Paraguai
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Eu nunca vou entender isso, a chapa esquentando ao rubro em nossa volta e o EB num quer nem saber de MBT (ei, não estou falado de LEO 1...) de verdade...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Vamos cantar:
"deitado eternamente em berço esplêndido..."
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"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Abin monitora ''aliança'' entre MST e Paraguai para rever acordo de Itaipu
Governo teme que presidente do país vizinho articule apoio dos sem-terra para mudar tratado binacional
Tânia Monteiro e Roldão Arruda
Por determinação do Palácio do Planalto, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) deverá monitorar a aproximação que estaria ocorrendo entre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o governo do presidente Fernando Lugo, do Paraguai. A preocupação do governo é com a tentativa de cooptação dos sem-terra pelos paraguaios, com o objetivo de apoiar mudanças no Tratado de Itaipu, aumentando o valor da energia paga pelo Brasil, além de renegociar a dívida. Essas mudanças estavam entre as principais promessas de campanha de Lugo nas eleições presidenciais do ano passado.
O MST está distribuindo entre acampados e assentados material com informações sobre a polêmica, chamando a atenção de seus militantes para os direitos do país vizinho. "No caso da usina de Itaipu, é uma questão de defesa dos princípio da soberania nacional e popular sobre os recursos naturais", disse ontem ao Estado um dos principais líderes nacionais da organização, Roberto Baggio. "A Eletrobrás paga uma bagatela para eles (paraguaios) e quem está ganhando mesmo são os grandes grupos econômicos, estrangeiros, que compram barato essa energia para ter lucro."
O governo brasileiro vê como um problema a eventual atuação do presidente paraguaio em sintonia com os sem-terra. Primeiro, porque seria uma interferência indesejada em assuntos internos, considerando que as autoridades brasileiras já disseram que o tratado é inegociável. E, segundo, porque ocorreria às vésperas do aniversário de 25 anos do MST, que deverá ser comemorado com manifestações de protesto, ocupações de terra e marchas por todo o País.
Acredita-se que a questão do pleito paraguaio será incluída nas manifestações, difíceis de serem monitoradas - devido ao fato de os sem-terra não terem um controle centralizado, cabendo a cada Estado definir o que fazer.
AFINIDADES
De acordo com reportagem publicada ontem pelo jornal Valor, Lugo teria enviado representantes de seu governo para manter contato com movimentos sociais brasileiros e disseminar entre eles o que seriam as verdadeiras razões dos paraguaios - que estariam sendo omitidas pelos meios oficiais.
Lugo, que é bispo e partidário da Teologia da Libertação, sempre viu com simpatia as ações do MST - que nasceu apoiado por bispos brasileiros ligados à mesma linha teológica.
No Planalto, o temor de alguma possível ação do MST é acentuado pelo fato de seus militantes serem bastante organizados nos Estados do Sul, nas proximidade da área de Itaipu.
Além disso, a Via Campesina, organização internacional da qual o MST faz parte, tem ligações com a Mesa de Coordenação Nacional das Organizações Campesinas, que é o movimento dos sem-terra paraguaios.
Segundo Baggio, que também é um dos representantes no Brasil da organização internacional Via Campesina, o MST sempre se interessou pelos problemas dos povos da América Latina. "Vamos continuar informando a nossa base e nos somar com outros movimentos sociais brasileiros."
SOBERANIA
Pela ótica do governo brasileiro, tanto o governo paraguaio quanto os movimentos sociais estariam tentando politizar um assunto que é técnico e jurídico, legitimamente desenhado pelos dois governos, não importando que isso tenha acontecido durante governos ditatoriais - o tratado, de 1973, foi assinado pelos então presidentes Emílio Médici e Alfredo Stroessner.
Por enquanto, o governo não vai se pronunciar sobre as movimentações. As autoridades pretendem apenas acompanhar as mobilizações e declarações sobre o debate, que pode acabar adquirindo tonalidades de nacionalistas contra antinacionalistas. Isso, no entanto, não preocupa o MST. "Nada é mais nacionalista do que defender a soberania de um povo sobre os seus recursos naturais", afirmou Baggio.
Stedile já pôs militantes à disposição de Evo Morales
Denise Chrispim Marin, BRASÍLIA
A disposição do Movimento dos Sem-Terra (MST) de contrariar a linha de ação do Itamaraty e interesses do Brasil em favor de outros países vem sendo registrada há pelo menos dois anos. Em maio de 2006, em Viena, o presidente da Bolívia, Evo Morales, recebeu um inusitado apoio de João Pedro Stedile, principal líder da organização, à sua "revolução agrária". No encerramento do Fórum Alternativo, Stedile foi além e ofereceu a Morales as tropas do MST para expulsar os "latifundiários brasileiros" da Bolívia.
"Estamos ansiosos, agora, com a reforma agrária (na Bolívia) e esperamos que ela comece pelas terras dos latifundiários brasileiros", afirmou Stedile naquele evento, paralelo à reunião de cúpula da União Europeia e da América Latina.
Ainda em 2006, o líder dos sem-terra tocou outro nervo exposto da relação Brasil-Bolívia. Foi quando assegurou que "o povo brasileiro" apoiava a "estatização do setor de gás" boliviano. Duas semanas antes, Morales editara o decreto de nacionalização do setor e a ocupação de duas refinarias da Petrobrás, abrindo uma crise diplomática.
As declarações de Stedile foram registradas pelo Itamaraty, que, desde o início do governo Lula, evita polêmicas com os movimentos sociais. O próprio Morales teve o cuidado de rejeitar a proposta de Stedile.
Como no caso da Bolívia, o governo tentará anular os efeitos de uma eventual parceria do MST com entidades paraguaias por ações generosas em favor de projetos do presidente do Paraguai, Fernando Lugo.
Em princípio, uma reunião de ministros dos dois países deverá ocorrer ainda neste mês, em Brasília, para tratar do financiamento brasileiro a projetos de infraestrutura no Paraguai. A reunião foi acertada durante encontro privado entre Lula e Lugo em dezembro.
Governo teme que presidente do país vizinho articule apoio dos sem-terra para mudar tratado binacional
Tânia Monteiro e Roldão Arruda
Por determinação do Palácio do Planalto, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) deverá monitorar a aproximação que estaria ocorrendo entre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o governo do presidente Fernando Lugo, do Paraguai. A preocupação do governo é com a tentativa de cooptação dos sem-terra pelos paraguaios, com o objetivo de apoiar mudanças no Tratado de Itaipu, aumentando o valor da energia paga pelo Brasil, além de renegociar a dívida. Essas mudanças estavam entre as principais promessas de campanha de Lugo nas eleições presidenciais do ano passado.
O MST está distribuindo entre acampados e assentados material com informações sobre a polêmica, chamando a atenção de seus militantes para os direitos do país vizinho. "No caso da usina de Itaipu, é uma questão de defesa dos princípio da soberania nacional e popular sobre os recursos naturais", disse ontem ao Estado um dos principais líderes nacionais da organização, Roberto Baggio. "A Eletrobrás paga uma bagatela para eles (paraguaios) e quem está ganhando mesmo são os grandes grupos econômicos, estrangeiros, que compram barato essa energia para ter lucro."
O governo brasileiro vê como um problema a eventual atuação do presidente paraguaio em sintonia com os sem-terra. Primeiro, porque seria uma interferência indesejada em assuntos internos, considerando que as autoridades brasileiras já disseram que o tratado é inegociável. E, segundo, porque ocorreria às vésperas do aniversário de 25 anos do MST, que deverá ser comemorado com manifestações de protesto, ocupações de terra e marchas por todo o País.
Acredita-se que a questão do pleito paraguaio será incluída nas manifestações, difíceis de serem monitoradas - devido ao fato de os sem-terra não terem um controle centralizado, cabendo a cada Estado definir o que fazer.
AFINIDADES
De acordo com reportagem publicada ontem pelo jornal Valor, Lugo teria enviado representantes de seu governo para manter contato com movimentos sociais brasileiros e disseminar entre eles o que seriam as verdadeiras razões dos paraguaios - que estariam sendo omitidas pelos meios oficiais.
Lugo, que é bispo e partidário da Teologia da Libertação, sempre viu com simpatia as ações do MST - que nasceu apoiado por bispos brasileiros ligados à mesma linha teológica.
No Planalto, o temor de alguma possível ação do MST é acentuado pelo fato de seus militantes serem bastante organizados nos Estados do Sul, nas proximidade da área de Itaipu.
Além disso, a Via Campesina, organização internacional da qual o MST faz parte, tem ligações com a Mesa de Coordenação Nacional das Organizações Campesinas, que é o movimento dos sem-terra paraguaios.
Segundo Baggio, que também é um dos representantes no Brasil da organização internacional Via Campesina, o MST sempre se interessou pelos problemas dos povos da América Latina. "Vamos continuar informando a nossa base e nos somar com outros movimentos sociais brasileiros."
SOBERANIA
Pela ótica do governo brasileiro, tanto o governo paraguaio quanto os movimentos sociais estariam tentando politizar um assunto que é técnico e jurídico, legitimamente desenhado pelos dois governos, não importando que isso tenha acontecido durante governos ditatoriais - o tratado, de 1973, foi assinado pelos então presidentes Emílio Médici e Alfredo Stroessner.
Por enquanto, o governo não vai se pronunciar sobre as movimentações. As autoridades pretendem apenas acompanhar as mobilizações e declarações sobre o debate, que pode acabar adquirindo tonalidades de nacionalistas contra antinacionalistas. Isso, no entanto, não preocupa o MST. "Nada é mais nacionalista do que defender a soberania de um povo sobre os seus recursos naturais", afirmou Baggio.
Stedile já pôs militantes à disposição de Evo Morales
Denise Chrispim Marin, BRASÍLIA
A disposição do Movimento dos Sem-Terra (MST) de contrariar a linha de ação do Itamaraty e interesses do Brasil em favor de outros países vem sendo registrada há pelo menos dois anos. Em maio de 2006, em Viena, o presidente da Bolívia, Evo Morales, recebeu um inusitado apoio de João Pedro Stedile, principal líder da organização, à sua "revolução agrária". No encerramento do Fórum Alternativo, Stedile foi além e ofereceu a Morales as tropas do MST para expulsar os "latifundiários brasileiros" da Bolívia.
"Estamos ansiosos, agora, com a reforma agrária (na Bolívia) e esperamos que ela comece pelas terras dos latifundiários brasileiros", afirmou Stedile naquele evento, paralelo à reunião de cúpula da União Europeia e da América Latina.
Ainda em 2006, o líder dos sem-terra tocou outro nervo exposto da relação Brasil-Bolívia. Foi quando assegurou que "o povo brasileiro" apoiava a "estatização do setor de gás" boliviano. Duas semanas antes, Morales editara o decreto de nacionalização do setor e a ocupação de duas refinarias da Petrobrás, abrindo uma crise diplomática.
As declarações de Stedile foram registradas pelo Itamaraty, que, desde o início do governo Lula, evita polêmicas com os movimentos sociais. O próprio Morales teve o cuidado de rejeitar a proposta de Stedile.
Como no caso da Bolívia, o governo tentará anular os efeitos de uma eventual parceria do MST com entidades paraguaias por ações generosas em favor de projetos do presidente do Paraguai, Fernando Lugo.
Em princípio, uma reunião de ministros dos dois países deverá ocorrer ainda neste mês, em Brasília, para tratar do financiamento brasileiro a projetos de infraestrutura no Paraguai. A reunião foi acertada durante encontro privado entre Lula e Lugo em dezembro.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Acho que isto já está sendo providenciado.bruno mt escreveu:quando á previsoes assim o EB não pode fica lá de "guarda", esperando eles????
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Matéria jornal paraguaio http://www.ultimahora.com/notas/186379- ... taip%C3%BA
ESPIONAJE BRASILEÑO A LUGO | Sábado, 10 de Enero de 2009
Suecos se interesan en la renegociación de Itaipú
Un total de 15 parlamentarios suecos se reunieron ayer en la mañana con los senadores y diputados de la Alianza Patriótica para el Cambio en la sala de sesiones del Congreso para sondear acerca de la situación política del país.
Demostraron un especial interés sobre el proceso de renegociación del Tratado de Itaipú y sondearon a los parlamentarios paraguayos sobre las tratativas. Asimismo, pidieron una copia del Tratado firmado en 1973 entre Brasil y Paraguay.
Alf Eriksson, miembro del Parlamento Nacional de Suecia y vocero del "grupo cooperativo", afirmó que se "tiene que renegociar el Tratado de Itaipú" y que ellos sienten el interés por el tema.
"Nosotros estamos interesados en esto (renegociación). Estamos impresionados también que la más grande hidroeléctrica del mundo está ubicada aquí y nosotros también tenemos el Tratado que ustedes tienen con Brasil", afirmó.
Eriksson alegó que se trata de un tratado firmado durante las dos dictaduras (Brasil y Paraguay). También entienden que se tiene que renegociar el Tratado.
MEDIACIÓN. Acerca de la tarea que tendrían como parlamentarios suecos en el proceso de renegociación, el parlamentario señaló que pueden dialogar con los diferentes gobiernos de todo el mundo y que consultarán a los países acerca de la situación.
Asa Lindestam, diputada sueca, añadió que elevarán las consultas acerca del precio justo, como de la renegociación en sí a los demás países e instituciones con quienes mantengan reuniones a futuro.
Sobre las perspectivas que tendrían para el país, Eriksson declaró que esperan que "la coalición sea unida y que el Gobierno logre sus metas de lo que nosotros pensamos que a través de formas democráticas las personas puedan desarrollarse a través de su propia realidad es un concepto muy bueno", enfatizó.
PALACIO. Posterior a la reunión que mantuvieron con los legisladores, se trasladaron al Palacio de Gobierno, donde se reunieron con el presidente Fernando Lugo, quien, culminado el encuentro, destacó la cooperación en la formación y consolidación de cooperativas para la compra de terreno y construcción de viviendas, una de ellas ubicada en Itauguá.
- Centurião
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Provavelmente uma das razões para o Lula não eleger seu sucessor será a sua política para a AS. Todo presidente que ele apóia dá um jeito de desafiar o país. Essa última do Paraguai é extremamente perigosa pois está interferindo em assuntos internos. É incrível como a opinião pública consegue perceber isso e rejeita cada vez mais nossos vizinhos.
- Edu Lopes
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Amorim critica situação de brasiguaios
FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Enquanto os sem-terra brasileiros ensaiam uma aliança com o governo paraguaio para mudar o contrato de Itaipu, os sem-terra paraguaios representam uma ameaça a milhares de camponeses brasileiros que vivem no país vizinho. A situação se agravou desde a eleição do ex-bispo Fernando Lugo para presidente do Paraguai, em abril de 2008.
A avaliação é do ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, expressada em um documento de 11 páginas assinado por ele e enviado à Câmara dos Deputados no final do ano passado.
Segundo Amorim, a situação dos brasiguaios --os brasileiros que vivem no Paraguai- é tensa, com grande risco de sofrerem atos de violência. "A última grande onda de conflitos agrários ocorreu no final de 2004, início de 2005, período após o qual se observou uma certa distensão, até o ressurgimento da questão, com força revigorada, após a eleição do presidente Fernando Lugo", diz Amorim no documento, enviado em resposta ao requerimento de informações do deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE).
Lugo foi eleito em abril de 2008 e empossado em novembro. A Embaixada do Paraguai em Brasília foi procurada pela Folha para comentar as declarações, mas não se pronunciou.
O chanceler brasileiro sugere no texto que as promessas de Lugo de fazer uma reforma agrária profunda, que ainda não se materializou, exacerbaram tensões latentes entre os brasileiros camponeses e grupos de sem-terra paraguaios.
"A despeito do aumento da tensão nos últimos meses, a situação no campo paraguaio permanece, até o momento, relativamente sob controle. Isso não significa que não haja o risco de aumento da violência, com as consequências que esse cenário pode gerar".
Segundo Amorim, "apesar do recrudescimento da situação desde a eleição do presidente Fernando Lugo, a questão está longe de ser uma novidade".
O texto do ministro das Relações Exteriores lista uma série de problemas enfrentados pelos brasiguaios, a começar da sua "situação jurídica precária". Não se sabe nem quantos são os brasileiros radicados no país (algo entre 80 mil e 150 mil, de acordo com as projeções realizadas pelo Itamaraty).
Achacados
Amorim descreve relatos de brasileiros que procuram a embaixada em Assunção dizendo serem achacados por funcionários públicos paraguaios, que lhes pedem 'coima' (propina) para ter a situação migratória regularizada.
A situação de insegurança é maior no Departamento (equivalente a Estado) de San Pedro, no centro do país. "O potencial de conflito e de eclosão da violência nessa área é grande", afirma o ministro brasileiro.
Em vários pontos do documento, Amorim alfineta o governo do país vizinho. Diz que Lugo "não apresentou até o momento um programa de reforma agrária, não obstante o destaque dado ao tema ao longo da campanha eleitoral".
Noutro, lembra que o Paraguai foi o último integrante do Mercosul a aprovar o acordo de residência mútua de cidadãos dos países-membros, mas que ainda não está em vigor porque precisa ser 'depositado' junto ao bloco --uma simples, mas indispensável, formalidade.
Sem esse acordo, fica mais difícil regularizar a situação dos brasiguaios. "A situação migratória irregular de alguns brasileiros tem reflexos óbvios sobre as condições sociais em que se encontram: muitos não têm acesso a escolas, serviço médico", afirma.
Amorim também cobra de Lugo proteção aos brasileiros. "Espera-se que o governo paraguaio cumpra com suas promessas de agir em estrito cumprimento da legislação vigente, preservando os direitos de todos os imigrantes que desejem colaborar para o desenvolvimento do país".
Ameaças
Nos últimos meses, houve pelo menos dois incidentes envolvendo disparos contra produtores rurais brasileiros. Um grupo de sem-terra denominado "22 de Septiembre" seria especialmente atuante nas ameaças a fazendeiros brasileiros.
Amorim, na carta, não faz referência à tentativa do Paraguai de rever o acordo de Itaipu, nem à suspeita de que estaria sendo auxiliado pelo MST.
Os produtores compreendem desde grandes cultivadores de soja até pequenos camponeses de subsistência e trabalhadores rurais. No momento, está sendo feita uma pesquisa de opinião, contratada pela embaixada brasileira em Assunção, para aferir a imagem deles no país.
Na avaliação do Itamaraty, os brasileiros são vistos de maneira "ambivalente". Uma parcela da população, segundo Amorim, os vê como trabalhadores, empreendedores e visionários.
Mas haveria "grupos específicos" entre camponeses, com respaldo em setores da imprensa, que acusam os brasileiros pelos problemas da distribuição de terras.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 8690.shtml
FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Enquanto os sem-terra brasileiros ensaiam uma aliança com o governo paraguaio para mudar o contrato de Itaipu, os sem-terra paraguaios representam uma ameaça a milhares de camponeses brasileiros que vivem no país vizinho. A situação se agravou desde a eleição do ex-bispo Fernando Lugo para presidente do Paraguai, em abril de 2008.
A avaliação é do ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, expressada em um documento de 11 páginas assinado por ele e enviado à Câmara dos Deputados no final do ano passado.
Segundo Amorim, a situação dos brasiguaios --os brasileiros que vivem no Paraguai- é tensa, com grande risco de sofrerem atos de violência. "A última grande onda de conflitos agrários ocorreu no final de 2004, início de 2005, período após o qual se observou uma certa distensão, até o ressurgimento da questão, com força revigorada, após a eleição do presidente Fernando Lugo", diz Amorim no documento, enviado em resposta ao requerimento de informações do deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE).
Lugo foi eleito em abril de 2008 e empossado em novembro. A Embaixada do Paraguai em Brasília foi procurada pela Folha para comentar as declarações, mas não se pronunciou.
O chanceler brasileiro sugere no texto que as promessas de Lugo de fazer uma reforma agrária profunda, que ainda não se materializou, exacerbaram tensões latentes entre os brasileiros camponeses e grupos de sem-terra paraguaios.
"A despeito do aumento da tensão nos últimos meses, a situação no campo paraguaio permanece, até o momento, relativamente sob controle. Isso não significa que não haja o risco de aumento da violência, com as consequências que esse cenário pode gerar".
Segundo Amorim, "apesar do recrudescimento da situação desde a eleição do presidente Fernando Lugo, a questão está longe de ser uma novidade".
O texto do ministro das Relações Exteriores lista uma série de problemas enfrentados pelos brasiguaios, a começar da sua "situação jurídica precária". Não se sabe nem quantos são os brasileiros radicados no país (algo entre 80 mil e 150 mil, de acordo com as projeções realizadas pelo Itamaraty).
Achacados
Amorim descreve relatos de brasileiros que procuram a embaixada em Assunção dizendo serem achacados por funcionários públicos paraguaios, que lhes pedem 'coima' (propina) para ter a situação migratória regularizada.
A situação de insegurança é maior no Departamento (equivalente a Estado) de San Pedro, no centro do país. "O potencial de conflito e de eclosão da violência nessa área é grande", afirma o ministro brasileiro.
Em vários pontos do documento, Amorim alfineta o governo do país vizinho. Diz que Lugo "não apresentou até o momento um programa de reforma agrária, não obstante o destaque dado ao tema ao longo da campanha eleitoral".
Noutro, lembra que o Paraguai foi o último integrante do Mercosul a aprovar o acordo de residência mútua de cidadãos dos países-membros, mas que ainda não está em vigor porque precisa ser 'depositado' junto ao bloco --uma simples, mas indispensável, formalidade.
Sem esse acordo, fica mais difícil regularizar a situação dos brasiguaios. "A situação migratória irregular de alguns brasileiros tem reflexos óbvios sobre as condições sociais em que se encontram: muitos não têm acesso a escolas, serviço médico", afirma.
Amorim também cobra de Lugo proteção aos brasileiros. "Espera-se que o governo paraguaio cumpra com suas promessas de agir em estrito cumprimento da legislação vigente, preservando os direitos de todos os imigrantes que desejem colaborar para o desenvolvimento do país".
Ameaças
Nos últimos meses, houve pelo menos dois incidentes envolvendo disparos contra produtores rurais brasileiros. Um grupo de sem-terra denominado "22 de Septiembre" seria especialmente atuante nas ameaças a fazendeiros brasileiros.
Amorim, na carta, não faz referência à tentativa do Paraguai de rever o acordo de Itaipu, nem à suspeita de que estaria sendo auxiliado pelo MST.
Os produtores compreendem desde grandes cultivadores de soja até pequenos camponeses de subsistência e trabalhadores rurais. No momento, está sendo feita uma pesquisa de opinião, contratada pela embaixada brasileira em Assunção, para aferir a imagem deles no país.
Na avaliação do Itamaraty, os brasileiros são vistos de maneira "ambivalente". Uma parcela da população, segundo Amorim, os vê como trabalhadores, empreendedores e visionários.
Mas haveria "grupos específicos" entre camponeses, com respaldo em setores da imprensa, que acusam os brasileiros pelos problemas da distribuição de terras.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 8690.shtml
- Túlio
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Estava pensando um treco: como Brasileiros, não temos RAÇA, somos uma mistureba das brabas mas...temos IDIOMA e CULTURA! É Português e BRASIL de uma ponta a outra dos nossos mais de oito milhões e meio de km2...
Então, será que estamos nos tornando os JUDEUS da América do Sul, odiados e caçados por nossa capacidade de progredir? Por nossa engenhosidade? Por nos unirmos quando em terra estrangeira? Por conservarmos nossos costumes, não importa onde estejamos? Sabiam que há CTG (Centro de Tradições Gaúchas) até na China e nos EUA?
Quanto mais penso nisso mais acho que não demora muito e a gente vai ter que descer o porrete em algum vizinho metido a fresco...
Então, será que estamos nos tornando os JUDEUS da América do Sul, odiados e caçados por nossa capacidade de progredir? Por nossa engenhosidade? Por nos unirmos quando em terra estrangeira? Por conservarmos nossos costumes, não importa onde estejamos? Sabiam que há CTG (Centro de Tradições Gaúchas) até na China e nos EUA?
Quanto mais penso nisso mais acho que não demora muito e a gente vai ter que descer o porrete em algum vizinho metido a fresco...
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Túlio escreveu:
Quanto mais penso nisso mais acho que não demora muito e a gente vai ter que descer o porrete em algum vizinho metido a fresco...
Olha, tio, estava cá pensando com meus botões isso, até quase postei minha posição, mas achei que iria criar uma celeuma enorme e ainda diriam que eu estaria "viajando na maionese", então aproveitando seu post, penso que estamos vivendo uma situação muito parecida com a que vivemos nos anos 70, quando da rivalidade contra os argentinos e podemos estar muito perto de uma grave crise diplomática, onde não sei até que ponto iria.
[ ]s
Slavsya, Otechestvo nashe svobodnoye,
Druzhby narodov nadyozhny oplot,
Znamya sovetskoye, znamya narodnoye
Pust' ot pobedy k pobede vedyot!
Druzhby narodov nadyozhny oplot,
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Pust' ot pobedy k pobede vedyot!
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Não falo com comuna, nem te conheço mais!
AUTOCRÍTICAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!
PS.: sou sodas, não???
AUTOCRÍTICAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!
PS.: sou sodas, não???
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Túlio escreveu:Não falo com comuna, nem te conheço mais!
AUTOCRÍTICAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!
PS.: sou sodas, não???
Nem se o partido autorizar a invasão da Venezuela
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
PRECIOSIDADE:
Diários de viagem do Deputado Raul Jungmann, atualizadíssimos e com impressões muito interesantes sobre o Paraguai, sua política interna, Itaipu, Brasiguaios & quetales. Não percam, é interessante DEMAIS mesmo!!!
http://www.rauljungmann.com.br/?cat=25
Diários de viagem do Deputado Raul Jungmann, atualizadíssimos e com impressões muito interesantes sobre o Paraguai, sua política interna, Itaipu, Brasiguaios & quetales. Não percam, é interessante DEMAIS mesmo!!!
http://www.rauljungmann.com.br/?cat=25
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Immortal Horgh escreveu:Túlio escreveu:
Quanto mais penso nisso mais acho que não demora muito e a gente vai ter que descer o porrete em algum vizinho metido a fresco...
Olha, tio, estava cá pensando com meus botões isso, até quase postei minha posição, mas achei que iria criar uma celeuma enorme e ainda diriam que eu estaria "viajando na maionese", então aproveitando seu post, penso que estamos vivendo uma situação muito parecida com a que vivemos nos anos 70, quando da rivalidade contra os argentinos e podemos estar muito perto de uma grave crise diplomática, onde não sei até que ponto iria.
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Pois eu concodo em número e grau com vcs dois , e não é de agora. Para mim só resta saber quem será o infeliz que vai servir de saco de pancada. O Paragua está se esforçando que é uma beleza.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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- Immortal Horgh
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
cicloneprojekt escreveu: Pois eu concodo em número e grau com vcs dois , e não é de agora. Para mim só resta saber quem será o infeliz que vai servir de saco de pancada. O Paragua está se esforçando que é uma beleza.
Eu acho que precisamos de uma posicionamento enérgico, senão a AS vai virar uma bagunça e logo, logo, teremos uma corrida armamentista.
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Slavsya, Otechestvo nashe svobodnoye,
Druzhby narodov nadyozhny oplot,
Znamya sovetskoye, znamya narodnoye
Pust' ot pobedy k pobede vedyot!
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Pust' ot pobedy k pobede vedyot!
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Colega Immortal acho que isto já etá acontecendo. Com excessão, por hora, do Paraguai/Uruguai, todos os países estão em processo de reequipamento. O próximo que deve anunciar uma grande supresa é o Equador. Isso, apesar deles estarem meio falidos. A Bolívia por conta do grande lucro obtido com dinheiro brasileiro da compra de gás, vem comprando um punhado de aviões de combate, mísseis anti-aéreos, anti-tanque e sei lá mais o quê. Aposto que virão blindados chineses para eles tb. Questão de pouquíssimo tempo.Immortal Horgh escreveu:cicloneprojekt escreveu: Pois eu concodo em número e grau com vcs dois , e não é de agora. Para mim só resta saber quem será o infeliz que vai servir de saco de pancada. O Paragua está se esforçando que é uma beleza.
Eu acho que precisamos de uma posicionamento enérgico, senão a AS vai virar uma bagunça e logo, logo, teremos uma corrida armamentista.
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A Argentina já planeja uma recuperação para ser implementada a partir de 2010/12...
Botar as barbas de molho é o que indica a Prudência
Editado pela última vez por WalterGaudério em Qua Jan 14, 2009 10:15 pm, em um total de 1 vez.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
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