CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#391 Mensagem por P44 » Ter Jan 13, 2009 4:26 pm

gaitero escreveu::roll:

:?: :?: :?:
num intendi...




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Túlio
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#392 Mensagem por Túlio » Ter Jan 13, 2009 4:58 pm

P44 escreveu: tu estavas na LISTA INICIAL de Fascistoides, Rabino da Gayuchulândia :mrgreen: lembrei-me logo dos teus comentários de fanático ultra-sionista , leitor ávido da Torah :twisted: :twisted: :twisted:
Brigado, brigado, estou inté ficando encabulado, é muito elogio junto, POWS!!! :oops:

Poderias me conceder mais um título, ó Imã? Algo como Lord Túlio (esse já tenho), o AÇOUGUEIRO DOS PAMPAS... :mrgreen:
P44 escreveu:que dizes? é giro não é? :twisted:
Convenhamos, truta, giro inté que é (se isto significa BONITINHO, como penso que seja), agora, põe tendencioso aí... 8-]

!!!SIEG SHALOM!!!

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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#393 Mensagem por Paisano » Ter Jan 13, 2009 5:12 pm

Nessas horas é que eu sinto falta dos posts isentos do Rabino Eins. [000]




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#394 Mensagem por rodrigo » Ter Jan 13, 2009 5:37 pm

Ex-embaixador critica ação diplomática do Brasil em Gaza
Em entrevista à 'Eldorado', Rubens Barbosa diz que questão está 'acima da nossa capacidade de liderança'

da Redação - estadao.com.br

SÃO PAULO - O ex-embaixador em Washington e presidente do Conselho de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Rubens Barbosa criticou nesta segunda-feira, 13, a ação diplomática brasileira no conflito na Faixa de Gaza. Em entrevista à Rádio Eldorado, ele disse que "o problema está um pouco acima da nossa capacidade de liderança e poder", ponderando que a visita do chanceler Celso Amorim ao Oriente Médio é "importante tentar liberar a saída de brasileiros e para a entrega de ajuda humanitária."

Na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou durante seu programa de rádio Café com o Presidente que o Brasil quer participar ativamente das discussões sobre o conflito entre Israel e o grupo Hamas, para que se possa encontrar "o caminho da paz" na região.

"A ideia de que o Brasil pode participar do processo decisório é ambiciosa e talvez esteja sendo dita pelas autoridades do governo mais para a política interna", acrescentou Barbosa.

Durante o giro pelo Oriente Médio, Amorim foi a Israel e aos territórios palestinos, onde se reuniu com a ministra de Exteriores israelense, Tzipi Livni, e com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, pedindo por um cessar-fogo imediato. A Jordânia é a última escala da viagem.

http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 6618,0.htm




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#395 Mensagem por joaozinho » Ter Jan 13, 2009 5:58 pm

Comissão proíbe candidaturas árabes em eleição israelense

A Comissão Central Eleitoral israelense proibiu nesta segunda três partidos árabes de apresentarem suas listas para as eleições gerais de 10 de fevereiro, pela suposta acusação de que não reconhecem Israel como Estado.

Por 26 votos a favor, três contra e uma abstenção, a de seu presidente, a Comissão desqualificou para o pleito o Pacto Democrático Árabe (PDA), enquanto a lista unida dos partidos Ra'am e Ta'al também foi desqualificada, por 21 votos a favor, oito contra e duas abstenções.

Os três partidos foram acusados pelo partido ultranacionalista Israel Beiteinu, do ex-ministro Avigdor Liberman, que recorreu contra sua participação eleitoral.

Também se juntou ao recurso o partido ultranacionalista União Nacional e o deputado do partido Shinui (Mudança), Itai Forman.

Segundo os litigantes, nenhum desses partidos árabes reconhece Israel como "Estado Judeu", como aparece descrito na carta de fundação do país de 1948.

Em uma polêmica sessão, os membros da Comissão acusaram o PDA de apoiar a luta armada dos palestinos da Cisjordânia e de Gaza contra o Estado de Israel.

A Comissão é formada por representantes de todos os partidos políticos, e liderada por um juiz supremo aposentado, que se absteve em ambas as votações.

O deputado Ahmed Tibi, da coalizão Ra''am-Ta''al, disse estar acostumado "a este tipo de luta", e acusou Israel de ser "um Estado racista".

Para Tibi, esta decisão prova que os partidos judeus querem "um Parlamento sem árabes".

Em Israel vivem 1,2 milhão de árabes israelenses, nome que receberam os palestinos que vivem dentro das fronteiras do Estado judeu.

Segundo organizações de defesa dos direitos humanos, os judeus árabes sofrem diferentes tipos de discriminação, assim como os sefarditas, que chegaram a Israel procedentes em sua maior parte do norte da África.

Além de ser prejudicados na distribuição dos orçamentos estatais, os árabes-israelenses representam uma ínfima parte nos postos da Administração pública e nos altos cargos do setor empresarial.

A imensa maioria dos deputados desta comunidade conquista a cadeira em representação de partidos árabes como os desqualificados hoje, mas são poucos os que a vencem pelos chamados "partidos sionistas", de maioria judaica.

EFE

e ainda dizem que Israel não é um estado teocrático




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#396 Mensagem por Túlio » Ter Jan 13, 2009 6:22 pm

Paisano escreveu:Nessas horas é que eu sinto falta dos posts isentos do Rabino Eins. [000]

Também queria ver essa: de um lado ia querer atacar os Judeus mas para isso teria de defender os Árabes e se emendar com os comunas, sei lá, me parece que is ser meio demais para a cabeça do Eins véio... [003]




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#397 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Jan 13, 2009 7:54 pm

Edu Lopes escreveu:Olmert diz ter pedido abstenção dos EUA para resolução da ONU
Não entrei em todos os links por falta de tempo, alguém tem fácil o texto na integra dessa resolução especificamente?
joaozinho escreveu:Comissão proíbe candidaturas árabes em eleição israelense

A Comissão Central Eleitoral israelense proibiu nesta segunda três partidos árabes de apresentarem suas listas para as eleições gerais de 10 de fevereiro, pela suposta acusação de que não reconhecem Israel como Estado.

Por 26 votos a favor, três contra e uma abstenção, a de seu presidente, a Comissão desqualificou para o pleito o Pacto Democrático Árabe (PDA), enquanto a lista unida dos partidos Ra'am e Ta'al também foi desqualificada, por 21 votos a favor, oito contra e duas abstenções.

Os três partidos foram acusados pelo partido ultranacionalista Israel Beiteinu, do ex-ministro Avigdor Liberman, que recorreu contra sua participação eleitoral.

Também se juntou ao recurso o partido ultranacionalista União Nacional e o deputado do partido Shinui (Mudança), Itai Forman.

Segundo os litigantes, nenhum desses partidos árabes reconhece Israel como "Estado Judeu", como aparece descrito na carta de fundação do país de 1948.

Em uma polêmica sessão, os membros da Comissão acusaram o PDA de apoiar a luta armada dos palestinos da Cisjordânia e de Gaza contra o Estado de Israel.

A Comissão é formada por representantes de todos os partidos políticos, e liderada por um juiz supremo aposentado, que se absteve em ambas as votações.

O deputado Ahmed Tibi, da coalizão Ra''am-Ta''al, disse estar acostumado "a este tipo de luta", e acusou Israel de ser "um Estado racista".

Para Tibi, esta decisão prova que os partidos judeus querem "um Parlamento sem árabes".

Em Israel vivem 1,2 milhão de árabes israelenses, nome que receberam os palestinos que vivem dentro das fronteiras do Estado judeu.

Segundo organizações de defesa dos direitos humanos, os judeus árabes sofrem diferentes tipos de discriminação, assim como os sefarditas, que chegaram a Israel procedentes em sua maior parte do norte da África.

Além de ser prejudicados na distribuição dos orçamentos estatais, os árabes-israelenses representam uma ínfima parte nos postos da Administração pública e nos altos cargos do setor empresarial.

A imensa maioria dos deputados desta comunidade conquista a cadeira em representação de partidos árabes como os desqualificados hoje, mas são poucos os que a vencem pelos chamados "partidos sionistas", de maioria judaica.

EFE

e ainda dizem que Israel não é um estado teocrático
E a vida é cheia de ironias mesmo... Quem é que estava criticando o conselho dos guardiões do Irão mesmo?




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#398 Mensagem por Paisano » Ter Jan 13, 2009 9:09 pm

Gilbert: Gaza, laboratório para novas armas

Fonte: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... vas-armas/
AMMAN –– Médicos jordanianos no hospital Shifa de Gaza dizem que estão lidando com queimaduras que nunca viram antes enquanto tratam de palestinos feridos na ofensiva de Israel de 17 dias que cerca o enclave costeiro de 1,5 milhão de habitantes.

Bassem Kiswani, um cirurgião, descreveu a situação no maior hospital de Gaza como "trágica" devido aos "estranhos" ferimentos e o grande número de feridos, particularmente crianças.

Mais de 3.800 pessoas estão recebendo tratamento para ferimentos recebidos durante os ataques.

"Há centenas de crianças feridas no hospital sofrendo de vários tipos de ferimentos como queimaduras, asfixia e falência de órgãos", o voluntário disse em uma entrevista por telefone de Gaza.

Ele acrescentou que médicos lidando com os casos estão documentando suas observações para futuro uso.

"A única explicação que temos é que Israel está usando armas banidas internacionalmente como fósforo branco", Kiswani disse ao The Jordan Times na segunda-feira.

O exército israelense disse segunda-feira que todas as armas usadas na campanha de Gaza estão dentro das leis internacionais em meio a acusações de que está usando as controversas bombas de fósforo branco, de acordo com a agência France-Presse.

O porta-voz se negou a confirmar se é verdade e insistiu que tudo o que está sendo usado obedece às leis internacionais.

Kiswani informou que algumas das crianças feridas tiveram as pernas amputadas na altura do joelho, enquanto corpos chegaram ao hospital completamente queimados.

Outros médicos que trabalham nos hospitais de Gaza fizeram observações similares.

Israel está testando um novo tipo de arma "extremamente danosa" em Gaza, dois médicos acusaram ao voltar para casa, na Noruega, depois de passar dez dias trabalhando no hospital do território palestino.

"Há uma forte suspeita, acredito, que Gaza está sendo usada como um laboratório para testar novas armas", Mads Gilbert disse a repórteres no aeroporto Gardermoen de Oslo, comentando sobre os tipos de ferimentos que ele e seu colega Erik Fosse viram enquanto estavam trabalhando no hospitakl Shifa de Gaza.

Os dois médicos, que foram mandados à zona de guerra pela organização NORWAC no dia 31 de dezembro, disseram que tinham visto claros sinais que Dense Inert Metal Explosives (DIME), um tipo de explosivo experimental, estava sendo usado em Gaza.

"Essa é uma nova geração de pequenos explosivos muito poderosos que denotam com extrema força e dissipam seu conteúdo dentro com um alcance de 10 metros", disse Gilbert, de 61 anos.

"Não vimos ferimentos causados diretamente pela bomba porque as vítimas são despedaçadas e não sobrevivem, mas vi um número de amputações brutais... sem ferimentos por estilhaços, que nós fortemente suspeitamos podem ter sido causadas por armas DIME", ele acrescentou.

E Yusef Abu Rish, um médico no hospital Nasser, de Gaza, disse que havia tratado ao menos 55 pessoas sofrendo de queimaduras causadas pelas controversas bombas de fósforo branco.

Pelas leis internacionais, o uso do fósforo branco é banido contra civis, mas é permitido para criar nuvens de fumaça.

Link para o texto em ingles: http://www.jordantimes.com/




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#399 Mensagem por Sterrius » Ter Jan 13, 2009 10:01 pm

Independente do povo contra / a favor.

Israel pelo visto vai ter que arrumar muitos advogados, porque a pilha de processos e acusações ta so aumentando.

Agora realmente quero ver quantos dessas possiveis acusações vão virar casos. Apesar que não seria a primeira vez ja que israel ja foi culpada de outros crimes no passado.

EDIT: Um press release da DPI afirma que 42% das mais de 900vitimas são civis. (by militaryphotos.net).




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#400 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jan 14, 2009 8:38 am

Paisano escreveu:Nessas horas é que eu sinto falta dos posts isentos do Rabino Eins. [000]

Também eu...o que é que aconteceu a ele?




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#401 Mensagem por Oziris » Qua Jan 14, 2009 8:50 am

Guerra e gás natural


por Michel Chossudovsky

A invasão militar da Faixa de Gaza pelas forças israelenses prende-se directamente com o controlo e propriedade das reservas estratégicas de gás natural na sua plataforma marítima.


Esta é uma guerra de conquista. Descobertas em 2000, são extensas as reservas de gás presentes ao longo do offshore de Gaza.

À British Gas (BG Group) e ao seu parceiro Consolidated Contractors International Company (CCC) com sede em Atenas, propriedade das famílias libanesas Sabbagh e Koury, foram dados os direitos de exploração de petróleo e gás num acordo de 25 anos assinado em Novembro de 1999 com a Autoridade Palestina.

Os direitos de exploração costeira das jazidas de gás são, respectivamente, da British Gas (60%); Consolidated Contractors (CCC) (30%); e o Fundo de Investimento da Autoridade Palestina (10%). ( Haaretz, 21/Outubro/2007).

O tratado AP-BG-CCC inclui o desenvolvimento da jazida e a construção de um gasoduto. ( Middle East Economic Digest, 05/Janeiro/2001).

A licença da BG cobre toda a zona marítima costeira de Gaza, que é contígua a várias instalações de gás marítimas de Israel (ver mapa abaixo). De ressalvar que 60 por cento das reservas de gás ao longo do litoral Gaza-Israel pertencem à Palestina.

O BG Group abriu dois furos em 2000: Gaza Marine-1 e Gaza Marine-2 . As reservas, segundo estimativa da British Gas, são da ordem dos 40 mil milhões de metros cúbicos [1,4 x 10 12 pés cúbicos], avaliados em aproximadamente 4 mil milhões de dólares. Estes são os números anunciados pela British Gas. A dimensão das reservas de gás da Palestina pode ser bastante maior.

QUEM POSSUI OS CAMPOS DE GÁS

O tema da soberania sobre os campos de gás de Gaza é crucial. Do ponto de vista legal, as reservas pertencem à Palestina.

A morte de Yasser Arafat, a eleição do governo do Hamas e a ruína da Autoridade Palestiniana permitiram a Israel estabelecer um controlo de facto sobre as reservas de gás costeiras de Gaza.

A British Gas (BG Group) tem estado a negociar com o governo de Tel Aviv. Por sua vez, o governo do Hamas foi ignorado no que se refere à exploração e direitos de desenvolvimento das jazidas de gás.

A eleição do primeiro-ministro Ariel Sharon em 2001 foi um ponto de viragem. A soberania da Palestina sobre as reservas costeiras de gás foi desafiada no Supremo Tribunal de Israel. Sharon afirmou inequivocamente que "Israel nunca compraria gás à Palestina", insinuando ainda que as reservas costeiras de Gaza pertenciam a Israel.

Em 2003 Ariel Sharon vetou um acordo inicial que permitiria à British Gas fornecer a Israel gás natural vindo dos furos costeiros de Gaza. ( The Independent, 19/Agosto/2003)


A vitória do Hamas nas eleições de 2006 conduziu ao fim da Autoridade Palestiniana, que ficou confinada à Cisjordânia, sob o regime fantoche de Mahmoud Abbas.

Em 2006, a British Gas "esteve próxima de assinar um acordo para enviar o gás para o Egipto." ( Times, 23/Maio/2007). De acordo com o relatado, o primeiro-ministro britânico Tony Blair interveio em nome de Israel com o propósito de bloquear o acordo com o Egipto.

No ano seguinte, em Maio de 2007, o governo israelense aprovou a proposta do primeiro-ministro Ehud Olmert "para comprar gás à Autoridade Palestiniana". O contrato proposto foi de 4 mil milhões de dólares, com lucros na ordem dos 2 mil milhões de dólares, dos quais mil milhões iriam para os palestinianos.

Tel Aviv, no entanto, não tinha qualquer interesse em dividir os seus ganhos com a Palestina. Uma equipa de negociadores de Israel foi encarregada pelo governo de refazer o acordo com a BG Group, sem intervenção do governo do Hamas e da Autoridade Palestiniana:

"As autoridades militares israelenses querem que os palestinianos sejam pagos em bens e serviços e insistem que não haja qualquer dinheiro a ser entregue ao governo controlado pelo Hamas". (Ibid, ênfase acrescentada)

O objectivo era essencialmente anular o contrato assinado em 1999 entre o BG Group e a Autoridade Palestina sob Yasser Arafat.

Segundo o acordo proposto em 2007 à BG, o gás palestiniano dos poços costeiros de Gaza seria canalizado por um gasoduto marítimo para o porto israelense de Ashkelon, transferindo portanto o controlo da venda do gás natural para Israel.

O negócio falhou. As negociações foram suspensas:

"O chefe da Mossad, Meir Dagan, opôs-se à transacção por motivos de segurança, afirmando que o dinheiro serviria para financiar o terrorismo". (Gilad Erdan, deputado do Knesset, dirigiu-se à câmara, acerca da "Intenção do primeiro-ministro adjunto Ehud Olmert de comprar gás aos palestinianos quando o pagamento servirá o Hamas", 01/Março/2006, citado pelo general na reserva Moshe Yaalon em Does the Prospective Purchase of British Gas from Gaza's Coastal Waters Threaten Israel's National Security? Jerusalem Center for Public Affairs, Outubro 2007)

A intenção de Israel era impedir a possibilidade de o dinheiro ser recebido pelos palestinos. Em Dezembro de 2007 o BG Group retirou-se das negociações e em Janeiro de 2008 encerrou os seus escritórios em Israel. (sítio web da BG).

PLANO DE INVASÃO NA MESA DE PROJECTOS

O plano de invasão da Faixa de Gaza sob a "Operação Chumbo Fundido" foi iniciado em Junho de 2008, segundo fontes militares israelenses:

"Fontes militares afirmam que o ministro da Defesa Ehud Barak deu instruções às forças de defesa de Israel (IDF) para prepararem a operação há mais de seis meses (Junho ou antes de Junho), mesmo antes de Israel começar a negociar o acordo de cessar-fogo com o Hamas". (Barak Ravid, Operation "Cast Lead": Israeli Air Force strike followed months of planning [Operação "Chumbo Fundido": Ataque da Força Aérea Israelense após meses de planeamento), Haaretz, 27 de Dezembro de 2008)

Nesse mesmo mês as autoridades de Israel contactaram a British Gas, com vista a retomarem as negociações cruciais para recomeçar a compra do gás natural de Gaza:

"Tanto o director-geral do ministério das Finanças Yarom Ariav como o director-geral do ministério das Infraestruturas Nacionais Hezi Kugler concordaram em informar a BG do desejo de Israel em retomar as conversações.

As fontes informam ainda que a BG não respondeu oficialmente ao pedido de Israel, mas que executivos da empresa provavelmente virão ao país em poucas semanas para conversar com membros do governo." (Globes online- Israel's Business Arena, 23 de Junho, 2008)

A decisão de acelerar as negociações com a British Gas (BG Group) coincidiu cronologicamente com o planeamento da invasão de Gaza, iniciado em Junho. Parecia que Israel estava ansiosa para chegar a acordo com o BG Group antes da invasão, que estava já numa fase avançada do planeamento.

Mais ainda, as negociações com a British Gas foram conduzidas pelo governo de Ehud Olmert com o conhecimento de que a invasão militar estava na mesa de projectos e que um novo acordo politico-territorial para a Faixa de Gaza estava a ser contemplado por Israel.

De facto, as negociações entre a British Gas e os representantes israelenses ainda estavam a decorrer em Outubro de 2008, dois a três meses antes do início dos bombardeamentos a 27 de Dezembro.

Em Novembro de 2008, os ministérios israelenses das Finanças e das Infraestruturas Nacionais deram indicações à IEC (Israel Electric Corporation) para começar a compra de gás natural à concessão da BG em Gaza. (Globes, 13/Novembro/2008)

"O director-geral do ministério das Finanças, Yarom Ariav e o director-geral do ministério das Infraestruturas Nacionais, Hezi Kugler, escreveram recentemente ao presidente da IEC, Amos Lasker, informando-o da decisão do governo de permitir que negociações começassem, em consonância com o quadro de referência aprovado este ano.


direcção da IEC, liderada pelo presidente Moti Friedman, aprovou os princípios da proposta do quadro de referência há poucas semanas. As conversações com o BG Group começarão assim que a direcção aprove a isenção de uma licitação". (Globes, 13 de Novembro, 2008)



GAZA E GEOPOLÍTICA ENERGÉTICA

A ocupação militar de Gaza tem o objectivo de transferir a soberania dos campos de gás para Israel, em violação das leis internacionais.

O que se pode esperar em consequência da invasão?

Qual é a intenção de Israel em relação às reservas de gás natural da Palestina?

Um novo acordo territorial, com a instalação de Israel e/ou tropas de "manutenção da paz"?

A militarização de todo o litoral de Gaza, que é estratégico para Israel?

O confisco puro e simples dos campos de gás palestinos e a declaração unilateral da soberania israelense sobre as áreas marítimas de Gaza?

Se isto ocorresse, as jazidas de gás de Gaza seriam integradas nas instalações costeiras de Israel, que são contíguas às da Faixa de Gaza. (Ver Mapa 1 acima).

Estas várias instalações costeiras estão ligadas ao corredor de transporte energético que se estende do porto de Eilat, um terminal de oleodutos no Mar Vermelho para transporte marítimo, até ao terminal de Ashkelon e na direcção norte para Haifa, eventualmente ligando-se através de um projectado gasoduto israelo-turco com o porto turco de Ceyhan.

Ceyhan é o terminal das condutas Trans-Caspianas: Baku, Tblisi, Ceyhan (BTC). "O que está planeado é ligar as condutas BTC às condutas Trans-Israel Eilat-Ashkelon, também conhecida como a Tipline de Israel." (Ver MIchel Chossudovsky, The War on Lebanon and the Battle for Oil (A Guerra com o Líbano e a batalha pelo petróleo), Global Research, 23/Julho/2006)

08/Janeiro/2009

O original encontra-se em http://www.globalresearch.ca/index.php? ... &aid=11680 . Traduzido por João Camargo.


Eu já sabia disso, tudo por causa do gás.
Reza há lenda que palestinos recebem dinheiro para disparar foguetes contra Israel.
Agora, adivinha quem é que paga.

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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#402 Mensagem por FOXTROT » Qua Jan 14, 2009 9:28 am

Olá Oziris,

Muito boa a tua informação, mostra como Isarel move sua máquina de guerra no Oriente Médio (desde sua criação que faz isso), mas, em breve os defensores de Israel vão postar dizendo que, é mais uma conspiração contra o Estado Hebreu.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#403 Mensagem por Oziris » Qua Jan 14, 2009 9:31 am

É verdade amigo, é verdade. [001]

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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#404 Mensagem por Quiron » Qua Jan 14, 2009 9:36 am

bruno mt escreveu:
rodrigo escreveu: Ué, eles são do HAMAS?
não são, mas fazem coisas bem parecidas.
Poderiam começar se explodindo.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#405 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jan 14, 2009 10:52 am

Marinha Israelita a apoiar Pára-quedistas na Faixa de Gaza:

video :arrow: http://sic.aeiou.pt/online/video/inform ... elitas.htm




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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