking.
Parabéns ao DECEA e ao CENIPA.