A-29 escreveu:Pablo Maica escreveu:
O caso do MBT foi apenas um dos exemplos que citei... mas perece que foi o único...
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Pois bem, para carregar cargas em um 767 ou A-330 necessitaremos de plataformas elevaveis apar subir a carga até a porta frontal, teremos isso em todas as pistas de pouso do TOA, no sul e no oeste? Creio que não, uma aéronave desse tipo tem capacidade de lançar paraquedistas, ou pallets por meio de para-quedas? Não, qual a porcentagem de missões humanitárias, e auxilio a unidades em outros paises que essas aéronaves vão executar? Será que chega a 10%... tambem creio que não, a FAB esta priorizando a capacidade REVO? Ou uma aéronave Heavy Lifter com capacidade de operar em pistas semi-preparadas? O A-330 e o 767 tem essa capacidade? Será que a opção REVO se faz tão importante sendo que dentro de 4 talvez 5 anos teremos o incremento dessa capacidade com o C-390?
Um abraço e t+
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Olá Pablo,
O que ocorre é que partimos de premissas opostas. Você considera que essas aeronaves serão sempre utilizadas em situações limite, que exijam o uso de suas capacidades singulares. Se entendi bem, você entende que elas sempre servirão para pousar em pistas de barro perto de algum pelotão de fronteira, levando 40t de carga, ou que pousarão no meio do deserto ou da savana africana para recolher refugiados. Ao mesmo tempo, considera que o C-390 seria capaz de suprir nossas necessidades de REVO.
Já eu considero que tais missões são raras na FAB. Mesmo o trabalho no TOA é muito mais tático, com cargas mais leves e transportáveis por C-295 e, eventualmente, C-130. Cargas "estratégicas" vão para Manaus, para de lá serem redistribuídas.
Nas missões internacionais, o Brasil também tem operado a partir de locais com alguma infra-estrutura. Ou seja, entendo que a capacidade de operar em pistas despreparadas seria utilizada apenas ocasionalmente. Mas como um cargueiro militar puro é mais caro de operar que um civil adaptado, entendo que a FAB estaria na maior parte do tempo gastando mais para fazer a mesma coisa que um econômico avião civil faria.
Por fim, temos a questão do REVO. O C-390 é declaradamente da categoria do C-130, e como reabastecedor deverá ser da mesma ordem. É suficiente para apoiar os caças dentro do país, quiçá na AL, mas claramente insuficiente para deslocamentos transoceânicos, que é onde entra o novo avião de transporte, ok?
Talvez eu esteja sendo mais realista que o rei, mas apenas vemos lados diferentes da mesma moeda.
grande abraço
Isso está parecendo o tópico do P-3, lá dizia; a FAB colocou como requisito fundamental a Guerra ASW, mesmo que seja uma missão que será menos de 10% do total das horas voadas no P-3, o que ele vai fazer é patrulha marítima.
Se a FAB tem como requisito rampa traseira e capacidade de operar em pistas de terra, ou de pequenas dimensões, os 767 e 330 estão fora, se vamos colocar no papel qual é o percentual de cada missão para fazer os requisitos é outra coisa. Porém, me parece que ter capacidade de colocar muita cargas a grandes distâncias, em local perto da linha de frente ou em regiões de pouca infraestrutura, é sim, um requisito de qualquer força aérea de porte, tanto, assim, que EUA, Rússia, China, India e a Europa usam aeronaves do tipo. E não estou falando de C-130J, porém, de aeronaves muito maiores, mesmo que usem para REVO e Transporte aeronaves civis.
Não estamos fazendo missões de paz da ONU, em geral elas ocorrem em lugares com pouca infra-estrutura. Como é o caso do Haiti.
Outro fator de peso são a quantidade de missões, a FAB usará muito o transporte estratégico, ou será um uso muito inferior ao de uma cia civil? Quanto menor a utilização, maior importância terá a maior flexibilidade de operação, que o custo da operação. Alguém sabe quantas horas de voo fazemos com o 707? Outra coisa importante seria fazer uma comparação do custo da hora de voo do 707 em face do Il-76 e aos outros concorrentes.
Me parece que com a entrada de serviço do C-390, o Transporte Pesado será usado somente em poucas missões, assim, me parece que a flexibilidade é fundamental, será difícil defender a compra de uma aeronave que não irá fazer todo o serviço.
[]´s