CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
”FAIT ACCOMPLI” DE ISRAEL EM GAZA.
Por Eric Margolis – 5 de janeiro de 2009.
Há duas versões, completamente diferentes, sobre o que está acontecendo em Gaza.
Na versão da imprensa israelense e americana-canadense, o Hamas – “terroristas islâmicos” apoiados pelo Irã – começaram com um ataque não-provocado, disparando foguetes mortíferos contra um inocente Israel, com a intenção de destruir o estado judeu.
Políticos americanos-canadenses e a mídia dizem que “Israel tem o direito de se defender”.
Sem dúvida. Nenhum governo israelense pode tolerar foguetes atingindo suas cidades, mesmo que o total de baixas tenha sido menos que as fatalidades de acidentes de carros, durante um só feriado nas estradas de Israel.
O disparo dos débeis foguetes “al-Qassam”, de fundo-de-quintal, pelos palestinos, é tanto inútil, quanto contraprodutivo.
Isto danifica a imagem deles como povo oprimido e dá aos extremistas de direita israelenses uma razão perfeita para deslanchar mais ataques contra os árabes e recusar a discutir a paz.
Os apoiadores de Israel insistem que tem um direito absoluto para lançar centenas de toneladas de bombas contra “alvos do Hamas” dentro dos 360 Km² da Faixa de Gaza, para “pegar os terroristas.”
Os civis sofrem, afirma Israel, por causa dos covardes do Hamas que se escondem no meio deles.
Omitindo fatos.
Como usual, esta versão de história-em-quadrinhos dos eventos, omite uma grande parte de nuance e fundo histórico.
Embora o disparo de foguetes contra civis seja um crime, também é o bloqueio israelense de Gaza, que é uma egrégia violação da lei internacional e da Convenção de Genebra.
De acordo com a ONU, a maioria dos 1,5 milhão de refugiados palestinos subsistem próximo ao limiar da fome. Setenta porcento das crianças palestinas, em Gaza, sofrem de severa desnutrição e trauma psicológico.
Instalações médicas estão, criticamente, carentes de médicos, pessoal, equipamento e remédios. Gaza, literalmente, tornou-se uma lixeira humana para todos os árabes que Israel não quer.
Gaza é um dos locais mais populados do mundo, uma vasta prisão à céu aberto, cheia com pessoas desesperadas. No passado, elas arremessavam pedras nos ocupantes israelenses; agora, lançam foguetes caseiros.
Chamem isto de um motim penitenciário.
Visando as eleições.
Quando a denominada trégua entre Tel Aviv e o Hamas expirou, em 19 de dezembro, os políticos israelenses estavam em meio à preparação para as eleições nacionais de 10 de fevereiro.
A política israelense está desempenhando um papel-chave nesta crise.
Ehud Barak, o ministro da defesa e líder do Partido Trabalhista, e Tzipi Livni, a ministra do exterior e líder do Partido Kadima, estão tentando provar que são mais durões um ao outro e ao partido linha-dura Likud de Benjamin Netanyahu.
As eleições israelenses estão, somente, há seis semanas, e o Likud estava liderando, até que as incursões aéreas sobre Gaza, começaram. O Kadima e os Trabalhistas estão, agora, na frente das pesquisas.
Os pesados ataques sobre Gaza, também, são designados para intimidar os vizinhos árabes de Israel, e compensar a humilhante derrota de Israel, em 2006, no Líbano, que, ainda, assombra os políticos e generais do país.
Um fait accompli.
Quando os ataques aéreos, sobre Gaza, começaram, Barak disse: “Nós mudamos, totalmente, as regras do jogo.”
Ele estava certo. Ao incursionar a Gaza controlada pelo Hamas, Barak brindou a administração americana vindoura, com um fait accompli, e, com precisão, deu um xeque-mate no mais novo participante do Grande Jogo do Oriente Médio – Barack Obama, o presidente-eleito dos Estados Unidos – antes mesmo que este pudesse tomar assento à mesa.
A ofensiva israelense contra Gaza, agora, muito provavelmente irá dar curto-circuito em quaisquer planos que Obama pudesse ter tido, para pressionar Israel a se retirar para suas fronteiras pré-1967 e compartilhar Jerusalém.
Isto agradou os apoiadores de Israel na América do Norte, que estão saudando a guerra em Gaza e recuando de seu pretenso apoio a um acordo de terra-por-paz.
O sucesso de Israel em fazer com que a mídia ocidenta retrata a ofensiva em Gaza como “operação anti-terrorista”, irá, também, diminuir as esperanças para conversações de paz, em qualquer momento próximo.
Obama herdará esta bagunça em poucas semanas. Durante as eleições, Obama curvou-se ao lobby de Israel, oferecendo uma nova carta-branca dos Estados Unidos para Israel e, até mesmo, aceitando o monopólio permanente de Israel sobre toda a Jerusalém.
Enquanto ele conclui a formação de seu gabinete, sua equipe do Oriente Médio parece estar fortemente carregada com amigos do Partido Trabalhista de Israel.
Obama continua dizendo que precisa ficar em silêncio, à respeito de questões políticas, até que George Bush, o presidente de saída, deixe o cargo, mas sua equipe parece feliz em evitar ter de fazer declarações sobre Gaza, que poderiam antagonizar os apoiadores americanos de Israel.
Obama assumirá o cargo confrontando um Oriente Médio em armas por causa de Gaza, e o mundo muçulmano inteiro culpando os EUA pela carnificina lá.
A não ser que ele se distancie das políticas da administração Bush, irá, em breve, encontrar-se encarando os mesmos problemas e raiva que a Casa Branca de Bush.
Acordo árabe morto.
A ofensiva de Israel em Gaza, provavelmente, também torpedeará o atual plano de paz patrocinado pelos sauditas, que havia sido apoiado por todos os membros da Liga Árabe.
O plano, agora, provavelmente defunto, pedia para Israel retirar-se para suas fronteira de 1967 e compartilhar Jerusalém, em troca pelo pleno reconhecimento e relações normalizadas com o mundo muçulmano.
Os governos árabes, agora, serão incapazes de vender o acordo, enquanto enfrentam uma tempestade de críticas de seu próprio povo, sobre a impotência para ajudar os palestinos de Gaza.
O Egito, em particular, está sendo, amplamente, acusado de colaboracionismo com Israel, no isolamento de Gaza. Parece, altamente improvável, que eles sejam capazes de avançar um plano de paz com Israel, agora.
Este é um bônus para os isralenses de direita, que sempre tem sido totalmente contrários a qualquer retirada e, fortemente, apoiaram o ataque contra Gaza.
Outras facções israelenses, que sempre tem sido pouco calorosos a respeito do plano saudita, agora, é pouco provável que o levem em conta.
A comunidade de segurança de Israel está empenhada em impedir a criação de um estado palestino viável, e recusa-se a negociar com o Hamas. Incapaz de matar todos os homens do Hamas, Israel está, lentamente, destruindo toda a infraestrutura de Gaza, ao redor dele, como fez com a OLP de Yasser Arafat.
Os linhas-duras de Israel apontam para Gaza e afirmam que qualquer estado palestino na Margem Ocidental ameaçaria a segurança deles, ao disparar foguetes contra o heartland de Israel.
Poderosa máquina de informações.
Israel está confiante que sua poderosa máquina de informações lhe permitirá esquivar-se da tempestade de ultraje mundial, por sua punição bíblica sobre Gaza. Quem se lembra do nivelamento, por Israel, de parcelas da cidade palestina de Jenin, ou a destruição americana em Falluja, Iraque, ou os massacres de Sabra e Shatilla, em Beirute?
A mídia americana focaliza nos foguetes sendo disparados contra Israel, a partir de Gaza.
Embora o tormento de Gaza seja visto, por todo o horrorizado mundo muçulmano, como uma moderna versão do Levante do Ghetto de Varsóvia, pelos judeus contra os nazistas, na Segunda Guerra Mundial, os governos ocidentais, ainda parecem inclinados a não tomar ação alguma.
Embora a utilização, por Israel, de armas americanas contra Gaza, viole os Atos de Assistência Externa e Controle de Exportação de Armas dos Estados Unidos, o dócil Congresso americano permanecerá mudo.
O assalto israelense contra Gaza, foi, claramente, sincronizado para o intervalo entre as administrações da América e os feriados de fim de ano, uma tática israelense corriqueira.
O Hamas recusa-se a reconhecer Israel, enquanto Israel recusar a reconhecer o Hamas e os direitos de milhões de refugiados sem-lar palestinos.
Ele clama por um estado não-religioso a ser criado na Palestina, significando um fim ao Sionismo. Ironicamente, o Xeque Ahmed Yassin, o fundador e finado líder do Hamas, tinha falado de um compromisso com Tel Aviv, um pouco antes de ser assassinado por Israel, em 2004.
Uma bagunça herdada.
As esperanças de Israel que, por meio de bombas, os habitantes de Gaza rejeitarão o Hamas são mal-concebidas como sua tentativa, em 2006, de explodir o Líbano, para fazê-lo rejeitar o Hezbollah.
O regime do Fatah, na Margem Ocidental, instalado pelos EUA e Israel, após a suspeita morte de Yasser Arafat, será, ainda mais, desacreditado, deixando os militantes do Hamas como a única voz autêntica do nacionalismo palestino.
O Hamas, militante, mas, ainda assim, o governo democraticamente eleito de Gaza, estará, ainda menos, disposto a fazer compromissos.
O mundo muçulmano está em cólera. Mas, e daí? Stalin gostava de dizer, “os cães ladram, mas a caravana passa,” e, enquanto os Estados Unidos derem carta-branca à Israel, este poderá fazer qualquer coisa que desejar.
A tragédia da Palestina, portanto, continuará a envenenar as relações americanas com o mundo muçulmano.
Aqueles americanos que ainda não compreendem por quê sua nação foi atacada no 11 de Setembro, precisam, apenas, olhar para Gaza, pela que os Estados Unidos estão sendo tão culpados quanto Israel.
A não ser que Israel faça com que 5 ou 7 milhões de palestinos desapareçam, ele precisa achar algum modo de coexistir com eles. Os líderes israelenses, ao centro e à direita, continuam a evitar confrontar este fato.
A brutal punição coletiva infligida contra Gaza, provavelmente, reforçará o Hamas e reverterá quaisquer esperanças de uma paz no Oriente Médio, nos anos vindouros.
Por Eric Margolis – 5 de janeiro de 2009.
Há duas versões, completamente diferentes, sobre o que está acontecendo em Gaza.
Na versão da imprensa israelense e americana-canadense, o Hamas – “terroristas islâmicos” apoiados pelo Irã – começaram com um ataque não-provocado, disparando foguetes mortíferos contra um inocente Israel, com a intenção de destruir o estado judeu.
Políticos americanos-canadenses e a mídia dizem que “Israel tem o direito de se defender”.
Sem dúvida. Nenhum governo israelense pode tolerar foguetes atingindo suas cidades, mesmo que o total de baixas tenha sido menos que as fatalidades de acidentes de carros, durante um só feriado nas estradas de Israel.
O disparo dos débeis foguetes “al-Qassam”, de fundo-de-quintal, pelos palestinos, é tanto inútil, quanto contraprodutivo.
Isto danifica a imagem deles como povo oprimido e dá aos extremistas de direita israelenses uma razão perfeita para deslanchar mais ataques contra os árabes e recusar a discutir a paz.
Os apoiadores de Israel insistem que tem um direito absoluto para lançar centenas de toneladas de bombas contra “alvos do Hamas” dentro dos 360 Km² da Faixa de Gaza, para “pegar os terroristas.”
Os civis sofrem, afirma Israel, por causa dos covardes do Hamas que se escondem no meio deles.
Omitindo fatos.
Como usual, esta versão de história-em-quadrinhos dos eventos, omite uma grande parte de nuance e fundo histórico.
Embora o disparo de foguetes contra civis seja um crime, também é o bloqueio israelense de Gaza, que é uma egrégia violação da lei internacional e da Convenção de Genebra.
De acordo com a ONU, a maioria dos 1,5 milhão de refugiados palestinos subsistem próximo ao limiar da fome. Setenta porcento das crianças palestinas, em Gaza, sofrem de severa desnutrição e trauma psicológico.
Instalações médicas estão, criticamente, carentes de médicos, pessoal, equipamento e remédios. Gaza, literalmente, tornou-se uma lixeira humana para todos os árabes que Israel não quer.
Gaza é um dos locais mais populados do mundo, uma vasta prisão à céu aberto, cheia com pessoas desesperadas. No passado, elas arremessavam pedras nos ocupantes israelenses; agora, lançam foguetes caseiros.
Chamem isto de um motim penitenciário.
Visando as eleições.
Quando a denominada trégua entre Tel Aviv e o Hamas expirou, em 19 de dezembro, os políticos israelenses estavam em meio à preparação para as eleições nacionais de 10 de fevereiro.
A política israelense está desempenhando um papel-chave nesta crise.
Ehud Barak, o ministro da defesa e líder do Partido Trabalhista, e Tzipi Livni, a ministra do exterior e líder do Partido Kadima, estão tentando provar que são mais durões um ao outro e ao partido linha-dura Likud de Benjamin Netanyahu.
As eleições israelenses estão, somente, há seis semanas, e o Likud estava liderando, até que as incursões aéreas sobre Gaza, começaram. O Kadima e os Trabalhistas estão, agora, na frente das pesquisas.
Os pesados ataques sobre Gaza, também, são designados para intimidar os vizinhos árabes de Israel, e compensar a humilhante derrota de Israel, em 2006, no Líbano, que, ainda, assombra os políticos e generais do país.
Um fait accompli.
Quando os ataques aéreos, sobre Gaza, começaram, Barak disse: “Nós mudamos, totalmente, as regras do jogo.”
Ele estava certo. Ao incursionar a Gaza controlada pelo Hamas, Barak brindou a administração americana vindoura, com um fait accompli, e, com precisão, deu um xeque-mate no mais novo participante do Grande Jogo do Oriente Médio – Barack Obama, o presidente-eleito dos Estados Unidos – antes mesmo que este pudesse tomar assento à mesa.
A ofensiva israelense contra Gaza, agora, muito provavelmente irá dar curto-circuito em quaisquer planos que Obama pudesse ter tido, para pressionar Israel a se retirar para suas fronteiras pré-1967 e compartilhar Jerusalém.
Isto agradou os apoiadores de Israel na América do Norte, que estão saudando a guerra em Gaza e recuando de seu pretenso apoio a um acordo de terra-por-paz.
O sucesso de Israel em fazer com que a mídia ocidenta retrata a ofensiva em Gaza como “operação anti-terrorista”, irá, também, diminuir as esperanças para conversações de paz, em qualquer momento próximo.
Obama herdará esta bagunça em poucas semanas. Durante as eleições, Obama curvou-se ao lobby de Israel, oferecendo uma nova carta-branca dos Estados Unidos para Israel e, até mesmo, aceitando o monopólio permanente de Israel sobre toda a Jerusalém.
Enquanto ele conclui a formação de seu gabinete, sua equipe do Oriente Médio parece estar fortemente carregada com amigos do Partido Trabalhista de Israel.
Obama continua dizendo que precisa ficar em silêncio, à respeito de questões políticas, até que George Bush, o presidente de saída, deixe o cargo, mas sua equipe parece feliz em evitar ter de fazer declarações sobre Gaza, que poderiam antagonizar os apoiadores americanos de Israel.
Obama assumirá o cargo confrontando um Oriente Médio em armas por causa de Gaza, e o mundo muçulmano inteiro culpando os EUA pela carnificina lá.
A não ser que ele se distancie das políticas da administração Bush, irá, em breve, encontrar-se encarando os mesmos problemas e raiva que a Casa Branca de Bush.
Acordo árabe morto.
A ofensiva de Israel em Gaza, provavelmente, também torpedeará o atual plano de paz patrocinado pelos sauditas, que havia sido apoiado por todos os membros da Liga Árabe.
O plano, agora, provavelmente defunto, pedia para Israel retirar-se para suas fronteira de 1967 e compartilhar Jerusalém, em troca pelo pleno reconhecimento e relações normalizadas com o mundo muçulmano.
Os governos árabes, agora, serão incapazes de vender o acordo, enquanto enfrentam uma tempestade de críticas de seu próprio povo, sobre a impotência para ajudar os palestinos de Gaza.
O Egito, em particular, está sendo, amplamente, acusado de colaboracionismo com Israel, no isolamento de Gaza. Parece, altamente improvável, que eles sejam capazes de avançar um plano de paz com Israel, agora.
Este é um bônus para os isralenses de direita, que sempre tem sido totalmente contrários a qualquer retirada e, fortemente, apoiaram o ataque contra Gaza.
Outras facções israelenses, que sempre tem sido pouco calorosos a respeito do plano saudita, agora, é pouco provável que o levem em conta.
A comunidade de segurança de Israel está empenhada em impedir a criação de um estado palestino viável, e recusa-se a negociar com o Hamas. Incapaz de matar todos os homens do Hamas, Israel está, lentamente, destruindo toda a infraestrutura de Gaza, ao redor dele, como fez com a OLP de Yasser Arafat.
Os linhas-duras de Israel apontam para Gaza e afirmam que qualquer estado palestino na Margem Ocidental ameaçaria a segurança deles, ao disparar foguetes contra o heartland de Israel.
Poderosa máquina de informações.
Israel está confiante que sua poderosa máquina de informações lhe permitirá esquivar-se da tempestade de ultraje mundial, por sua punição bíblica sobre Gaza. Quem se lembra do nivelamento, por Israel, de parcelas da cidade palestina de Jenin, ou a destruição americana em Falluja, Iraque, ou os massacres de Sabra e Shatilla, em Beirute?
A mídia americana focaliza nos foguetes sendo disparados contra Israel, a partir de Gaza.
Embora o tormento de Gaza seja visto, por todo o horrorizado mundo muçulmano, como uma moderna versão do Levante do Ghetto de Varsóvia, pelos judeus contra os nazistas, na Segunda Guerra Mundial, os governos ocidentais, ainda parecem inclinados a não tomar ação alguma.
Embora a utilização, por Israel, de armas americanas contra Gaza, viole os Atos de Assistência Externa e Controle de Exportação de Armas dos Estados Unidos, o dócil Congresso americano permanecerá mudo.
O assalto israelense contra Gaza, foi, claramente, sincronizado para o intervalo entre as administrações da América e os feriados de fim de ano, uma tática israelense corriqueira.
O Hamas recusa-se a reconhecer Israel, enquanto Israel recusar a reconhecer o Hamas e os direitos de milhões de refugiados sem-lar palestinos.
Ele clama por um estado não-religioso a ser criado na Palestina, significando um fim ao Sionismo. Ironicamente, o Xeque Ahmed Yassin, o fundador e finado líder do Hamas, tinha falado de um compromisso com Tel Aviv, um pouco antes de ser assassinado por Israel, em 2004.
Uma bagunça herdada.
As esperanças de Israel que, por meio de bombas, os habitantes de Gaza rejeitarão o Hamas são mal-concebidas como sua tentativa, em 2006, de explodir o Líbano, para fazê-lo rejeitar o Hezbollah.
O regime do Fatah, na Margem Ocidental, instalado pelos EUA e Israel, após a suspeita morte de Yasser Arafat, será, ainda mais, desacreditado, deixando os militantes do Hamas como a única voz autêntica do nacionalismo palestino.
O Hamas, militante, mas, ainda assim, o governo democraticamente eleito de Gaza, estará, ainda menos, disposto a fazer compromissos.
O mundo muçulmano está em cólera. Mas, e daí? Stalin gostava de dizer, “os cães ladram, mas a caravana passa,” e, enquanto os Estados Unidos derem carta-branca à Israel, este poderá fazer qualquer coisa que desejar.
A tragédia da Palestina, portanto, continuará a envenenar as relações americanas com o mundo muçulmano.
Aqueles americanos que ainda não compreendem por quê sua nação foi atacada no 11 de Setembro, precisam, apenas, olhar para Gaza, pela que os Estados Unidos estão sendo tão culpados quanto Israel.
A não ser que Israel faça com que 5 ou 7 milhões de palestinos desapareçam, ele precisa achar algum modo de coexistir com eles. Os líderes israelenses, ao centro e à direita, continuam a evitar confrontar este fato.
A brutal punição coletiva infligida contra Gaza, provavelmente, reforçará o Hamas e reverterá quaisquer esperanças de uma paz no Oriente Médio, nos anos vindouros.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Eu até entendo deporem contra Israel por causa do bloqueio a Gaza, realmente é algo desumano e cruel. O que eu não entendo é porque não colocam o Egito no mesmo saco que participou junto com Israel no bloqueio devido a eleição do Hamas em 2007. Aqueles tuneis de suprimento só estavam no lado egipicio não porque são bonzinhos, mas porque fizeram vista grossa e era a unica alternativa aos palestinos. Ou é o Egito ou mais ninguém. De um lado tem o Mediterraneo e do outro lado tem Israel...
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Falando em termos de geopolitica fica evidente que não há uma personalidade (liderança) mundial influente atualmente, quem tenta é o Sarkozy, mas é pouco, os dois presidentes americanos estão calados, o secretário geral da ONU ninguem ouve, o primeiro mibnistro ingles também se calou, Putim e Medvedv estão de ferias, o Brasil por sua vez também nada faz, falta um lider.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Bolovo a partir do momento que o Hamas ganhou o poder em Gaza todos os países da zona sabia qual ia ser o resultado. O Egipto não gosta deles por várias razões bastante claras. dese o facto de que o própio Egipto tem problemas com organizações fundamentalistas, até ao acto de que poderia ser considerada uma nação que apoia organizações terroristas.Bolovo escreveu:Eu até entendo deporem contra Israel por causa do bloqueio a Gaza, realmente é algo desumano e cruel. O que eu não entendo é porque não colocam o Egito no mesmo saco que participou junto com Israel no bloqueio devido a eleição do Hamas em 2007. Aqueles tuneis de suprimento só estavam no lado egipicio não porque são bonzinhos, mas porque fizeram vista grossa e era a unica alternativa aos palestinos. Ou é o Egito ou mais ninguém. De um lado tem o Mediterraneo e do outro lado tem Israel...
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Se todo mundo já sabia, então porque RAIOS estão todos jogando pedras nas ações Israel?
O silêncio do Egito sobre o caso diz muita coisa.
O silêncio do Egito sobre o caso diz muita coisa.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Na Europa o que se vê são os vários governos a apelar à paz, a UE a tentar que haja negociações, etc.
Quem está realmente a atirar as pedras são os do costume.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Ataque israelita mata 20 pessoas numa escola da ONU em Gaza
06 de Janeiro de 2009, 15:00
O exército israelita lançou um ataque contra uma escola da ONU em Gaza que provocou, pelo menos, 20 mortos, confirmou uma fonte médica esta terça-feira.
De acordo com a fonte, o ataque aconteceu em Jabaliya. As 20 vítimas encontravam-se algumas dentro e outras perto de uma escola da UNRWA, a Agência da ONU para os refugiados palestinos.
As vítimas refugiaram-se na escola por causa dos combates.
Em actualização
http://noticias.sapo.pt/info/artigo/907324.html
06 de Janeiro de 2009, 15:00
O exército israelita lançou um ataque contra uma escola da ONU em Gaza que provocou, pelo menos, 20 mortos, confirmou uma fonte médica esta terça-feira.
De acordo com a fonte, o ataque aconteceu em Jabaliya. As 20 vítimas encontravam-se algumas dentro e outras perto de uma escola da UNRWA, a Agência da ONU para os refugiados palestinos.
As vítimas refugiaram-se na escola por causa dos combates.
Em actualização
http://noticias.sapo.pt/info/artigo/907324.html
Triste sina ter nascido português
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Um saudavel protesto contra Israel na Alemanha
Pra quem não sabe o que significa "Deutschland Erwache", é "Acorde Alemanha".
Tudo bem, mas como assim "Acorde Alemanha"?
Pois bem, era usado por um grupo muito famoso nos anos 30. Vou dar uma dica:
Pra quem não sabe o que significa "Deutschland Erwache", é "Acorde Alemanha".
Tudo bem, mas como assim "Acorde Alemanha"?
Pois bem, era usado por um grupo muito famoso nos anos 30. Vou dar uma dica:
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
http://www.guardian.co.uk/world/2009/ja ... l-death-unIsraeli shelling kills dozens at UN school in Gaza
• Reports of more than 40 killed in and around UN shelter
• 12 members of family killed in Gaza City air strike
Chris McGreal and Rory McCarthy
Palestinians prepare to bury the bodies of 13 people from the same family who were killed following an Israeli air strike on a four-storey house in Gaza City Photograph: Mahmud Hams/AFP/Getty Images
The civilian death toll in Gaza increased dramatically today, with reports of more than 40 Palestinians killed after missiles exploded outside a UN school where hundreds of people were sheltering from the continuing Israeli offensive.
Two Israeli tank shells struck the school in Jabaliya refugee camp, spraying shrapnel on people inside and outside the building, according to news agency reports.
The medical director of the hospital in Jabaliya told the Guardian 41 bodies had been brought in so far and more could be on the way. Reuters journalists filmed bodies scattered on the ground amid pools of blood and torn shoes and clothes.
In addition to the dead, several dozen people were wounded, hospital officials said. The Israeli military said it was looking into the reports.
"I saw a lot of women and children wheeled in," Fares Ghanem, a hospital official told the Associated Press. "A lot of the wounded were missing limbs and a lot of the dead were in pieces."
Majed Hamdan, an AP photographer, who rushed to the scene shortly after the attacks, said many children were among the dead. "I saw women and men parents slapping their faces in grief, screaming, some of them collapsed to the floor. They knew their children were dead," he said.
"In the morgue, most of the killed appeared to be children. In the hospital, there wasn't enough space for the wounded."
Elsewehere, at least 12 members of an extended family, including seven young children, were killed in an air strike on their house in Gaza City. The bodies of the Daya family were pulled from the rubble of a house in Gaza city's Zeitoun district after it was hit by two Israeli missiles. The dead included seven children aged from one to 12 years, three women and two men. Nine other people were believed to be trapped in the rubble.
Hours earlier, three young men – all cousins – died when the Israelis bombed another UN school, the Asma primary school in Gaza City. They were among about 400 people who sought shelter there after fleeing their homes in Beit Lahiya in northern Gaza.
The UN, which said the school in Jabaliya was clearly marked, said it was "strongly protesting these killings to the Israeli authorities and is calling for an immediate and impartial investigation".
"Where it is found that international humanitarian law has been violated, those responsible must be held to account. Under international law, installations such as schools, health centres and UN facilities should be protected from attack. Well before the current fighting, the UN had given to the Israeli authorities the GPS co-ordinates of all its installations in Gaza, including Asma elementary school."
The killings take the total toll in Palestinian lives since the Israelis launched their assault on the Gaza Strip 11 days ago to above 600. Doctors at Gaza hospitals say that at least one-fifth of the victims are children and a large number of women are among the dead.
Israel continues to insist that the bulk of those killed are Hamas and Islamic Jihad fighters, although its claim to be going to extraordinary lengths to target only "terrorists" has been undermined by one of its own tanks firing on a building being used by Israeli troops, killing four.
The sharp spike in the number of civilian casualties came as Israeli troops and tanks moved into Gaza's second largest city, Khan Younis, for the first time today, supported by intensive artillery strikes as the military pledged to press on with its attack.
In a separate attack earlier in the day, three Palestinians were killed in an air strike on another school run by Unwra, the UN relief agency.
Nine Israelis, including three civilians hit by rocket fire, have been killed in the conflict. At least five rockets fired from Gaza landed in Israel today, including one that hit the town of Gadera, 17 miles from Tel Aviv, police said. A three-year-old girl was wounded.
The heaviest fighting has been in northern Gaza, with witnesses reporting wave after wave of bombing strikes across the north of the territory accompanied by gunfire from helicopters and artillery from land and sea. Thousands of Palestinians have been ordered to leave their homes or forced to flee the fighting.
In Shajaiyeh, east of Gaza City, Israeli troops seized control of three apartment blocks and set up gun positions on the rooftops. Residents were locked in their homes and soldiers confiscated their mobile phones, neighbours said.
Three of the four Israeli soldiers killed by friendly fire died when a tank mistakenly fired on a building where the soldiers had taken up positions. There was heavy artillery fire to cover the evacuation of 24 soldiers who were injured, including the commander of the Golani infantry brigade, one of Israel's key fighting forces.
Israel's defence minister, Ehud Barak, said his country's troops would continue their operation despite mounting Palestinian casualties and growing international calls for a ceasefire.
"Hamas has so far sustained a very heavy blow from us, but we have yet to achieve our objective, and therefore the operation continues," Barak said.
The Israeli foreign minister, Tzipi Livni, said the offensive was intended to change permanently the shape of Israel's conflict with Hamas. "When Israel is targeted, Israel is going to retaliate," she said. Israel has rejected calls for a ceasefire.
The military said it had bombed more smuggling tunnels across the border with Egypt, in the south, and hit more than 40 other sites across Gaza including buildings storing weapons and rocket launching areas.
In Gaza, Mahmoud Zahar, the most senior leader of Hamas in the strip and a hardliner in the movement, appeared on the party's al-Aqsa television station and gave a defiant speech threatening attacks not only in Gaza but elsewhere.
"The Zionists have legitimised the killing of their children by killing our children. They have legitimised the killing of their people all over the world by killing our people," Zahar said. He urged Hamas fighters to "crush your enemy".
Another Hamas figure, a recognised military spokesman called Abu Ubaida, said thousands of Hamas fighters were waiting in Gaza to take on the Israeli military, and that rocket attacks would increase. More than 40 were fired into southern Israel yesterday, including one that landed in an empty kindergarten, which, like all schools near the Gaza border, has been closed since the conflict began.. Israeli police said a total of 520 rockets had been fired in the past 11 days of fighting.
Israeli troops are now deployed in and around the major urban areas of Gaza, particularly to the north, in Beit Hanoun, Beit Lahiya and Jabaliya. Using leaflets, telephone calls and radio announcements, they have ordered residents in many areas to leave their homes, forcing at least 15,000 Palestinians to flee to safety elsewhere. At least 5,000 are staying in 11 different UN schools and shelters.
The UN said more than 1 million Gazans were still without electricity or water and that it was increasingly difficult for staff to distribute aid or reach the injured. It said more industrial diesel was needed to reopen the strip's sole power plant, which has been shut for a week. Ten transformers have been damaged in the fighting.
More wheat grain is needed for food handouts, and the UN said Karni, the main commercial crossing, should be reopened to allow it in. Four ambulances and three mobile clinics were destroyed when bombs hit the headquarters of the Union of Health Care Committees in Gaza City.
John Holmes, the UN emergency relief coordinator, said Gaza represented an "increasingly alarming" humanitarian crisis, and that the territory was running low on clean water, power, food, medicine and other supplies since Israel began its offensive. Israeli leaders claim there is no humanitarian crisis.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Não pows... o ABBA!P44 escreveu:Ramstein?
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
os ABBA ...perigoso grupo subversivo e extremista....
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Ahhhh bom... achei que era o Kraftwerk... ufa!
Reza a lenda que a culpa da crise econômica (que ainda tem acento) mundial é dos sionistas... vai saber.
A verdade é que desde que criaram Israel, a coisa está quente por lá.
Pra resolver é fácil. Basta a ONU pegar um pedaço de terra por lá, dar o nome de Palestina, entregar para os palestinos, ameaçar de excluir (destruir, dizimar, explodir) quem der o primeiro tiro contra o outro, cumprir a ameaça e pronto. Simples assim.
Depois desta acho que vou me inscrever para o Instituto Rio Branco...
Reza a lenda que a culpa da crise econômica (que ainda tem acento) mundial é dos sionistas... vai saber.
A verdade é que desde que criaram Israel, a coisa está quente por lá.
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Assinatura? Estou vendo com meu advogado...
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Sabem quando haverá paz por lá?
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
A idéia de 1947 era essa mesmo, tanto que foi criado o Estado Judeu e o Estado Arabe. Porém os vizinhos arabes não gostarem e TODOS (100%) foram lá destruir Israel no PRIMEIRO ANO DE VIDA! Os israelenses chamam essa guerra de "Guerra da Independencia". Os arabes perderam, porém adentraram territorio israelense (são as fronteiras de 1949) Teve 300 crises a partir daí e em 1967, levado por uma alta desconfiança do nacionalismo de Nasser, os israelenses atacam o Egito e começam a Guerra de Seis Dias. Foi aí que Israel tomou da Siria as Colinas de Golan, do Egito tomou Gaza (hoje sob controle da ANP) e Sinai (devolvido logo após por resolução da ONU) e da Jordania tomou a Cisjordania, incluindo Jerusalem Oriental (são as fronteiras de 1967). Em 1973 os arabes atacam Israel durante um feriado nacional, o Yom Kippur, mas com resolução da ONU a guerra tem um cessar-fogo. Logo após isso começou a pipocar a OLP por todo canto, com apoio da Síria, e em 1982, Israel invade o Libano. Daí os anos 90 foram caracterizados pelas Intifadas e acordos de paz. Agora nos anos 2000, tiveram a guerra contra o Hezbollah em 2006 e agora em 2008/2009 contra o Hamas em Gaza. Como pode perceber, é um treco que não tem fim, que não tem santo, que não tem bonzinho. Israel foi invadido no primeiro ano de história, logo depois foram os israelenses a invadir, depois os arabes novamente, depois os israelenses e a é assim até hoje. Quem sabe um dia acaba.kekosam escreveu:Ahhhh bom... achei que era o Kraftwerk... ufa!
Reza a lenda que a culpa da crise econômica (que ainda tem acento) mundial é dos sionistas... vai saber.
A verdade é que desde que criaram Israel, a coisa está quente por lá.
Pra resolver é fácil. Basta a ONU pegar um pedaço de terra por lá, dar o nome de Palestina, entregar para os palestinos, ameaçar de excluir (destruir, dizimar, explodir) quem der o primeiro tiro contra o outro, cumprir a ameaça e pronto. Simples assim.
Depois desta acho que vou me inscrever para o Instituto Rio Branco...
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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