CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#856 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Fev 06, 2009 3:57 pm

Olha que eu não digo que estejas errado.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#857 Mensagem por Enlil » Sex Fev 06, 2009 3:58 pm

A realidade não é exatamente como alega a propaganda oficial (e extremamente bem organizada) israelense.

É surpreendente, mas alguns colegas foristas analisam o conflito em Gaza de dez-jan em uma perspectiva de curto prazo como se suas causas fossem somente devido a lançamentos de Qassans por militantes do Hamas:

1) Israel luta contra radicais islâmicos mas apoia os radicais israelenses - judeus ortodoxos e ultra-ortodoxos q estão assentados em terras palestinas na Cisjordânia e nas Colinas de Golan (território Sírio) -Israel controla as nascentes do rio Jordão, desvia os recursos hídricos p/os Kibuts e cidades israelenses, nega esses recursos aos palestinos (bem tão escasso q as cisernas são dentro das casas palestinas) e, inclusive, esse desvio de água esta causando um dos maiores desastres ecológicos da região: o secamento de Mar Morto - tempestades de sal...

Alguém está lembrado da retirada de assentamentos israelenses de Gaza? esses indivíduos ultra-radicais (israelenses) jogaram até óleo quente em seu exército;

- As pessoas tem q parar de ter um visão dicotômico da história e dos fatos contemporâneos - os bonzinhos e os maus: já foi postado por foristas de bom senso (q procuram relativizar as "verdades" imutáveis) q vários judeus ortodoxos estão nas FA's (muitos oficiais) israelenses - não querem nem saber - fogo, fogo, fogo... (apoiados pela direita e extrema-direita israelense);

2) Durante a construção do muro na Cisjordânia Israel tratou de "empurrar" o território palestino mais para trás alegando questões de "segurança";

3) Procurem mapas da expansão (desde 1948) e entenderão em parte a revolta palestina - expulsão de suas terras anscestrais de milhões de palestinos;

4) Faz o q eu digo, não faça o q eu fiz: não esqueçam dos métodos da "resistência" judaica no início do século; hoje seriam grupos "terroristas";

5) Israel mantém expansão de assentamentos em Jerusalém oriental, Cisjordânia e Golan;

6) O litoral de Gaza possui consideráveis reservas reservas de gás natural;

7) No "processo de paz" Israel/ANP (podre de corrupta) entrou um elemento não considerado: Hamas (originado no Egito, de partido opositor a Mubarak - q também tem interesse em tirar o Hamas da jogada e prever problemas internos);

8) O Hamas é o governo de Gaza: toda infraestrutura de assistência civil era por ele administrada; Gaza é densamente povoada: Israel bombardeou essa infraestrutura só pensando no Hamas, não na população palestina. Esse papo de escudo pelo Hamas é desculpa esfarrapada de Israel por seus crimes de guerra e execuções sumárias (de civis inclusive) em Gaza.

9) Fósforo branco, etc... esta claro q Israel cometeu 'n' crimes de guerra: 13 israelenses por + de 1300 palestinos (centenas de crianças) é indefensável.

10) Eleições em Israel;

11) Posse de Obama;

12) Com essas ofensivas o Hamas garantiu mais uma geração de militantes;

13) Só falta me chamarem de anti-semita por criticar Israel, cliche clássico...




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#858 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Fev 06, 2009 4:08 pm

nukualofa77, amanhã com calma desmonto o teu texto. Agora vou para casa que a Maria está à minha espera...




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#859 Mensagem por Enlil » Sex Fev 06, 2009 10:07 pm

cabeça de martelo escreveu:nukualofa77, amanhã com calma desmonto o teu texto. Agora vou para casa que a Maria está à minha espera...

Quem viver verá...




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#860 Mensagem por Enlil » Sex Fev 06, 2009 10:59 pm

Desmontar o meu texto? Não estou defendendo o Hamas. Acho q o colega "Cabeça de Martelo" (aliás uma providencial alto-alcunha - tá parecendo o PT do Rússia x Ossétia em q os russos eram o próprio demônio e os georgeanos_EUA-OTAN os defensores da liberdade...) não compreendeu meu texto.

Logo no início enfatizei: Israel luta contra radicais islâmicos mas APOIA OS RADICAIS ISRAELENSES.

Está é uma questão FUNDAMENTAL para se entender o conflito: RADICAIS dos 2 LADOS do front q NÃO querem a PAZ.

Não se justifica o lançamento de Qassans sem direção contra Israel; no entanto, os ataques inconsequentes contra áreas densamente povoadas por parte de Israel tem pouca legitimidade militar. Com isso Israel só alimenta o ódio contra os israelenses.

Já sei: isso significa q Israel tem q conversar com os radicais do Hamas?!

Ponha uma coisa em sua cabeça: parte significativa da política Israelense NÃO quer conversa com o Hamas (idem com Israel), quer simplesmente aniquilar o movimento custe o q custar. Só estavam esperando o momento; nada era tão certo quanto isso, q tem, inclusive, apoio de alas do Fatah (conflito inter-palestino) q não quer dividir, em hipótese alguma, o poder nos territórios palestino (não esqueça q o Hmas foi eleito democraticamente em Gaza - porque será? se o fatah era tão bonzinho...).

As facções radicais palestinas são conhecidas, assim como seus métodos.

A QUESTÃO FUNDAMENTAL é q certos foristas batem eternamente nesta tecla e esquecem q também há fundamentalistas religiosos na IDF (judeus ortodoxos - q estão se lixando p/os civis palestinos - querem é sim é toda terra do reino "Israel" p/eles), no parlamento, assim como a direita e extrema-direita israelenses q também está se lixando p/os palestinos.

Esses indivíduos não querem a paz, simplesmente porque não estão dispostos a ceder nada.

Os países árabes, capitaneados pela Arábia Saudita, propuseram um plano de paz com Israel: paz por terra - e não por simples caridade; simplesmente propuseram q Israel DEVOLVA as terra invadidas da Cisjordânia, as colinas de Golan e de Jerusalém ocupadas desde de a Guerra dos Seis Dias (1967).

Esses setores religiosos e políticos de Israel simplesmente não cogitam devolver esses territórios.


Alguns foristas, por desconhecimento (talvez) ou parcialidade mesmo, insistem em contar MEIA HISTÓRIA: dá para tirar de pá os radicais do lado israelense...

Os radicais palestinos e seus métodos todos conhecem. Eles sabem muito bem q não há como vencer militarmente Israel. Esses pape de destruir o Estado Israelense e sequer adimitir sua existência é uma propagandinha interna furada q os palestinos estão cansados de saber q é balela. Israel é uma realidade (e bota realidade nisso) q os Merkava, M-109 e F-16 não deixam de lembrar.

A questão é q Israel sempre da pano pra manga. Segrega os territórios palestinos, q estão @#&*& entre duas alas políticas : Fatah (corrupto e colaboracionista) e Hamas (radical, mas legítimo, no sentido em q não é ambíguo).

Está na hora de por em pauta os radicais de Israel, q, tanto quanto os palestinos, NÃO querem a PAZ.


PELA ÚLTIMA VEZ: sim, existem 'n' segmentos políticos palestinos radicais....parabéns - o óbvio.

Agora, PAREM de insistir nos "mocinhos inocentes israelenses" q estão apenas se defendo contra os "terroristas radicais palestinos" q querem destruir o Estado de Israel.

Os bonzinhos na História depende do lado q tem a melhor propaganda, q está ganhando ou ganhou os conflitos.

Os fatos nunca são unidimensionais: isto causou aquilo. Sempre há valores objetivos e subjetivos q devem ser levados em conta e, geralmente, considerados a longo prazo.

Tá na hora de se contar certas "detalhes" q a mídia ocidental (e parcial) ignora em nome da "superioridade de sua civilização" como diria o Neo-Mussolini Sílvio Berlusconi...




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#861 Mensagem por Enlil » Sex Fev 06, 2009 11:55 pm

19/01/2009 - 12h06
SOFTWARE ISRAELENSE MANOBRA OPINIÕES NA INTERNET
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DIÓGENES MUNIZ
editor de Informática da Folha Online

Nem só de caças F-16 e mísseis teleguiados são feitos os ataques israelenses em Gaza. Uma arma em específico se destacou pela eficiência apresentada desde a escalada do conflito --e continuará sendo usada, mesmo após o cessar-fogo. Ela age nos bastidores da internet, modificando resultados de enquetes on-line, entupindo caixas de e-mails de autoridades e ajudando a protestar contra notícias desfavoráveis à comunidade israelense.

O nome da ferramenta é Megaphone, um software desenvolvido pela companhia Collactive e distribuído pela organização Giyus ("mobilização" em hebraico, mas também sigla para "Give Israel Your United Support" ou "Dê a Israel seu apoio integrado", em tradução livre). O programa serve para mobilizar internautas pelo mundo dispostos a manobrar ("balancear", segundo os usuários) opiniões na rede.

Desenvolvido em 2006, durante a Guerra do Líbano, seu uso atingiu 36.700 "soldados virtuais" com o conflito em Gaza. A meta: 100 mil participantes.

Lobby 2.0

O internauta disposto a fazer parte do arrastão cibernético precisa baixar um programa no site Giyus.org, que se apresenta como uma "coalizão de organizações pró-Israel trabalhando juntas para ajudar a comunidade judaica a fazer suas opiniões serem ouvidas de maneira efetiva".

Instalada a plataforma, aparecem no computador alertas em tempo real sobre notícias, enquetes, artigos, vídeos ou blogs que estejam com visões "a favor ou contra" a comunidade. Lembram os avisos de novas mensagens do comunicador instantâneo MSN. O internauta é convidado, a partir daí, a "agir por Israel" --enchendo os alvos de críticas, elogios ou votos.

Com poucos cliques (e sem dominar o idioma da página em questão), é possível influenciar uma pesquisa no site do Yahoo! ou mandar uma notícia sobre mísseis palestinos para a ONU, entre outros. O programa oferece no próprio navegador um formulário completo de "ação" já preenchido, com endereços dos destinatários e conteúdo padrão a ser enviado: o internauta sequer precisa abrir sua conta de e-mail ou clicar em "enviar".

Redes sociais e sites colaborativos, como Facebook e YouTube, também estão na mira do software. Esse tipo de estratégia, que recebeu o apoio do Ministério das Relações Exteriores de Israel, já forçou o site da BBC a tirar uma enquete do ar.

Desde o início da invasão a Gaza, dezenas de comunidades e sites foram "pichados", invadidos ou derrubados, tanto por piratas virtuais palestinos quanto israelenses. O que se destaca neste caso, no entanto, é o modo de atuação do programa, que institucionaliza a manipulação de informação de forma coordenada e colaborativa.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 1732.shtml




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#862 Mensagem por Enlil » Sáb Fev 07, 2009 12:10 am

02/04/2007 - 11h18
EHUD OLMERT É CRITICADO POR QUERER PARTICIPAR EM REUNIÃO DE PAZ ÁRABE

Por Charly Wegman=(FOTOS)= JERUSALÉM, 2 abr 2007 (AFP) - A proposta do primeiro-ministro israelense Ehud Olmert, que disse estar disposto a participar numa conferência de paz patrocinada pela Arábia Saudita, foi criticada energicamente nesta segunda-feira por líderes da esquerda e da direita.

Nem os políticos, nem os analistas mostraram benevolência com Olmert, que, no domingo, anunciou a intenção de participar numa reunião com os países árabes moderados se fosse convidado pelo rei Abdullah da Arábia Saudita.

"Se o rei saudita organizar uma reunião com os países árabes moderados e me convidar, junto com o líder da Autoridade Palestina, para nos apresentar as idéias dos sauditas, compareceremos para escutá-los e apresentar as nossas", disse Olmert em uma entrevista coletiva conjunta com a chanceler alemã Angela Merkel.

"Acredito que é o momento de fazer um esforço considerável para fazer progredir os contatos diplomáticos", destacou Olmert.

"Olmert se encontra numa situação tão ruim em nível político interno que semelhante convite acabaria sendo lucrativo para ele", afirmou ironicamente um comentarista político da rádio militar.

"Lamentavelmente para seu futuro político, parece que as prioridades do rei Abdullah não são as mesmas que as dele", acrescentou.

O chefe de Governo israelense, que conta com um índice de apoio da opinião pública próxima ao zero depois dos erros da guerra contra o Hezbollah no Líbano em meados do ano passado, também está envolvido em vários casos embaraçosos.

"Ao invés de se esconder por trás das palavras que carecem de sentido, Olmert deveria pegar o touro pelos chifres e ao menos iniciar negociações com nossos vizinhos árabes", afirmou o líder do partido de esquerda Meretz, Yossi Beilin, um dos artífices dos acordos de Oslo de 1993 entre israelenses e palestinos.

Segundo o deputado árabe israelense Ahmed Tibi, da Lista Árabe Unificada, "os dirigentes árabes não aceitarão a proposta de Olmert, que nada mais é do que uma operação de relações públicas".

Na direita, o tom não é mais animador.

Zvi Haendel, um deputado da União Nacional, um PARTIDO RELIGIOSO VINCULADO AOS COLONOS, acusou Olmert de "viver na ilusão".

"O dia em que o governo é informado que organizações terroristas se armam na Faixa de Gaza, ele (Olmert) faz declarações totalmente distantes da realidade, ao invés de ordenar ao Exército que erradique este terrorismo sangrento", afirmou Haendel.

Por sua parte, o principal negociador da Autoridade Palestina, Saeb Erakat, manifestou seu desejo de que a proposta de Olmert permita prever uma aceitação, por parte de Israel, da iniciativa de paz árabe reativada durante a recente reunião de chefes de Estado árabes em Riad.

"Nós esperamos que Ehud Olmert aceite a INICIATIVA ÁRABE, que poderá abrir novos horizontes", disse Erakat à AFP, em referência à oferta de paz de inspiração saudita, que prevê a normalização das relações entre os países árabes e Israel EM TROCA DA RETIRADA ISRAELENSE DOS TERRITÓRIOS ÁRABES OCUPADOS DESDE JUNHO DE 1967.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2 ... 77863.jhtm




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#863 Mensagem por Enlil » Sáb Fev 07, 2009 12:25 am

OPWERAÇÃO EM GAZA ‘EMBARALHA’ IDEOLOGIA PARTIDÁRIA EM ISRAEL

Guila Flint

De Tel Aviv para a BBC Brasil

Soldados israelenses próximos à Faixa de Gaza

Cinco maiores partidos defendem o uso da força contra o Hamas

O recrudescimento do confronto entre Israel e o grupo palestino Hamas pôs a questão da segurança do país no topo absoluto das prioridades dos eleitores israelenses para as eleições gerais da próxima terça-feira e praticamente eliminou as diferenças de plataformas políticas, segundo mostram as propostas dos principais partidos políticos israelenses.

Os líderes dos cinco principais partidos de Israel - incluindo os governistas Kadima e Partido Trabalhista e o oposicionista Likud, favorito no pleito do dia 10 - defendem o uso da força contra o Hamas.

Somente os partidos árabes, que ficaram ameaçados durante a campanha de perder na Justiça o registro eleitoral, se posicionaram claramente contra a ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, batizada de "Chumbo Fundido".

A ofensiva militar de três semanas, iniciada no fim de dezembro, deixou mais de 1.300 palestinos e 13 israelenses mortos.

O objetivo da operação era interromper o lançamento de foguetes contra o território israelense a partir da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo Hamas, que se opõe à existência de Israel.

Apesar das tréguas declaradas pelo Hamas e por Israel, o território israelense continua sendo alvo de disparos ocasionais de foguetes.

Evaporação das diferenças

"A operação na Faixa de Gaza fortaleceu a evaporação das diferenças entre os principais partidos, mas esse processo já vinha acontecendo desde 2000", disse à BBC Brasil Asher Cohen, professor de Ciências Políticas da Universidade Bar Ilan.

"Desde o início da Intifada criou-se um consenso entre as principais forças políticas de Israel, de que não temos parceiro para a paz e que não devemos dialogar com o Hamas", afirmou Cohen.

"O apoio ao uso da violência contra o Hamas também é consensual, e depois da operação ‘Chumbo Fundido' esse consenso tornou-se mais evidente ainda."

"Para o eleitor é difícil encontrar diferenças até na própria composição dos partidos, pois membros do Partido Trabalhista passaram para o Likud e para o Kadima, e figuras importantes do Likud entraram no Kadima, dificultando mais ainda a distinção entre os principais partidos", acrescentou o cientista politico.

Segundo as últimas pesquisas, o oposicionista Likud (direita) é o favorito para as eleições do dia 10 e poderá ver sua bancada no Parlamento crescer das atuais 12 cadeiras para 28 - de um total de 120 cadeiras.

A bancada do Kadima poderia cair de 26 para 23 cadeiras, segundo as projeções, enquanto o Partido Trabalhista poderia perder 2 dos seus atuais 19 deputados.

Uso da força

Os principais postulantes ao cargo de primeiro-ministro vêm dando declarações em defesa do uso da força contra o Hamas.

A líder do Kadima e atual ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, afirmou que "a única resposta contra o terror é a força, e muita força".

O ministro da Defesa, Ehud Barak, líder do Partido Trabalhista, afirmou que "o Hamas recebeu um golpe muito duro na Operação Chumbo Fundido, e se necessário, vai receber mais um".

O líder do Likud, o ex-premiê Binyamin Netanyahu, disse que "a única resposta para o lançamento de foguetes será derrubar o regime do Hamas e fechar efetivamente a Faixa de Gaza para impedir que essa base terrorista volte a se armar".

Todas as pesquisas recentes apontam Netanyahu como o próximo premiê de Israel, à frente de uma coalizão de partidos de direita e religiosos.

O partido ULTRA-DIREITISTA Israel Beiteinu ("Israel é nosso lar"), liderado por Avigdor Liberman, é considerado o grande ganhador com a ofensiva à Faixa de Gaza.

Antes da ofensiva as pesquisas indicavam 11 cadeiras para o Israel Beiteinu, mas após as três semanas da operação essa projeção aumentou para 18.

De acordo com Liberman, "o cessar-fogo foi um erro e Israel não terminou o trabalho na Faixa de Gaza e deveria ter continuado a operação para eliminar o Hamas".

Se a tendência das pesquisas for confirmada nas urnas, o partido liderado por Liberman será o terceiro maior no Parlamento e obterá mais votos do que o Partido Trabalhista.

O quinto partido mais forte, o ULTRA-ORTODOXO Shas, deverá obter 10 cadeiras, segundo as pesquisas, perdendo 2 das 12 que mantém atualmente.

O líder do partido, Eli Ishai, sugeriu "DESTRUIR CEM CASAS EM RESPOSTA A CADA FOGUETE QUE FOR LANÇADO A PARTIR DA FAIXA DE GAZA, MESMO SE O FOGUETE CAIR NO MAR OU EM ÁREAS ABERTAS E NÃO CAUSAR DANOS".

"Só assim eles (os grupos palestinos) vão entender a mensagem e parar de lançar foguetes", declarou o líder do Shas.

Somente os três partidos que representam a minoria árabe-israelense defendem um diálogo para um cessar-fogo permanente entre Israel e o Hamas.


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... uais.shtml




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#864 Mensagem por Enlil » Sáb Fev 07, 2009 12:34 am

Radicais palestinos, blá, blá, blá...

"Terroristas palestinos q querem destruir o Estado de Israel", blá, blá, blá... grande novidade...os inimigos da "civilização" não querem a paz = aceitar um Estado palestino nas condições convenientes para o ocidente e com as fronteiras atuais...

>>>ISRAEL: População: 7.112.359 (INCLUI cerca de 187 MIL COLONOS ISRAELENSES NA CISJORDÂNIA, CERCA DE 20 MIL NAS COLINAS D GOLÃ, E POUCO MENOS DE 177 MIL NO LESTE DE JERUSALÉM, em estimativa de 2008).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 9246.shtml (Fonte: CIA World Factbook)

Opa: RADICAIS ISRAELENSES?!

Deve ser só por causa de uns Qassans... blá,blá, blá...




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#865 Mensagem por P44 » Sáb Fev 07, 2009 8:49 am

um povo que se AUTO-INTITULA o "povo eleito" (tal qual a HERRENVOLK do III REICH), que trata os palestinianos como uma raça inferior (tal qual os UNTERMENSCHEN do III REICH), que prega a superioridade racial e religiosa, nunca , do alto da sua ARROGÂNCIA, reconhecerá para outros povos o que considera que é apenas seu!




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#866 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Fev 07, 2009 9:58 am

nukualofa77 escreveu:A realidade não é exatamente como alega a propaganda oficial (e extremamente bem organizada) israelense.

É surpreendente, mas alguns colegas foristas analisam o conflito em Gaza de dez-jan em uma perspectiva de curto prazo como se suas causas fossem somente devido a lançamentos de Qassans por militantes do Hamas:

1) Israel luta contra radicais islâmicos mas apoia os radicais israelenses - judeus ortodoxos e ultra-ortodoxos q estão assentados em terras palestinas na Cisjordânia e nas Colinas de Golan (território Sírio) -Israel controla as nascentes do rio Jordão, desvia os recursos hídricos p/os Kibuts e cidades israelenses, nega esses recursos aos palestinos (bem tão escasso q as cisernas são dentro das casas palestinas) e, inclusive, esse desvio de água esta causando um dos maiores desastres ecológicos da região: o secamento de Mar Morto - tempestades de sal...
Vá ver um mapa e verá que não é apenas Israel que está a desviar água causando o secamento do mar Morto.
Alguém está lembrado da retirada de assentamentos israelenses de Gaza? esses indivíduos ultra-radicais (israelenses) jogaram até óleo quente em seu exército;
Certo, ou seja Israel assinou um tratado de paz em que concordava com a retirada das suas Forças da Faixa de Gaza e com o fim dos colonatos nessa zona...e cumpriu.
- As pessoas tem q parar de ter um visão dicotômico da história e dos fatos contemporâneos - os bonzinhos e os maus: já foi postado por foristas de bom senso (q procuram relativizar as "verdades" imutáveis) q vários judeus ortodoxos estão nas FA's (muitos oficiais) israelenses - não querem nem saber - fogo, fogo, fogo... (apoiados pela direita e extrema-direita israelense);
Certo, mas olha que só há um Batalhão com esses Judeus Ortodoxos. Na verdade os cidadãos Israelitas "normais" não gostam muito destes tipos porque eles não são obrigados a cumprirem o SMO e chupam o dinheiro ao estado. Uma coisa é a extrema-direita Israelita (que tem Judeus Ortodoxos e não ortodoxos), outra coisa são os Judeus Ortodoxos e outra coisa são os Judeus que estão nos colonatos (que podem ser ou não Ortodoxos).
2) Durante a construção do muro na Cisjordânia Israel tratou de "empurrar" o território palestino mais para trás alegando questões de "segurança";
Provavelmente foi tanto o motivo subjacente na alinha escrita por si...e também por motivos de segurança.
3) Procurem mapas da expansão (desde 1948) e entenderão em parte a revolta palestina - expulsão de suas terras anscestrais de milhões de palestinos;
Ai essa história... em 48 o Egipto, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque, invadiram Israel; Marrocos, Sudão, Iémen e Arábia Saudita também enviaram tropas para ajudar. Foram os Árabes que iniciaram a guerra, foram os Árabes que perderam a mesma guerra. Quem perde...leva com os vencedores em cima. Sempre foi e sempre será assim!
4) Faz o q eu digo, não faça o q eu fiz: não esqueçam dos métodos da "resistência" judaica no início do século; hoje seriam grupos "terroristas";
A Haganah foi criada para proteger os colonatos de incursões de grupos armados árabes. Essa organização foi evoluindo para uma organização com capacidade de retaliação e no fim tornou-se num autêntico exército. Eles operaram contra os bandos árabes e contra os Britânicos que estavam a impedir a entrada de novos emigrantes Judeus.
5) Israel mantém expansão de assentamentos em Jerusalém oriental, Cisjordânia e Golan;
Isso é um facto, Israel não impede que os seus cidadãos possam criar novos colonatos no seu território.
6) O litoral de Gaza possui consideráveis reservas reservas de gás natural;
Também dizem o mesmo no litoral algarvio à décadas e até agora não se começou a explorar. Uma coisa é haver gás natural, outra coisa é ser lucartivo o suficiente retirar de lá. Não sou especialista, mas só quando eles estiverem a explorar as ditas reservas é que eu acreditarei que são reservas em quantidade e qualidade suficiente para começar uma exploração.
7) No "processo de paz" Israel/ANP (podre de corrupta) entrou um elemento não considerado: Hamas (originado no Egito, de partido opositor a Mubarak - q também tem interesse em tirar o Hamas da jogada e prever problemas internos);
Mas que os tunéis iam de gaza para o Egipto, isso é inegável.
8) O Hamas é o governo de Gaza: toda infraestrutura de assistência civil era por ele administrada; Gaza é densamente povoada: Israel bombardeou essa infraestrutura só pensando no Hamas, não na população palestina. Esse papo de escudo pelo Hamas é desculpa esfarrapada de Israel por seus crimes de guerra e execuções sumárias (de civis inclusive) em Gaza.
Provas? Até agora nada.
9) Fósforo branco, etc... esta claro q Israel cometeu 'n' crimes de guerra: 13 israelenses por + de 1300 palestinos (centenas de crianças) é indefensável.
O fósforo já foi aqui explicado "N" vezes para o que servia. Já coloquei videos e fotos em que mostrava tipos do Hamas a usar ambulâncias para se deslocarem, disparavam no meio de crianças contra helicopteros, etc. Isso e o facto de Israel ter das mais eficazes Protecções civis do mundo e umas Forças Armadas das melhores equipadas e treinadas no mundo, explica as poucas baixas que tiveram.
10) Eleições em Israel;

11) Posse de Obama;
Os motivos politicos sempre estiveram presentes, são bastante claros (como em qualquer guerra).
12) Com essas ofensivas o Hamas garantiu mais uma geração de militantes;
Certamente que não viu um artigo que eu coloquei aqui no fórum em que residentes de gaza queixavam-se do Hamas e como se sentiam traidos pelo movimento, mas como eles controlam tudo e todos não podiam fazer nada. Que a estrutura militar e politica do Hamas se está a reconstruir é um facto, mas acho que as pessoas da Faixa de Gaza viram a verdadeira faceta dessa organização (que até rouba alimentos da ONU que eram para os residentes da Faixa de Gaza).
13) Só falta me chamarem de anti-semita por criticar Israel, cliche clássico...
Claro que não, apenas mal informado. :wink:




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#867 Mensagem por Clermont » Sáb Fev 07, 2009 12:12 pm

cabeça de martelo escreveu:
5) Israel mantém expansão de assentamentos em Jerusalém oriental, Cisjordânia e Golan;
Isso é um facto, Israel não impede que os seus cidadãos possam criar novos colonatos no seu território.
E eis o "x" da questão.

Muitos palestinos não concordam que este território seja "dos outros"...




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#868 Mensagem por Enlil » Sáb Fev 07, 2009 1:02 pm

cabeça de martelo escreveu:
nukualofa77 escreveu:A realidade não é exatamente como alega a propaganda oficial (e extremamente bem organizada) israelense.

É surpreendente, mas alguns colegas foristas analisam o conflito em Gaza de dez-jan em uma perspectiva de curto prazo como se suas causas fossem somente devido a lançamentos de Qassans por militantes do Hamas:

1) Israel luta contra radicais islâmicos mas apoia os radicais israelenses - judeus ortodoxos e ultra-ortodoxos q estão assentados em terras palestinas na Cisjordânia e nas Colinas de Golan (território Sírio) -Israel controla as nascentes do rio Jordão, desvia os recursos hídricos p/os Kibuts e cidades israelenses, nega esses recursos aos palestinos (bem tão escasso q as cisernas são dentro das casas palestinas) e, inclusive, esse desvio de água esta causando um dos maiores desastres ecológicos da região: o secamento de Mar Morto - tempestades de sal...
Vá ver um mapa e verá que não é apenas Israel que está a desviar água causando o secamento do mar Morto.

Estou falanfo do Rio Jordão, não de afluentes. Veja os mapas...
Alguém está lembrado da retirada de assentamentos israelenses de Gaza? esses indivíduos ultra-radicais (israelenses) jogaram até óleo quente em seu exército;
Certo, ou seja Israel assinou um tratado de paz em que concordava com a retirada das suas Forças da Faixa de Gaza e com o fim dos colonatos nessa zona...e cumpriu.

Cumpriu por q tinha um custo militar, econômico e político insustentável.
- As pessoas tem q parar de ter um visão dicotômico da história e dos fatos contemporâneos - os bonzinhos e os maus: já foi postado por foristas de bom senso (q procuram relativizar as "verdades" imutáveis) q vários judeus ortodoxos estão nas FA's (muitos oficiais) israelenses - não querem nem saber - fogo, fogo, fogo... (apoiados pela direita e extrema-direita israelense);
Certo, mas olha que só há um Batalhão com esses Judeus Ortodoxos. Na verdade os cidadãos Israelitas "normais" não gostam muito destes tipos porque eles não são obrigados a cumprirem o SMO e chupam o dinheiro ao estado. Uma coisa é a extrema-direita Israelita (que tem Judeus Ortodoxos e não ortodoxos), outra coisa são os Judeus Ortodoxos e outra coisa são os Judeus que estão nos colonatos (que podem ser ou não Ortodoxos).

Justamente são esses indivíduos - ortodoxos e extrema-direita - q não querem a paz com os paestinos, muito menos devolver os territórios ocupados. São os radicais de Israel q desde o início me refiro.
2) Durante a construção do muro na Cisjordânia Israel tratou de "empurrar" o território palestino mais para trás alegando questões de "segurança";
Provavelmente foi tanto o motivo subjacente na alinha escrita por si...e também por motivos de segurança.

Motivos de segurança!!!! Q descupa esfarrapada! Deve ser por isso q eles têm assentamentos no meio da Cisjorânia, em Golã, em Jerusalém Oriental...
3) Procurem mapas da expansão (desde 1948) e entenderão em parte a revolta palestina - expulsão de suas terras anscestrais de milhões de palestinos;
Ai essa história... em 48 o Egipto, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque, invadiram Israel; Marrocos, Sudão, Iémen e Arábia Saudita também enviaram tropas para ajudar. Foram os Árabes que iniciaram a guerra, foram os Árabes que perderam a mesma guerra. Quem perde...leva com os vencedores em cima. Sempre foi e sempre será assim!

A culpa é dos árabes? O maior o culpado pela questão é a Inglaterra e a França q fizeram essa divisão &*&$#@@# do Oriente Médio...só, pensando em seus interesses e no petróleo: dividir para dominar... a velha Europa colonialista....
4) Faz o q eu digo, não faça o q eu fiz: não esqueçam dos métodos da "resistência" judaica no início do século; hoje seriam grupos "terroristas";
A Haganah foi criada para proteger os colonatos de incursões de grupos armados árabes. Essa organização foi evoluindo para uma organização com capacidade de retaliação e no fim tornou-se num autêntico exército. Eles operaram contra os bandos árabes e contra os Britânicos que estavam a impedir a entrada de novos emigrantes Judeus.

Tá bom. Não sei quais suas fontes, mas eles fazim ATENTADOS contra os paestinos q resistiam a tomada de suas terras, inclusive contra os britânicos. Vide mapas da expansão israelense na palestina...
5) Israel mantém expansão de assentamentos em Jerusalém oriental, Cisjordânia e Golan;
Isso é um facto, Israel não impede que os seus cidadãos possam criar novos colonatos no seu território.

Há!! Essa é boa. Não impede: COORDENA, ESTIMULA e DEFENDE...
6) O litoral de Gaza possui consideráveis reservas reservas de gás natural;
Também dizem o mesmo no litoral algarvio à décadas e até agora não se começou a explorar. Uma coisa é haver gás natural, outra coisa é ser lucartivo o suficiente retirar de lá. Não sou especialista, mas só quando eles estiverem a explorar as ditas reservas é que eu acreditarei que são reservas em quantidade e qualidade suficiente para começar uma exploração.


E os pré-acordos de exploração entre Israel e os britânicos (é, eles de novo...)?!
7) No "processo de paz" Israel/ANP (podre de corrupta) entrou um elemento não considerado: Hamas (originado no Egito, de partido opositor a Mubarak - q também tem interesse em tirar o Hamas da jogada e prever problemas internos);
Mas que os tunéis iam de gaza para o Egipto, isso é inegável.

??? O q isso tem a ver com a questão? O governo do Egito (saudoso Mubarak, cupincha q se mantém no poder a base de corrupção e repressão da oposição graças ao apoio dos EUA) se meteu na questão p/prevenir seus próprios problemas internos.
8) O Hamas é o governo de Gaza: toda infraestrutura de assistência civil era por ele administrada; Gaza é densamente povoada: Israel bombardeou essa infraestrutura só pensando no Hamas, não na população palestina. Esse papo de escudo pelo Hamas é desculpa esfarrapada de Israel por seus crimes de guerra e execuções sumárias (de civis inclusive) em Gaza.
Provas? Até agora nada.

Quer um vídeo assinado pela IDF? Fora os relatos até os agentes da ONU confirmaram essses fatos...
9) Fósforo branco, etc... esta claro q Israel cometeu 'n' crimes de guerra: 13 israelenses por + de 1300 palestinos (centenas de crianças) é indefensável.
O fósforo já foi aqui explicado "N" vezes para o que servia. Já coloquei videos e fotos em que mostrava tipos do Hamas a usar ambulâncias para se deslocarem, disparavam no meio de crianças contra helicopteros, etc. Isso e o facto de Israel ter das mais eficazes Protecções civis do mundo e umas Forças Armadas das melhores equipadas e treinadas no mundo, explica as poucas baixas que tiveram.

Só para sinalizar?!!! Se é assim, os Qassans são "foguetes metereológicos"...

Preteção p/seus soldados, é claro...

10) Eleições em Israel;

11) Posse de Obama;
Os motivos politicos sempre estiveram presentes, são bastante claros (como em qualquer guerra).

Pois é. %$¨%$¨os palestinos...
12) Com essas ofensivas o Hamas garantiu mais uma geração de militantes;
Certamente que não viu um artigo que eu coloquei aqui no fórum em que residentes de gaza queixavam-se do Hamas e como se sentiam traidos pelo movimento, mas como eles controlam tudo e todos não podiam fazer nada. Que a estrutura militar e politica do Hamas se está a reconstruir é um facto, mas acho que as pessoas da Faixa de Gaza viram a verdadeira faceta dessa organização (que até rouba alimentos da ONU que eram para os residentes da Faixa de Gaza).

É mesmo?! Pelo q eu saiba os analistas em relações internacionais enfatizam q a ofensiva só fortaleceu o Hamas, assim como aconteceu com o Hesbollah, no Líbano em 2006...
13) Só falta me chamarem de anti-semita por criticar Israel, cliche clássico...
Claro que não, apenas mal informado. :wink:
Mal informado?!!!! É mesmo?!!!! Não sou o dono da verdade, só detesto a insistência em MEIAS verdades: um visão maniqueísta/dicotômica da história, curso q aliás sou formado.

Não acho q as pessoas são isso ou aquilo por serem mal informadas; MUITO pior q isso é serem PARCIALMENTE informadas e não terem o bom senso de verem (questionarem e refletirem) sobre os pontos de vista antagônicos nos fatos contemporâneos.


A questão Israelense/palestina envolve interesses de todo o Oriente Médio, da Europa e dos EUA, cada um defendendo o seu...

Agora, pode-se se questionar por 'n' motivos os métodos da resistência palestina. Agora esse papo de q Israel é um "pobre inocente defendendo-se do radicais e terroristas palestinos" é típico de quem não entende e tem uma visão parcial e míope dos conflitos no Oriente Médio.

O Fato é q Israel tem uma política CLARA de EXPANSIONISMO na Palestina e seus métodos de "defesa" são evidentes crimes de guerra e contra a humanidade. Essa é a questão, isso é inegável.

Não é uma defesa do Hamas. Com já disse, seus métodos são conhecidos.

Agora colocar Israel como pobrezinho na questão é demais...aliás, bem de menos....






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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#869 Mensagem por Enlil » Sáb Fev 07, 2009 1:14 pm

CONFLITO EM GAZA DESPERTA POLÊMICA SOBRE DEFINIÇÃO DE 'CIVIS'

Heather Sharp

Da BBC News em Jerusalém

Palestinos

Israel diz estar tentando minimizar as vítimas civis

As crianças ensanguentadas são, claramente, civis; os homens mortos quando lançam foguetes, sem dúvida, não são.

Mas e os cerca de 40 jovens recrutas da polícia do Hamas em parada que morreram na primeira onda de bombardeios de Israel na Faixa de Gaza?

Os depósitos de armas são, claramente, militares - mas e o Ministério do Interior, atingido em um ataque que matou dois médicos; ou o escritório de troca de moedas, cuja destruição, na semana passada, acabou ferindo um menino que estava no andar superior?

Com o aumento do número de mortos na Faixa de Gaza, surge a delicada questão de quem e o quê pode ser considerado um alvo militar legítimo em um território governado por um grupo que muitos na comunidade internacional consideram uma organização terrorista.

Este é também o grupo que venceu as eleições legislativas palestinas em janeiro de 2006 e, um ano depois, consolidou seu controle à força.

Ou seja, embora esteja por trás de uma campanha de atentados suicidas em Israel e lance foguetes indiscriminadamente para o lado israelense da fronteira, também está encarregado de escolas, hospitais, serviços sanitários e usinas de energia elétrica na Faixa de Gaza.

Leis internacionais

Israel diz que está operando totalmente dentro das leis internacionais, mas organizações de defesa dos direitos humanos temem que os israelenses estejam forçando os termos da legislação.

E, na medida em que as forças em terra entram em choque na densamente povoada Faixa de Gaza, a questão ficará mais premente.

As leis internacionais em manter as baixas entre civis em um nível mínimo são baseadas na distinção entre "combatentes" e "não-combatentes".

Quando Israel lançou sua primeira onda de ataques, o primeiro-ministro Ehud Olmert disse: "Vocês - os cidadãos da Faixa de Gaza - não são nossos inimigos. Hamas, Jihad e as outras organizações terroristas são os seus inimigos, assim como são nossos inimigos."

Mas quando um porta-voz militar israelense diz que "qualquer um afiliado ao Hamas é um alvo legítimo", as coisas ficam complicadas.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha - guardião das Convenções de Genebra em que as leis humanitárias internacionais são baseadas - define um combatente como uma pessoa "diretamente engajada em hostilidades".

Mas o porta-voz das Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês), Benjamin Rutland, disse à BBC: "Nossa definição é que qualquer um que esteja envolvido com terrorismo dentro do Hamas é um alvo válido. Isso inclui instituições estritamente militares e outras, políticas, que fornecem apoio logístico e recursos humanos para o braço terrorista."

Definição "aberta"

Philippe Sands, professor de Direito Internacional da University College London, diz que não se recorda de uma democracia ocidental que tenha adotado uma definição tão ampla.

"Uma vez que você amplia a definição de combatente como o IDF aparentemente está fazendo, você começa a incluir indivíduos que só estão envolvidos de maneira indireta ou periférica", afirma. "Ela se torna uma definição aberta, o que mina o propósito das regras a que ela deve se aplicar."

Na verdade, o próprio Hamas teria dito que o fato de que a maioria dos israelenses faz serviço militar justifica ataques a áreas civis.

Os primeiros bombardeios, que tiveram como alvo delegacias na Faixa de Gaza, são um caso-chave nessa questão - especialmente, o ataque que matou pelo menos 40 recrutas em parada.

Analistas dizem que os policiais do Hamas são responsáveis por reprimir dissidentes e remover espiões, assim como lidar com o crime e organizar o trânsito.

Mas o grupo de defesa dos direitos humanos, B'Tselem, que levantou a questão em uma carta ao procurador-geral de Israel, diz que aparentemente os mortos eram treinados em primeiros socorros, direitos humanos e manutenção da ordem pública.

Convenção de Genebra

O IDF diz que tem inteligência de que membros da força policial costumam "fazer bico" em esquadrões de foguetes, mas não deu detalhes sobre locais específicos ou alvos individuais.

O grupo Human Rights Watch (HRW), contudo, alega que mesmo se integrantes da polícia também servem como combatentes do Hamas, eles só podem ser atacados legalmente quando estão participando de atividades militares.

O B'Tselem e o HRW também estão preocupados com ataques ostensivos a instalações civis como universidades, mesquitas e autarquias.

O Protocolo-1 da Convenção de Genebra - citado por Israel, embora não assinado pelo país - diz que, para ser um alvo militar legítimo, um local tem que "dar uma contribuição efetiva à ação militar" e sua destruição ou neutralização também tem que oferecer "uma vantagem militar definitiva".

Israel disse que bombardeou mesquitas porque elas eram usadas para armazenar armas, liberando um vídeo de ataques aéreos que diz mostrar explosões secundárias como prova.

Mas não dá evidências para sua alegação de que laboratórios na Universidade Islâmica, que sofreram pesados bombardeios, tenham sido usados para a pesquisa de armas, ou para suas alegações de que pelo menos três agentes de troca de moeda estivessem envolvidos "na transferência de fundos para atividades terroristas".

Isso porque Israel raramente divulga material de inteligência por temer que a vida de suas fontes seja colocada em risco, segundo Rutland.

Proporcionalidade

Alegar que todos estes escritórios são alvos legítimos, só porque eles estão afiliados ao Hamas, é legalmente falho e extremamente problemático

Jessica Montell, diretora da B'Tselem

Mas, ao atingir os Ministérios de Educação, Interior e Exterior e o prédio do Parlamento, Israel simplesmente argumenta que eles são parte da infra-estrutura do Hamas - e não há diferença entre suas alas política e militar.

"Alegar que todos estes escritórios são alvos legítimos, só porque eles estão afiliados ao Hamas, é legalmente falho e extremamente problemático", diz a diretora do B'Tselem, Jessica Montell.

Outros incidentes despertaram preocupação por estas razões, juntamente com um segundo conceito legal, de proporcionalidade.

O conceito determina que ganhos militares de uma determinada operação devem ser proporcionais às prováveis baixas entre civis ocorridas durante sua implementação.
Fred Abrahams, da Human Rights Watch, afirma: "Mesmo que tenha um alvo legítimo, você não pode simplesmente lançar uma bomba de dez toneladas sobre ele."

Investigação

Questões de proporcionalidade dependem tanto de intenção quanto do número de pessoas mortas e feridas.

Cinco irmãs da família Balousha que dormiam juntas morreram quando, aparentemente, uma mesquita próxima ligada ao Hamas foi bombardeada no campo de refugiados de Jabaliya no segundo dia da operação israelense.

A HRW está pedindo uma investigação. "A mesquita era um alvo legítimo? Nós temos nossas dúvidas", disse Abrahams. "Eles usaram armas que limitariam danos a civis? Nós temos sérias dúvidas."

Neste caso, Rutland disse que o IDF não tinha registro de um alvo naquela área específica naquele horário, e não deu mais explicações para a morte das meninas.

Um outro caso foi o lançamento de uma bomba em um caminhão que Israel disse inicialmente estar carregado de mísseis.
O B'Tselem e o dono do caminhão - que disse que seu filho morreu junto com outras sete pessoas - afirmaram depois que ele estava transportando cilindros de oxigênio. Israel insiste ter informações de que o armazém onde o caminhão foi carregado estocou armas no passado.

Quão boa era a inteligência israelense? Qual era a probabilidade, por exemplo, de que, no momento da decisão, a informação estivesse errada? E os ganhos potenciais superaram as possíveis perdas?

Sands diz que a proporcionalidade é um conceito "muito, muito difícil". "O que é proporcional para uma pessoa pode ser desproporcional para outra", afirmou.

Disparidade

A disparidade dos números da guerra na Faixa de Gaza é gritante - os palestinos dizem que mais de 500 moradores de Gaza morreram em oito dias, em comparação a 18 israelenses vitimados por ataques de foguetes desde 2001.

Mas especialistas afirmam que questões ligadas às intenções das partes como as razões para a guerra, as ações adotadas para proteger - ou expor - civis e as condições no terreno, todas entram em uma equação legal muito mais complicada.

Israel diz que advogados são consultados constantemente em suas operações. As autoridades afirmam que adotam todas as medidas possíveis para minimizar baixas entre civis.

São usadas armas teleguiadas; há telefonemas de alerta antes do bombardeio de edifícios; o IDF diz que já foram abortadas missões porque civis eram vistos como alvo.

E diz que seu inimigo está longe de ser um Exército padrão: "Nós estamos falando de um governo inteiro cuja razão de existir é derrotar Israel", afirmou Rutland. "E tudo com energia direcionada para o ataque de civis israelenses."

Testemunhas dizem, e analistas confirmam, que o Hamas lança foguetes de dentro de áreas povoadas por civis, e todos os lados concordam que o movimento viola de maneira flagrante as leis internacionais ao alvejar civis com seus foguetes.

Mas apesar de descrever o lançamento de foguetes como "um escancarado crime de guerra", Jessica Montell, do B'Tselem, acrescenta: "Eu certamente não esperaria que o meu governo agisse de acordo com o padrão que o Hamas estabeleceu para si mesmo - nós exigimos um padrão mais elevado."

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... _tc2.shtml


>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Se o colega forista se prestar para ler verá q muitos israelnses se questionam se Israel não se utiliza de métodos semelhantes ao do Hamas em sua ofensiva contra Gaza: $#**¨@%# os civis palestinos... É disso q estou falando desde o início...




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#870 Mensagem por Enlil » Sáb Fev 07, 2009 1:16 pm

OFENSIVA DE ISRAEL FORTALECEU O HAMAS, DIZ PESQUISA


da Folha de S.Paulo

A ofensiva de Israel em Gaza fortaleceu o Hamas. Se eleições palestinas fossem realizadas hoje, o grupo islâmico teria 28,6% dos votos, contra 27,9% do rival secular Fatah, segundo pesquisa divulgada pelo Centro de Mídia e Comunicação Jerusalém (JMCC, em inglês). Em abril do ano passado, o Fatah venceria por 34% a 19,3%.

Entre os dias 29 e 31 de janeiro, foram entrevistadas 1.198 pessoas em Gaza e na Cisjordânia --com margem de erro de três pontos.
Bernat Armangue/AP
Meninos brincam entre escombros de casa destruída em Gaza durante ação de Israel
Meninos brincam entre escombros de casa destruída em Gaza durante ação de Israel

O Hamas venceu as eleições legislativas de janeiro de 2006, mas o governo que liderava foi desautorizado pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, depois que o grupo expulsou o Fatah de Gaza, em 2007. O mandato de Abbas, do Fatah, terminou em janeiro, e a convocação de eleições gerais --para Parlamento e Presidência-- faz parte de negociações, até agora inconclusivas, para um eventual reatamento entre os dois grupos.

Segundo a pesquisa, Hamas e Fatah despertam hoje a mesma confiança --27,7% a 26%, dentro da margem de erro. Em novembro, o Fatah era confiável para 31,1%, contra 16,6% do Hamas.

A popularidade de Ismail Haniyeh, líder do Hamas que foi premiê no gabinete desautorizado por Abbas, passou de 12,8%, em outubro, para 21,1%. Já Abbas, que hoje tem controle apenas sobre parte da Cisjordânia, tem 13,4% de popularidade, contra 15,5% em outubro.

A pesquisa revela, no entanto, que boa parte do aumento do apoio ao Hamas concentra-se na Cisjordânia. Lá, o Hamas obteria 29%, contra 24,5% do Fatah. Em Gaza, onde 1.300 pessoas morreram na ofensiva israelense, o Fatah superaria o Hamas por 33,6% a 28%.

A pesquisa mostra ainda que 46,7% dos palestinos acham que o Hamas venceu a guerra --53,3% na Cisjordânia e 35,2% em Gaza--, 50,8% acreditam que os foguetes lançados contra Israel contribuem para os objetivos nacionais e 54,8% apoiam a solução dos dois Estados para o conflito com Israel --contra 18,4% que apoiam um Estado binacional, com judeus e árabes, na Palestina histórica.

Ontem, um membro da delegação do Hamas que havia ido ao Egito para negociar um cessar-fogo permanente com Israel foi detido na passagem de Rafah com mais de US$ 10 milhões. O montante foi depositado em um banco egípcio, e ele entrou em Gaza. No Mediterrâneo, a Marinha israelense deteve uma embarcação com ajuda humanitária proveniente do Líbano para Gaza.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 9797.shtml




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