GEOPOLÍTICA
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Re: GEOPOLÍTICA
A meu ver o Brasil precisa ser mais contundente neste assunto, a integração deve começar pelo Mercosul, ou um acordo Brasil-Peru, Brasil-Colômbia, os outros virão naturalmente, mas qualquer acordo sobre defesa deveria ser precedido da adoção de moeda comum, depois de unificar a moeda, a língua não é problema, ai sairá um acordo de defesa apropriado para as necessidades da região...
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Re: GEOPOLÍTICA
Opinión
El "Eje de Lula" y el "Eje de Hugo"
Moises Naim
Para LA NACION
WASHINGTON.- El mismo fin de semana que el presidente venezolano, Hugo Chávez, celebraba la victoria de Mauricio Funes en las elecciones presidenciales de El Salvador, su par brasileño, Luiz Inacio Lula da Silva, se reunía con Barack Obama en Washington. Ambas son manifestaciones concretas de tendencias que moldearán la política de América latina en los próximos años.
Con la elección de Funes, el candidato de la antigua guerrilla del Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional (FMLN), terminaron de manera pacífica y democrática dos décadas de gobiernos del partido Arena (Alianza Republicana Nacionalista). El triunfo marca la transición de un gobierno de derecha, estrechamente aliado a Estados Unidos, a un gobierno de izquierda cuyos más destacados líderes tienen una larga historia de enfrentamientos con Washington.
Simultáneamente, el encuentro de Lula con Obama marca el fin de un largo período de distanciamiento entre Estados Unidos y América latina y abre nuevas posibilidades de reconstruir las maltrechas relaciones entre Washington y la región.
Según Chávez, la elección de Funes "consolida la corriente histórica que se ha levantado en América latina en esta primera década del siglo XXI", en referencia al ascenso de la izquierda al poder en varios países de la región.
¿Significa esto que la victoria del FMLN sumará otro país al "Eje de Hugo"? Además de Venezuela y Cuba, el núcleo duro de ese eje lo forman Bolivia, Ecuador y Nicaragua. Paraguay y Honduras también son parte de esta alianza, aunque sus gobiernos tienen una oposición interna que les impide una integración más profunda.
Mientras que los países del "Eje de Hugo" construyen su alianza antiyanqui y aplican lo que el presidente venezolano denomina "el socialismo del siglo XXI", el gobierno brasileño está desarrollando con gran éxito un proyecto geopolítico muy distinto: construir alianzas que le den a Brasil voz y voto en las grandes decisiones que afectan a la humanidad.
Brasil se ha convertido en un actor influyente en las principales negociaciones de estos tiempos, sobre las reglas que rigen el comercio internacional, la energía, el medio ambiente, el rediseño del sistema financiero internacional, la búsqueda de fórmulas para reactivar la economía mundial y la lucha contra la pobreza. Así, mientras Hugo Chávez dedica sus esfuerzos a influir en países como Bolivia, Nicaragua o Paraguay, Lula estrecha lazos y actúa en los foros mundiales con la India, Sudáfrica y la Unión Europea.
El gobierno de Brasil no lleva a cabo la estrategia del "Eje de Hugo", pero mantiene relaciones amistosas con los gobiernos que son parte de ese grupo. También sigue alabando a Chávez, moderando su propensión al conflicto, apoyando con entusiasmo sus planes (el gasoducto transcontinental, el Banco del Sur, la fusión de sus empresas petroleras, la entrada de Venezuela en el Mercosur), al mismo tiempo que sutilmente los sabotea y garantiza que ninguna de las iniciativas del venezolano se transforme en realidad.
Esta coexistencia pacífica entre el "Eje de Hugo" y el "Eje de Lula" se verá afectada por la creciente cercanía de Lula con Obama. Más pronto que tarde, países como El Salvador van a tener que elegir. ¿Quieren pertenecer a una alianza cuya influencia depende de que el petróleo esté por las nubes y de que en Venezuela haya un gobierno dispuesto a regalarlo?
¿O prefieren ser aliados de un gigante continental que tiene buenas relaciones con Estados Unidos y que tiene gran peso en los foros mundiales donde se toman decisiones que los afectan directamente?
El nuevo presidente de El Salvador ya está sumido en esta disyuntiva. Su partido se encuentra a su izquierda y lo presionará para que se incline hacia el "Eje de Hugo". A pesar de la caída en los ingresos petroleros, Chávez sigue teniendo dinero para influir en la política interna de El Salvador, y no hay dudas de que así lo hará. Funes seguramente lo sabe mejor que nadie, pero la jugada más difícil será intentar beneficiarse sin tener que transformarse en otro país satélite de Hugo.
Para esta jugada sabe que puede contar con el "Eje de Lula". Y quizá porque sabe esto, su primera decisión como presidente electo fue la de viajar a Brasil. "Para mí, el presidente Lula y su gobierno constituyen una referencia de ejercicio democrático de un gobierno de izquierda que puede mandar señales de confianza a los inversores extranjeros", dijo Funes en Brasil. Vamos a ver qué dice cuando visite a Hugo.
© EL PAIS, SL
unanimidade só existe no cemitério
Re: GEOPOLÍTICA
O texto e grande más recomendo.
Especial Defesa@Net
Defesanet 24 Março 2009
ANÁLISE PROSPECTIVA - Defesa Nacional
O Brasil no futuro
O Planejamento Estratégico Nacional de Defesa, recentemente lançado pelo governo federal, deverá inaugurar um novo tempo para o poder militar brasileiro
COSME DEGENAR DRUMOND
É diretor de Jornalismo da Editora de Cultura.
degenar@terra.com.br
Historicamente, o Brasil sempre manteve seus meios de defesa de forma improvisada, herança deixada pelos portugueses. Embora nação próspera, Portugal dava pouca importância à proteção de suas riquezas. O Brasil assimilou o exemplo. Assim foi em 1822, na luta contra as tropas do general Madeira; na Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870); e na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O país continuou tratando com indiferença a qualidade de seus meios militares. E pagou caro por isso. Pouca gente sabe, mas, na década de 1980, sérios incidentes aconteceram na Amazônia: ações de guerrilheiros das Forças Revolucionárias da Colômbia (FARC) e do Sendero Luminoso; crescimento avassalador do contrabando e do tráfico de drogas; e a porosidade nas divisas com a Colômbia, Bolívia, Paraguai e Peru. A inteligência militar percebeu tudo isso, mas foi impedida de agir e de mobilizar a opinião pública. Quando o Exército peruano iniciou o combate ao narcotráfico, um produto se destacou nessa luta – o turboélice brasileiro Tucano. Aliás, o conceito do Super Tucano nasceu dessas operações aéreas peruanas. Pouca gente também sabe disso.
Enquanto isso, as Forças Armadas brasileiras perdiam mais personalidade. Com a obsolescência rondando o setor, o governo planejou o reaparelhamento militar. Mas não saiu da intenção. Não havia vontade política. Aliás, o Ministério da Defesa foi criado com o objetivo de diminuir a influência militar no campo político. No ano passado, o presidente Lula tocou no assunto, ao comentar a Constituinte de 1988: “Muitas vezes debatíamos com certa inocência, sem ter a compreensão do significado e do papel das Forças Armadas. No fundo, o que persistia na cabeça de muitos deputados era que os militares tinham governado o país durante 21 anos e, portanto, era preciso ter o Ministério da Defesa apenas imaginando tirar o poder das Forças Armadas”.
As fronteiras na Amazônia continuaram abertas. Quando o projeto SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia) foi estruturado, o quadro na região já era grave. Não apenas as FARC ameaçavam a soberania brasileira. Havia algo mais preocupante. Aeronaves não-tripuladas estrangeiras e aviões clandestinos violavam o espaço aéreo brasileiro. O alerta foi dado. No entanto, as medidas para reprimir a ilegalidade na Amazônia só começaram a ser efetivamente cogitadas por ocasião da ascensão política de Luis Inácio Lula da Silva à presidência da República, período em que também emergiu a figura do líder venezuelano Hugo Cháves. O governo dos EUA se mobilizou, receando que pudesse voltar a ocorrer na América do Sul o mesmo movimento de esquerda do passado. A Colômbia aliou-se aos americanos na tentativa de deter ou diminuir o tráfico de drogas para os EUA, via México. As ONGs passaram a falar da Amazônia e a imprensa viu que havia notícia na região.
É bem verdade que, em 1996, o governo lançara uma Política de Defesa Nacional (PDN) para servir de base ao planejamento militar. Todavia, considerado pelos analistas como peça de retórica política, pois não retratava o verdadeiro pensamento estratégico do Estado nem estava vinculado a nenhum projeto nacional maior, o documento não logrou obter no Parlamento orçamento ao seu cumprimento nem definiu o novo papel para as Forças Armadas. Por outro lado, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica ainda ostentavam status de ministério e praticavam o planejamento operacional individualizado, embora houvesse na estrutura do governo, desde 1949, a figura ministerial do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA) para coordenar as atividades militares. Mas o EMFA era um órgão apenas alegórico. Além disso, a política de defesa aprovada tinha uma postura meramente dissuasória e priorizava a ação diplomática.
Mais de uma década depois, chega o Planejamento Estratégico Nacional de Defesa. Chega com atraso, é certo, mas a tempo de corrigir as ações equivocadas do passado. Segundo os analistas econômicos, como resultado natural do crescimento econômico, num futuro próximo o Brasil poderá se tornar a quarta maior economia do mundo, ficando atrás de EUA, Japão e China. Nesse raciocínio, o país terá de criar condições materiais a fim de dissuadir potenciais ameaças e agressões externas que venha a sofrer. No ano passado, a Força Aérea Brasileira (FAB) fez uma revoada de Super Tucano na divisa com o Paraguai, uma típica demonstração de força, coisa que os americanos fazem o tempo todo no mundo. A projeção de força é fundamental. Porém, precisa também ser exibida contra ameaças poderosas. Os comandantes militares sabem disso; a classe política também. Enfim, parece que o Brasil acordou para a importância de cuidar bem da Defesa Nacional.
VISÃO ESTRATÉGICA
O novo planejamento pretende tirar o país do circulo vicioso. O primeiro passo será discutir com a sociedade a melhor forma de aparelhar as Forças Armadas, elemento fundamental à Defesa Nacional. Nessa discussão, uma das prioridades é o rastreamento das fronteiras do país (terra, mar e ar), com ou não o engajamento dos Estados vizinhos. A Amazônia é um dos pontos relevantes, assim como a participação brasileira em missões de manutenção da paz e a preservação do escopo militar como garantidor da lei e da ordem internas.
A reorganização do poder militar será complementada pela interação com outros setores estratégicos – o espacial, o cibernético e o nuclear. A indústria de defesa é outro instrumento essencial. Na opinião do ministro Roberto Mangabeira Unger, da Secretaria de Planejamento Estratégico da Presidência da República, a premissa da nova política de defesa é vinculá-la ao projeto de desenvolvimento nacional. “Se o Brasil quiser desbravar um caminho singular e rebelde no mundo e ascender ao primeiro plano precisa aprender a dizer não quando tiver que dizer não”, disse o ministro em fins do ano passado.
O Brasil tem índole pacifista. Porém, essa realidade, segundo ainda o ministro, não diminui a responsabilidade brasileira quanto à Defesa Nacional. Pelo contrário. Para ele, um projeto de desenvolvimento nacional será fundamental para que o país possa resistir não só as agressões, mas às intimidações. “O Brasil terá de decidir se está disposto ou não a pagar por sua independência”.
Na essência da nova estratégia, o mais relevante será reconstruir uma cultura militar pautada na imaginação, na audácia, na flexibilidade e na capacidade de desbordar e surpreender, de forma imaginativa e arrojada. A construção de uma força armada ideal terá de contar com núcleos de modernidade, para transformá-la numa vanguarda radical e flexível. “Esse ideal tem de estar encarnado no combatente brasileiro, seja infante, aviador, marinheiro ou fuzileiro. Cada um deles terá de reunir vários atributos, como a capacidade de atuar em rede com outros componentes”.
Mobilizar 1 milhão de combatentes, como se fazia no período colonial, e colocar uma arma na mão de cada um, pode ainda ser uma opção para dissuadir certas ameaças. Mas algo mais inovador terá de ser adotado. O quê exatamente, os oficiais de Estado-Maior dirão. Entretanto, nenhum tipo de sistema bélico deve ser descartado na defesa da soberania nacional. Em certos países, a projeção de força costuma ser vista como tentativa de desenvolver armas de destruição em massa, um raciocínio que também prevaleceu no Brasil de vinte anos atrás. Pouca gente sabe, mas a África do Sul e Suécia desenvolveram a arma atômica e renunciaram ao seu conhecimento. Em 1952, a Suécia atingiu o pleno estágio nessa área. Outros países alcançaram idêntico êxito e também renunciaram ao artefato nuclear. Todos entenderam que usar essa tecnologia como arma militar seria conviver com genocídio e suicídio ao mesmo tempo.
O Brasil esteve perto de obter os componentes críticos da bomba atômica. Se tivesse persistido com o programa, possivelmente teria atingido sua plenitude na época em que denunciou o acordo, em meados dos anos 1990. Menos mal. Ao renunciar à bomba, evitou o gerenciamento complexo que essa tecnologia exige. Imagine-se como deve ser a vigília dos militares paquistaneses no esforço para manter a inviolabilidade da bomba que desenvolveram, convivendo ao lado de islâmicos radicais. Os americanos, mais organizados, já deixaram a bomba cair acidentalmente de um B-52. Por sorte o artefato não tinha espoleta. Os russos, por sua vez, causaram desastres medonhos. Gerenciar a bomba atômica é tarefa deveras complicada.
A alternativa seria o armamento inteligente. Para isso, no entanto, o Brasil terá de evoluir mais em tecnologias. Ao estágio atual, básico de operacionalidade, deverá se seguir o projetado pelo novo caça de superioridade aérea que pretende comprar, ora em processo de seleção. Nessa mesma fase, a Marinha terá de usar meios capazes de negar o uso do mar territorial brasileiro a qualquer força naval inimiga. No Exército, as brigadas de ação rápida estratégica são o que melhor projetam para a operacionalidade futura. O mais importante, contudo, será manter as três Forças Armadas operando por enlace de dados e apoiadas por avançados conceitos de logística, doutrina e estratégia.
O F-X2 dará à FAB o salto quântico. Com ele, a instituição vai projetar considerável força com agilidade, inteligência e flexibilidade. Adicionalmente, a FAB terá de migrar mais densamente para as fronteiras com alto grau de sensibilidade. Novas medidas de reestruturação serão complementadas. Não se justifica mais, por exemplo, em plena era supersônica, manter bases aéreas tão próximas uma das outras, situação ora visível no Rio de Janeiro. A FAB já deu um grande passo ao adotar o sistema AEW. Essa proa terá de ser mantida à base da disponibilidade total.
No Exército, a prioridade são as forças especiais espalhadas pelas fronteiras do país. Isso implicará em repensar o emprego da extensa avenida de unidades e escolas militares que funcionam de Deodoro à Realengo, no Rio, até como forma de ajustar seu custo de administração. No futuro, a cavalaria e a artilharia deverão ser substituídas por brigadas. Força Panzer é coisa do passado. Na guerra regular moderna, a aviação cumpre esse papel.
Na Marinha, implantar bases aeronavais ao longo da costa, dotadas com sistemas inteligentes, inclusive nas áreas de águas interiores de importância político-estratégica, econômica e militar, será fundamental. Alguns objetivos são elencados como prioritários: a defesa das plataformas petrolíferas e instalações navais e portuárias; os arquipélagos e ilhas oceânicas em águas brasileiras; pronta resposta a qualquer ameaça ao comércio marítimo. Também será necessário à Armada operar submarinos convencionais e de propulsão nuclear. Nenhuma marinha de superfície convencional sobrevive mais a um eficiente ataque aéreo de mísseis anti-navio se não tiver uma defesa inteligente. Que futuro terá uma marinha operando no módulo básico? Hoje, uma esquadrilha de caças voando reto e nivelado a 10 mil pés pode furar o sistema antiaéreo naval brasileiro, pois o país não tem uma defesa contra mísseis. Além disso, o armamento que emprega tem pouco alcance. Mísseis anti-navio lançados em salva têm reais possibilidades de saturar qualquer defesa naval desatualizada.
A Marinha terá de operar submarinos, navios de superfície de múltiplo emprego e meios aeroespaciais, com capacidade de monitoramento a partir do espaço. Manter bases navais ao longo da costa é tão importante quanto ter o submarino nuclear. Os fuzileiros navais manterão sua posição de destaque como força de excelência. Na aviação naval, o UAV e a rede de comunicações integrada, serão vitais. O porta-aviões está destinado ao obsoletismo nos próximos 20 anos. Além de ser alvo naval visível, de difícil proteção e dispendioso, sua perda causa impacto psicológico arrasador. Aliás, os americanos estão numa encruzilhada por causa de suas 13 frotas. No tempo da Guerra Fria a coisa era menos complexa; se o inimigo sabia onde se encontrava o porta-aviões, também sabia que dezenas de caças, aeronaves de vigilância aérea e navios-escolta atuavam no seu entorno, em alerta permanente, sobretudo quanto à ameaça submarina. Na aviação naval, o UAV deverá substituir o modelo convencional e funcionando integrado ao submarino nuclear, às lanchas, corvetas e às fragatas rápidas, produzidos com tecnologia Stealth e operando a partir de diferentes bases no litoral.
A nova Estratégia Nacional de Defesa é pretensiosa, mas absolutamente necessária. São se sabe ainda como será sua implementação. Porém, uma coisa é certa: as mudanças que projeta encontrarão resistência no próprio meio militar, o que é normal nesses casos. Poderá uma ou outra liderança a defender, por exemplo, a mobilização de dois milhões de homens em armas, distribuídos em divisões, batalhões e brigadas, um raciocínio visível entre os estrategistas, para quem a ficha da artilharia de campo superada pelo míssil ainda não caiu. Em vez de ficar dando tiro em alvo de montanha, por exemplo, o míssil arrasa tudo. E já está aposentando o armamento de cano. A qualidade operacional moderna exige desde o radar portátil ao sistema de visão noturna. A nova política de defesa prevê como vanguarda as brigadas. Veículos espaciais, satélites de baixa e alta altitude, sobretudo geoestacionários de múltiplo uso, sistemas de localização e de posicionamento, meios aéreos de monitoramento terrestre e capacitações e instrumentos cibernéticos, também são previstos.
Se eventualmente o Brasil tiver de dar um peteleco num adversário menor, o F-X2 e mísseis de cruzeiro poderão resolver. Porém, para assustar uma força poderosa isso não basta. E aí, o Brasil terá de ingressar na fase de evolução seguinte, onde o arsenal é mais sofisticado em sistemas, eletrônica e integração. Nessa fase o fator preponderante será o parque industrial, com empresas de engenharia desenvolvendo a parafernália eletrônica e softwares. Sem isso, a confiança nas chamadas vanguardas será inútil.
TEATRO FUTURO
A Amazônia é vista como cenário de guerra futuro. Ali a mobilidade é difícil e exige o emprego de unidades inteligentes. O UAV já demonstrou do que é capaz. Operado a mil metros de altitude, é capaz de ler placas de automóvel e de transmitir imagens para uma TV de pulso, usada pelo combatente em terra como relógio, a chamada TV Rambo. O Exército conseguiu transformar índio em combatente de selva. No futuro, terá de armar esse homem com tecnologia de ponta para que ele possa transitar melhor entre as árvores.
O soldado americano especializou-se na selva, embora montanha e deserto sejam o seu foco no momento. O Exército Brasileiro terá de ser superior, mestre na mobilidade e na criação de meios de transporte e de comunicação para a selva. O tempo das armadilhas de bambu passou. O combatente de caatinga, outro elemento fundamental, será obrigado de conhecer também o pampa. A tropa de montanha terá de tomar banho na Amazônia. Afinal, a característica do terreno é singularmente brasileira, e exige tamanha adaptação. O guerreiro de selva será transformado num elemento multi-função.
No passado, tudo era organizado em função da guerra convencional. Todavia, em menos de dez anos um grupo de loucos avançou sobre as torres gêmeas do World Trade Center; outro desequilibrado explodiu a bomba atômica; uma nação religiosa e rica em petróleo adotou programa nuclear; o pirata do mar foi reinventado; e surgiram os ataques cibernéticos a computadores. Novas modalidades de guerra virão, enquanto a guerrilha ameaça bases militares no Sri Lanka, a Alcaida causa terror e o caldeirão da guerra ferve com regularidade no Oriente Médio.
A probabilidade da guerra tradicional caiu, levando as forças armadas no mundo inteiro a mudarem o seu centro de gravidade. Os países, inclusive os de índole pacifista, terão de estar preparados para a qualquer ameaça ou agressão, seja a guerra tradicional, a irregular (guerrilha), a catastrófica (armas de destruição em massa de várias naturezas, como ataque a símbolos nacionais) e a de ruptura (ataque cibernético ou guerra de informações). No ambiente de certos países existe ainda uma ameaça de difícil percepção e igualmente devastadora: os movimentos internos que buscam destruir a estrutura e o pensamento nacional.
Segundo os estrategistas, a água será a causa de conflitos futuros. Um estudo da ONU mostra que nos próximos 25 anos os países que compartilham bacias hidrográficas conhecerão contenciosos nessa área. Metade da população mundial sofrerá com a falta de água, sobretudo nos países pobres. E não é só. Outras causas poderão levar à guerra: meio-ambiente, petróleo, água, madeira.
Por sua enorme potencialidade em recursos naturais, maior reserva de água doce do mundo e alta capacidade de produzir alimentos o Brasil terá de estar diuturnamente vigilante e preparado. Espera-se, portanto, que a Estratégia Nacional de Defesa possa oferecer uma eficiente blindagem contra as atuais e as futuras ameaças ou agressões aos brasileiros.
Defesa@Net
Especial Defesa@Net
Defesanet 24 Março 2009
ANÁLISE PROSPECTIVA - Defesa Nacional
O Brasil no futuro
O Planejamento Estratégico Nacional de Defesa, recentemente lançado pelo governo federal, deverá inaugurar um novo tempo para o poder militar brasileiro
COSME DEGENAR DRUMOND
É diretor de Jornalismo da Editora de Cultura.
degenar@terra.com.br
Historicamente, o Brasil sempre manteve seus meios de defesa de forma improvisada, herança deixada pelos portugueses. Embora nação próspera, Portugal dava pouca importância à proteção de suas riquezas. O Brasil assimilou o exemplo. Assim foi em 1822, na luta contra as tropas do general Madeira; na Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870); e na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O país continuou tratando com indiferença a qualidade de seus meios militares. E pagou caro por isso. Pouca gente sabe, mas, na década de 1980, sérios incidentes aconteceram na Amazônia: ações de guerrilheiros das Forças Revolucionárias da Colômbia (FARC) e do Sendero Luminoso; crescimento avassalador do contrabando e do tráfico de drogas; e a porosidade nas divisas com a Colômbia, Bolívia, Paraguai e Peru. A inteligência militar percebeu tudo isso, mas foi impedida de agir e de mobilizar a opinião pública. Quando o Exército peruano iniciou o combate ao narcotráfico, um produto se destacou nessa luta – o turboélice brasileiro Tucano. Aliás, o conceito do Super Tucano nasceu dessas operações aéreas peruanas. Pouca gente também sabe disso.
Enquanto isso, as Forças Armadas brasileiras perdiam mais personalidade. Com a obsolescência rondando o setor, o governo planejou o reaparelhamento militar. Mas não saiu da intenção. Não havia vontade política. Aliás, o Ministério da Defesa foi criado com o objetivo de diminuir a influência militar no campo político. No ano passado, o presidente Lula tocou no assunto, ao comentar a Constituinte de 1988: “Muitas vezes debatíamos com certa inocência, sem ter a compreensão do significado e do papel das Forças Armadas. No fundo, o que persistia na cabeça de muitos deputados era que os militares tinham governado o país durante 21 anos e, portanto, era preciso ter o Ministério da Defesa apenas imaginando tirar o poder das Forças Armadas”.
As fronteiras na Amazônia continuaram abertas. Quando o projeto SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia) foi estruturado, o quadro na região já era grave. Não apenas as FARC ameaçavam a soberania brasileira. Havia algo mais preocupante. Aeronaves não-tripuladas estrangeiras e aviões clandestinos violavam o espaço aéreo brasileiro. O alerta foi dado. No entanto, as medidas para reprimir a ilegalidade na Amazônia só começaram a ser efetivamente cogitadas por ocasião da ascensão política de Luis Inácio Lula da Silva à presidência da República, período em que também emergiu a figura do líder venezuelano Hugo Cháves. O governo dos EUA se mobilizou, receando que pudesse voltar a ocorrer na América do Sul o mesmo movimento de esquerda do passado. A Colômbia aliou-se aos americanos na tentativa de deter ou diminuir o tráfico de drogas para os EUA, via México. As ONGs passaram a falar da Amazônia e a imprensa viu que havia notícia na região.
É bem verdade que, em 1996, o governo lançara uma Política de Defesa Nacional (PDN) para servir de base ao planejamento militar. Todavia, considerado pelos analistas como peça de retórica política, pois não retratava o verdadeiro pensamento estratégico do Estado nem estava vinculado a nenhum projeto nacional maior, o documento não logrou obter no Parlamento orçamento ao seu cumprimento nem definiu o novo papel para as Forças Armadas. Por outro lado, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica ainda ostentavam status de ministério e praticavam o planejamento operacional individualizado, embora houvesse na estrutura do governo, desde 1949, a figura ministerial do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA) para coordenar as atividades militares. Mas o EMFA era um órgão apenas alegórico. Além disso, a política de defesa aprovada tinha uma postura meramente dissuasória e priorizava a ação diplomática.
Mais de uma década depois, chega o Planejamento Estratégico Nacional de Defesa. Chega com atraso, é certo, mas a tempo de corrigir as ações equivocadas do passado. Segundo os analistas econômicos, como resultado natural do crescimento econômico, num futuro próximo o Brasil poderá se tornar a quarta maior economia do mundo, ficando atrás de EUA, Japão e China. Nesse raciocínio, o país terá de criar condições materiais a fim de dissuadir potenciais ameaças e agressões externas que venha a sofrer. No ano passado, a Força Aérea Brasileira (FAB) fez uma revoada de Super Tucano na divisa com o Paraguai, uma típica demonstração de força, coisa que os americanos fazem o tempo todo no mundo. A projeção de força é fundamental. Porém, precisa também ser exibida contra ameaças poderosas. Os comandantes militares sabem disso; a classe política também. Enfim, parece que o Brasil acordou para a importância de cuidar bem da Defesa Nacional.
VISÃO ESTRATÉGICA
O novo planejamento pretende tirar o país do circulo vicioso. O primeiro passo será discutir com a sociedade a melhor forma de aparelhar as Forças Armadas, elemento fundamental à Defesa Nacional. Nessa discussão, uma das prioridades é o rastreamento das fronteiras do país (terra, mar e ar), com ou não o engajamento dos Estados vizinhos. A Amazônia é um dos pontos relevantes, assim como a participação brasileira em missões de manutenção da paz e a preservação do escopo militar como garantidor da lei e da ordem internas.
A reorganização do poder militar será complementada pela interação com outros setores estratégicos – o espacial, o cibernético e o nuclear. A indústria de defesa é outro instrumento essencial. Na opinião do ministro Roberto Mangabeira Unger, da Secretaria de Planejamento Estratégico da Presidência da República, a premissa da nova política de defesa é vinculá-la ao projeto de desenvolvimento nacional. “Se o Brasil quiser desbravar um caminho singular e rebelde no mundo e ascender ao primeiro plano precisa aprender a dizer não quando tiver que dizer não”, disse o ministro em fins do ano passado.
O Brasil tem índole pacifista. Porém, essa realidade, segundo ainda o ministro, não diminui a responsabilidade brasileira quanto à Defesa Nacional. Pelo contrário. Para ele, um projeto de desenvolvimento nacional será fundamental para que o país possa resistir não só as agressões, mas às intimidações. “O Brasil terá de decidir se está disposto ou não a pagar por sua independência”.
Na essência da nova estratégia, o mais relevante será reconstruir uma cultura militar pautada na imaginação, na audácia, na flexibilidade e na capacidade de desbordar e surpreender, de forma imaginativa e arrojada. A construção de uma força armada ideal terá de contar com núcleos de modernidade, para transformá-la numa vanguarda radical e flexível. “Esse ideal tem de estar encarnado no combatente brasileiro, seja infante, aviador, marinheiro ou fuzileiro. Cada um deles terá de reunir vários atributos, como a capacidade de atuar em rede com outros componentes”.
Mobilizar 1 milhão de combatentes, como se fazia no período colonial, e colocar uma arma na mão de cada um, pode ainda ser uma opção para dissuadir certas ameaças. Mas algo mais inovador terá de ser adotado. O quê exatamente, os oficiais de Estado-Maior dirão. Entretanto, nenhum tipo de sistema bélico deve ser descartado na defesa da soberania nacional. Em certos países, a projeção de força costuma ser vista como tentativa de desenvolver armas de destruição em massa, um raciocínio que também prevaleceu no Brasil de vinte anos atrás. Pouca gente sabe, mas a África do Sul e Suécia desenvolveram a arma atômica e renunciaram ao seu conhecimento. Em 1952, a Suécia atingiu o pleno estágio nessa área. Outros países alcançaram idêntico êxito e também renunciaram ao artefato nuclear. Todos entenderam que usar essa tecnologia como arma militar seria conviver com genocídio e suicídio ao mesmo tempo.
O Brasil esteve perto de obter os componentes críticos da bomba atômica. Se tivesse persistido com o programa, possivelmente teria atingido sua plenitude na época em que denunciou o acordo, em meados dos anos 1990. Menos mal. Ao renunciar à bomba, evitou o gerenciamento complexo que essa tecnologia exige. Imagine-se como deve ser a vigília dos militares paquistaneses no esforço para manter a inviolabilidade da bomba que desenvolveram, convivendo ao lado de islâmicos radicais. Os americanos, mais organizados, já deixaram a bomba cair acidentalmente de um B-52. Por sorte o artefato não tinha espoleta. Os russos, por sua vez, causaram desastres medonhos. Gerenciar a bomba atômica é tarefa deveras complicada.
A alternativa seria o armamento inteligente. Para isso, no entanto, o Brasil terá de evoluir mais em tecnologias. Ao estágio atual, básico de operacionalidade, deverá se seguir o projetado pelo novo caça de superioridade aérea que pretende comprar, ora em processo de seleção. Nessa mesma fase, a Marinha terá de usar meios capazes de negar o uso do mar territorial brasileiro a qualquer força naval inimiga. No Exército, as brigadas de ação rápida estratégica são o que melhor projetam para a operacionalidade futura. O mais importante, contudo, será manter as três Forças Armadas operando por enlace de dados e apoiadas por avançados conceitos de logística, doutrina e estratégia.
O F-X2 dará à FAB o salto quântico. Com ele, a instituição vai projetar considerável força com agilidade, inteligência e flexibilidade. Adicionalmente, a FAB terá de migrar mais densamente para as fronteiras com alto grau de sensibilidade. Novas medidas de reestruturação serão complementadas. Não se justifica mais, por exemplo, em plena era supersônica, manter bases aéreas tão próximas uma das outras, situação ora visível no Rio de Janeiro. A FAB já deu um grande passo ao adotar o sistema AEW. Essa proa terá de ser mantida à base da disponibilidade total.
No Exército, a prioridade são as forças especiais espalhadas pelas fronteiras do país. Isso implicará em repensar o emprego da extensa avenida de unidades e escolas militares que funcionam de Deodoro à Realengo, no Rio, até como forma de ajustar seu custo de administração. No futuro, a cavalaria e a artilharia deverão ser substituídas por brigadas. Força Panzer é coisa do passado. Na guerra regular moderna, a aviação cumpre esse papel.
Na Marinha, implantar bases aeronavais ao longo da costa, dotadas com sistemas inteligentes, inclusive nas áreas de águas interiores de importância político-estratégica, econômica e militar, será fundamental. Alguns objetivos são elencados como prioritários: a defesa das plataformas petrolíferas e instalações navais e portuárias; os arquipélagos e ilhas oceânicas em águas brasileiras; pronta resposta a qualquer ameaça ao comércio marítimo. Também será necessário à Armada operar submarinos convencionais e de propulsão nuclear. Nenhuma marinha de superfície convencional sobrevive mais a um eficiente ataque aéreo de mísseis anti-navio se não tiver uma defesa inteligente. Que futuro terá uma marinha operando no módulo básico? Hoje, uma esquadrilha de caças voando reto e nivelado a 10 mil pés pode furar o sistema antiaéreo naval brasileiro, pois o país não tem uma defesa contra mísseis. Além disso, o armamento que emprega tem pouco alcance. Mísseis anti-navio lançados em salva têm reais possibilidades de saturar qualquer defesa naval desatualizada.
A Marinha terá de operar submarinos, navios de superfície de múltiplo emprego e meios aeroespaciais, com capacidade de monitoramento a partir do espaço. Manter bases navais ao longo da costa é tão importante quanto ter o submarino nuclear. Os fuzileiros navais manterão sua posição de destaque como força de excelência. Na aviação naval, o UAV e a rede de comunicações integrada, serão vitais. O porta-aviões está destinado ao obsoletismo nos próximos 20 anos. Além de ser alvo naval visível, de difícil proteção e dispendioso, sua perda causa impacto psicológico arrasador. Aliás, os americanos estão numa encruzilhada por causa de suas 13 frotas. No tempo da Guerra Fria a coisa era menos complexa; se o inimigo sabia onde se encontrava o porta-aviões, também sabia que dezenas de caças, aeronaves de vigilância aérea e navios-escolta atuavam no seu entorno, em alerta permanente, sobretudo quanto à ameaça submarina. Na aviação naval, o UAV deverá substituir o modelo convencional e funcionando integrado ao submarino nuclear, às lanchas, corvetas e às fragatas rápidas, produzidos com tecnologia Stealth e operando a partir de diferentes bases no litoral.
A nova Estratégia Nacional de Defesa é pretensiosa, mas absolutamente necessária. São se sabe ainda como será sua implementação. Porém, uma coisa é certa: as mudanças que projeta encontrarão resistência no próprio meio militar, o que é normal nesses casos. Poderá uma ou outra liderança a defender, por exemplo, a mobilização de dois milhões de homens em armas, distribuídos em divisões, batalhões e brigadas, um raciocínio visível entre os estrategistas, para quem a ficha da artilharia de campo superada pelo míssil ainda não caiu. Em vez de ficar dando tiro em alvo de montanha, por exemplo, o míssil arrasa tudo. E já está aposentando o armamento de cano. A qualidade operacional moderna exige desde o radar portátil ao sistema de visão noturna. A nova política de defesa prevê como vanguarda as brigadas. Veículos espaciais, satélites de baixa e alta altitude, sobretudo geoestacionários de múltiplo uso, sistemas de localização e de posicionamento, meios aéreos de monitoramento terrestre e capacitações e instrumentos cibernéticos, também são previstos.
Se eventualmente o Brasil tiver de dar um peteleco num adversário menor, o F-X2 e mísseis de cruzeiro poderão resolver. Porém, para assustar uma força poderosa isso não basta. E aí, o Brasil terá de ingressar na fase de evolução seguinte, onde o arsenal é mais sofisticado em sistemas, eletrônica e integração. Nessa fase o fator preponderante será o parque industrial, com empresas de engenharia desenvolvendo a parafernália eletrônica e softwares. Sem isso, a confiança nas chamadas vanguardas será inútil.
TEATRO FUTURO
A Amazônia é vista como cenário de guerra futuro. Ali a mobilidade é difícil e exige o emprego de unidades inteligentes. O UAV já demonstrou do que é capaz. Operado a mil metros de altitude, é capaz de ler placas de automóvel e de transmitir imagens para uma TV de pulso, usada pelo combatente em terra como relógio, a chamada TV Rambo. O Exército conseguiu transformar índio em combatente de selva. No futuro, terá de armar esse homem com tecnologia de ponta para que ele possa transitar melhor entre as árvores.
O soldado americano especializou-se na selva, embora montanha e deserto sejam o seu foco no momento. O Exército Brasileiro terá de ser superior, mestre na mobilidade e na criação de meios de transporte e de comunicação para a selva. O tempo das armadilhas de bambu passou. O combatente de caatinga, outro elemento fundamental, será obrigado de conhecer também o pampa. A tropa de montanha terá de tomar banho na Amazônia. Afinal, a característica do terreno é singularmente brasileira, e exige tamanha adaptação. O guerreiro de selva será transformado num elemento multi-função.
No passado, tudo era organizado em função da guerra convencional. Todavia, em menos de dez anos um grupo de loucos avançou sobre as torres gêmeas do World Trade Center; outro desequilibrado explodiu a bomba atômica; uma nação religiosa e rica em petróleo adotou programa nuclear; o pirata do mar foi reinventado; e surgiram os ataques cibernéticos a computadores. Novas modalidades de guerra virão, enquanto a guerrilha ameaça bases militares no Sri Lanka, a Alcaida causa terror e o caldeirão da guerra ferve com regularidade no Oriente Médio.
A probabilidade da guerra tradicional caiu, levando as forças armadas no mundo inteiro a mudarem o seu centro de gravidade. Os países, inclusive os de índole pacifista, terão de estar preparados para a qualquer ameaça ou agressão, seja a guerra tradicional, a irregular (guerrilha), a catastrófica (armas de destruição em massa de várias naturezas, como ataque a símbolos nacionais) e a de ruptura (ataque cibernético ou guerra de informações). No ambiente de certos países existe ainda uma ameaça de difícil percepção e igualmente devastadora: os movimentos internos que buscam destruir a estrutura e o pensamento nacional.
Segundo os estrategistas, a água será a causa de conflitos futuros. Um estudo da ONU mostra que nos próximos 25 anos os países que compartilham bacias hidrográficas conhecerão contenciosos nessa área. Metade da população mundial sofrerá com a falta de água, sobretudo nos países pobres. E não é só. Outras causas poderão levar à guerra: meio-ambiente, petróleo, água, madeira.
Por sua enorme potencialidade em recursos naturais, maior reserva de água doce do mundo e alta capacidade de produzir alimentos o Brasil terá de estar diuturnamente vigilante e preparado. Espera-se, portanto, que a Estratégia Nacional de Defesa possa oferecer uma eficiente blindagem contra as atuais e as futuras ameaças ou agressões aos brasileiros.
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Re: GEOPOLÍTICA
Pelo que entendi o exército avançaria comas brigadas leves aero moveis equipados com blindados urutu 3 apoiados por astros 2, com o apoio aéreo dos FX2, com supervisão do alto comando em Brasília que vai monitorar tudo pelos UAVs enquanto a marinha barra o avanço do inimigo no mar com os submarinos.
Se for isso mesmo, então eles estão querendo abandonar o uso de porta-aviões e de tanques. Por isso o desinteresse em modernizar os M-113 e o porta-aviões São Paulo sem falar na compra de tanques usados que, aliás foram comprados antes do END!
E isso mesmo?
Se for isso mesmo, então eles estão querendo abandonar o uso de porta-aviões e de tanques. Por isso o desinteresse em modernizar os M-113 e o porta-aviões São Paulo sem falar na compra de tanques usados que, aliás foram comprados antes do END!
E isso mesmo?
- rafafoz
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Re: GEOPOLÍTICA
"No futuro, a cavalaria e a artilharia deverão ser substituídas por brigadas. Força Panzer é coisa do passado. Na guerra regular moderna, a aviação cumpre esse papel."
"O porta-aviões está destinado ao obsoletismo nos próximos 20 anos. Além de ser alvo naval visível, de difícil proteção e dispendioso, sua perda causa impacto psicológico arrasador."
"Nenhuma marinha de superfície convencional sobrevive mais a um eficiente ataque aéreo de mísseis anti-navio se não tiver uma defesa inteligente. Hoje, uma esquadrilha de caças voando reto e nivelado a 10 mil pés pode furar o sistema antiaéreo naval brasileiro, pois o país não tem uma defesa contra mísseis. Além disso, o armamento que emprega tem pouco alcance. Mísseis anti-navio lançados em salva têm reais possibilidades de saturar qualquer defesa naval desatualizada."
"A Marinha terá de operar submarinos, navios de superfície de múltiplo emprego e meios aeroespaciais, com capacidade de monitoramento a partir do espaço. Os fuzileiros navais manterão sua posição de destaque como força de excelência. Na aviação naval, o UAV e a rede de comunicações integrada, serão vitais."
Acho que sim, pelo menos foi o que também deu pra entender. Só não sei se realmente é isso em relação a tanques e viaturas blindadas.
"A Amazônia é vista como cenário de guerra futuro. Ali a mobilidade é difícil e exige o emprego de unidades inteligentes."
"O soldado americano especializou-se na selva, embora montanha e deserto sejam o seu foco no momento."
"A probabilidade da guerra tradicional caiu, levando as forças armadas no mundo inteiro a mudarem o seu centro de gravidade."
"Segundo os estrategistas, a água será a causa de conflitos futuros. Um estudo da ONU mostra que nos próximos 25 anos os países que compartilham bacias hidrográficas conhecerão contenciosos nessa área. Metade da população mundial sofrerá com a falta de água, sobretudo nos países pobres. E não é só. Outras causas poderão levar à guerra: meio-ambiente, petróleo, água, madeira.
Por sua enorme potencialidade em recursos naturais, maior reserva de água doce do mundo e alta capacidade de produzir alimentos o Brasil terá de estar diuturnamente vigilante e preparado. Espera-se, portanto, que a Estratégia Nacional de Defesa possa oferecer uma eficiente blindagem contra as atuais e as futuras ameaças ou agressões aos brasileiros."
Eu destacaria isso também como sendo os temas principais abordado pelo autor.
"O porta-aviões está destinado ao obsoletismo nos próximos 20 anos. Além de ser alvo naval visível, de difícil proteção e dispendioso, sua perda causa impacto psicológico arrasador."
"Nenhuma marinha de superfície convencional sobrevive mais a um eficiente ataque aéreo de mísseis anti-navio se não tiver uma defesa inteligente. Hoje, uma esquadrilha de caças voando reto e nivelado a 10 mil pés pode furar o sistema antiaéreo naval brasileiro, pois o país não tem uma defesa contra mísseis. Além disso, o armamento que emprega tem pouco alcance. Mísseis anti-navio lançados em salva têm reais possibilidades de saturar qualquer defesa naval desatualizada."
"A Marinha terá de operar submarinos, navios de superfície de múltiplo emprego e meios aeroespaciais, com capacidade de monitoramento a partir do espaço. Os fuzileiros navais manterão sua posição de destaque como força de excelência. Na aviação naval, o UAV e a rede de comunicações integrada, serão vitais."
Acho que sim, pelo menos foi o que também deu pra entender. Só não sei se realmente é isso em relação a tanques e viaturas blindadas.
"A Amazônia é vista como cenário de guerra futuro. Ali a mobilidade é difícil e exige o emprego de unidades inteligentes."
"O soldado americano especializou-se na selva, embora montanha e deserto sejam o seu foco no momento."
"A probabilidade da guerra tradicional caiu, levando as forças armadas no mundo inteiro a mudarem o seu centro de gravidade."
"Segundo os estrategistas, a água será a causa de conflitos futuros. Um estudo da ONU mostra que nos próximos 25 anos os países que compartilham bacias hidrográficas conhecerão contenciosos nessa área. Metade da população mundial sofrerá com a falta de água, sobretudo nos países pobres. E não é só. Outras causas poderão levar à guerra: meio-ambiente, petróleo, água, madeira.
Por sua enorme potencialidade em recursos naturais, maior reserva de água doce do mundo e alta capacidade de produzir alimentos o Brasil terá de estar diuturnamente vigilante e preparado. Espera-se, portanto, que a Estratégia Nacional de Defesa possa oferecer uma eficiente blindagem contra as atuais e as futuras ameaças ou agressões aos brasileiros."
Eu destacaria isso também como sendo os temas principais abordado pelo autor.
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- Guerra
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Re: GEOPOLÍTICA
Hã?"No futuro, a cavalaria e a artilharia deverão ser substituídas por brigadas.
Ué, e aquele tanto de blindados que os EUA levou para destruir o exercito iraquiano?Força Panzer é coisa do passado. Na guerra regular moderna, a aviação cumpre esse papel."
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Re: GEOPOLÍTICA
Vale lembrar que essa é a opinião do Cosme Denegar Drumond. Essa NÃO é necessariamente a doutrina brasileira.
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Re: GEOPOLÍTICA
Cara, eu acho que o unico "eles" é o cara que escreveu esse artigo. Da dinheiro e carta branca pro EB, se amanha não tem LEO 2, VBTP, e tudo que é blindado desembarcando no Brasil.ciclope escreveu:Se for isso mesmo, então eles estão querendo abandonar o uso de porta-aviões e de tanques. Por isso o desinteresse em modernizar os M-113 e o porta-aviões São Paulo sem falar na compra de tanques usados que, aliás foram comprados antes do END!
E isso mesmo?
O cara viajou legal na maionese. Ta falando em naves com canhão de protons sendo que o EB até hoje não consolidou suas tropas blindadas.
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Re: GEOPOLÍTICA
Realmente, isso ficou totalmente sem sentido. Talvez ele tenha pretendido dizer que “divisões” serão substituídas por brigadas. Aliás, como parece ter sido decidido, há poucos anos, nos Estados Unidos. Mas isso, provavelmente, já é a norma dentro do Exército brasileiro.No futuro, a cavalaria e a artilharia deverão ser substituídas por brigadas.
O que ele terá pretendido dizer? Que não há mais a necessidade de forças blindadas? Mas, como já apontou Sgt. Guerra, isso é uma insensatez. Isso fica mais evidente, quando se pensa numa guerra convencional, como foi a primeira fase da Guerra do Iraque.Força Panzer é coisa do passado. Na guerra regular moderna, a aviação cumpre esse papel.
Numa guerra de contra-insurgência, como no Afeganistão, certamente, não há espaço para uma “força Panzer” travando “Blitzkrieg”. Mas, isto não que dizer que não se precise de tanques. Por exemplo, os canadenses chegaram ao Afeganistão com viaturas blindadas sobre rodas, que muitos consideravam a nova panacéia moderna. Em pouco tempo, eles descobriram que, apesar da tecnologia de pneus, ainda há coisas que uma viatura sobre lagartas pode fazer que uma sobre rodas não pode. E os canadenses trouxeram seus tanques “Leopard”, e tem feito bom uso deles. E, da mesma forma, tem descoberto que há coisas que um tanque pode fazer, que um avião não pode. E, de qualquer modo, uma granada de canhão de tanque ainda sai mais barato que uma bomba-laser.
Mas, criar bases navais é assim, tão fácil? Eu não sei como se compara aquela base naval de Aratu, em relação à base naval do Rio de Janeiro. Talvez fosse bom que as duas fossem iguais, e existissem meios navais suficientes para guarnecer ambas as bases. Mas, o Brasil teria condições de manter mais do que duas bases navais da mesma capacidade que a base do Rio de Janeiro? Agora, pra mim, nada é tão importante para a Marinha do que ter o submarino nuclear.Manter bases navais ao longo da costa é tão importante quanto ter o submarino nuclear.
Eu concordaria, em parte, com tal declaração. Por um lado, é difícil acreditar que, daqui a vinte anos, o porta-aviões seja obsoleto na Marinha dos Estados Unidos, a não ser que ficasse demonstrado que não há contra-medidas para deter essa nova geração de mísseis anti-navio. Afinal, os americanos tem tantas escoltas para proteger seus navios-capitais. No Brasil, apesar das opiniões contrárias de muitos especialistas, eu continuo achando um desperdício a posse de porta-aviões. Realmente, se muita gente diz que os americanos precisam se preocupar com esses super-hiper-mísseis, o que se dirá do Brasil? E, é neste ponto que o autor está mais correto (bem, correto pra mim): um cenário hipotético, no qual o Brasil entrasse em algum choque com uma potência mediana, e esta potência conseguisse mandar o porta-aviões brasileiro fazer companhia aos peixes, teria um impacto arrasador, e não só psicológico, mas físico. Imaginem, qual seria o prejuízo econômico e humano da perda do porta-aviões brasileiro?O porta-aviões está destinado ao obsoletismo nos próximos 20 anos. Além de ser alvo naval visível, de difícil proteção e dispendioso, sua perda causa impacto psicológico arrasador.
Mísseis, superando a artilharia de campanha de tubo? O míssil “arrasa tudo”? Armamento de tubo, canhões e obuseiros, aposentados? Sinceramente, apesar da minha experiência militar se limitar a ter assistido a série “Combate” na TV, e lido a maioria das revistinhas do “Sargento Rock e a Companhia da Moleza”, devo dizer que eu não compro isso, que o Drummond está vendendo. Mas não compro mesmo.para quem a ficha da artilharia de campo superada pelo míssil ainda não caiu. Em vez de ficar dando tiro em alvo de montanha, por exemplo, o míssil arrasa tudo. E já está aposentando o armamento de cano.
Então, para o Brasil assustar uma força poderosa – digamos, os Estados Unidos – nós teremos de ter um poder industrial-científico igual a dos Estados Unidos? Faz sentido. Mas, o negócio é como fazer com que o Brasil de Sarney, Renan Calheiros, MST, CNBB, IURD, Dilma Roussef e Inácio da Silva, tenha um poder industrial-científico igual ao dos Estados Unidos. À propósito, também seria bom estudar se a proporção de universitários brasileiros, vinculados à áreas de ciências humanas e jurídicas, em relação aqueles pertencentes as áreas científicas e de engenharia, favorece a chegada do Brasil a essa tal de “fase de evolução seguinte”.Se eventualmente o Brasil tiver de dar um peteleco num adversário menor, o F-X2 e mísseis de cruzeiro poderão resolver. Porém, para assustar uma força poderosa isso não basta. E aí, o Brasil terá de ingressar na fase de evolução seguinte, onde o arsenal é mais sofisticado em sistemas, eletrônica e integração. Nessa fase o fator preponderante será o parque industrial, com empresas de engenharia desenvolvendo a parafernália eletrônica e softwares. Sem isso, a confiança nas chamadas vanguardas será inútil.
Imagino que isto só será válido se um eventual inimigo, realmente, não sentir necessidade de entrar na selva. Mas, e se ele entrar?O tempo das armadilhas de bambu passou.
Se fossem mesmo loucos, não teriam chegado lá, certo?Todavia, em menos de dez anos um grupo de loucos avançou sobre as torres gêmeas do World Trade Center (...)
Ué? Será que perdi a edição do Jornal Nacional deste dia, onde um “desequilibrado explodiu a bomba atômica”? Rapaz, não consigo me lembrar, mesmo, quando foi que aconteceu isto. Só lembro de Hiroshima e Nagasaki, mas isso já faz um tempão...outro desequilibrado explodiu a bomba atômica;
Ué? É impressão minha, ou as afirmações 1 e 2, se contradizem?1 - A probabilidade da guerra tradicional caiu, (...)
2 - Segundo os estrategistas, a água será a causa de conflitos futuros. Um estudo da ONU mostra que nos próximos 25 anos os países que compartilham bacias hidrográficas conhecerão contenciosos nessa área.
Mais uma vez, é impressão minha, ou sempre foi assim, na história mundial?Os países, inclusive os de índole pacifista, terão de estar preparados para a qualquer ameaça ou agressão, seja a guerra tradicional, a irregular (guerrilha), a catastrófica (armas de destruição em massa de várias naturezas, como ataque a símbolos nacionais) e a de ruptura (ataque cibernético ou guerra de informações). No ambiente de certos países existe ainda uma ameaça de difícil percepção e igualmente devastadora: os movimentos internos que buscam destruir a estrutura e o pensamento nacional.
Além de tudo isto, acho estranho que, se por um lado, o autor enfatize a necessidade de ação combinada por parte das Forças Armadas, por outro, dê a impressão de defender aquele monte desconjuntado de ministérios militares, anteriores ao Ministério da Defesa. E, mais, com argumentos suspeitos, como “a perda do papel político” dos militares. Realmente, me chama a atenção como um pensador civil de assuntos de defesa passe por cima do fato de que, numa democracia ocidental, não compete aos militares exercer “papel político”, sendo tal função apanágio da representação política, escolhida pelo voto. Se a atual representação política não vale muita coisa, isto já é outra história...
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Re: GEOPOLÍTICA
Achei o material muito lúcido. Dependendo do inimigo o artigo está 98% certo. Divisões blindadas já na segunda guerra era um problema quando não havia superioridade aérea (os alemães que o digam). Se vamos enfrentar um inimigo fraco de meios aéreos ainda cabe, mas um inimigo com bons caças e helicópteros caça tanques é melhor nem se engraçar. Quanto aos porta aviões eles dão uma projeção de fogo muito grande, mas se o inimigo tiver submarinos, especialmente atômicos, é perda total com certeza. Artilharia de campanha realmente é mais barata, mas mísseis são muito mais eficientes, ainda mais agora com satélites. A verdade é que apesar das modernizações implementadas nas nossas FFAAs, elas ainda atuam com organização da época da 2a guerra. O mundo mudou, mas nossos soldados e comandantes continuam aferrados aos velhos conceitos de guerra. E foi assim que vimos os para-quedistas tomarem um pau danado na favela da Rocinha tempos atrás. Embora sejam uma tropa de elite do EB, a PM é que teve que resolver o problema. Fui
- Guerra
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Re: GEOPOLÍTICA
Certo ele esta, mas esta chovendo no molhado. O EB adotou a brigada como principal peça de manobra a pelo menos 20 anos. Sem dizer que disse um absurdo, porque a artilharia e cavalaria sempre existiu e duvido que vá desaparecer do campo de batalha ainda nesse seculo.Luiz Bastos escreveu:Achei o material muito lúcido. Dependendo do inimigo o artigo está 98% certo. Divisões blindadas já na segunda guerra era um problema quando não havia superioridade aérea (os alemães que o digam).
Eu acho que superioridade aerea é fundamental. Independente se o inimigo é fraco ou forte. Não digo superioridade total, mas pelo menos por um espaço de tempo, durante uma operação, se não tiver superioridade aerea, a coisa não sai.Se vamos enfrentar um inimigo fraco de meios aéreos ainda cabe, mas um inimigo com bons caças e helicópteros caça tanques é melhor nem se engraçar.
Para mim estão em niveis diferentes. A artilharia esta no nivel tatico, os misseis no estrategico.Artilharia de campanha realmente é mais barata, mas mísseis são muito mais eficientes, ainda mais agora com satélites.
Eu duvido que algum exército vai usar um missel de milhões de dolares para bater uma area que a artilharia bate. Isso vai contra os principios fundamentais da guerra.
Uma coisa não tem nada a ver com outra. POrque para se modernizar é preciso uma evolução tecnologica. Não dá para viajar na maioneses como esse cara e dizer: "Agora vamos usar helicopteros armados". Sendo que não temos o material. Outra são conceitos que não são tão velhos assim, pois são validos no mundo inteiro. Os EUA, por exemplo, usou o que aprendeu no norte da africa no iraque. E outra, é que nada disso tem a ver com GLO. GLO é uma situação onde as coisas funcionam dentro da lei em vigor. O fato da PM ter resolvido o problema não é prova alguma de ineficiencia. A PM fez sua parte. Só isso.A verdade é que apesar das modernizações implementadas nas nossas FFAAs, elas ainda atuam com organização da época da 2a guerra. O mundo mudou, mas nossos soldados e comandantes continuam aferrados aos velhos conceitos de guerra. E foi assim que vimos os para-quedistas tomarem um pau danado na favela da Rocinha tempos atrás. Embora sejam uma tropa de elite do EB, a PM é que teve que resolver o problema. Fui
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Re: GEOPOLÍTICA
Esse é o erro secular da defesa no Brasil. Militares dando pitaco na politica.Clermont escreveu: Além de tudo isto, acho estranho que, se por um lado, o autor enfatize a necessidade de ação combinada por parte das Forças Armadas, por outro, dê a impressão de defender aquele monte desconjuntado de ministérios militares, anteriores ao Ministério da Defesa. E, mais, com argumentos suspeitos, como “a perda do papel político” dos militares. Realmente, me chama a atenção como um pensador civil de assuntos de defesa passe por cima do fato de que, numa democracia ocidental, não compete aos militares exercer “papel político”, sendo tal função apanágio da representação política, escolhida pelo voto. Se a atual representação política não vale muita coisa, isto já é outra história...
E por incrivel que pareça o MD esta piorando as coisas, porque pelo o que eu vejo tem politico querendo ensinar aos militares a fazer guerra.
A coisa é bem simples. O dono diz como quer a casa, o engenheiro faz a planta e o pedreiro coloca os tijolos.
O governo só diz onde quer as janelas. onde o muro sera mais alto, onde vai ter um corredor. os generais fazem a planta e as brigadas colocam os tijolos.
O que não pode é governo ficar escolhendo qual blindado, qual caça e os generais ficando putinho porque os militares etão saindo da esfera de decisão.
Por isso não gostei dessa salada que ele escreveu.
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Re: GEOPOLÍTICA
Acredito que quando ele se referiu á artilharia ele se referia á artilharia rebocada.
Também acho que esse tipo de artilharia cairá quase em desuso a não ser por forças de rápido desdobramento como os pára-quedistas e fuzileiros navais. Serão substituídos pela autopropulsada nas demais unidades.
É quanto a guerra tradicional, ele se referia as táticas ainda usadas pelo nosso exército desde a 2 guerra!
No Iraque os americanos levaram aquela quantidade toda de tanques só prá mostrar ao público que tinha pois quase não foram usados em combate direto contra unidade do mesmo tipo. Todas as unidades do exercito iraquiano foram arrasados pela aviação.
Esse e um dos muitos fatores pelos quais eles avançaram tão rápido!
Também acho que esse tipo de artilharia cairá quase em desuso a não ser por forças de rápido desdobramento como os pára-quedistas e fuzileiros navais. Serão substituídos pela autopropulsada nas demais unidades.
É quanto a guerra tradicional, ele se referia as táticas ainda usadas pelo nosso exército desde a 2 guerra!
No Iraque os americanos levaram aquela quantidade toda de tanques só prá mostrar ao público que tinha pois quase não foram usados em combate direto contra unidade do mesmo tipo. Todas as unidades do exercito iraquiano foram arrasados pela aviação.
Esse e um dos muitos fatores pelos quais eles avançaram tão rápido!
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Re: GEOPOLÍTICA
Mas isso é obvio. Só que ideia dele é tirar o obus e colocar um missel.ciclope escreveu:Acredito que quando ele se referiu á artilharia ele se referia á artilharia rebocada. Também acho que esse tipo de artilharia cairá quase em desuso a não ser por forças de rápido desdobramento como os pára-quedistas e fuzileiros navais. Serão substituídos pela autopropulsada nas demais unidades.
Tipo usar um terço para fixar e outros dois para manobrar?É quanto a guerra tradicional, ele se referia as táticas ainda usadas pelo nosso exército desde a 2 guerra!
Então vamos aguardar o Brasil ter uma força aerea com o poder da coligação e enfrentar um inimigo que abandone seus blindados ao ouvir o barulho das nossas turbinas, dai dispensamos nossos blindados.No Iraque os americanos levaram aquela quantidade toda de tanques só prá mostrar ao público que tinha pois quase não foram usados em combate direto contra unidade do mesmo tipo. Todas as unidades do exercito iraquiano foram arrasados pela aviação.
Esse e um dos muitos fatores pelos quais eles avançaram tão rápido!
Editado pela última vez por Guerra em Qua Mar 25, 2009 11:42 am, em um total de 1 vez.
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Re: GEOPOLÍTICA
É isso que deve ser sublinhado. É a opnião dele. Embora seja uma pessoa extrememente qualificada no assunto defesa o C D Drummond comeu poeira nessas conclusões.Vinicius Pimenta escreveu:Vale lembrar que essa é a opinião do Cosme Denegar Drumond. Essa NÃO é necessariamente a doutrina brasileira.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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