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Mensagem
por FCarvalho » Seg Mai 11, 2009 12:39 pm
Foxtrot, o numero total de bases ou de caças ainda não está definido pela FAB, e irá depender no futuro, de como a entrada desse novo caça do FX-2 irá mudar as coisas na FAB. Se houver mudança de doutrina, junto à mudança de direcionamento na gestão da política de defesa, como hora se propõe, a FAB pode chegar a um número que possibilite "fechar o cerco" da defesa aérea do país, levando-se em conta o tamanho do espaço a defender, aéreo e aeronaval.
A FAB tem plena consciencia do tamanho do problema que é defender um país como o Brasil, mas também é importante fazer saber ao poder político do país, quais as suas necessidades e o que deve possuir em termos de capacidade a fim de cumprir com a sua missão. Já que ela mesma é parte da expressão da vontade e do poder do Estado brasileiro em fazer valer (ou impor) suas decisões no nosso próprio quintal.
Acredito que o ideal, com 36 aviões por grupo de caça, é podemos chegar, a fim de cobrir os limites da fronteira nacional terrestre e naval, constituir 7 grupos, com um grupo por comando aéreo divididos assim:
BAMN, BABL, BARF, BAAN, BASC, BASM e BACG
Isso nos daria uma perspectiva real e efetiva de possuir no longo prazo 252 caças espalhados pelos nossos - é sempre bom lembrar - 8,5 mi km2, e guarnecer os 15 mil km de franteira seca, mais os 9 mil de litoral, mais os 4,2 mi km2 de espaço aeronaval a nossa frente no AS.
Alguém com certeza vai dizer: temos que levar em conta nessa análise que a maioria de nossos vizinhos não tem tanta relevância militar assim pra termos tantos caças. Cabe então questionar se o Brasil, enquanto trading mundial, deve mirar sua defesa olhando objetivamente mais as codições (ou a falta delas) do vizinho ao lado - que tem um muro baixo, janela de madeira, que é boa praça, que empresta sempre aquela xícara de açucar pra tua mulher - ou aquele que mora na esquina da rua e tem muro alto, pit bull, cerca elétrica, câmeras, carro do ano na garagem, é o síndico da rua, etc...
Como já diria o ditado "amigos, amigos, negócios a parte". Pra assuntos de defesa também é válido esse adágio popular. Se queremos ser grandes, temos que começar em primeiro lugar a pensar grande, sem mais esse negócio de "complexo de vira-lata" da nossa cultura tupiniquim.
Abraços
Carpe Diem