Pablo Maica escreveu:A-29 escreveu:Eu acho que essa obsesão dos foristas pelo transporte aéreo de MBT não tem muito sentido para o Brasil não.
O Astros II é transportável por Hércules, certo? Então tá, quantas vezes ele já foi transportado por via aérea no Brasil mesmo? Um exemplozinho só, em duas décadas de operação, por favor!
Trasnsportar cargas pesadíssimas, como um MBT que passa fácil de 40t, pode até ser desejável para uma aeronave cargueira, mas em nosso caso não deve ser encarada como determinante. Nós nunca teremos orçamento suficiente para manter uma frota de transportes grande o suficiente para levar com a rapidez necessária os MBT que façam diferença em um conflito armado e inesperado. O nosso transporte de blindados e afins é por carreta/trem/navio mesmo.
Para mobilidade dentro do país já temos os Hércules, e espero que tenhamos os C-390 no futuro.
Para viajar pelo mundo, precisamos de aeronaves de carga que voem longe e sejam baratas de operar e manter. Pra levar suprimentos para a missão no Haiti, Angola, Timor Leste ou qualquer outro lugar, levar remédios para a Jordânia, buscar brasileiros no Líbano, levar os caças do Pampa para a Red Flag, etc, um cargueiro civil adaptado para REVO é a melhor solução.
O caso do MBT foi apenas um dos exemplos que citei... mas perece que foi o único...
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Pois bem, para carregar cargas em um 767 ou A-330 necessitaremos de plataformas elevaveis apar subir a carga até a porta frontal, teremos isso em todas as pistas de pouso do TOA, no sul e no oeste? Creio que não, uma aéronave desse tipo tem capacidade de lançar paraquedistas, ou pallets por meio de para-quedas? Não, qual a porcentagem de missões humanitárias, e auxilio a unidades em outros paises que essas aéronaves vão executar? Será que chega a 10%... tambem creio que não, a FAB esta priorizando a capacidade REVO? Ou uma aéronave Heavy Lifter com capacidade de operar em pistas semi-preparadas? O A-330 e o 767 tem essa capacidade? Será que a opção REVO se faz tão importante sendo que dentro de 4 talvez 5 anos teremos o incremento dessa capacidade com o C-390?
Um abraço e t+
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Olá Pablo,
O que ocorre é que partimos de premissas opostas. Você considera que essas aeronaves serão sempre utilizadas em situações limite, que exijam o uso de suas capacidades singulares. Se entendi bem, você entende que elas sempre servirão para pousar em pistas de barro perto de algum pelotão de fronteira, levando 40t de carga, ou que pousarão no meio do deserto ou da savana africana para recolher refugiados. Ao mesmo tempo, considera que o C-390 seria capaz de suprir nossas necessidades de REVO.
Já eu considero que tais missões são raras na FAB. Mesmo o trabalho no TOA é muito mais tático, com cargas mais leves e transportáveis por C-295 e, eventualmente, C-130. Cargas "estratégicas" vão para Manaus, para de lá serem redistribuídas.
Nas missões internacionais, o Brasil também tem operado a partir de locais com alguma infra-estrutura. Ou seja, entendo que a capacidade de operar em pistas despreparadas seria utilizada apenas ocasionalmente. Mas como um cargueiro militar puro é mais caro de operar que um civil adaptado, entendo que a FAB estaria na maior parte do tempo gastando mais para fazer a mesma coisa que um econômico avião civil faria.
Por fim, temos a questão do REVO. O C-390 é declaradamente da categoria do C-130, e como reabastecedor deverá ser da mesma ordem. É suficiente para apoiar os caças dentro do país, quiçá na AL, mas claramente insuficiente para deslocamentos transoceânicos, que é onde entra o novo avião de transporte, ok?
Talvez eu esteja sendo mais realista que o rei, mas apenas vemos lados diferentes da mesma moeda.
grande abraço