CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

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Adriano Mt
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#301 Mensagem por Adriano Mt » Sáb Jan 10, 2009 7:09 pm

gaitero
O que é terrorismo para voce???
Eu sei muito bem o que é Terrorismo , a opinião diferente aqui é sua !

O Sr fala que terrorismo é a política americana anti terror , Israel não pode se defender do terrorismo que é terrorista.. a inversão de valores aqui é sua mesmo , não minha .

O próprio Hamas, Hezbollah e Al-Qaeda , eles mesmos assumem autoria de atos terroristas , eles aparecem em tvs , radios e falam que fizeram aquilo pela sua causa.

"E o coitado do homem que explodiu vai la procurar as virgens né"
Tudo muito lindo , as pessoas ao seu lado destroçadas e tale coisa , foguetinhos , morterinhos , 7,62 , carro bomba , forca e etc... tudo isto não é Terrorismo , Israel com sua desproporcionadamente é !!

E Finalizando:Se eles ( TERRORISTAS DO HAMAS ) assumem as suas ações como Terroristas , como o Sr quer defender a sua opinião.



Veja um video ai , estes são os bonzinhos do HAMAS que para você , não são terroristas.

Imagina !!!




Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#302 Mensagem por FOXTROT » Sáb Jan 10, 2009 7:10 pm

O que há com vocês defensores incondicionais de Israel?

O que ainda falta Israel fazer para vocês reconhecerem o massacre em Gaza?

O pessoal que defende os palestinos, não compactua com os ataques do Hamas, mas os vêem como um contraponto ao confinamento a que são submetidos.

Aos Palestinos resta duas opções, aceitar o expancionismo israelense, ou se insurgir contra os bloqueios (campo de concentraão de Gaza), porém se insurgir significa levar bomba!

Aos defensores incondicionais de Israel pergunto?

A imprensa mundial que se insurge contra o massacre israelense em Gaza é anti-semita?




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#303 Mensagem por Adriano Mt » Sáb Jan 10, 2009 7:21 pm

FOXTROT escreveu:O que há com vocês defensores incondicionais de Israel?

O que ainda falta Israel fazer para vocês reconhecerem o massacre em Gaza?

O pessoal que defende os palestinos, não compactua com os ataques do Hamas, mas os vêem como um contraponto ao confinamento a que são submetidos.

Aos Palestinos resta duas opções, aceitar o expansionismo israelense, ou se insurgir contra os bloqueios (campo de concentraão de Gaza), porém se insurgir significa levar bomba!

Aos defensores incondicionais de Israel pergunto?

A imprensa mundial que se insurge contra o massacre israelense em Gaza é anti-semita?
Foxtrot

Mas que expansionismo ?
Toda hora vem com uma .

Israel tinha desocupado Gaza dai o Hamas assumiu , dai começo as bombinhas , foguetinhos e etc.
Israel não quer gaza , la não tem nada cara.
Os próprios árabes fecharam as fronteiras quando o Hamas assumio o poder , por que sera ?

Cara o Hamas não quer nada , se eles querem tanto a paz , porque não ficaram quietos e começaram a trabalhar pelo seu povo.

O que você quer provar , que o Hamas estava fazendo um grande trabalho social com os palestinos e dai veio os ISRAELENSES e do nada começaram a despejar suas bombas ?

É isto ?




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#304 Mensagem por Adriano Mt » Sáb Jan 10, 2009 7:27 pm

Ai mas um dos HOMENS BONS do Hamas para a galera :

Isto ja até viro piada.



Heroic Hamas cleaning the area!!!

É muita informação.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#305 Mensagem por FOXTROT » Sáb Jan 10, 2009 7:35 pm

Eu me recuso a debater com você!!!!!!

Qualquer debate, obrigatoriamente passa por um pedido de desculpas pelas acusações infundadas e absurdas no tópico sobre o massacre que continua a ser cometido em Gaza.

[006]




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#306 Mensagem por Bolovo » Sáb Jan 10, 2009 7:38 pm

FOXTROT escreveu:Aos Palestinos resta duas opções, aceitar o expancionismo israelense, ou se insurgir contra os bloqueios (campo de concentraão de Gaza), porém se insurgir significa levar bomba!
Os palestinos não estão se insurgindo, estão pagando o pato como sempre pagaram. Quem está confrontando Israel é o Hamas. Se os palestinos estivem de fato engajado contra Israel, a região da Cisjordânia estaria uma guerra encarniçada como está em Gaza, mas não está assim, está? Egito e Israel se fecharam com Gaza. Mas Israel e Jordania se fecharam com West Bank? Não sei quanto Israel nesse momento, mas a Jordania eu acho que não...




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#307 Mensagem por Adriano Mt » Sáb Jan 10, 2009 7:51 pm

FOXTROT escreveu:Eu me recuso a debater com você!!!!!!

Qualquer debate, obrigatoriamente passa por um pedido de desculpas pelas acusações infundadas e absurdas no tópico sobre o massacre que continua a ser cometido em Gaza.

[006]
Como ja falei , se me mostrar que aquele nome dado ao tópico ou as opiniões falando que judeus são os capetas e tal não eram de forma nenhuma , vo usar parcial , para não ofende - lo mais.
Eu posso até voltar atraz e pedir - lhe desculpas , mas do contrario acho melhor não debatermos mesmo.

Só acho que o debate é feito de vários pensamentos que divergem de pessoas para pessoas , eu debato a causa , mas nunca vai ver eu escrevendo que todo um povo e´errado porque são JUDEUS ou defender que os palestinos estão errados porque são palestinos.

Nunca escrevi e dei a entender isto.

O que eu acho é do ponto de vista da ação em si , não sou contra palestino ou judeu , só coloco o ponto de visto que o Hamas é terrorista , porque realmente o são.
Mas acho que após a ação de ISRAEL que creio eu , vai enfraquecer demais os terroristas do Hamas , todos realmente deveriam se por a mesa para negociar como iria ficar aquela região , para evitar tal massacre , justificado ou não de ambas as partes.

Este é meu ponto de vista , mas de forma nenhuma , quero passar preconceito , racismo , nazismo , anti não sei o que , porque quando parte para este lado realmente não tem como debater.

Abraços e se queres arrumar as desavenças, pode me mandar uma MP , que eu irei responde- lo sem ofensas , mas se tratando do outro tópico , realmente eu perdi a paciência.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#308 Mensagem por Plinio Jr » Sáb Jan 10, 2009 8:08 pm

FOXTROT escreveu:O que há com vocês defensores incondicionais de Israel?

O que ainda falta Israel fazer para vocês reconhecerem o massacre em Gaza?
Reconheço que existe um conflito, onde existem baixas civis.....como sempre ocorreu em toda história da humanidade...agora massacre, holocausto.....muito distante disto....


O pessoal que defende os palestinos, não compactua com os ataques do Hamas, mas os vêem como um contraponto ao confinamento a que são submetidos.

Aos Palestinos resta duas opções, aceitar o expancionismo israelense, ou se insurgir contra os bloqueios (campo de concentraão de Gaza), porém se insurgir significa levar bomba!
Os bloqueios serão suspensos quando os ataques terroristas terminarem, quando os palestinos garantirem efetivamente que não haverá mais atividades terroristas dos seus contra israelenses.....isto me parece algo óbvio....

A imprensa mundial que se insurge contra o massacre israelense em Gaza é anti-semita?
Temos diversos meios da imprensa cobrindo o conflito, tem gente que apoia o direito israelense de revidar, bem como tem gente que reprova...

O anti-semitismo sempre fora presente há muito tempo, não é de hoje, é muito mais antigo que o nazismo e seus campos de Auschwitz-Birkenau, Buchenwald, Bergen-Belsen, Treblinka....não é algo que em uma leitura de 2 minutos de Wikipédia resolva....




¨Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão ¨- Eça de Queiroz
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#309 Mensagem por rodrigo » Dom Jan 11, 2009 12:06 am

Hamas já subiu no telhado.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#310 Mensagem por Paisano » Dom Jan 11, 2009 12:19 am

Quantas divisões?*

Fonte: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... de-israel/
HÁ QUASE 70 ANOS, durante a II Guerra Mundial, cometeu-se um crime de ódio em Leningrado. Por mais de mil dias, uma gang de extremistas, chamada "o Exército Vermelho" sequestrou e manteve sob sítio os milhões de habitantes da cidade, o que provocou ação de retaliação pela German Wehrmacht, que teve de agir em áreas superpovoadas. Os alemães só tiveram essa escolha: bombardear e encurralar a população e impor total bloqueio, o que matou centenas de milhares.

Pouco antes disso, crime similar foi cometido na Inglaterra. A gang de Churchill infiltrou-se entre os moradores de Londres, servindo-se de milhões de seres humanos como escudo humano. Os alemães foram obrigados a despachar para lá sua Luftwaffe e muito relutantemente reduziram a cidade a ruínas. Chamaram de "a Blitz".

Essa seria a narrativa da história, que veríamos hoje nos livros escolares – se os alemães tivessem vencido a guerra.

Absurdo? Tão absurdo quanto o que se lê diariamente nos jornais em Israel, repetido ad nauseam: os terroristas do Hamás "sequestraram" os habitantes de Gaza e exploram mulheres e crianças como "escudos humanos". Não deixam alternativa ao exército de Israel, que é obrigado a bombardear furiosamente, processo durante o qual, Israel lamenta muito, Israel mata e mutila milhares de mulheres, homens desarmados e crianças.

NA GUERRA EM CURSO EM GAZA, como em todas as guerra modernas, a propaganda desempenha papel de protagonista. A disparidade entre as forças, entre o exército de Israel – aviões de última geração, metralhadoras, fuzis, lança-granadas, navios de guerra, tanques, carros blindados de todos os tipos – e uns poucos milhares de combatentes do Hamás, que só têm armas leves, é disparidade absoluta: de um, para mil, talvez de um, para um milhão. Na arena política a diferença é ainda mais ampla. Mas na guerra de propaganda, a diferença é quase infinita.

Praticamente toda a imprensa ocidental só fez repetir, de início, a linha oficial da propaganda de Israel. Ignoraram completamente o outro lado, o lado palestinense da história, para não dizer que jamais noticiaram as manifestações diárias que acontecem, feitas pelos militantes israelenses dos grupos pela paz. O mundo aceitou como verdadeiro o argumento de propaganda do governo de Israel (“O Estado tem de defender os cidadãos contra os foguetes Qassam”). Nenhum jornal lembrou que os Qassams são reação ao sítio, cerco, bloqueio que mata de fome 1,5 milhão de seres humanos na Faixa de Gaza.

Só depois que as televisões ocidentais começaram a exibir cenas horrendas, imagens da Faixa de Gaza, então, a opinião pública gradualmente começou a mudar.

É verdade que as televisões ocidentais e israelenses só mostraram uma pequena porção dos horrores que aparecem, 24 horas por dia, mostrados ao mundo árabe pelo canal árabe da Al-Jazeera, mas uma única imagem de um bebê morto, nos braços de um pai alucinado é mais poderosa do que o infindável palavrório de frases bem construídas do porta-voz do exército israelense. No final, aquele pai e aquele bebê comprovaram-se mais poderosos que o exército e o porta-voz do exército de Israel.

A guerra – qualquer guerra – é o império das mentiras. Chamem-nas "propaganda", ou "guerra psicológica", aceita-se em geral que muitos mintam a um país inteiro. E quem tente dizer a verdade corre o risco de ser acusado de traição.

O problema da propaganda é que ela sempre convence mais o propagandista, que o resto do mundo. E depois de alguém passar a crer que uma mentira é verdade, que o falso é real... já ninguém é capaz de tomar decisões racionais.

Exemplo desse processo viu-se no episódio mais chocante, até agora, da guerra de Gaza: o bombardeio da Escola Fakhura, da ONU, no campo de refugiados de Jabaliya.

Imediatamente depois de o mundo tomar conhecimento do crime que ali se cometeu, o exército de Israel "revelou" que combatentes do Hamás estariam disparando granadas de área próxima à entrada da escola. Como prova, exibiram uma foto aérea na qual, sim, se via uma escola e uma granada. Minutos depois, o mentiroso de plantão no exército teve de admitir que a foto era antiga, de mais de um ano. Em resumo: a foto foi falsificada.

Depois, outro mentiroso armado 'declarou' que "nossos soldados estavam sendo atacados a tiros, de dentro da escola". Dia seguinte, o exército foi obrigado a reconhecer frente aos funcionários da ONU, que também a segunda 'declaração' era mentira. Ninguém foi atacado a tiros, de dentro da escola, nem havia combatentes do Hamás dentro da escola. Dentro da escola só havia refugiados desarmados e apavorados.

De qualquer modo, o desmentido não fez grande diferença. Àquela altura, a opinião pública já estava cegamente convencida de que "estavam atirando de dentro da escola" – o que jornalistas continuaram a 'noticiar' pela televisão, como se fosse verdade.

E assim por diante, a cada nova atrocidade, uma nova mentira. Cada bebê metamorfoseava-se, no momento de morrer, em terrorista do Hamás. Cada mesquita bombardeada convertia-se instantaneamente em base do Hamás. Cada prédio de apartamentos, em esconderijo de armas; cada escola, em posto de comando do terror; cada prédio da administração pública, em "símbolo do poder dos terroristas do Hamás". Assim, o exército de Israel travestiu-se, mais uma vez, de "o mais moral exército do mundo".

A VERDADE é que as atrocidades são consequência direta do plano de guerra. Refletem a personalidade de Ehud Barak – homem cujo modo de pensar e agir são exemplo do que se conhece como "insanidade moral", desordem sociopática.

O objetivo real da Guerra de Gaza (além de conquistar algumas cadeiras nas eleições próximas) é destruir o Hamás na Faixa de Gaza. Na imaginação dos estrategistas sociopatas do exército de Israel, o Hamás é um invasor que controla um país estrangeiro. Claro que a realidade é outra.

O movimento Hamás venceu eleições perfeitamente legais e democráticas realizadas na Cisjordânia, em Jerusalém Leste e na Faixa de Gaza. Venceu, porque os palestinenses chegaram à conclusão de que a abordagem pacífica do Fatah nada obtivera, que prestasse, de Israel – sequer foi interrompida a construção de novas colônias; nenhum prisioneiro político foi libertado; nenhum passo significativo foi dado para pôr fim à ocupação ilegal e criar o Estado da Palestina.

O Hamás está profundamente enraizado na população – não só como movimento de resistência que combate a ocupação ilegal, como foi, no passado, o movimento Irgun e o Grupo Stern –, mas também como corpo político e religioso que oferece serviços de assistência social, educacional e serviços de saúde.

Do ponto de vista da população da Palestina, os combatentes do Hamás não são um 'corpo estranho': são os filhos das famílias que vivem na Faixa e em outras regiões da Palestina. Eles não são nem estão "infiltrados na população", nem "usam a população como escudos humanos". A população da Palestina vê os combatentes do Hamás como os seus, como os seus soldados, como os seus defensores.

Portanto, toda a operação que levou a essa guerra baseou-se em premissas erradas. Transformar o dia-a-dia da Palestina em inferno jamais levará os palestinenses a levantar-se contra o Hamás. Acontecerá exatamente o oposto: a população unir-se-á cada vez mais firmemente em torno do Hamás; a cada dia aumentará a decisão de não se render. Os habitantes de Leningrado não se levantaram contra Stalin. Nem os ingleses de Londres levantaram-se contra Churchill.

Quem ordena que os soldados façam o que têm feito, mediante os métodos que o exército de Israel tem usado em área densamente povoada, sabe que massacrará civis. Aparentemente nada disso o perturba. Ou, então, ele pensa que "mudarão de opinião" e "acordarão para o bom-senso", de modo que, no futuro, nunca mais se atreverão a resistir contra Israel.

A prioridade do exército de Israel era minimizar o número de soldados mortos, porque sabem que a opinião dos eleitores mudará, no instante em que Israel comece a enterrar seus filhos. Aconteceu exatamente assim, nas duas guerras do Líbano.

Essa consideração teve papel particularmente importante, porque toda a guerra é item da campanha eleitoral. Ehud Barak, que chegou ao topo das pesquisas nos primeiros dias da guerra, sabe que despencará de lá, se as televisões começarem a mostrar imagens de soldados israelenses mortos.

Portanto, Israel implementa hoje outra doutrina: evitar baixas; para tanto, destruir tudo o que apareça à frente dos tanques ou abaixo dos aviões ou na mira dos canhões dos barcos. Os estrategistas estão trabalhando, não só para matar 80 palestinenses para salvar um soldado, como está acontecendo; estão preparados para matar 800 palestinenses, por israelense. Evitar baixas é, hoje, o primeiro mandamento em Israel. Para tanto, estão matando número recorde de civis palestinenses.

O que aí se vê é a escolha consciente de um tipo particularmente cruel e injusto de estratégia de guerra. Esse erro é o calcanhar de Aquiles do exército de Ehud Barak.

Um homem sem imaginação como Barak (seu slogan eleitoral é "Não um bom sujeito. Um líder!"), não faz idéia de como gente de bem, em todo o mundo, reage ante assassinatos de famílias inteiras, destruição de casas, soterramento de mães e filhos, pilhas de cadáveres de meninos e meninas envoltos em mortalhas brancas, a relatórios que informam sobre feridos que sangram até morrer, porque o exército de Israel impede o trânsito de ambulâncias; ante assassinatos médicos e paramédicos que tentam cumprir seu dever; ou de motoristas de caminhões da ONU que dirigem caminhões que transportam farinha. O mundo está horrorizado com o que está vendo. Nenhum argumento eleitoral ou estratégico terá jamais qualquer força, ante a imagem de uma menina ferida, no chão, procurando a mãe.

Os estrategistas de Israel supuseram que impediriam o mundo de ver essas cenas; que bastaria impedir o trabalho dos jornalistas. Os jornalistas israelenses, para sua perpétua vergonha, deram-se por satisfeitos com os releases e imagens oficiais, fornecidas pelo porta-voz do exército, como se fossem notícia e fato; ao mesmo tempo, preservaram-se, a quilômetros de distância de qualquer perigo.

A imprensa estrangeira também foi proibida de trabalhar, mas os jornalistas estrangeiros, pelo menos, protestaram. Conseguiram ser levados em tours rápidos pelas cidades, em grupos pequenos, selecionados e fiscalizados.

Fato é que, nas guerras modernas, esse tipo de noticiário estéril e manufaturado já não exclui completamente outras vias de obter e distribuir informação. Há máquinas fotográficas e filmadoras com a população, na Faixa, no meio do inferno. E, essas, não podem ser controladas. As equipes da rede Al-Jazeera distribuem imagens e boletins 24 horas por dia. E todas as casas recebem as imagens.

Essa batalha, pelas telas de televisão, é hoje uma das mais decisivas de toda a guerra de Gaza.

Centenas de milhões de árabes, da Mauritânia ao Iraque, mais de um bilhão de muçulmanos, da Nigéria à Indonésia vêem e horrorizam-se. Não se subestime o impacto dessas redes, sobre o desenrolar da guerra de Gaza. Milhões de pessoas estão assistindo ao que fazem e dizem os políticos do Egito, da Jordânia e da Autoridade Palestinense. Para muitos, todos esses aparecem como colaboracionistas, como parceiros de Israel, nas atrocidades de que são vítimas, hoje, seus irmãos palestinenses.

Os serviços de segurança de vários regimes árabes já registram uma fermentação perigosa em vários países. Hosny Mubarak, de todos os líderes árabes o que está mais exposto, por ter fechado a passagem de Rafah, praticamente diante de multidões de refugiados apavorados, está sendo forçado a pressionar Washington, que, até há pouco tempo recusava-se a cogitar de qualquer tipo de acordo para o cessar-fogo. Todos já começam a pressentir algum tipo de grave ameaça aos interesses vitais dos EUA no mundo árabe. De fato, já mudaram de atitude – o que causou consternação entre os complacentes diplomatas israelenses.

Gente que sofra de insanidade moral não pode, mesmo, entender os motivos que regem a ação de gente normal. "Quantas divisões tem o Papa?" perguntou Stálin. "Quantas divisões têm os seres humanos decentes?" – deve estar-se perguntando, agora, Ehud Barak.

Fato é que os seres humanos decentes têm, sim, algumas divisões. Não muitas. Nem capazes de reação muito rápida. Nem são muito poderosas, nem muito bem organizadas. Mas num determinado momento, quando as atrocidades cometidas por Israel começaram a vazar por todos os lados, começaram a surgir protestos em massa, de grande envergadura. Esses protestos podem decidir uma guerra.

O erro, o fracasso, a incapacidade para perceber a real natureza do Hamás levou a outros erros, de resultados previsíveis. De um lado, Israel é incompetente para vencer. De outro lado, o Hamás não perderá essa guerra.

Ainda que Israel conseguisse matar todos os combatentes do Hamás, até o último homem, ainda assim o Hamás venceria. Os combatentes do Hamás passarão a ser vistos como exemplos para o mundo árabe, heróis do povo da Palestina, exemplo a ser copiado para todos os jovens árabes. A Cisjordânia cairá no colo do Hamás, como fruta madura. O Fatah naufragará num mar de escárnio, vários regimes árabes estarão sob risco de colapso.

Se, ao final dessa guerra, ainda houver Hamás, dilacerado, que seja; em frangalhos, que seja, mas ainda vivo, sobrevivente à fuzilaria da máquina militar de Israel, será a mais prodigiosa das vitórias, será fantástico, será como o espírito que derrotou a matéria.

Na consciência do mundo estará fixada a imagem de uma Israel sedenta de sangue, pronta para, a qualquer momento, cometer os mais atrozes crimes de guerra, que nada detém, nenhuma rédea moral. As consequências serão muito severas, para o futuro de longo prazo de Israel, para nossa existência no mundo, para as chances de Israel algum dia poder viver em paz e sossego.

No fim a guerra de Gaza é, sobretudo, guerra contra Israel, também. É crime contra o Estado de Israel.

*URI AVNERY, 10/1/2009, "How Many Divisions?", é do Gush Shalom [Grupo da Paz], Israel, distribuído por e-mail, hoje. Tradução de Caia Fittipaldi, autorizada pelo autor.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#311 Mensagem por Marechal-do-ar » Dom Jan 11, 2009 12:25 am

Kratos escreveu:Democracias árabes? Eu quero que você nomeie um país no Oriente Médio, com a exceção de Israel, que seja uma democracia e que a maioria da população seja muçulmana. E já vou listar os países que não são, pra você evitar gastar seus dedos no teclado.

Irã: um país no qual um conselho de velhacos decide quem pode e quem não pode se candidatar, que mantem total controle sobre as forças armadas, que arbitrariamente fecha jornais progressistas, que ordena a censura de meios de telecomunicações, que publica Fatwas (tão primitivos) que fariam inquisidores do século 16 corarem de vergonha; um país que ativamente financia o terrorismo em diversos outros países visando a morte de civis inocentes de modoa legitimar movimentos políticos.

Síria: o mesmo do anterior, porém com menos influência religiosa danosa do Islã.

Líbano: quem fala mal do Hezbolah ou sai do país ou morre, uma mílicia-terrorista que controla mais do país que o próprio governo central.
Kratos, seus posts são sempre assim, colocam a sua opinião pessoal carregada e até preconceituosa e deixam a realidade para um segundo plano, me lembra muito os americanos falando do comunismo na guerra fria, que é o mesmo tom dos russos falando dos capitalistas na guerra fria, e dos nazista falando dos comunistas e judeus, e... Enfim, você não vai muito longe assim.

- Irã e Síria: O conselho de velhacos é eleito, vagas reservadas para não muçulmanos, todos que tem poder são eleitos, direta ou indiretamente, no primeiro caso o sistema foi erguido pela própria população, nada de um manda chuva externo dizendo como eles devem governar o país, compare essa democracia com a de um outro país que nós dois conhecemos bem, onde existem eleições diretas mas que escolhe os candidatos não é eleito, quem aprova ou não os candidatos também não é eleito, sim, teve que passar por concurso público, mas só chega ao topo com a indicação de alguém que já está la... Olhando por cima, me parece que a dmeocracia no Irã é um pouco mais avançada.

- Líbano: E porque essa milícia tem tanto poder? O governo deixa? A população aprova? Mágica?

É tão difícil admitir que a população desses países não aprova as atitudes de Israel? Que se não tiver um ditador para segurar a população (até certo ponto, não é tão difícil assim uma revolta popular naquela região), assinar acordos com Israel e fazer vista grossa Israel não teria esses "aliados"?
Plinio Jr escreveu: Temos diversos meios da imprensa cobrindo o conflito, tem gente que apoia o direito israelense de revidar, bem como tem gente que reprova...
E tem aqueles que reprovam a forma como eles revidam...
Plinio Jr escreveu:O anti-semitismo sempre fora presente há muito tempo, não é de hoje, é muito mais antigo que o nazismo e seus campos de Auschwitz-Birkenau, Buchenwald, Bergen-Belsen, Treblinka....não é algo que em uma leitura de 2 minutos de Wikipédia resolva....
E a pergunta que não quer calar, por que ele existe?
Bolovo escreveu:Eu já penso que é o Fatah é a unica maneira de aparecer um cessar fogo nesse momento.
E porque o Fatah perdeu as eleições e só voltou com ajuda externa? Deixa eu me lembrar... Porque Israel "matou" Yasser Arafat, endureceu a linha no período e os palestinos começaram a achar que esse caminho não daria em nada...

Você pode estar certo em um ponto, o Fatah era a chance de um cessar fogo, ou melhor, de essa ofensiva atual nem ter começado, mas Israel não fez sua parte, ao invés de ajudar o Fatah e prosseguir com as conversas para uma paz duradoura enfraqueceu este dando chances ao Hamas subir ao poder, o Fatah conseguiu voltar, mas sem força, bem... Quem enfraqueceu o Fatah foi Israel, não o Hamas e muito menos eu...
Bolovo escreveu:Se Israel quisesse de fato massacrar os palestinos, a maior fronteira deles seria com a Jordania e só existiriam quatro países vizinhos.
Mas nesses quatro países vizinhos existem pessoas com bom senso, pessoas que podem não estar dispostas a lutar por um pedaço de deserto, mas que podem estar dispostas a lutar contra alguém que decida massacrar os palestinos (ou muçulmanos ou árabes), a ofensiva atual esta longe de matar milhões, mas não é bonita e muito menos um bom começo para a paz.
Bolovo escreveu: Lembre-se que foi instantâneo, em 2007 quando o Hamas subiu ao poder, tanto Egito como Israel bloquearam Gaza. Já sabiam que coisa boa não iria sair de lá.
O Hamas alega que Israel não cumpre o cessar fogo justamente por manter o bloqueio, que, querendo ou não, prejudica muito os palestinos e, como você bem lembrou, o bloqueio veio antes do primeiro ataque.
Imagine Bolovo, uma situação bem incomum, eu encontro você na rua, então te dou um soco, quando alguém vier a mim e perguntar porque eu dei o soco eu respondo "eu dei o soco porque ele ia me socar, tanto que me socou logo em seguida o que prova que eu estava certo, vejam só, o Bolovo é um terrorista que soca os outros na rua sem motivo algum, ele deveria ser eliminado!".

A sorte dos palestinos é que o Egito alivia esse bloqueio...

Agora me respondam uma coisa, se vocês fossem um palestino e vissem algo como isso:
Ontem a ONU revelou, entre outros casos, que as Forças Armadas israelitas bombardearam uma casa na Faixa de Gaza onde os próprios soldados de Israel tinham colocado, no dia anterior, cerca de 110 palestinianos, sendo 50 crianças, supostamente para estarem em segurança. No ataque morreram 30.
E depois alguém chegasse e dissesse isso:
Plinio Jr escreveu: Os bloqueios serão suspensos quando os ataques terroristas terminarem, quando os palestinos garantirem efetivamente que não haverá mais atividades terroristas dos seus contra israelenses.....isto me parece algo óbvio....
Vocês acreditariam?




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Kratos
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#312 Mensagem por Kratos » Dom Jan 11, 2009 12:37 am

gaitero escreveu:
Bolovo escreveu:Ainda ninguém me respondeu porque a Cisjordania não está sendo atacada.

E também porque um cara do Fatah esta representando Gaza na ONU e não um cara do Hamas.

E porque o Hamas rejeita, assim como Israel, os acordos de paz propostos, se segundo alguns, eles só "querem a paz"?!

[005] [005]
Ao contrário a Cisjordãnia sofre muito mais que Gaza, eles já perderam 40% de seu território, e agora estão a perder ainda mais, pois Israel esta a contruir um muro, que eles diziam ser para evitar homens bomba, mas que na verdade esta a dividir a cisjordãncia em duas partes, ou seja, só servirá para Israel tomas ainda mais território. O problema é que na cisjordânia a guerra não é descarada como em gaza.


Porque um cara do Fatah esta representando a onu em gaza? Boa pergunta, acho que foi porque o governo norte americano quiz.......


Hamas assim como Israel regeita o acordo de paz? No mínimo foi a rede globo que disse isto.
Até onde eu sei o Hamas pede uma urgente intervenção da Onu, o que o HAMAS quer negociar, é que dentro deste acordo de paz, esteja explicito não só o fim da guerra, mas tambem o reconhecimento por parte de Israel e da ONU de um País que se chame Palestina. Afinal se isto não for feito israel continuará daqui a 2 ou 3 anos com novas guerras, sua politica expancionista.
Certo, século XXI chamando Gaitero, de volta da década de 50 pro século XXI. Pra um século onde o próprio Israel está constantemente desalojando assentados judeus, sinaliza possibilidades de devolver Golan pra Síria. Uma dica, insistir em cuspir essas mentiras grosseiras tiradas direto de uma cartilha do PT só está fazendo com que você faça um papel de ridículo.

Hamas não quer negociar porra nenhuma, Hamas quer intervenção da ONU pra parar de tomar bomba no bumbum, sofreram pesadas baixas nas suas hostes devido ao bombardeio surpresa israelense e sua estrutura foi seriamente danificada. Dizem que até os foguetes disparados pelo Hamas não possuem mais ogivas.

"Acordo de paz"? pfff...... Hamas não quer paz, Hamas quer extrerminar cada homem, mulher, idoso e criança nçao muçulmana que viva em Israel e instaurar lá uma teocracia fundamentalista islâmica aos moldes do que há agora no Irã.

Cisjordânia sofre mais que Gaza? Da cartola de qual David Copperfield vocÊ tirou essa loucura? A Cisjordânia vive bem melhor que Gaza, quase não há incursões israelenses por lá, visto que o Fatah sabe controlar seus radicais; cidadãos da Cisjordânia tem melhor acesso à Israel do que cidadãos de Gaza, uma vez que os atentados perpetrados por radicais oriúndos da Cisjordânia quase não existem mais. Escreve o que eu digo, se continuar a ala moderada do Fatah governando a Cisjordânia, será lá o nascimento do primeiro governo de um país palestino.

Marechal-do-ar escreveu: Kratos, seus posts são sempre assim, colocam a sua opinião pessoal carregada e até preconceituosa e deixam a realidade para um segundo plano, me lembra muito os americanos falando do comunismo na guerra fria, que é o mesmo tom dos russos falando dos capitalistas na guerra fria, e dos nazista falando dos comunistas e judeus, e... Enfim, você não vai muito longe assim.

- Irã e Síria: O conselho de velhacos é eleito, vagas reservadas para não muçulmanos, todos que tem poder são eleitos, direta ou indiretamente, no primeiro caso o sistema foi erguido pela própria população, nada de um manda chuva externo dizendo como eles devem governar o país, compare essa democracia com a de um outro país que nós dois conhecemos bem, onde existem eleições diretas mas que escolhe os candidatos não é eleito, quem aprova ou não os candidatos também não é eleito, sim, teve que passar por concurso público, mas só chega ao topo com a indicação de alguém que já está la... Olhando por cima, me parece que a dmeocracia no Irã é um pouco mais avançada.

- Líbano: E porque essa milícia tem tanto poder? O governo deixa? A população aprova? Mágica?

É tão difícil admitir que a população desses países não aprova as atitudes de Israel? Que se não tiver um ditador para segurar a população (até certo ponto, não é tão difícil assim uma revolta popular naquela região), assinar acordos com Israel e fazer vista grossa Israel não teria esses "aliados"?
Novamente cai na falácia de achar que bastam eleições diretas pra que se forme uma democracia.

Volta por favor com uma argumentação séria quando você lembrar que, numa democracia, o governo não faz uso de instrumentos (institucionalizados via leis) pra coibir com a forças de armas a oposição política, não censura opinião contrária à oficial; numa democracia mulheres que perdem a virgindade antes do casamento não são punidas com apedrejamento ou algo parecido, sequer são punidas; numa democracia.. aliás, chega, se você vive no Brasil e ainda não absorveu o conceito de democracia (que é a nossa democracia ocidental, qualquer outra coisa é merda puta) eu não posso fazer nada.

O verdadeiro cego, não é aquele que não quer ver, é aquele que só enxergar as coisas do modo que lhe convem.

Líbano:

Sabe porque a milícia-terrorista tem tanto poder? Porque ela mata quem discorda (o governo deixa, e a população, que vai em massa comemora quando se derrubam torres com milhares de pessoas nos EUA ou quando se explode um ônibus com um punhado de crianças em Jerusalém).

Tenho um conhecido meu (ex-cliente do meu pai, na época em que este vendia carros) que fugiu do Líbano porque lutou por uma milícia cristã durante a guerra e foi corrido de lá pelo Hezbolah. É jurado de morte, se pisar o pé em Beirute ele vai pro saco.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#313 Mensagem por Kratos » Dom Jan 11, 2009 12:54 am

Chega, eu encerro por aqui. Quem já foi contaminado pelas mentiras esquerditas é além da salvação. Possui um véu na frente dos olhos que o impede de ver a realidade como ela é.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#314 Mensagem por Sterrius » Dom Jan 11, 2009 3:23 am

So vou colocar observação de como funcionam os governos de cada país da região. Creio que é uma informação decente. O quote é da wikipedia que é até confiavel pra esse tipode informação e o que vem dpois do país é minha opinião sobre a classificação "não oficial" do governo :mrgreen:

Turquia -> Democracia (ou alguem aqui não considera turquia oriente medio?).
A Turquia é uma república democrática, multi-partidária e secular, com um sistema de governo parlamentarista. O presidente da República, eleito pela Grande Assembléia Nacional para um mandato de sete anos, é o chefe de Estado. O governo é chefiado por um primeiro-ministro e composto pelo conselho de ministros. O poder Legislativo compete ao governo e à Grande Assembléia Nacional. O poder Judiciário é independente do Executivo e do Legislativo.
Ira -> Democracia "Falha". Da pra chamar de democracia, mas tb não da. A população pode escolher grande parte de seus lideres. Mas o conselho dos guardiões podem vetar candidatos e o lider supremo tem muita influencia podendo até mesmo demitir o presidente. (Motivo pelo qual coloquei o falha em negrito, e deveria ter posto sublinhado pra dar +enfase :mrgreen: ).

A imagem explica direito como funciona o sistema politico la.

Imagem

O link da wikipedia sobre o país explica sobre cada função. (Muito grande pra colar).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Iran#Pol.C3.ADtica

Siria -> Ditadura disfarçada de democracia
A Síria é uma república parlamentar. No entanto, os seus cidadãos votam desde 1970 por um presidente e deputados duma lista única organizada pelo partido Ba'ath . O president Hafez al-Assad foi "eleito" desta forma para cinco mandatos consecutivos e, com a sua morte, o seu filho Bashar al-Assad foi escolhido para o suceder e confirmado por um "referendo" em Julho de 2000.
Egito-> Ditadura disfarçada de democracia
O Egipto é uma república desde 18 de Junho de 1953. Mohamed Hosni Mubarak assumiu a presidência do país em 14 de Outubro de 1981, após o assassinato de Anwar Sadat, e, em 2008, estava no seu quinto mandato. Mubarak é o chefe do Partido Democrático Nacional, no poder.

Embora o país seja formalmente uma república semipresidencialista multipartidária, na qual o poder executivo é compartilhado entre o presidente e o primeiro-ministro, na prática o presidente controla o governo e tem sido eleito em pleitos com candidato único há mais de cinquenta anos. A última eleição presidencial ocorreu em Setembro de 2005.
Libano -> A situação do Libano é complicada devido a atual volatividade politica. Mas teoricamente é uma republica.
O Líbano é uma república regida pela constituição de 23 de Maio de 1926, que foi alvo de várias emendas, a mais importante das quais ocorreu em 1989. Esta constituição consagra a divisão do poder em três ramos, o executivo, legislativo e judicial. Segundo a lei, os cargos de presidente da república, primeiro-ministro e porta-voz do parlamento devem ser ocupados respectivamente por um cristão maronita, por um muçulmano sunita e por um muçulmano xiita.

O poder executivo recai sobre o presidente eleito pela Assembleia Nacional para um mandato de seis anos. O presidente nomeia o primeiro-ministro, que escolhe os membros do seu governo junto com o presidente e o parlamento. O atual presidente do Líbano é Michel Suleiman (desde Maio de 2008) e o primeiro-ministro é Fuad Siniora (desde 30 de Junho de 2005). O Líbano estava sem presidente desde novembro de 2007, por causa de um impasse entre a situação, que apóia os governos ocidentais, e a oposição, liderada pelo grupo xiita Hezbollah – que tem o apoio da Síria.

O poder legislativo é exercido pela Assembleia Nacional (em árabe: Majlis Alnuwab; em francês: Assemblee Nationale) composta por 128 membros eleitos por sufrágio universal para um mandato de quatro anos. As últimas eleições para a Assembleia tiveram lugar em Maio e em Junho de 2005.

O voto é obrigatório para todos os homens a partir dos vinte e um anos de idade, sendo permitido votar às mulheres a partir da mesma idade.
Israel -> Democracia. Mas o país ainda não tem constituição, logo as leis são todas baseadas em um conjunto de leis basicas aprovadas pelo parlamento. (que tem eleições de 4 em 4 anos).




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#315 Mensagem por Guillermo Muñoz » Dom Jan 11, 2009 5:24 am

Meu caro paisano, o seu último post, de cuja autoria o senhor não é proprietario, mas eu acho que rubrica os principios morais que o sustentam, é de uma altura ética e de uma lucidez que alegra-me inmensamente que a humanidade seja capaz de producir.
As minha mais sinceras felicitaciones por dito post, ao que EU adhiero com total libertade de conciencia.
Meu caro, como sempre vc é "dos meus"
Guillermo Muñoz Q.




Solo vencerá el que esté mejor preparado!!
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