Agora é a vez do Equador...

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Re: Agora é a vez do Equador...

#181 Mensagem por Tupi » Sáb Nov 22, 2008 12:32 pm

É uma pena que não tenhamos fronteiras fisicas com o Equador. 8-]





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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Re: Agora é a vez do Equador...

#182 Mensagem por César » Sáb Nov 22, 2008 1:13 pm

Não posso negar que fiquei surpreso. Essa atitude do equador me parece menos grave do que a tomada pela Bolívia há 2 anos atrás(querendo ou não, ao menos o equador acionou tribunais internacionais, ao contrário da Bolívia que simplesmente falou que pagaria menos e ponto. Fora que a atitude da Bolívi gerou o risco direto de falta de gás no Brasil), e na época o Brasil nada fez.

Acho que estamos tomando a atitude que deveríamos ter tomado há 2 anos.

Abraços

César




"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."

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Re: Agora é a vez do Equador...

#183 Mensagem por REGATEANO » Sáb Nov 22, 2008 1:19 pm

Não acho mais grave do que a tomada pelo Bolívia.

Primus porque foi uma atitude contra todos os países e não somente contra o Brasil

Segundo porque o governo brasileira tenha certeza de que eles iriam voltar atras e abrir as pernas. De fato, não possuiam capacidade técnica de tocar a exploração e nem conseguiram investimentos de outros países (europeus e americanos).

Os investidores pensaram: Pow, se o Brasil que manda na região não investe lá, como eu vou investir?

Recentemente a petrobrás retomou os investimentos... diante de certas garantias...

Já o Equador, está tomando uma posição de confronto diretamente com o Brasil. Santa paciência. Emprestamos o dinheiro e a tecnologia e os caras vem com essa... que se ferrem agora... sinceramente...
Abraços




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Re: Agora é a vez do Equador...

#184 Mensagem por DELTA22 » Sáb Nov 22, 2008 1:27 pm

César escreveu:Não posso negar que fiquei surpreso. Essa atitude do equador me parece menos grave do que a tomada pela Bolívia há 2 anos atrás(querendo ou não, ao menos o equador acionou tribunais internacionais, ao contrário da Bolívia que simplesmente falou que pagaria menos e ponto. Fora que a atitude da Bolívi gerou o risco direto de falta de gás no Brasil), e na época o Brasil nada fez.

Acho que estamos tomando a atitude que deveríamos ter tomado há 2 anos.

Abraços

César
Olá César,

Na minha opinião, o que o Equador tenta fazer é uma atitude tão grave quanto a Bolivia, afinal, no caso do Equador são aproximadamente meio bilhão de dólares em jogo.

Mas como você mesmo disse, com a Bolivia temos o gás que nos prende por causa das indústrias do sudeste e sul. É aquele caso: explica, mas não justifica! O Brasil na época ficou quieto, lamentável atitude, mas agora não adianta mais chorar o leite derramado, o que deveria ter sido feito não foi, talvez se a atitude na época fosse mais rígida, hoje não estariamos vendo o que ocorre com o Equador...

Mas, até que enfim, o Governo Brasileiro tomou uma atitude que dignifica o país. Espero que não seja só mais um "show de retórica", uma arte muito praticada no Brasil hoje em dia e quem paga o pato no final é sempre o contribuinte brasileiro!

[]'s.




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Re: Agora é a vez do Equador...

#185 Mensagem por DELTA22 » Sáb Nov 22, 2008 1:39 pm

Eu estava pensado como esta história do Equador não pagar o empréstimo do BNDES é absurda. Eles alegam que a divida é da empresa contratada e não do contratante!! :shock:

É brincadeira... :?

Veja, comparando, é como se eu pegasse um emprestimo para comprar uma TV. Ai, depois que a TV já está na minha casa eu digo ao Banco que a divida não é minha, mas sim da loja, pois o dinheiro foi para a loja e não pra mim... Ai, eu muito esperto fico com a TV de graça!!!

Esse tal Correia é um fanfarrão bolivariano muito esperto, excluindo o problema fiscal/financeiro do Estado Equatoriano, tenho quase certeza que tem dedo do Chapolin nisso tudo...

[]'s à todos.




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Re: Agora é a vez do Equador...

#186 Mensagem por Marino » Sáb Nov 22, 2008 2:10 pm

Do texto postado pelo Edu:
Para que houvesse uma garantia formal de pagamento do valor financiado (acrescido de juros e eventuais moras), a operação cursou pelo CCR (Convênio de Pagamentos e de Créditos Recíprocos). Trata-se de um mecanismo adotado pelos países da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) para facilitar o comércio, que prevê que os bancos centrais cubram eventuais inadimplências.

Ou seja, se o governo Correa negar-se a pagar as parcelas devidas de sua dívida com o BNDES, o Banco Central do Equador será obrigado a fazê-lo.
E daí o equador ser declarado inadimplente, com todas as instituições financeiras do planeta negando empréstimos ou financiamentos.
É pagar pra ver.




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Re: Agora é a vez do Equador...

#187 Mensagem por Clermont » Sáb Nov 22, 2008 2:18 pm

cvn73 escreveu:Mais notícias.
Equador diz que deplora decisão do Brasil de convocar embaixador em Quito



da Efe, em Quito
O governo equatoriano disse hoje que deplora a decisão do Brasil de convocar para consultas seu embaixador em Quito,
Eu acho que essa turma deve ter pensado, mais ou menos, assim:

"Pô, todo mundo sabe que esses brasileiros são boiolas! Agora que a gente, também, resolveu passar a mão neles, eles querem virar machos pra cima de nós?

Assim não dá! Assim não pode!"




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Re: Agora é a vez do Equador...

#188 Mensagem por Marino » Sáb Nov 22, 2008 5:03 pm

Equador: Correa diz a Lula não querer prejudicar relação

Em telefonema ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Equador, Rafael Correa, lamentou o episódio ocorrido com a suspensão das obras da Usina Hidrelétrica San Francisco.

Segundo informações da assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, Correa disse ainda que não teve a intenção de gerar desconforto nas relações bilaterais, ao anunciar que recorrerá à Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional contra o pagamento do empréstimo feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção da usina. Ele não sinalizou, entretanto, qualquer recuo.

Em conversa curta, Lula confirmou sua insatisfação em relação à forma com o governo equatoriano conduziu a questão e condicionou uma tomada de posição a futuras conversas com o embaixador do Brasil em Quito, Antônio Moraes, e com a diretoria do BNDES.

O Equador obteve empréstimo do BNDES de US$ 243 milhões para construir a Hidrelétrica San Francisco. Correa, entretanto, questiona a legalidade da dívida por terem sido constatadas irregularidades na obra, executada por um consórcio integrado pela empresa brasileira Odebrecht.

Durante a semana, autoridades brasileiras, como o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, demonstraram preocupação com a atitude do governo equatoriano, classificada por Garcia como um "erro". Amorim, por sua vez, convocou o embaixador do Brasil no Equador para prestar esclarecimentos sobre o caso.




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Re: Agora é a vez do Equador...

#189 Mensagem por Marino » Sáb Nov 22, 2008 5:12 pm

Globo:
Crise com Equador
Correa telefona para Lula e lamenta convocação de embaixador
Publicada em 22/11/2008 às 09h42m
Chico de Gois - O Globo; EFE
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BRASÍLIA, RIO e QUITO - O presidente do Equador, Rafael Correa, telefonou na manhã deste sábado para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e lamentou o fato de o Itamaraty ter convocado de volta o embaixador brasileiro em Quito, Antonio Marques Porto, para obter informações sobre a decisão unilateral do governo equatoriano de recorrer à Corte Internacional de Arbitragem de Paris para não pagar uma dívida de US$ 243 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A decisão de chamar o embaixador de volta significa insatisfação na linguagem diplomática.


No telefonema, que aconteceu por volta de 10h, Correa disse não ter intenção de gerar desentendimento nas relações bilaterais entre os dois países. Ele manifestou, ainda, admiração pelo mandatário brasileiro.

Lula, que ficou irritado com a forma como Correa anunciou a decisão de não pagar a dívida com o banco brasileiro - o anúncio foi feito em público, sem aviso prévio ao governo do Brasil - manifestou ao colega equatoriano seu descontentamento. Disse que ficou insatisfeito com o conteúdo e a forma como está sendo tratada a questão do empréstimo do BNDES. O presidente brasileiro informou a Correa, ainda, que só tomará uma decisão após ouvir o embaixador Porto e a direção do BNDES. Porto já está no Brasil, mas o Palácio do Planalto não soube informar quando ele se reunirá com Lula e com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

Nota diz que Equador quer manter boas relações
Neste sábado, o governo do Equador já havia lamentado em nota a decisão do Brasil de convocar o embaixador brasileiro. Na nota oficial, o ministério das Relações Exteriores do Equador critica o Itamaraty e defende que a questão deve ser resolvida por mecanismos jurídicos previstos no contrato de empréstimo, sem afetar as relações diplomáticas entre os países.

"O governo do Equador deplora a decisão adotada pelo governo do Brasil de chamar em consultas seu embaixador no Equador e reitera a sua permanente disposição para continuar mantendo as relações bilaterais em alto nível de amizade e cooperação", afirma a nota.

"
O governo do Equador deplora a decisão adotada pelo governo do Brasil
"
--------------------------------------------------------------------------------
A nota do governo equatoriano diz ainda que a controvérsia com o BNDES "deve ser resolvida por canais jurídicos estabelecidos pelos dois países de acordo com convênios existentes entre o Equador e a companhia privada envolvida, sem que esta situação afete as excelentes relações existentes entre os povos e governos dos dois países".

A dívida foi contraída com o banco de fomento brasileiro para a construção no país da usina hidrelétrica San Francisco. Na sexta-feira, o BNDES afirmou que o contrato para a obra, que foi firmado com a empresa equatoriana Hidropastaza, cumpriu "todas as exigências previstas" pelos dois lados. Segundo o BNDES, o contrato foi aprovado pelo Congresso Nacional do Equador, tendo sido atestado pela Procuradoria-geral e autorizado pelo Banco Central do Equador.

Especialistas aprovam reação do governo
Especialistas em relações internacionais ouvidos pelo GLOBO consideraram adequada, embora tardia, a reação do governo brasileiro ao anúncio do governo equatoriano de tentar não pagar um empréstimo que considera ilegal feito junto ao BNDES. Para eles, a convocação de um embaixador, mesmo sob argumento de "consulta", significa na diplomacia uma demonstração clara de insatisfação com o país vizinho.

Luiz Felipe Palmeira Lampreia, ex-ministro das Relações Exteriores, disse que, pela primeira vez, o governo brasileiro reagiu de forma relevante à série de medidas hostis adotada por países sul-americanos.

O ex-ministro Rubens Ricupero, por sua vez, disse que o peso da reação do governo dependerá do tempo em que o embaixador ficar fora de seu posto.

Pivô da crise, a empreiteira Odebrecht informou que não iria se manifestar sobre o caso porque a "demanda" não é contra ela, e sim contra o governo e o BNDES.




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Re: Agora é a vez do Equador...

#190 Mensagem por cvn73 » Dom Nov 23, 2008 4:13 pm

Querem se passar por vítimas.
23/11/2008 - 14h29
Brasil quer transformar problema comercial em impasse diplomático, diz Correa



colaboração para a Folha Online
O presidente do Equador, Rafael Correa, disse que o Brasil quer transformar uma questão comercial em um impasse diplomático. "Não entendemos por que tem que haver um incidente diplomático em um problema estritamente comercial e financeiro. Um problema que começou com a Odebrecht, que quanto mais escavamos pior fica", disse o presidente, em um programa semanal de rádio, neste sábado, segundo informa o site do jornal equatoriano "El Comercio".

O presidente afirmou que o país tomou as medidas adequadas à situação. "O que fez o Equador frente a essa controvérsia? De acordo com o que está estabelecido no contrato, procurou uma arbitragem em Paris para que se revise a cláusula e a validade do contrato. Não suspendemos o pagamento ou jogamos o contrato no lixo", disse.

O governo do Equador entrou com uma ação internacional para suspender o pagamento da dívida de US$ 243 milhões contraída com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a construção no país da usina hidrelétrica San Francisco. A demanda foi apresentada na Câmara de Comércio Internacional (CCI) em Paris. O Equador propõe a anulação do contrato de crédito firmado com o BNDES por supostas violações legais e constitucionais.

Correa ainda lamentou a decisão do Brasil de chamar o embaixador em Brasília, para que o governo possa estudar medidas a serem tomadas. A convocação foi vista como um duro recado diplomático ao governo de Correa. "Nos dói muito a decisão do Brasil de retirar seu embaixador, e dissemos isso a Lula [presidente Luiz Inácio Lula da Silva]".

Correa ainda elogiou o Brasil e afirmou ser um admirador do presidente Lula. No entanto, disse que a criação do impasse diplomático é responsabilidade do Brasil e que o Equador vai lutar por seus interesses. "Não temos porque brigar com o Brasil, mas se esse for o caso, cada um tem que assumir a sua responsabilidade. Faremos com que nosso país seja respeitado e defenderemos nossos interesses" afirmou.

Mal-estar

O presidente Lula lamentou neste sábado, em conversa com Correa, o "mal-estar" envolvendo o BNDES. Segundo fontes oficiais, Lula teria telefonado para Correa e dito estar "surpreso" com o fato de o país vizinho ter entrado com uma ação internacional para suspender o pagamento do empréstimo.

Nesta sexta-feira (21), o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) afirmou que convocou o embaixador brasileiro no Equador para estudar medidas a serem tomadas em relação ao anúncio. Durante o telefonema, o presidente do Equador teria lamentado a decisão do governo brasileiro, mas garantiu que o país não mudará de posição, segundo porta-vozes.

A conversa entre os presidentes foi breve, e nem Lula nem Correa se mostraram dispostos a ceder. O presidente brasileiro também lamentou em sua conversa com Correa que "todas as decisões" do Equador tenham sido anunciadas à imprensa, sem que tenha havido consulta prévia às autoridades brasileiras, informaram fontes oficiais.




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Re: Agora é a vez do Equador...

#191 Mensagem por BomRetiro » Dom Nov 23, 2008 4:17 pm

O mais cretino é o governo dizer que isso tudo se deve pelo fato de o governo ficar sabendo disso pelso jornais, ou seja, se Correa tivesse ligado e dito, olha, vamos calotear vcs meu irmão, é bem provavel que estariam todos tomando uma cerveja na granja do (pensamento) torto.




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Re: Agora é a vez do Equador...

#192 Mensagem por zela » Dom Nov 23, 2008 4:32 pm

Cutting Things Down To Size
As Brazil becomes a more powerful player, its neighbors are becoming increasingly aggressive.

Latin Americans have a long record of directing their often tempestuous nationalism at one prime target: the United States. But with Washington increasingly entangled in more volatile latitudes, regional battle lines are being redrawn. These days, the imperialistas speak Portuguese. Yes, Brazil, the onetime continental underachiever and now Latin America's economic pacesetter, is increasingly becoming target No. 1.

The loudest anti-Brazilian rumblings have come from the Andes, where populist leaders marching to the drumroll of Venezuelan strongman Hugo Chávez's "Bolivarian revolution" are trying to remake their nations by redistributing wealth and empowering long-neglected indigenous groups and minorities. Over the past two years, the leaders of Venezuela, Ecuador and Bolivia have hurled invective at their dominant neighbor, and lately the mood is getting ugly. In September, a power outage at an Ecuadoran hydroelectric plant built by Brazilian construction giant Odebrecht blew up into an international incident when Ecuadorean President Rafael Correa ordered the army to circle all four Odebrecht projects, froze the company's assets and insinuated he might stop payment on a $243 million loan from Brazil's national development bank. Despite high-level negotiations with Brazil, Correa finally kicked Odebrecht out of the country last month, charging the Brazilians with "disrespecting national sovereignty." Correa is also threatening to oust other Brazilian firms, including the state-owned oil giant Petrobras.

Now the contagion is sweeping south. In Paraguay, President Fernando Lugo took office in August under the banner of "energy independence"—populist code for squeezing concessions from the "imperio" just over the border. He is charging that Brazil is underpaying for the power it imports from the giant Itaipu plant and wants a free hand to sell half the total to any country he chooses. The Brazilians have tried to negotiate, but Asuncíon seems unmoved. In September and October, angry peasants vowed to seize plots owned by resident Brazilian farmers. "BRAZILIANS, GO HOME" read the placards in San Pedro, the municipality where peasants are circling Brazilian farmers.

Ironically, Brazilian President Luiz Inácio Lula da Silva remains popular in Latin America. Before nationalizing two Brazilian oil refineries in 2006, Bolivian President Evo Morales reverentially referred to Lula as his "big brother." Chávez rarely misses a photo op with Lula, even as he lashes out at the country's business executives (he just slapped Odebrecht with $282 million in "extra" taxes) or the Brazilian Congress, which he once dismissed as "Washington's parrot." The first international trip Lugo took as president was to Brasília.

But while leaders trade bearhugs with Lula, they seem just as ready to stick it to their neighbor—a direct response to Brazil's emergence in the region as a powerful economic player. With a $1.4 trillion economy and a global political agenda, Brazil stands out in a region hobbled by poverty and poor governance. Its industry eclipses that of its neighbors, assuring Brazil a fat regional trade surplus. Odebrecht is just one of a score of Brazilian multinationals prowling Latin America and beyond for opportunity. And as Brazil's fortunes soar, it casts a harsh spotlight on the shortcomings of its neighbors. The result: increased animosity from across its borders. "Vilification is part of the price of success," says Roberto Abdenur, a former senior Brazilian diplomat.

Making Brazilians the new gringos may play well to the gallery, but it is risky politically and economically. Until now, Brazil has been Bolivia's largest foreign investor, while Paraguay has become the world's fifth-largest exporter of soybeans thanks to Brazilian technology and the 300,000 "Brasiguayos" tilling Paraguayan soil. Their harvests have been a precious source of hard currency for this mostly poor, landlocked nation. The demonizing hurts Brazil, too. When Bolivia nationalized two oil refineries built by Petrobras two years ago, it forced the state-controlled oil and gas company to rewrite a key part of its energy strategy, scrap plans to double the gas pipeline and plow money instead into domestic exploration. The company is on safer ground because of the revamping but lost time and money in the process. Ecuador's ouster of Odebrecht interrupted four construction projects, worth $650 million. São Paulo is also highly dependent on the hydro plant in Paraguay, and some 300,000 Brazilian farmers now live in fear of having their land confiscated or invaded by Paraguayan peasants.

Yet for all its clout, Brazil seems almost penitential before its undersized neighbors, who increasingly play the Lilliputians to Brazil's Gulliver. While the Lula government has been quick to stand up to the rich countries—suing the United States and the Europeans before the World Trade Organization over trade barriers on ethanol, cotton and sugar—offending hermanos in the hemisphere get little more than a scolding. Rather than firing off a rebuke and invoking international law against Morales's attempts to seize Petrobras assets, Brasília basically turned the other cheek. Morales is only exercising his country's "sovereign right," officials said at the time. "What do you want us to do, invade Bolivia?" Lula asked rhetorically, in answer to critics. Big nations like Brazil, he argued, "must show solidarity with the poorer countries." Many Brazilians are now clamoring for Lula to assert himself, with sterner diplomatic protests or by filing suits in international courts over the confiscated property and broken contracts. "We're getting our butts kicked by mice," says Brazilian political analyst and foreign-policy expert Amaury de Souza.

Brazilian tolerance may finally be ending. In October, the national Defense Ministry, which has not always seen eye to eye with the olive-branch-wielding Brazilian diplomats, drafted a bold plan to regulate a new National Mobilization Strategy. Signed by Lula, the decree beefs up the country's rules of engagement with rogue nations and bluntly warns of a more energetic response to "actions that damage national sovereignty." No target countries were named, nor were possible actions spelled out. But as Brazil's military engaged in exercises along the border of Paraguay last month, the message was hard to miss. Don't expect a tropical version of pre-emptive war. But it may be a sign that the Latin Gulliver is no longer willing to take things lying down.

http://www.newsweek.com/id/169266




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Re: Agora é a vez do Equador...

#193 Mensagem por DELTA22 » Dom Nov 23, 2008 5:16 pm

"We're getting our butts kicked by mice"
É... infelizmente é isso mesmo o que está acontecendo com o Brasil, graça a essa mania de ideologice, pelo bem da chamada "integração" que só sabe fu*er os brasileiros!

Brasilia tem que cair na real, P*RRA!!




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Re: Agora é a vez do Equador...

#194 Mensagem por PQD » Dom Nov 23, 2008 5:41 pm

Correa lamenta mal-estar, mas não vai recuar

Recado foi dado a Lula por telefone. No rádio, presidente do Equador diz que defenderá seu país 'custe o que custar'

Chico de Gois*



BRASÍLIA e QUITO. O presidente do Equador, Rafael Correa, telefonou ontem pela manhã para o presidente Lula e lamentou o fato de o Itamaraty ter convocado de volta o embaixador brasileiro no país andino, Antonio Marques Porto. No entanto, não deu sinais de que pretende rever sua decisão de recorrer à corte internacional para suspender o pagamento de uma dívida de US$243 milhões com o BNDES. O empréstimo foi feito para que a empreiteira Odebrecht, expulsa do Equador mês passado, construísse uma hidrelétrica no país.

No telefonema, por volta de 10h, Correa disse não ter intenção de gerar desentendimento nas relações entre os dois países. Mas sinalizou que não pretende rever sua posição. Em seu programa de rádio e TV de ontem, foi mais incisivo:

- Essa medida (a retirada do embaixador brasileiro de Quito) nos entristece muito, como dissemos ao presidente Lula (por telefone). Nós a respeitamos, mas não cederemos em seguir defendendo os interesses do país custe o que custar - disse Correa, segundo a agência de notícias AFP.



Lula só decidirá após ouvir embaixador e BNDES

No telefonema, Lula manifestou ao colega equatoriano seu descontentamento com a forma como ele anunciou a decisão de não pagar a dívida com o banco brasileiro - o anúncio foi feito em público, sem aviso prévio ao governo do Brasil.

- O presidente Lula manifestou o mal-estar do governo brasileiro em relação à iniciativa do governo equatoriano. O presidente não questionou o direito de o governo tomar uma iniciativa soberana, mas a forma como havia sido tomada essa decisão, que não corresponde de maneira alguma ao tipo de relação entre Brasil e Equador - disse o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, que acompanhou o telefonema.

Lula informou a Correa que só tomará uma decisão sobre o caso após ouvir o embaixador Porto e a direção do BNDES. Porto já está no Brasil e ontem se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para avaliar a situação.

Amorim: crise com Equador 'é séria'

O chanceler brasileiro voltou a criticar ontem o ato do governo do Equador.

- (A crise) é séria e sai um pouco da rotina diplomática - disse Amorim à Globonews.

Para Marco Aurélio, a decisão do governo equatoriano poderá criar uma crise de confiança em relação a outros contratos assinados pelos governos da América Latina, na modalidade "convênio de crédito recíproco", como na transação com o Equador:

- Se há um desrespeito ao sistema de crédito recíproco, não é só a relação entre Brasil e Equador que será atingida. O conjunto dos convênios de crédito recíproco na América Latina que serão golpeados.

Jornais equatorianos informavam ontem que a iniciativa do telefonema havia partido de Lula. Mas o Palácio do Planalto negou a informação. Segundo a assessoria do governo brasileiro, Correa já havia tentado falar com Lula na sexta-feira, em duas ocasiões, mas não conseguira por problemas na agenda do presidente do Brasil. Ontem, Correa voltou a ligar e falou com Lula, que estava em sua casa em São Bernardo do Campo.



GALO BORJA

'O correto era ter informado à chancelaria brasileira'



BRASÍLIA. Galo Borja, ministro de Setores Estratégicos do Equador, admitiu ao GLOBO que seu país errou ao entrar na câmara arbitral sem comunicar o Brasil. Ele quer manter boas relações com o país e abriu as portas à Odebrecht, caso não seja comprovado erro nas obras da usina.

Henrique Gomes Batista

A crise significa o rompimento de relações entre os dois países?

GALO BORJA: O problema do governo do Equador é com a Odebrecht, e no contrato foi fixada uma entidade de arbitragem, a Câmara de Comércio Internacional (CCI). O que foi feito foi informar à Câmara sobre o problema para que decida alguma medida. O pagamento dos empréstimos não foi suspenso.

Mas o BNDES foi acionado...

BORJA: Não. Em nenhum momento estamos falando de governo brasileiro. O que está se informando à CCI é como foi feita a transação, como foi o crédito, onde foi dirigido. Nós, como país, queremos estar seguros que tudo aconteceu corretamente.

Foi um erro o Equador não avisar o Brasil antes de entrar na corte?

BORJA: Acredito que o correto era ter informado à chancelaria brasileira. Mas hoje (ontem) o presidente (Rafael) Correa conversou com o presidente Lula para não arranhar a relação entre os países. Somos países irmãos, temos o propósito de unir a América Latina, sermos solidários.

Correa pediu desculpas a Lula?

BORJA: Não tenho conhecimento dos detalhes, mas a conversa serviu para explicar como estamos tratando este assunto, para que não afete a nossa relação.

Seria o caso de desculpas formais?

BORJA: Nosso interesse é que não se afete a relação entre os países.

E como resolver a situação?

BORJA: Sugeri ao chanceler que informe tudo o que estamos fazendo ao Brasil. (A volta do embaixador brasileiro) nos preocupou. Até certo ponto não entendemos. Não tomamos nenhuma decisão de atuar unilateralmente. Procedemos de acordo com o contrato.

Como ficam as relações bilaterais?

BORJA: Queremos que tudo volte à normalidade. Oxalá a Odebrecht não tenha cometido nenhuma irregularidade. Precisamos de empresas grandes.




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Re: Agora é a vez do Equador...

#195 Mensagem por rafafoz » Dom Nov 23, 2008 9:46 pm

Mientras Brasil convierte en conflicto diplomático el caso de los US$320 millones, Venezuela no ha dicho nada sobre la decisión de Ecuador de no pagar deuda. Según diversos analistas venezolanos, la decisión de Rafael Correa de desconocer varias emisiones de bonos de deuda pública, acarreará problemas a la tesorería venezolana. El impacto podría ser por dos vías. Por una parte, el Estado venezolano podría tener entre sus reservas, o en alguno de los innumerables fondos paralelos manejados discrecionalmente desde la Presidencia, bonos ecuatorianos ahora virtualmente sin valor. La otra opción sería que buena parte de los bonos ecuatorianos que Venezuela compró, ahora estarían amorochados con bonos argentinos y venezolanos como parte de bonos estructurados armados y vendidos por el Gobierno de Venezuela. En uno u otro caso, el costo directo para Venezuela del default ecuatoriano podría llegar a US$ 800 millones. Monto bastante superior al que provocó que Brasil se indispusiera ante Ecuador.

http://www.defesanet.com.br/al1/eco_23nov08.htm
é não é so com agente que o Equador está aprontando, também está fazendo seu joguinho com seu maior aliado político.




“melhor seria viver sozinho, mas isso não é possível: precisamos do poder de todos para proteger o de cada um e dos outros” (Francis Wolff)
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