Sobre o KC-390
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- Pablo Maica
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Re: Sobre o C-390
Segundo a ultima revista Força Aérea a Hitco Carbon Composites, Inc. se juntou a Embraer no programo C-390, essa empresa ja produz componentes em fribra de carbono e outros compostos para o C-17.
Ela vai produzir uma quantidade indeterminada de componentes estruturais para a seção traseira da fuselagem e do cone de cauda do C-390, e essa operação vai envolver a Denel Saab Aerostructures na africa do sul.
Ai vai o site da Hitco pra quem quer conhecer:
http://www.hitco.com/
Um abraço e t+
Ela vai produzir uma quantidade indeterminada de componentes estruturais para a seção traseira da fuselagem e do cone de cauda do C-390, e essa operação vai envolver a Denel Saab Aerostructures na africa do sul.
Ai vai o site da Hitco pra quem quer conhecer:
http://www.hitco.com/
Um abraço e t+
- Slip Junior
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Re: Sobre o C-390
Pablo, essa informação saiu no final de janeiro... Dá uma olhada na página 33.
Abraços
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- Pablo Maica
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- Slip Junior
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Re: Sobre o C-390
Que nada, Pablo... É sempre bom relembrar que já existem diversos parceiros/fornecedores em potencial!
Abraços
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- Skyway
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Re: Sobre o C-390
Alguem aí teria mais informações sobre o Projeto Emb CX Versão 3A de 1974?
E alguem saberia se ele foi aproveitado agora no C-390 já que a aparência da aeronave é simplesmente muuuito similar a do C-390?
EMBRAER CX Versão 3A
E alguem saberia se ele foi aproveitado agora no C-390 já que a aparência da aeronave é simplesmente muuuito similar a do C-390?
EMBRAER CX Versão 3A
AD ASTRA PER ASPERA
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Re: Sobre o C-390
O que me lembro é que seria um projeto para substituir os Buffalo , Skyway.Skyway escreveu:Alguem aí teria mais informações sobre o Projeto Emb CX Versão 3A de 1974?
E alguem saberia se ele foi aproveitado agora no C-390 já que a aparência da aeronave é simplesmente muuuito similar a do C-390?
EMBRAER CX Versão 3A
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
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Re: Sobre o C-390
Tem uma edição da revista Flap Internacional, matéria: Os Aviões Desconhecidos da Embraer (ou algo parecido) q fala sobre o Emb CX Versão 3A de 1974, dentre outros projetos q não vingaram.
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Re: Sobre o C-390
Colômbia quer parceria com Brasil e participação em cargueiro da Embraer
http://www.defesanet.com.br/0903_rfbr/12021.htm
Abraços,
Wesley
http://www.defesanet.com.br/0903_rfbr/12021.htm
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: Sobre o C-390
Foram dois números. Eu tenho.nukualofa77 escreveu:Tem uma edição da revista Flap Internacional, matéria: Os Aviões Desconhecidos da Embraer (ou algo parecido) q fala sobre o Emb CX Versão 3A de 1974, dentre outros projetos q não vingaram.
#329 (aviões desconhecidos da Embraer - 1)
#330 (aviões desconhecidos da Embraer - 2 / low fare brasileiras)
Infelizmente, não sei onde está.
"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
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Re: Sobre o C-390
Exato. As minhas estão em alguma das caixas do meu "arquivo" (na verdade estão embaladas até q tenha um lugar adequado/definitivo) e também não sei em qualAlcantara escreveu:Foram dois números. Eu tenho.nukualofa77 escreveu:Tem uma edição da revista Flap Internacional, matéria: Os Aviões Desconhecidos da Embraer (ou algo parecido) q fala sobre o Emb CX Versão 3A de 1974, dentre outros projetos q não vingaram.
#329 (aviões desconhecidos da Embraer - 1)
#330 (aviões desconhecidos da Embraer - 2 / low fare brasileiras)
Infelizmente, não sei onde está.
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Re: Sobre o C-390
Valeu pela informação gente! Então era um projeto para substituir os Búffalos né?
Então devia ser menor que o C-390, o que já me leva a pensar que a Embraer não deve ter aproveitado nada dele.
Um abração!
Então devia ser menor que o C-390, o que já me leva a pensar que a Embraer não deve ter aproveitado nada dele.
Um abração!
AD ASTRA PER ASPERA
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Re: Sobre o C-390
Nota sobre o desenvolvimento da aeronave KC-390 para a FAB
Integrando o Programa de Modernização da FAB, o projeto de desenvolvimento do KC-X encontra-se em estudo no âmbito do Comando da Aeronáutica e da EMBRAER, visando à fabricação de uma aeronave com capacidade de realizar transporte logístico e reabastecimento em vôo.
Com elevado potencial de exportação, esse projeto é de propriedade intelectual do governo brasileiro e está sendo conduzido pelo Comando da Aeronáutica, indo ao encontro da política governamental de apoio ao incremento da indústria nacional.
Durante o evento Latin America Aerospace and Defence - LAAD 2009 deverá acontecer a celebração do contrato, que comportará a fase inicial de desenvolvimento do projeto, oportunidade em que haverá o fortalecimento das conversações com eventuais parceiros.
No momento em que o Comando da Aeronáutica tem como objetivo estratégico alcançar a excelência da capacidade operacional da FAB, o desenvolvimento desse produto em parceria com a EMBRAER poderá alçar o Brasil à posição de destaque como fabricante de aeronaves militares de grande porte para apoio logístico.
Brigadeiro-do-Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
Integrando o Programa de Modernização da FAB, o projeto de desenvolvimento do KC-X encontra-se em estudo no âmbito do Comando da Aeronáutica e da EMBRAER, visando à fabricação de uma aeronave com capacidade de realizar transporte logístico e reabastecimento em vôo.
Com elevado potencial de exportação, esse projeto é de propriedade intelectual do governo brasileiro e está sendo conduzido pelo Comando da Aeronáutica, indo ao encontro da política governamental de apoio ao incremento da indústria nacional.
Durante o evento Latin America Aerospace and Defence - LAAD 2009 deverá acontecer a celebração do contrato, que comportará a fase inicial de desenvolvimento do projeto, oportunidade em que haverá o fortalecimento das conversações com eventuais parceiros.
No momento em que o Comando da Aeronáutica tem como objetivo estratégico alcançar a excelência da capacidade operacional da FAB, o desenvolvimento desse produto em parceria com a EMBRAER poderá alçar o Brasil à posição de destaque como fabricante de aeronaves militares de grande porte para apoio logístico.
Brigadeiro-do-Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
- caixeiro
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Re: Sobre o C-390
thelmo rodrigues escreveu:Nota sobre o desenvolvimento da aeronave KC-390 para a FAB
Integrando o Programa de Modernização da FAB, o projeto de desenvolvimento do KC-X encontra-se em estudo no âmbito do Comando da Aeronáutica e da EMBRAER, visando à fabricação de uma aeronave com capacidade de realizar transporte logístico e reabastecimento em vôo.
Com elevado potencial de exportação, esse projeto é de propriedade intelectual do governo brasileiro e está sendo conduzido pelo Comando da Aeronáutica, indo ao encontro da política governamental de apoio ao incremento da indústria nacional.
Durante o evento Latin America Aerospace and Defence - LAAD 2009 deverá acontecer a celebração do contrato, que comportará a fase inicial de desenvolvimento do projeto, oportunidade em que haverá o fortalecimento das conversações com eventuais parceiros.
No momento em que o Comando da Aeronáutica tem como objetivo estratégico alcançar a excelência da capacidade operacional da FAB, o desenvolvimento desse produto em parceria com a EMBRAER poderá alçar o Brasil à posição de destaque como fabricante de aeronaves militares de grande porte para apoio logístico.
Brigadeiro-do-Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez
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Agora so falta saber as contidades, oh Santa Crise.
Abracos Elcio Caixeiro
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Re: Sobre o C-390
Embraer negocia parcerias para seu avião cargueiro
Virgínia Silveira, para o Valor
de São José dos Campos
O novo cargueiro militar da Embraer, o KC-390, será desenvolvido em regime de parcerias estratégicas, a exemplo do que foi feito nos seus programas de jatos comerciais. Em entrevista exclusiva ao Valor, o novo vice presidente da Embraer para o mercado de defesa e governo, Orlando Ferreira Neto, disse que a empresa já conversou diretamente com cerca de 30 países, potenciais parceiros industriais e tecnológicos do projeto.
"No estudo de mercado feito pela Embraer, em conjunto com a Força aérea Brasileira (FAB), foram identificados 79 países com perfil para se tornarem parceiros de risco na parte industrial e tecnológica do KC-390", disse Neto. Segundo fontes, vários países da América Latina, a África do Sul e a França estão entre os países aos quais a Embraer já apresentou o conceito e as necessidades da missão especificadas pela FAB para o novo avião.
O KC-390, disse Neto, é uma das apostas da empresa para o momento de crise, que obrigou a companhia a demitir 4,2 mil funcionários. "A nossa área de pesquisa e desenvolvimento foi preservada. Hoje, temos 400 engenheiros dedicados aos negócios de defesa. O novo cargueiro vai gerar uma necessidade de contratação futura de, pelo menos, mais 2 mil funcionários diretos", afirmou.
Engenheiro aeronáutico pelo ITA, Neto assumiu essa divisão de negócios da Embraer em janeiro. No início de 2007, foi designado diretor de marketing e vendas para Ásia e Pacífico, em Cingagura.
Trata-se de um projeto de sete anos. A Embraer já iniciou com a FAB a fase de estudos preliminares e a busca de parcerias estratégicas. "Temos 12 meses para concluir esses estudos e definir a configuração do avião e mais 12 meses para fazer os detalhamentos iniciais". O investimento previsto é de cerca de US$ 800 milhões, segundo fontes. A empresa não revela valores. O KC-390, avião de transporte logístico e reabastecimento em voo, vai disputar um mercado de 700 aeronaves, o que representa negócios da ordem de US$ 50 bilhões.
O pontapé inicial do projeto será em abril, com o anúncio da liberação de recursos iniciais de R$ 60 milhões. Segundo o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Ce
confaer), a assinatura do contrato de desenvolvimento inicial do projeto, entre a fabricante e a FAB, deverá acontecer durante o evento da LAAD (Latin America Aerospace and Defense), a maior feira de segurança e defesa da América Latina, que ocorrerá de 14 a 17 de abril, no Rio. Para a Aeronáutica, o KC-390 tem elevado potencial de exportação e tornar o Brasil grande fabricante nesse segmento.
O plano de desenvolver um novo avião militar, o maior já montado pela Embraer até o momento, segue a mesma filosofia aplicada aos jatos comerciais. "A única diferença, neste caso, é que por se tratar de um programa de governo, os parceiros industriais estarão atrelados aos interesses do Brasil, sem deixar de levar em conta os objetivos comerciais da Embraer", explicou.
O desenvolvimento de uma nova aeronave por meio de parcerias estratégicas, segundo Neto, traz uma série de vantagens para o fabricante e também para os fornecedores. Entre essas vantagens, o executivo cita o compartilhamento de custos e riscos, a criação de laços de longo prazo entre as indústrias, as forças armadas e os governos de diversos países, além de estabelecer cotas de participação nas vendas.
"Outra característica importante dessas parcerias é que elas propiciam um enriquecimento das especificações técnicas de um avião e a possibilidade de se fazer um produto mais adequado para as necessidades do mercado". Para o programa do 145 a Embraer contou com a ajuda de quatro empresas parceiras e uma centena de fornecedores. O desenvolvimento dos jatos 170/190 mudou um pouco o conceito de parceria de risco e contou com 16 parceiros de risco e 22 fornecedores. "Nesse programa, o envolvimento e a responsabilidade do parceiro eram mais amplos".
As dificuldades encontradas pela Embraer no mercado de aviação comercial, aumentou a importância do setor de defesa, que surge como uma alternativa estratégica para a empresa restabelecer forças e superar a crise. "A área de defesa da Embraer cresceu muito nos últimos dois anos e tem hoje uma dimensão bem diferente do que tinha há sete anos, devido a sua expansão mercadológica", disse.
Até o terceiro trimestre de 2008 a área de defesa representava 8,8% da receita. "Vamos crescer muito mais em 2009 e o KC-390 terá um papel fundamental na expansão dos negócios da Embraer nessa área nos próximos 20 anos".
Além do cargueiro, a área de defesa da Embraer sobrevive dos programas do avião de treinamento SuperTucano, que tem encomendas importantes da Colômbia, Chile, República Dominicana e da FAB; a modernização da frota de AMX e F-5 da Aeronáutica, o desenvolvimento de três aviões de vigilância aérea para a Índia e a venda de oito aeronaves de transporte de autoridades para governos. Destes, dois são do modelo 190 e serão usados no transporte de autoridades do governo brasileiro. A entrega dessas aeronaves está prevista para os próximos meses.
Virgínia Silveira, para o Valor
de São José dos Campos
O novo cargueiro militar da Embraer, o KC-390, será desenvolvido em regime de parcerias estratégicas, a exemplo do que foi feito nos seus programas de jatos comerciais. Em entrevista exclusiva ao Valor, o novo vice presidente da Embraer para o mercado de defesa e governo, Orlando Ferreira Neto, disse que a empresa já conversou diretamente com cerca de 30 países, potenciais parceiros industriais e tecnológicos do projeto.
"No estudo de mercado feito pela Embraer, em conjunto com a Força aérea Brasileira (FAB), foram identificados 79 países com perfil para se tornarem parceiros de risco na parte industrial e tecnológica do KC-390", disse Neto. Segundo fontes, vários países da América Latina, a África do Sul e a França estão entre os países aos quais a Embraer já apresentou o conceito e as necessidades da missão especificadas pela FAB para o novo avião.
O KC-390, disse Neto, é uma das apostas da empresa para o momento de crise, que obrigou a companhia a demitir 4,2 mil funcionários. "A nossa área de pesquisa e desenvolvimento foi preservada. Hoje, temos 400 engenheiros dedicados aos negócios de defesa. O novo cargueiro vai gerar uma necessidade de contratação futura de, pelo menos, mais 2 mil funcionários diretos", afirmou.
Engenheiro aeronáutico pelo ITA, Neto assumiu essa divisão de negócios da Embraer em janeiro. No início de 2007, foi designado diretor de marketing e vendas para Ásia e Pacífico, em Cingagura.
Trata-se de um projeto de sete anos. A Embraer já iniciou com a FAB a fase de estudos preliminares e a busca de parcerias estratégicas. "Temos 12 meses para concluir esses estudos e definir a configuração do avião e mais 12 meses para fazer os detalhamentos iniciais". O investimento previsto é de cerca de US$ 800 milhões, segundo fontes. A empresa não revela valores. O KC-390, avião de transporte logístico e reabastecimento em voo, vai disputar um mercado de 700 aeronaves, o que representa negócios da ordem de US$ 50 bilhões.
O pontapé inicial do projeto será em abril, com o anúncio da liberação de recursos iniciais de R$ 60 milhões. Segundo o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Ce
confaer), a assinatura do contrato de desenvolvimento inicial do projeto, entre a fabricante e a FAB, deverá acontecer durante o evento da LAAD (Latin America Aerospace and Defense), a maior feira de segurança e defesa da América Latina, que ocorrerá de 14 a 17 de abril, no Rio. Para a Aeronáutica, o KC-390 tem elevado potencial de exportação e tornar o Brasil grande fabricante nesse segmento.
O plano de desenvolver um novo avião militar, o maior já montado pela Embraer até o momento, segue a mesma filosofia aplicada aos jatos comerciais. "A única diferença, neste caso, é que por se tratar de um programa de governo, os parceiros industriais estarão atrelados aos interesses do Brasil, sem deixar de levar em conta os objetivos comerciais da Embraer", explicou.
O desenvolvimento de uma nova aeronave por meio de parcerias estratégicas, segundo Neto, traz uma série de vantagens para o fabricante e também para os fornecedores. Entre essas vantagens, o executivo cita o compartilhamento de custos e riscos, a criação de laços de longo prazo entre as indústrias, as forças armadas e os governos de diversos países, além de estabelecer cotas de participação nas vendas.
"Outra característica importante dessas parcerias é que elas propiciam um enriquecimento das especificações técnicas de um avião e a possibilidade de se fazer um produto mais adequado para as necessidades do mercado". Para o programa do 145 a Embraer contou com a ajuda de quatro empresas parceiras e uma centena de fornecedores. O desenvolvimento dos jatos 170/190 mudou um pouco o conceito de parceria de risco e contou com 16 parceiros de risco e 22 fornecedores. "Nesse programa, o envolvimento e a responsabilidade do parceiro eram mais amplos".
As dificuldades encontradas pela Embraer no mercado de aviação comercial, aumentou a importância do setor de defesa, que surge como uma alternativa estratégica para a empresa restabelecer forças e superar a crise. "A área de defesa da Embraer cresceu muito nos últimos dois anos e tem hoje uma dimensão bem diferente do que tinha há sete anos, devido a sua expansão mercadológica", disse.
Até o terceiro trimestre de 2008 a área de defesa representava 8,8% da receita. "Vamos crescer muito mais em 2009 e o KC-390 terá um papel fundamental na expansão dos negócios da Embraer nessa área nos próximos 20 anos".
Além do cargueiro, a área de defesa da Embraer sobrevive dos programas do avião de treinamento SuperTucano, que tem encomendas importantes da Colômbia, Chile, República Dominicana e da FAB; a modernização da frota de AMX e F-5 da Aeronáutica, o desenvolvimento de três aviões de vigilância aérea para a Índia e a venda de oito aeronaves de transporte de autoridades para governos. Destes, dois são do modelo 190 e serão usados no transporte de autoridades do governo brasileiro. A entrega dessas aeronaves está prevista para os próximos meses.
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"