Acidente com porta-aviões mata um e fere 7 no RJ
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- Rui Elias Maltez
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Foram vítimas no cumprimento do dever.
Mas são acidentes que acontecem, mesmo independentemente dos resultados do inquérito.
Há meses um submarino Upholder inglês, entregue recentemente ao Canadá teve uma avaria de que resultaram vítimas.
E no Havai, um sub Los Angeles teve um problema de que resultou na morte de uns marinheiros embarcados.
Trágico.
Pêsames à família do marinheiro morto, e as rápidas melhoras para os outros.
Mas são acidentes que acontecem, mesmo independentemente dos resultados do inquérito.
Há meses um submarino Upholder inglês, entregue recentemente ao Canadá teve uma avaria de que resultaram vítimas.
E no Havai, um sub Los Angeles teve um problema de que resultou na morte de uns marinheiros embarcados.
Trágico.
Pêsames à família do marinheiro morto, e as rápidas melhoras para os outros.
Editado pela última vez por Rui Elias Maltez em Seg Jun 27, 2005 12:06 pm, em um total de 1 vez.
- Paisano
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O horror no porta-aviões
Fonte: http://odia.ig.com.br
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Militares descrevem detalhes da tragédia infernal que assolou o navio-aeródromo São Paulo
Começou com pequeno vazamento na tubulação da cozinha do navio. Em segundos, vapores superaquecidos a 450 graus avançaram sobre a tripulação que estava no piso abaixo. O alarme foi soado, e os marinheiros entraram em estado de alerta por todo o navio. Equipamentos de plástico e borracha derreteram instantaneamente.
No QEP (Quadro Elétrico Principal), o terceiro-sargento Anderson Fernandes correu, tentando escapar, mas não agüentou a temperatura do vapor que foi em sua direção e caiu. Militares se arrastaram aos gritos pelo chão, tentando desesperadamente fugir da nuvem branca que inundou um a um os compartimentos. Homens subiram pelas escadas, apoiando-se nas paredes, e viram o calor descolar suas unhas, que ficaram agarradas às divisórias. No piso, tufos de cabelo queimados por óleo, vapor e água quente.
As cenas de um filme de horror foram descritas por militares que estavam a bordo do navio-aeródromo São Paulo na hora do acidente, terça-feira, que matou o terceiro-sargento Anderson e feriu outros 10 militares, três em estado grave. Assustados com o perigo que ronda o porta-aviões, eles contaram ao DIA os momentos de pavor que se seguiram à ruptura do cano.
O acidente aconteceu às 10h30, 15 minutos antes do almoço dos rancheiros e taifeiros, praças encarregados de fazer e servir refeições para os 1.920 tripulantes do navio. Ao meio-dia é servido o almoço para os demais militares. “Graças a Deus o refeitório estava vazio. Se fosse de madrugada, quando se prepara o pão do café da manhã, teria morrido muita gente”, desabafou o militar.
Escotilhas do navio estavam abertas devido ao forte calor
O terceiro-sargento Anderson e os outros feridos na explosão estavam no QEP monitorando o fornecimento de energia dos geradores elétricos na praça de máquinas. Por causa do calor, que já era intenso, as escotilhas estavam abertas. Das quatro Unidades de Resfriamento de Água, segundo a fonte, apenas duas funcionavam, reservadas a oficiais e às salas com computadores. Por causa da pressão negativa, que empurra o ar para baixo, o vapor escaldante escapou em direção às escotilhas abertas. No caminho estavam Anderson e os colegas. “Poderia ter sido evitado”, diz o militar.
Depoimento: ‘Nossa vida está em perigo’
“Os equipamentos do porta-aviões estão sucateados e sem manutenção. Se não tomarem providência urgente, acidentes mais sérios vão acontecer, porque a tubulação antiga é a mesma em toda a embarcação. Os oficiais argumentam que nossa profissão é de risco. A tripulação não concorda. Acidente causado pela danificação de material não é um risco natural. É descaso”.
- Paisano
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Suspeita de uso de peças velhas
Fonte: http://odia.ig.com.br
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O inquérito que apura as causas do acidente no navio-aeródromo São Paulo será concluído em um mês. A principal linha de investigação passa pelo reaproveitamento de peças tiradas do porta-aviões desativado Minas Gerais, segundo um oficial da Marinha que pediu para não ser identificado, temendo represálias.
A origem do rompimento na tubulação estaria na falta de verbas para manutenção dos equipamentos desgastados pelo tempo. A corporação não informa se de fato as peças estão sendo reutilizadas de uma embarcação para outra, mas admite que ao fim do inquérito será possível esclarecer os dados. O navio estava próximo à Ilha Rasa, na Baía de Guanabara, quando ocorreu o acidente e se preparava para treinamento de teste em equipamentos, como caldeiras e turbinas.
Compra de porta-aviões foi marcada por polêmica
O navio-aeródromo São Paulo foi comprado da França por US$ 12 milhões (R$ 30 milhões em valores de hoje). Estava desativado. O Minas Gerais, de 61 anos, também estava aposentado quando foi adquirido no Governo Juscelino Kubitschek da Marinha Real Britânica. No Brasil, ele ficou em operação até 2001, quando foi desativado. Desde o acidente, o São Paulo está atracado no Arsenal da Marinha, no Centro do Rio.
Essa narrativa é real. Como foi aquela do Sub Nuclear americano que ateu no fundo do mar.
O que é exagero é dizer que se usa peça do Minas no São Paulo. Isso é besteira.,
As peças do Minas que foram retiradas para consequente uso no São Paulo, não tem nada a ver com esse episódio e foram, detalhe: Muito poucas!
Portanto, tirante a parte do sofrimento dos tripulantes, quando se chega na parte de "achismo", eu sou obrigado a não concordar.
Tava indo tão bem, de repente começam a falar asneiras.
[]'s
Padilha
O que é exagero é dizer que se usa peça do Minas no São Paulo. Isso é besteira.,
As peças do Minas que foram retiradas para consequente uso no São Paulo, não tem nada a ver com esse episódio e foram, detalhe: Muito poucas!
Portanto, tirante a parte do sofrimento dos tripulantes, quando se chega na parte de "achismo", eu sou obrigado a não concordar.
Tava indo tão bem, de repente começam a falar asneiras.
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- Vinicius Pimenta
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Vindo do jornal O Dia, não me surpreende. Eles gostam de um tempero sensacionalista nas reportagens, embora não seja como um tablóide sensacionalista britânico. E que leio esse jornal já estou acostumado.
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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Acidente no Nae Sao Paulo
Primeiramente gostaria a oferecer minhas condolencias a familioa do Marinha morto e espero q os feridos se recuperem rapidamente. Mas tem q haver uma apuracao rigorosa dos fatos e se ficar comprovada a falta de manutencao isso so vem a enpor ainda mais a total condicao precaria q infelizmente assola nossasd forcas armadas
Apesar de todos os problemas, ainda confio no Brasil
- Paisano
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MARINHA DO BRASIL
COMANDO DO 1º DISTRITO NAVAL
SEÇÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
"NOTA A IMPRENSA Nº 08"
Rio de Janeiro, 22 de junho de 2005.
Acidente a bordo do Navio-Aeródromo "São Paulo"
Em referência a última nota expedida pela Marinha, datada de 20 de
maio, sobre o acidente ocorrido no Navio-Aeródromo “SÃO PAULO”, a Marinha do Brasil cumpre o doloroso dever de participar o falecimento do Cabo DANIEL PIRES DE ANDRADE, que às 03:00 horas de hoje apresentou parada cardíaca, não respondendo às manobras de ressuscitação, sendo constatado o óbito às 04:12 horas.
Os demais militares permanecem com as condições de saúde inalteradas.
CARLOS ALBERTO MACEDO JÚNIOR
Capitão-de-Corveta
Encarregado da Seção de Comunicação Social
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- Pablo Maica
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Meus mais sinceros sentimentos à familia deste nobre e honrado homem que tragicamente veio a falecer de forma prematura no cumprimento do dever, que Deus o tenha em seu reino e que ele descanse em paz por toda a eternidade. Gostaria muito que sua familia soubesse que nós que adimiramos o trabalho destes homens corajosos compartilhamos do seu sentimento de tristeza.
Um abraço e t+
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- Paisano
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Morre terceiro tripulante de porta-aviões
Fonte: http://www.oglobo.com.br
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Morreu ontem mais um tripulante do porta-aviões São Paulo ferido na explosão de uma tubulação do sistema de vapor, ocorrida em 17 de maio. Com ele, sobe para três o número de tripulantes mortos. Segundo o 1º Distrito Naval da Marinha, o cabo José Roberto da Silva Bahia não resistiu a complicações no quadro de sepse (quando microorganismos ou toxinas penetram no sangue ou em órgãos), decorrente das queimaduras.
O acidente, que aconteceu 18 quilômetros ao sul da Ilha Rasa, provocou a morte imediata do terceiro-sargento Anderson Fernandes do Nascimento e deixou dez militares feridos, três em estado grave. No dia 22 deste mês, o cabo Daniel Pires de Andrade, que estava internado, sofreu uma parada cardíaca.
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Paisano escreveu:Morre terceiro tripulante de porta-aviões
Fonte: http://www.oglobo.com.brMorreu ontem mais um tripulante do porta-aviões São Paulo ferido na explosão de uma tubulação do sistema de vapor, ocorrida em 17 de maio. Com ele, sobe para três o número de tripulantes mortos. Segundo o 1º Distrito Naval da Marinha, o cabo José Roberto da Silva Bahia não resistiu a complicações no quadro de sepse (quando microorganismos ou toxinas penetram no sangue ou em órgãos), decorrente das queimaduras.
O acidente, que aconteceu 18 quilômetros ao sul da Ilha Rasa, provocou a morte imediata do terceiro-sargento Anderson Fernandes do Nascimento e deixou dez militares feridos, três em estado grave. No dia 22 deste mês, o cabo Daniel Pires de Andrade, que estava internado, sofreu uma parada cardíaca.
3 mortes e até hoje nada se falou sobre as causas do "acidente"
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Marinha do Brasil
Defesanet 10 Julho 2005
O Dia 10 Julho 2005
Segurança em risco no mar
Documentos apontam que porta-aviões São Paulo tinha falhas e precisava de reparos antes do acidente que matou três tripulantesMaria Luisa Barros
A Marinha enfrentou, em dois meses, três acidentes que resultaram na morte de cinco pessoas. Em relação ao porta-aviões São Paulo, em 17 de maio, o DIA teve acesso a documentos que mostram avarias em válvulas, motores e na rede de tubulação da embarcação. Os relatórios apontavam, já na época da tragédia, a necessidade de reparo sob risco de comprometer a segurança da tripulação e do equipamento.
A Marinha reconhece a autenticidade dos documentos e afirma, em comunicado enviado por fax ao DIA, que a manutenção começou a ser feita dia 1º, 45 dias após a explosão na tubulação do São Paulo, que matou três militares e feriu outras oito pessoas.
O primeiro documento – Controle de Reparo de Redes – enumera 48 equipamentos e tubulações com problemas. O item 0S 3352 solicita a substituição de trecho de Redes de Vapor de Abafamento da PCAV e alerta para as implicações decorrentes: “Compromete a ação do CAV e a segurança”. CAV é o grupamento de resgate e combate a incêndios. São os bombeiros do navio.
Tubulação oferece riscos de novos vazamentos
Na rede, o principal problema é de vedação nas tubulações. “Se não for consertada, há riscos de novos vazamentos e acidentes graves”, avisa Jaime de Bona, secretário-geral do Sindicato dos Servidores Civis nas Forças Armadas (Sinfa-RJ).
O segundo documento – Controle de Reparo de Válvulas – aponta 35 avarias nessas peças. Segundo a Marinha, “a quantidade de reparos a serem executados no PMA 2005 é muito superior. Como exemplo, a solicitação de revisão de cerca de 200 válvulas. Se aplica aos demais sistemas do navio, como redes, motores, bombas”.
No terceiro relatório, seis equipamentos usados pela equipe de resgate estão danificados. Um dos motores avariados é o Siroco, usado para levar ventilação a ambientes fechados. Outro dos motores de combate a incêndio está com enrolamento queimado, oferecendo riscos à tripulação.
Manutenção programada vai levar dobro do tempo normal
O Período de Manutenção Atracado 2005, para reparar e revitalizar sistemas do navio, vai durar nove meses. Quase o dobro do tempo normal, segundo militares ouvidos pela reportagem. “Em geral, a manutenção começa em julho e vai até dezembro. Agora levarão mais tempo porque a situação é crítica”, avalia um militar.
Segundo oficial do navio, devido ao risco de acidentes, duas viagens que seriam feitas pelo São Paulo, antes do reparo, foram canceladas.
[size=12]Estão fora do ar 27 helicópteros[/size]
Estão hoje em operação, na Marinha do Brasil, 42 dos 69 helicópteros, sendo 12 Bell Jet Rangers. Para contornar a redução de aeronaves disponíveis, a Marinha do Brasil afirmou na nota enviada ao DIA que está “em entendimentos” com a Força Aérea Brasileira (FAB) para que pilotos navais possam voar nos aviões da Aeronáutica.
A Marinha também confirma que, dos 23 caças A-4 Skyhawk comprados do Kuwait pelo Governo Fernando Henrique para servir ao porta-aviões São Paulo, somente dois estão voando. Os outros 21 caças estão parados na Base Aérea de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, à espera de conserto.
Segundo a corporação, já foi assinado contrato de manutenção de aeronaves com a empresa Lockheed Martin, da Argentina, “a fim de possibilitar aumento de aeronaves e vôos para treinamento de seus pilotos”. A partir de outubro, seis caças estarão em condições de vôo, diz a nota. Segundo militares, a Marinha investiu no treinamento dos pilotos nos EUA. Mas, com pouca chance de mostrar o que aprenderam, estão perdendo a qualificação. Cada piloto que passa três anos nos EUA custa US$ 750 mil (R$ 1,8 milhão).
__________
Bom, neste mesmo tópico eu ja apontava na época do acidente no A-12 que provavelmente era por causa da péssima manutenção. Mas muitos atiraram pedras e tentam tapar o sol com a peneira..
Esta reportagem tras a tona os fatos que nós que acompanhamos a situação das FA's e principalmente da FAB e da MB no tocante a alocação de recursos principalmente para a manutenção e o treinamento da força dos quais ja sabiamos.
Fatos que "suspeitávamos" como a operacionalidade de apenas 2 A-4 foram confirmados pela MB!
E o mais lamentável, o treinamento dos pilotos ( que custa um absurdo por sinal ) esta sendo perdido por causa da total inoperabilidade das aeronaves da aviação da marinha.
Eu não sou adevogado, mas acho que caberia uma ação contra a união pois a falta de recursos esta matando em nossas FA's!
Abraços!
Defesanet 10 Julho 2005
O Dia 10 Julho 2005
Segurança em risco no mar
Documentos apontam que porta-aviões São Paulo tinha falhas e precisava de reparos antes do acidente que matou três tripulantesMaria Luisa Barros
A Marinha enfrentou, em dois meses, três acidentes que resultaram na morte de cinco pessoas. Em relação ao porta-aviões São Paulo, em 17 de maio, o DIA teve acesso a documentos que mostram avarias em válvulas, motores e na rede de tubulação da embarcação. Os relatórios apontavam, já na época da tragédia, a necessidade de reparo sob risco de comprometer a segurança da tripulação e do equipamento.
A Marinha reconhece a autenticidade dos documentos e afirma, em comunicado enviado por fax ao DIA, que a manutenção começou a ser feita dia 1º, 45 dias após a explosão na tubulação do São Paulo, que matou três militares e feriu outras oito pessoas.
O primeiro documento – Controle de Reparo de Redes – enumera 48 equipamentos e tubulações com problemas. O item 0S 3352 solicita a substituição de trecho de Redes de Vapor de Abafamento da PCAV e alerta para as implicações decorrentes: “Compromete a ação do CAV e a segurança”. CAV é o grupamento de resgate e combate a incêndios. São os bombeiros do navio.
Tubulação oferece riscos de novos vazamentos
Na rede, o principal problema é de vedação nas tubulações. “Se não for consertada, há riscos de novos vazamentos e acidentes graves”, avisa Jaime de Bona, secretário-geral do Sindicato dos Servidores Civis nas Forças Armadas (Sinfa-RJ).
O segundo documento – Controle de Reparo de Válvulas – aponta 35 avarias nessas peças. Segundo a Marinha, “a quantidade de reparos a serem executados no PMA 2005 é muito superior. Como exemplo, a solicitação de revisão de cerca de 200 válvulas. Se aplica aos demais sistemas do navio, como redes, motores, bombas”.
No terceiro relatório, seis equipamentos usados pela equipe de resgate estão danificados. Um dos motores avariados é o Siroco, usado para levar ventilação a ambientes fechados. Outro dos motores de combate a incêndio está com enrolamento queimado, oferecendo riscos à tripulação.
Manutenção programada vai levar dobro do tempo normal
O Período de Manutenção Atracado 2005, para reparar e revitalizar sistemas do navio, vai durar nove meses. Quase o dobro do tempo normal, segundo militares ouvidos pela reportagem. “Em geral, a manutenção começa em julho e vai até dezembro. Agora levarão mais tempo porque a situação é crítica”, avalia um militar.
Segundo oficial do navio, devido ao risco de acidentes, duas viagens que seriam feitas pelo São Paulo, antes do reparo, foram canceladas.
[size=12]Estão fora do ar 27 helicópteros[/size]
Estão hoje em operação, na Marinha do Brasil, 42 dos 69 helicópteros, sendo 12 Bell Jet Rangers. Para contornar a redução de aeronaves disponíveis, a Marinha do Brasil afirmou na nota enviada ao DIA que está “em entendimentos” com a Força Aérea Brasileira (FAB) para que pilotos navais possam voar nos aviões da Aeronáutica.
A Marinha também confirma que, dos 23 caças A-4 Skyhawk comprados do Kuwait pelo Governo Fernando Henrique para servir ao porta-aviões São Paulo, somente dois estão voando. Os outros 21 caças estão parados na Base Aérea de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, à espera de conserto.
Segundo a corporação, já foi assinado contrato de manutenção de aeronaves com a empresa Lockheed Martin, da Argentina, “a fim de possibilitar aumento de aeronaves e vôos para treinamento de seus pilotos”. A partir de outubro, seis caças estarão em condições de vôo, diz a nota. Segundo militares, a Marinha investiu no treinamento dos pilotos nos EUA. Mas, com pouca chance de mostrar o que aprenderam, estão perdendo a qualificação. Cada piloto que passa três anos nos EUA custa US$ 750 mil (R$ 1,8 milhão).
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Bom, neste mesmo tópico eu ja apontava na época do acidente no A-12 que provavelmente era por causa da péssima manutenção. Mas muitos atiraram pedras e tentam tapar o sol com a peneira..
Esta reportagem tras a tona os fatos que nós que acompanhamos a situação das FA's e principalmente da FAB e da MB no tocante a alocação de recursos principalmente para a manutenção e o treinamento da força dos quais ja sabiamos.
Fatos que "suspeitávamos" como a operacionalidade de apenas 2 A-4 foram confirmados pela MB!
E o mais lamentável, o treinamento dos pilotos ( que custa um absurdo por sinal ) esta sendo perdido por causa da total inoperabilidade das aeronaves da aviação da marinha.
Eu não sou adevogado, mas acho que caberia uma ação contra a união pois a falta de recursos esta matando em nossas FA's!
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Ação social?
A sociedade não está muito interessada em defesa nacional.
Eles preferem usar o dinheiro pra dar esmolas para pobres no nordeste, dar uma cesta básica e uma bolsa escola uma vez por mês pros pais da criança gastar na bebida. Isso interessa mais pra sociedade brasileira, infelizmente...
abraços
A sociedade não está muito interessada em defesa nacional.
Eles preferem usar o dinheiro pra dar esmolas para pobres no nordeste, dar uma cesta básica e uma bolsa escola uma vez por mês pros pais da criança gastar na bebida. Isso interessa mais pra sociedade brasileira, infelizmente...
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Marinha: sem culpados
Fonte: http://www.odia.com.br
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Inquérito concluiu que tubulação do porta-aviões estava fora do padrão. Ninguém foi responsabilizado
A tubulação de vapor que se rompeu no porta-aviões São Paulo, causando a morte de três militares e deixando oito pessoas feridas, em 17 de maio, estava fora dos padrões mínimos de segurança. É o que conclui laudo pericial anexado ao relatório final do Inquérito Policial-Militar (IPM) entregue sexta-feira pela Marinha do Brasil à Justiça Militar do Rio. Ninguém foi responsabilizado.
A falta de manutenção foi revelada pelo DIA, que teve acesso (veja ao lado) a documentos em que eram pedidos reparos na tubulação sob risco de comprometer a segurança da tripulação. Após dois meses de investigação, os peritos apontam como “causa mais provável para a ruptura a redução da espessura da parede a um valor inferior ao mínimo requerido (3,3 mm)”.
Segundo o advogado Hiram da Silveira Câmara, que também teve acesso aos documentos, os dutos tinham espessura de 1,7 mm. “Pela leitura dos laudos, dá para entender que houve desgaste na tubulação. As provas são mais que suficientes para ingressar em juízo contra a União”, diz o advogado da família do terceiro-sargento morto no acidente, Anderson Fernandes.
Marinha nega negligência ou imperícia na manutenção
No encerramento do IPM, que tem 350 páginas, a Marinha afirma que “não foram identificadas ao longo das diligências efetuadas ações ou omissões que denotem a ocorrência de dolo, negligência, imperícia ou imprudência na condução da manutenção do material”. Ainda segundo o documento, os procedimentos realizados após a ocorrência do vazamento “comprovadamente minimizaram suas conseqüências”.
Na conclusão, o capitão-de-mar-e-guerra Luiz Henrique Caroli, comandante do porta-aviões, afirmou que o acidente foi imprevisível e inevitável e “que não há infração disciplinar a punir nem indícios de crime, que a morte dos valorosos tripulantes terceiro-sargento Anderson Fernandes do Nascimento, cabo José Roberto da Silva Bahia e cabo Daniel Pires de Andrade se deu em decorrência de acidente em serviço”, diz o documento. O IPM, que foi encaminhado para a 4ª Auditoria Militar, será entregue ao Ministério Público Militar.
Engenheiro cita corrosão no duto
A Marinha informou no IPM que “todas as ações de manutenção foram adotadas pelos responsáveis” e acrescenta: “Os fatos são suficientes para concluir que a ocorrência da ruptura, nas circunstâncias em que se deu, era imprevisível”.
Um engenheiro civil da Marinha ouvido pelo DIA acredita que, ao contrário do que afirma a instituição, o acidente poderia ter sido evitado. Segundo o especialista, com experiência em reparo de navios de guerra da Marinha, a tubulação de vapor sofre desgaste provocado pela corrosão. “O vapor passa pela tubulação numa temperatura bastante elevada. Ao longo da rede, vai se resfriando e se transformando em gotículas de água que agem como elemento corrosivo, que podem ser detectadas através de inspeções periódicas de ultra-som”, diz o engenheiro.
De acordo com os padrões de segurança, espécie de Habite-se da navegação, o mínimo tolerável era 3,3 mm. “As normas aceitam até um limite de desgaste sobre a espessura original. Acima do permitido, o material é condenado e precisa ser substituído para não oferecer riscos à tripulação”, afirma.
Depoimento
“Estávamos conversando quando ouvimos um estrondo. O cabo Bahia falou que tinham batido a porta lá em cima. Ele tentou pegar o telefone mas não deu tempo. O vapor invadia tudo, não dava para enxergar nada. Corri pelo corredor e me joguei para dentro da cozinha, caindo apoiado na mão. Quando a levantei, vi que estava toda descascada e começando a sangrar. Entrei em desespero. Subi pela escada de emergência até o hangar.”
ÂNGELO JOSÉ MORAES DOS ANJOS, CABO DA MARINHA